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A Fenda Palatina geralmente chama a atenção do tutor uma vez que o leite
estará saindo pelo focinho. Ocasionais no cão, raras no gato. A sucção é praticamente
impossível. O tratamento cirúrgico quando filhote é complicado. Se orienta o tutor a
dar alimentação por sonda oral, para que o animal ganhe peso e consiga fazer a
cirurgia. Mas há o risco de falsa via ou o animal não tomou colostro direito, ficou com
a imunidade baixa e vem a óbito. Não existe pré-disposição racial. Na Estenose
Congênita das Narinas Externas, o orifício normal da entrada de ar basicamente some
e os animais ficam com a síndrome da angústia respiratória. A asa da narina é
succionada na inspiração, ocluindo o espaço aéreo. A oclusão total significa que o cão
precisa respirar pela boca, existindo um esforço. O esforço exerce uma força
provocadora de colapso dos tecidos moles. Acomete principalmente animais
braquicefálicos que podem manifestar crises quando ficam estressados ou com calor.
Nesses casos, o animal tenta aumentar o fluxo de oxigênio respirando pela boca. A
temperatura se eleva muito, podendo o quadro evoluir para edema pulmonar e o
animal vir a óbito. No quadro de Estenose das Narinas Externas anatomicamente pode
ser feita a cirurgia, onde são cortadas as asinhas do focinho para melhorar a circulação
de ar. Quando feita a cirurgia o prognostico é muito bom. Em relação ao tratamento da
síndrome, o oxigênio vem em primeiro lugar. Pode ser colocada máscara ou tendas de
oxigênio. A temperatura do ambiente é muito importante, ligar o ar (se possível) e
tornar o consultório mais fresco.
E depois ausculta-se. Se o animal tem crepitação pulmonar com edema faz-se
Furosemida, além de corticoide, que vai ajudar a diminuir a edemaciação. Em alguns
casos um sedativo para diminuir a angústia e a frequência respiratória.
Na Rinite há normalmente uma secreção saindo sempre pelo focinho que pode
ser por corpo estranho, defeito palatino ou afecções dentais (afecção periodontal,
abscesso periapical associado, cáries, fratura dental e fístula oronasal). Muitas vezes se
formam fístulas na bochecha que não se fecham por conta de um abcesso dentário.
Faz- se um raio x e avaliação da cavidade oral. O tratamento nesses casos é da
cavidade oral
com remoção do dente enfermo e curetagem do alvéolo. Nas Rinites virais tem-se a
Cinomose (cão) e a Rinotraqueíte/Calicivírus (gato) que causa infecção bacteriana
secundária. Os sinais são de corrimento bilateral aquoso (pode evoluir), respiração
ruidosa e acesso de espirros. Na Cinomose é muito comum a hiperquaratinização de
cochins e focinho. Nessa enfermidade, se o animal apresentar muita secreção nasal,
pode-se entrar com fluidificantes como o Fluimucil, deixando a secreção mais líquida
para ser eliminada mais facilmente. Se o animal tem muita tosse e essa tosse é
produtiva, não se deve entrar com antitussígeno. É preciso ao contrário ajudar o
animal a eliminar. Então, além do Fluimuciu, o animal pode tomar um expectorante,
que vai ajudá-lo na excreção. Um exemplo de expectorante é o Bricanil. Dificilmente o
animal aceita inalação, mas uma tática interessante é deixa-lo no banheiro com o
chuveiro ligada para inalação do vapor. Esse vapor promoverá reidratação. O
tratamento é feito com antibióticos de amplo espectro. Os três principais são Sulfa +
Trimetropim, Amoxicilina + Clavulanato e Enrofloxacina. A Sulfa pega tanto o sistema
digestório, quanto o respiratório e o neurológico. No entanto, ela pode promover uma
diminuição importante de filme lacrimal e animais com Cinomose podem desenvolver
a Ceratoconjuntivite Seca. Em casos mais severos, ruptura da córnea e perda da visão.
A Amoxicilina + Clavulanato, em contrapartida, não possui contraindicação para o olho
e é muito boa para o respiratório. Existem outros antibióticos, mas esses três são mais
comuns. As bactérias que estão envolvidas na Cinomose não respondem geralmente a
Doxiciclina. Sempre reidratar as vias aéreas durante o tratamento e não entrar com
antitussígeno. A Rinotraqueíte/Calicivírus felino é extremamente contagiosa,
promovendo rinite branda a grave. Podem ocorrer infecções bacterianas e
micoplásmicas secundárias, além de osteólise dos ossos turbinados. Os animais
portadores serão portadores eternamente. O principal nessa enfermidade é
conscientizar e fazer a prevenção sempre, pois dificilmente os tutores vacinam gatos. A
tríplice é uma vacina básica que tem proteção para Rinotraqueíte e geralmente é
aplicada de 2 a 3 doses.
A Efusão Pleural não é um diagnóstico final e sim um sinal clínico. Pode ser
resultado de uma série de doenças. É preciso procurar as causas de base. As causas de
efusão pleural podem ser transudato (hipoalbuminemia, ICC, ICD e doença
pericárdica), transudato modificado (ICC, ICD, neoplasia e hérnia diafragmática) ou
exudato (PIF, piotórax, neoplasia e trauma). A diferença entre eles é a celularidade e a
presença de proteínas. A característica o laboratório que dá, mas o clínico vai ter que
identificar o que está acontecendo com o animal. Se é um animal que tem um piotórax
vai haver células, neutrófilos, etc. Esses líquidos podem ser reabsorvidos pelo animal,
mas a depender da quantidade. As efusões quilosas resultam do extravasamento de
material do ducto torácico que transporta linfa rica em lipídeos, podendo ser
idiopático, congênito ou secundário a trauma, tumor, problema cardíaco e
Dirofilariose. Há o congênito em animais jovens onde o prognostico é ruim. As efusões
hemorrágicas podem acontecer por traumas, distúrbios hemorrágicos sistêmicos e
neoplasias. Os Cumarínicos podem ser ingeridos pelo animal e causar hemorragia. As
efusões tumorais podem gerar qualquer tipo de efusão, a exemplo do
Hemangiossarcoma. O pneumotórax ocorre por acúmulo de ar no espaço pleural e
traumas. O piotórax se dá por corpo estranho inalado, feridas por mordedura,
extensão de uma infecção pulmonar. Os sinais clínicos são de dificuldade respiratória
aguda ou crônica, aumento do esforço inspiratório (padrão restritivo) e diminuição dos
sons pulmonares a auscultação. O piotórax é importante em gatos. É curioso por ser
idiopático nesses animais, não se sabe o que acontece em felinos que não tem acesso
a rua e não convivem com outro animal, mas desenvolvem a afecção. O gato vai ter um
padrão restritivo respiratório, ele respira rápido e de forma superficial, com diminuição
dos sons pulmonares, podendo até apresentar hipersalivação, colocando a língua para
fora.