EFEITOS DE ALIMENTOS/ COMPOSTOS BIOATIVOS NA

SINTOMATOLOGIA DA SOP: UMA REVISÃO DE LITERATURA.

EFFECTS OF FOOD/BIOACTIVE COMPOUNDS ON PCOS
SYMPTOMATOLOGY: A LITERATURE REVIEW.

LANDIM, Liejy Agnes dos Santos Raposo1, MACÊDO, Ana Caroline de Castro
Fernandes², DE SOUSA, Ana Beatriz Soares³, TEIXEIRA, Maria Vitória Nunes3;
MEDEIROS, Marília Carvalho3

¹ Nutricionista, Mestre em Alimentos e Nutrição/UFPI, docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do

Centro Universitário Santo Agostinho – UNIFSA, Teresina, Piauí, Brasil.
².
3Discentes do Curso Bacharelado em Nutrição pelo Centro Universitário Santo Agostinho- UNIFSA,
Teresina, Piauí, Brasil.

RESUMO:
Palavras – chave:

ABSTRACT:
Keywords:

INTRODUÇÃO

No cenário atual a síndrome do ovário policístico (SOP) é um distúrbio

hormonal na qual as mulheres na idade reprodutiva é mais comum e acomete de 15 a
20% das mulheres com infertilidade. A SOP apresenta implicações reprodutiva,
endocrinológica, dermatológica, ginecológica, e psicológica com sintomas variando de
infertilidade por disfunção ovulatória, distúrbios menstruais ou sintomas hormônais.
Além disso, a obesidade devido ao excesso de peso afeta a maioria das portadoras de
SOP e por esse motivo diversos estudos vêm sendo realizados para relacionar a
obesidade e a infertilidade em pacientes com SOP (CARMO, PONTOS et al, 2017).
A alimentação e nutrição da mulher tem comprovado ter ação para sua
performance reprodutiva (SILVESTRIS; LOVERO; PALMIROTTA, 2019). Nesse
contexto, alguns compostos bioativos como ômega-3 e as vitaminas C e E figuram estar
envolvidos na fertilidade feminina operando em vias de sinalização específicas
(FONTANA; DELLA TORRE, 2016; BHARDWAJ; PANCHAL; SARAF, 2020).
Por conseguinte, os ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 são identificados
especialmente em peixes oleosos como cavala, arenque, sardinha, salmão e atum, em
óleos de canola, linhaça e certas sementes, e, também, na forma de suplementos
(SINGH, 2020). Sendo assim, o consumo das vitaminas C e E também foram associadas
com um menor risco de desenvolver endometriose. Ambas as vitaminas dispõem um
importante papel antioxidante. Devido a isso, elas atuam controlando o estresse
oxidativo no organismo, fator relacionado ao surgimento da doença (JURKIEWICZ-
PRZONDZIONO et al., 2017).
METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de uma revisão narrativa de literatura com o objetivo
de investigar sobre os efeitos de alimentos/compostos bioativos na sintomatologia da
Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), compreendida pelas as seguintes etapas:
identificação do tema, formulação da pesquisa, avaliação da relevância dos artigos,
leitura bibliográfica, avaliação dos artigos encontrados, interpretação dos resultados e
apresentação da revisão. A busca eletrônica foi realizada nas bases de dados National
Library of Medicine (PubMed) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram utilizados
os descritores da ciência da saúde (DeCS/MeSH) disponíveis no site http://decs.bvs.br,
com os seguintes termos selecionados “Síndrome do Ovário Policístico” ,
“Fitoquímicos” ,“Nutrição, Dieta e Alimentação” . Para a busca nas bases de dados em
inglês, foram utilizados os seguintes descritores, combinados com seus termos
alternativos, utilizando operadores booleanos 'AND' e 'OR'.

Os critérios de inclusão definidos para a pesquisa abrangeram estudos que

tratavam do efeitos de alimentos/compostos bioativos na sintomatologia da Síndrome
dos Ovários Policísticos (SOP), com ênfase na abordagem dessa patologia. Além disso,
foi estabelecido um recorte temporal de 10 anos e excluídas publicações que não
estavam alinhadas com o tema e objetivo do estudo. Essa metodologia proporcionou
uma abordagem sistemática na investigação dos efeitos dos alimentos/compostos
bioativos na sintomatologia da SOP.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Existem vários fundamentos para a infertilidade, incluindo a síndrome dos
ovários policísticos (SOP), endocrinopatia mais recorrente nas mulheres em idade
reprodutiva (5 a 10% de prevalência). A SOP é uma situação que causa infertilidade
anovulatória e expõe anormalidades metabólicas, como obesidade e resistência
insulínica (RI), as quais podem estar colocadas à deficiência de vitamina D. As
particularidades dessa doença incluem hiperandrogenismo clínico ou bioquímico,
oligomenorreia ou amenorreia e morfologia ovariana policística, a qual pode causar
anovulação crônica e infertilidade. É uma situação complexa na vida da mulher, pois
com a anovulação e as demais consequências, elas podem até ser afetadas
psicologicamente. (Rayres,et.al. 2021).

Os compostos bioativos (CBA) buscam benefícios a fertilidade humana, em

razão da presença de antioxidantes melhorando assim a fecundação, aumentando a
longevidade, fraqueza e o desejo sexual. Os benefícios à saúde do consumo de frutas,
cereais e grãos têm sido permitidos ao fato desses alimentos apresentarem, além dos
nutrientes essenciais, os chamados compostos bioativos dos alimentos (CBA).
 OS CBA são divididos em várias classes, sendo os polifenóis, carotenoides e
glicosinolatos os três principais grupos de CBA presentes na dieta humana. Os
polifenóis são os compostos bioativos e antioxidantes mais abundantes na dieta,
encontrando-se quase exclusivamente nas plantas. Os carotenóides são um grande grupo
de pigmentos presentes na natureza, responsáveis pelas cores do amarelo ao vermelho
de frutas, vegetais, fungos e flores. Os glicosinolatos são compostos que contêm
enxofre, encontrados no brócolis e repolho, ou seja, são responsáveis pelo aroma
e sabor dos vegetais. Quando consumidos, os compostos bioativos desempenham
ações no organismo que permitem proteção à saúde, como ação antioxidante, ou até
mesmo no controle dos sintomas de algumas doenças (REIS et al., 2015; FRANCO et
al., 2016).
A infertilidade feminina pode se manifestar durante todo o ciclo reprodutivo, entretanto,
é mais comum em mulheres com mais de 35 anos (CRAWFORD; STEINER, 2015). Portanto,
os compostos bioativos são boas estratégias naturais para complementar o tratamento clínico
das doenças comumente apresentadas pelas mulheres. Nesse sentido, alguns compostos
bioativos como ômega-3 e as vitaminas C e E parecem estar envolvidos na fertilidade feminina
agindo em vias de sinalização específicas (FONTANA; DELLA TORRE, 2016; BHARDWAJ;
PANCHAL; SARAF, 2020).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

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