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Gustavo Bednarski
ATM 2019/2
SUMÁRIO
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RADIOGRAFIA: TÉCNICA DE EXAMES – Victor Hugo
FILME RADIOGRÁFICO
Consiste em uma emulsão fixada numa base de material plástico, que contém em suspensão
cristais de brometo de prata em material gelatinoso.
DENSIDADES BÁSICAS DA RADIOGRAFIA CONVENCIONAL
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O pneumotórax aparece sempre maior na expiração.
RADIOGRAFIA DE TÓRAX EM PERFIL
Outra radiografia de rotina é a em perfil. O lado que está encostado no filme é o que determina
o nome do perfil – direito ou esquerdo. Caso haja lesão no lado direito, este é o perfil a ser feito
para que exista menos deformação e melhor nitidez.
Em uma radiografia em perfil tecnicamente correta deve-se visualizar as cúpulas
diafragmáticas direita e esquerda. Haverá certa dificuldade em visualizar os corpos vertebrais
torácicos superiores.
RADIOGRAFIA DE TÓRAX OBLÍQUA
As incidências oblÍquas são usadas para localizar lesões e as projetarem de forma que fiquem
livres das estruturas que as sobrepõem (p.ex.: bifurcação traqueal, câmaras cardíacas).
Como nas radiografias de perfil a porção do tórax que toca o filme dá o nome à incidência
oblíqua (direita ou esquerda, posterior ou inferior).
RADIOGRAFIA DE TÓRAX ÁPICO-LORDÓTICA
Outra incidência importante é a lordótica que é feita com o paciente em posição ortostática em
AP e inclinado para trás cerca de 30 graus, apoiando a porção superior do tórax no chassi.
Utilizada para ver com maior clareza os ápices pulmonares. Possibilita a retirada das clavículas
da frente dos alvos.
Pode ser realizada com o paciente em decúbito ventral ou dorsal e raios-x horizontais.
Duas porções do pulmão, o lobo médio e a língula, são relativamente estreitos no diâmetro AP
e em casos de pneumonia ou colapso podem projetar sombras muito fracas. Na incidência
lordótica, os raios atravessam o diâmetro mais longo do lobo médio e da língula, de tal forma
que quando doentes, eles aparecem mais radiopacos.
MAGNIFICAÇÃO
PENUMBRA
Consiste na perda geométrica de nitidez.
As radiografias AP são tomadas a uma distância de 1,00m, desta forma aumentam a
deformidade e diminuem a nitidez.
A incidência ortostática é preferida em detrimento da em decúbito porque:
Mostra maior quantidade de pulmão uma vez que o diafragma está mais baixo.
É mais rápida.
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É mais fácil de atingir a distância de 1,80m de tal forma que as imagens são mais nítidas
e menos deformadas.
SILHUETA
É comum que uma lesão localizada atrás do coração, ou na base dos pulmões, seja invisível na
incidência PA, porque a sombra do coração e do diafragma a escondem, daí necessidade de
radiografia rotineira em perfil em conjunto com a PA.
LÍQUIDO NA CAVIDADE PLEURAL
O líquido na cavidade pleural é afetado pela gravidade, desta forma acumula-se sempre na
posição mais inferior (recesso costofrênico posterior e recessos costofrênicos laterais), salvo se
estiver septado/bloqueado.
NÍVEL HIDROAÉREO
Existirá em qualquer cavidade que contenha líquido e gás. É percebido pela mudança das
densidades, especialmente em incidências com raios-x horizontais.
Lembrar:
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Quase toda a intervenção radiológica, como por exemplo a radiografia e a tomografia, baseiam-
se na diferença de atenuação da radiação ao atravessar corpos diferentes. Assim, detectamos
estranhos ou vazios existentes em um dado material a partir das diferentes intensidades
produzidas num detector, geralmente um filme semelhante ao fotográfico, gerando um padrão
de contrastes.
A ocorrência de efeitos de difração (espalhamento), gera uma degradação do contraste,
criando uma região de transição de intensidades que por sua vez irá prejudicar a determinação
dos limites do objeto a ser detectado.
Existem grades anti-difusoras fixas e móveis. A grade fixa determina a absorção dos raios-x e
causa o aparecimento de finas linhas sobre o filme (gradeado). Este gradeado tende a piorar a
qualidade do filme. Para eliminar este gradeado e, por consequência, a nitidez da imagem
utiliza-se a grade móvel, chamada de Potter-Bucky.
PLANIGRAFIA
Outra técnica importante é a planigrafia, também chamada de tomografia linear.
Cuidado! Não é tomografia computadorizada.
Com esta técnica obtém-se radiografias de camadas do corpo do paciente, ao mesmo tempo
borrando as estruturas anteriores e posteriores a estas camadas. Esta técnica serve para botar
em evidência estruturas que de outra forma ficariam sobrepostas por imagens que diminuem
sua nitidez. O planígrafo consiste em um aparelho no qual o tubo e o filme movem-se
sincronicamente, mas em direções opostas. O fulcro ajustável é colocado na altura da lesão a
ser estudada.
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RADIOGRAFIA: ANATOMIA LOBAR – Victor Hugo
É absolutamente essencial o conhecimento da anatomia lobar e segmentar mais simples, para a
interpretação das radiografias de tórax.
Cada lobo é coberto pela pleura visceral. A pleura visceral cobrindo superfícies adjacentes de
dois lobos forma septos, que separam os lobos. O espaço entre os dois lobos chama-se cissura
inter-lobar.
OBS.: em radiologia torácica os termos septo e cissura são usados de forma indistinta.
Espessura da cissura – uma vez que o septo inter-lobar mede menos que 1mm de espessura, é
necessário que o feixe de raios-x seja paralelo ao longo eixo (ao plano) do septo para que este
seja visível na radiografia.
CISSURA OBLÍQUA
A grande cissura oblíqua do pulmão esquerdo separa o lobo superior do lobo inferior. Esta
cissura corre obliquamente para baixo e para a frente a partir do nível da quinta vértebra
torácica em direção ao diafragma, atingindo-o em um ponto logo atrás do seio costofrênico
anterior.
A cissura oblíqua não é comumente visível na projeção frontal porque não é paralela ao feixe
de raios-x.
No pulmão direito, a grande cissura separa os lobos superior e médio do lobo inferior. Com
exceção disso, o que foi dito em relação com a cissura esquerda se aplica também à direita.
Na radiografia de perfil, é frequentemente visível a intersecção da grande cissura com o
diafragma. Identificando de que diafragma se trata (pela bolha gástrica, ponta de coração)
pode-se identificar a grande cissura correspondente.
CISSURA HORIZONTAL
Existe uma outra cissura que é chamada “pequena cissura” ou “cissura horizontal”. Esta é
localizada no pulmão direito e separa o lobo superior do lobo médio. Uma vez que esta cissura
é horizontal, portanto paralela ao feixe de raios-x, na maior parte das vezes (55%), será vista
nas radiografias de PA e perfil.
OBS.: derrame inter-cissural (pseudotumor, tumor evanescente).
A pequena cissura é ausente ou incompleta em 25% dos indivíduos. Também, se a cissura for
algo inclinada, poderá não ser visível na radiografia.
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CISSURA DA VEIA ÁZIGOS
Existem cissuras acessórias. A mais comum é a chamada “cissura da veia ázigos” que ocorre em
consequência de anomalia da veia ázigos, que atravessa o lobo superior direito e que forma o
chamado “lobo ázigos” no pulmão.
CISSURA ACESSÓRIA INFERIOR
Outra cissura é a chamada “cissura acessória inferior” que separa o segmento basal medial do
lobo inferior, do restante do lobo.
As cissuras horizontal, ázigos, e acessória inferior são frequentemente vistas no pulmão direito,
mas raramente no pulmão esquerdo.
CISSURA ACESSÓRIA SUPERIOR
A cissura acessória superior separa o segmento superior de cada um dos lobos inferiores das
demais porções do lobo inferior, em cerca de 5% dos espécimes anatômicos.
OBS.: o deslocamento das cissuras de suas posições habituais é o sinal de maior confiança de
colapso lobar.
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RADIOGRAFIA: ANATOMIA SEGMENTAR – Victor Hugo
É necessário conhecer a anatomia segmentar do pulmão, para identificar os orifícios bronquiais
e extrair corpos estranhos pela broncoscopia, para encontrar a lesão na mesa operatória, para
prescrever a drenagem postural adequada para os abcessos pulmonares e para o diagnóstico
diferencial. Algumas afecções têm distribuição segmentar, outras não. Algumas doenças são
encontradas em determinados segmentos; outras quase nunca. Por estas razões é essencial o
conhecimento da anatomia segmentar para a compreensão da radiologia do tórax.
Cada lobo do pulmão é dividido em segmentos, que podem ser facilmente separados. Cada
segmento é “drenado” por seu próprio brônquio, que se chama brônquio segmentar.
LOBO SUPERIOR DIREITO
O brônquio do lobo superior direito (LSD) se origina ao nível da bifurcação traqueal (carina). Ele
tem três ramos segmentares que levam aos segmentos do lobo superior:
#1 – segmento apical
#2 – segmento anterior
#3 – segmento posterior
Estes números seguem o sistema de numeração de Boyden. Sempre são atribuídos na ordem
de origem dos brônquios segmentares do brônquio lobar.
LOBO MÉDIO DIREITO
O brônquio intermediário é a continuação do brônquio do pulmão direito depois de originar o
brônquio para o LSD.
O brônquio para o lobo médio direito (LMD) se origina do brônquio intermediário e divide-se
em dois brônquios segmentares:
#4 – segmento lateral
#5 – segmento medial
LOBO INFERIOR DIREITO
O brônquio para o lobo inferior direito (LID) é a continuação do brônquio intermediário abaixo
da origem do brônquio do LMD.
#6 – segmento superior
É brônquio segmentar mais alto do LID origina-se posteriormente, na mesma altura do
brônquio para o LMD. Drena o segmento superior do lobo inferior direito.
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#10 – segmento basal posterior
Estes brônquios segmentares restantes drenam quatro segmentos basais do LID.
LOBO SUPERIOR ESQUERDO
Da mesma forma que para o lado direito, o primeiro brônquio originado do brônquio principal
esquerdo é o brônquio para o lobo superior esquerdo (LSE). Ele se divide em um ramo superior
e outro inferior (ramo da língula).
OBS.: a língula é o homólogo do LMD à esquerda.
O ramo superior para o LSE tem apenas dois segmentos:
#2 – segmento anterior
O ramo inferior para o LSE ou ramo lingular, se divide em dois segmentos:
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Segmentação pulmonar
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RADIOGRAFIA: SINAL DA SILHUETA – Victor Hugo
Há quatro densidades radiográficas:
Gás
Gordura
Água
Metal (p.ex.: contraste, osso)
As estruturas anatômicas são reconhecidas na radiografia pelas suas diferenças de densidade.
As quatro densidades básicas são as armas do radiologista. Uma radiografia normal do tórax
mostra:
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SÍNDROME DE CHILAIDITI
Refere-se à interposição de uma porção do intestino – usualmente cólon – entre o fígado e o
diafragma direito (sinal de Riegler). Pode ocorrer em pacientes com doença pulmonar crônica,
cirrose pós-necrótica e ascite. Frequentemente é um achado incidental em indivíduos normais.
Pode simular pneumoperitôneo e determina alguma dificuldade para o diagnóstico se
associado com pnemoperitôneo.
Sinal de Riegler
Exercícios:
1) Indique se a estrutura abaixo citada é anterior ou posterior:
a) Botão aórtico: posterior.
b) Borda direita do coração: anterior.
c) Aorta descendente: posterior.
d) Borda esquerda do coração: anterior.
e) Aorta ascendente: anterior.
2) O LMD está em contato com quase toda a borda direita do coração salvo na sua porção
mais superior. Uma vez que a borda direita do coração é uma estrutura anterior, o LMD
deve ser uma estrutura anterior.
3) Se a borda direita do coração está apagada por uma lesão pulmonar, o sinal da silhueta
nos informa que a lesão é anterior e que se localiza no lobo médio.
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4) A porção mais superior da borda direita do coração e a aorta ascendente estão em
contato anatômico com o segmento anterior do lobo superior direito. Uma vez que a
borda direita do coração e a aorta ascendente são anteriores, o segmento superior do
lobo direito deve ser anterior.
5) A patologia do segmento anterior do LSD pode apagar que estruturas? Borda direita do
coração e aorta ascendente.
6) A língula está em contato direto com a borda esquerda do coração.
7) O LMD está em contato com a borda direita do coração.
8) O segmento anterior do lobo superior direito está em contato com a borda direita do
coração e a aorta ascendente.
O segmento anterior do lobo superior esquerdo está em contato com a borda esquerda do
coração. A maior parte da borda esquerda do coração, no entanto, está em contato com a
língula. O segmento apical-posterior do LSE está em contado anatômico com o botão aórtico.
O botão aórtico e este segmento são ambas estruturas posteriores.
9) O LID e o LIE são ambas estruturas posteriores. Não estão em contato anatômico com as
bordas cardíacas, que são estruturas anteriores. Patologia do LID não apaga a borda
direita nem a borda esquerda do coração.
Se a doença no campo inferior esquerdo apaga a borda do coração ela está localizada na
língula; se, no entanto, se superpõe, mas não apaga a borda cardíaca, está no lobo inferior.
Patologia no segmento superior, tanto do LIE quanto do LID se superpõe a borda cardíaca, mas
não apagará esta borda, porque os segmentos superiores são posteriores e o coração é
anterior.
Na incidência lateral se vê o diafragma direito em sua totalidade, e a metade posterior do
diafragma esquerdo. A parte anterior do diafragma esquerdo não aparece porque está em
contato com a densidade água do coração.
O sinal da silhueta pode induzir a erro em uma radiografia sub-penetrada (um filme que está
muito claro). Algumas vezes a borda cardíaca se superpõe à coluna e não faz saliência no campo
pulmonar inferior direito. A densidade cálcio (metal) da coluna, oculta a área adjacente à borda
cardíaca direita.
O sinal da silhueta não pode aplicar-se à borda cardíaca direita quando esta borda se superpõe
à coluna e se o filme for sub-penetrado.
As lesões calcificadas e as cavidades cheias de ar não produzirão sinal da silhueta porque têm
densidade diferente das estruturas descritas, isto é, não têm densidade água.
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RADIOGRAFIA: O SINAL DO BRONCOGRAMA AÉREO – Victor Hugo
Não podemos ver os brônquios intra-pulmonares numa radiografia normal de tórax. Para que
nós possamos vê-los é necessário injetar material de contraste (densidade metal) na sua luz.
As estruturas ramificadas visíveis na radiografia normal do tórax, são vasos sanguíneos que têm
densidade água. Porque contêm ar, porque estão cercados pelo ar nos alvéolos, e porque têm
paredes muito finas, os brônquios não são visíveis na radiografia simples do tórax.
A visualização do ar nos brônquios intra-pulmonares numa radiografia do tórax chama-se sinal
do broncograma aéreo. A presença de um broncograma aéreo é definitivamente anormal.
O sinal do broncograma aéreo depende das densidades água e gás. Se o brônquio contém gás,
para que seja visto na radiografia do tórax ele deve estar cercado por densidade água.
A pneumonia significa preenchimento dos espaços aéreos por células e secreções que têm
densidade água, e que por sua vez podem determinar o aparecimento do broncograma aéreo.
Também pode ocorrer no edema pulmonar, nos infartos pulmonares e em algumas lesões
crônicas.
A visualização dos brônquios demonstra que uma lesão é pulmonar e exclui lesão pleural,
mediastinal ou parietal.
Naturalmente, não há necessidade de ver broncograma aéreo para caracterizar que existe
doença pulmonar. Se os brônquios estiverem cheios de secreção ou destruídos, a lesão
pulmonar não evidenciará o sinal.
Exceção: nos lactentes e crianças de pouca idade, as porções próximas dos brônquios lobares
frequentemente estão contidas nas partes moles do mediastino. Da mesma forma que a
traqueia, elas podem ser vistas normalmente, pois são desenhadas pela densidade água do
mediastino.
Outros usos para o broncograma aéreo:
A aproximação dos brônquios denota segmento pulmonar ou lobo pulmonar colapsado. Isto
pode-se reconhecer pela broncografia, mas pode também tornar-se evidente quando se vê
brônquios cheios de ar que estão muito próximos uns dos outros.
Os brônquios dilatados (na broncografia) significam bronquiectasias. Da mesma forma, a
visibilização, na radiografia sem contraste, de brônquios dilatados cheios de ar denota
bronquiectasias.
Ocasionalmente pode-se identificar sinal do broncograma aéreo mesmo quando o infiltrado
pulmonar propriamente dito não é visível, como por exemplo, numa lesão atrás da porção
esquerda do coração.
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Assim, um processo patológico pulmonar pode ser reconhecido apenas pelo sinal do
broncograma aéreo.
Lembrar:
Só poderá apresentar broncograma aéreo a região que tenha brônquios, isto é, o pulmão. As
lesões do mediastino, da parede torácica e da pleura não poderão jamais apresentar o sinal,
simplesmente porque lhes falta um dos requisitos básicos do sinal que é a presença de
brônquios.
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RADIOGRAFIA: COLAPSO LOBAR E SEGMENTAR – Victor Hugo
ATELECTASIA (COLAPSO)
Atelectasia ou colapso pulmonar significa expansão incompleta do pulmão, com consequente
diminuição de volume da área comprometida. Pode ser congênita ou adquirida. É dita completa
quando as paredes alvéolo-ductais estão justapostas, sem ar ou qualquer produto patológico
entre elas. Em caso contrário é dita incompleta ou encharcada.
Morfologicamente apresenta parênquima denso, pouco elástico e desprovido de ar.
Um pulmão, um lobo, ou um segmente podem aumentar ou diminuir de volume em
determinadas circunstâncias. O colapso pulmonar traduz a redução do volume do pulmão, do
lobo, ou de um segmento.
Mecanismos que causam colapso:
Obstrução
Compressão
Contração
A causa mais comum do colapso é obstrução. A obstrução pode ser central, isto é, lesão única
bloqueando um brônquio segmentar ou lobar. Ou periférica, neste caso ocorrendo milhares de
pequenas rolhas que obstruem os pequenos brônquios.
No colapso obstrutivo o ar não pode entrar nos alvéolos distais à obstrução. O ar alveolar
anteriormente presente é absorvido, e o lobo correspondente, ou segmento, posteriormente
reduz seu volume, ou colapsa.
A forma central de colapso, que resulta de obstrução de um brônquio lobar ou segmentar pode
ser causada por uma lesão intrínseca ou extrínseca. A obstrução central intrínseca é mais
comumente causada pelo carcinoma broncogênico. Corpos estranhos e doenças inflamatórias
(p.ex.: tuberculose bronquial) constituem outras causas importantes do colapso obstrutivo
central intrínseco.
Causas de colapso central intrínseco por obstrução:
CA broncogênico
Corpo estranho
Dença inflamatória do brônquio.
Causas de colapso central extrínseco obstrutivo:
Linfonodos aumentados
Coração aumentado
Aneurisma
Tumor mediastinal
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Causas de colapso periférico obstrutivo:
Pneumonia pós-operatória
Causas de colapso por compressão:
Pneumotórax
Derrame pleural
Causas de colapso por contração:
Tuberculose
Silicose
Qualquer processo de fibrose pulmonar
BRONQUIECTASIA
Classificação:
Cilíndrica
Varicosa
Sacular
Na radiografia, podem ser demonstradas por brônquios dilatados com extremidades rombas.
Podem ocorre na forma cística, na qual se visualizam várias formações císticas com líquidos e
gases demonstrados por nível hidroaéreo.
O diagnóstico de bronquiectasia só é feito com a tomografia computadorizada.
ATELECTASIA DE FLEISCHNER
Muitos brônquios menores podem ser obstruídos em consequência de infiltrado inflamatório,
exsudato, muco, etc, resultando em colapso obstrutivo periférico.
O colapso obstrutivo periférico é comumente visto na pneumonia e após a cirurgia. Com
frequência desaparece espontaneamente quando as rolhas são absorvidas ou eliminadas por
ação da tosse.
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Atelectasia de Fleischner com hipoventilação das vases pulmonares
PNEUMOTÓRAX E DERRAME PLEURAL
O pneumotórax e o derrame pleural espremem o ar dos pulmões causando colapso por
compressão.
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OBS.: observar pequena densidade representando o pulmão colapsado, ausência de densidades
água que marcariam as estruturas vasculares e desvio do mediastino para o lado contralateral.
Nos pneumotóraces hipertensivos parciais é possível visualizar as bordas do pulmão no interior
do hemitórax.
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Na tuberculose crônica ou na fibrose pulmonar de qualquer causa, por exemplo a silicose, a
cicatrização pode resultar em colapso por contração.
A obstrução não causa invariavelmente colapso. Ocasionalmente, distalmente à uma obstrução,
acumula-se grande quantidade de secreções inflamatórias ou edema, impedindo a diminuição
do volume. Neste caso há uma obstrução brônquica sem redução do volume, sem colapso.
Nestes casos o segmento ou lobo afetados podem inclusive mostrar aumento de volume.
É fácil reconhecer um colapso por compressão pela evidenciação do pneumotórax ou do
derrame pleural que o causa.
No colapso por contração, a cicatriz irregular do segmento colapsado usualmente é evidente.
O colapso obstrutivo é frequentemente mais difícil de diagnosticar. Todos os sinais radiológicos,
diretos e indiretos, baseiam-se na redução do volume do lobo ou segmento afetado.
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Da mesma forma, no colapso do LSE, a traqueia se desloca de sua posição central na
linha média para o lado esquerdo como forma de preencher o espaço criado pelo
colapso. O deslocamento traqueal é pouco frequente no lobo médio, da língula ou dos
lobos inferiores pois estas áreas estão distantes da traqueia. No colapso acentuado de
um ou mais lobos, o coração e o mediastino podem ser deslocados para o mesmo lado
do colapso. O deslocamento de qualquer estrutura mediastinal constitui sinal indireto
de colapso.
Sinal indireto difícil de avaliar é a amplitude da caixa torácica do lado afetado. Para
compensar a redução do volume, as costelas se aproximam.
Finalmente, o pulmão normal adjacente à porção colapsada pode distender-se para
encher o espaço vazio. A isto chama-se enfisema compensador (vicariante) e se
reconhece pela transparência aumentada (mais preto que o contralateral).
Portanto, os cinco sinais indiretos são: deslocamento hilar, elevação do diafragma,
deslocamento das estruturas mediastinais, aproximação das costelas e enfisema vicariante.
Regra: o colapso causa deslocamento do hilo.
Exceção: o LMD e a língula, devido a seus tamanhos relativamente pequenos e a sua posição
central raramente causam deslocamento hilar.
No colapso acentuado do lobo inferior, a radiografia em PA pode mostrar deslocamento medial
da grande cissura. Esta é reconhecida como a margem externa de uma opacidade triangular
adjacente à coluna – o chamado sinal do esquadro.
Sinal do esquadro
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Quando apenas um segmento está colapsado, pode-se reconhecer os sinais diretos; os sinais
indiretos estarão ausentes. Dificilmente é possível diagnosticar colapso sub-segmentar na
radiografia simples, porque a redução total de volume é muito pequena.
O colapso total do pulmão frequentemente produz mais um sinal indireto – hérnia do pulmão
normal para o lado afetado. Esse sinal pode ocorrer no caso de colapso acentuado de um único
lobo.
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RADIOGRAFIA: DERRAME PLEURAL E PLEURAS – Victor Hugo
Os ângulos ou recessos costofrênicos se situam na base e em toda a periferia do tórax. Na
radiografia PA se visualizam os laterais (direito e esquerdo) e na radiografia em perfil, os
recessos anterior e posterior. As radiografias oblíquas auxiliam na visualização de outras facetas
dos recessos.
DERRAME PLEURAL
Consiste a presença de líquido na cavidade pleural, seja sangue, linfa, transudato, exsudato. É
reconhecido pela obstrução dos seios costofrênicos.
OBS.: em algumas situações os seios costofrênicos estão obstruídos, entretanto não há
derrame pleural. Nessas situações pode ter ocorrido algum processo inflamatório pleural que
determinou o espessamento das pleuras nessas regiões. Para diferenciar, além da radiografia
em PA, necessita-se realizar radiografia em decúbito lateral com raios-x horizontais. Se for
derrame pleural, ele escorre e afasta o pulmão da parede do tórax.
Causas de derrame pleural:
Insuficiência cardíaca
Doenças inflamatórias (p.ex.: tuberculose, pneumonia)
Metástases, etc
Mecanismos de derrame pleural:
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A ultrassonografia é útil para a avaliação de derrames pleurais septados.
Os derrames pleurais livres formam meniscos em suas porções superiores em contato com a
parede torácica.
Elevação do diafragma à radiografia, sem evidência de derrame pleural, pode significar cinco
elementos:
Feto
Gordura
Fluído (p.ex.: ascite)
Fezes (p.ex: obstrução intestinal, megacólon)
Paralisia de nervo frênico
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RADIOGRAFIA: O ESPAÇO EXTRA-PLEURAL – Victor Hugo
A cavidade pleural é limitada pelos folhetos visceral e parietal da pleura. O espaço extra-pleural
circunda a cavidade pleural. Ele fica entre o arcabouço ósseo e a pleura parietal.
O espaço extra-pleural é um espaço potencial, uma vez que a pleura parietal é bastante
aderente à fáscia endotorácica.
CONDROMA DE 1ª COSTELA
Lesões originadas em estruturas do espaço extra-pleural ou na sua vizinhança, podem
estender-se a ele. As costelas são a origem mais frequente de lesões extra-pleurais,
fundamentalmente metástases para costelas.
SARCOMA DE EWING (TUMOR DE ASKIN)
Além das costelas, as partes moles do espaço extra-pleural e das regiões inter-costais
adjacentes podem dar origem a lesões extra-pleurais. As partes moles incluem tecido
conjuntivo, músculos, nervos e vasos.
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Calcificação pleural
OBS.: observar intensa radiopacidade representando as pleuras ao lado da coluna vertebral.
Locais de origem das lesões extra-pleurais:
Costelas
Partes moles (nervos, músculos, vasos, tecido conjuntivo)
Pulmão e pleura
Várias doenças podem atingir o espaço extra-pleural: neoplasias, infecções (especialmente
tuberculose e micose) e hematomas. A mais comum é a metástase neoplásica. O local de
preferência de metástase neoplásica são as costelas.
As lesões do espaço extra-pleural frequentemente produzem imagem radiológica característica.
Em virtude dos folhetos parietal e visceral intactos que a recobrem, uma lesão extra-pleural
frequentemente apresenta contornos muito nítidos contra o pulmão.
A pleura parietal é bastante aderente à superfície interna da parede torácica e não se separa
facilmente dela. Por isto as margens de uma lesão extra-pleural usualmente são afiladas
(ângulo aberto entre a lesão e o pulmão). Este afilamento e os contornos nítidos são os dois
sinais que marcam a lesão extra-pleural.
A lesão extra-pleural frequentemente é convexa para o pulmão. Essa convexidade é o terceiro
sinal de doença extra-pleural.
Um quarto sinal refere-se à origem mais frequente das doenças extra-pleurais, que é a
destruição das costelas.
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Mesotelioma pleural maligno em pulmão direito – neoplasia das pleuras
A lesão extra-pleural usualmente não rompe para o espaço pleural. Por isso o espessamento
pleural e o derrame pleural estão ausentes nas lesões desse tipo. Se ocorre a extensão através
da pleura parietal, a maior parte dos sinais extra-pleurais desaparece. Mas um sinal, que estava
presente originalmente, a destruição costal, permanece sempre.
Portanto, os cinco sinais de lesão extra-pleural são:
Bordas nítidas
Margens afiladas
Convexidade para o pulmão
Destruição das costelas
Ausência de comprometimento pleural
Nem todas as lesões mostram todas essas alterações, nem os sinais são patognomônicos,
exceto o comprometimento costal.
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ULTRASSONOGRAFIA – Victor Hugo
Existem duas nomenclaturas que descrevem o mesmo procedimento: ultrassom e ecografia.
Os cardiologistas costumam chamar a ultrassonografia do coração de ecocardiografia.
É um método diagnóstico por imagem que utilizada ondas sonoras acima das audíveis pelo ser
humano (20-20000Hz), chamadas ultrassom. O ultrassom é uma onda mecânica que se propaga
apenas em meio físico.
Os ultrassons usualmente operam na frequência de 2-18MHz.
TRANSDUTORES
A ultrassonografia utiliza basicamente:
Transdutor – peça que encosta no paciente. De onde as ondas são emitidas. Transforma
energia elétrica em ondas sonoras. Existem muitos tipos de transdutores, que terão uso
adequado dependendo do tipo de exame a ser realizado. Podem ser lineares, convexos,
eletrônicos, mecânicos.
Os transdutores lineares produzem uma imagem menor, com uma definição melhor. Os
transdutores convexos produzem imagens maiores, porém um pouco distorcidas.
Quando maior a frequência, menor a penetração das ondas sonoras e maior a nitidez das
estruturas. Existem transdutores de 50MHz utilizados para examinar a pele, por exemplo.
MODO B
Modo B de imagem é o mais utilizado na ultrassonografia. Forma as imagens visualizadas.
MODO M
Modo M é utilizado na ecocardiografia para medida de cavidas em movimento (p.ex.:
ventrículos).
EFEITO DE DOPPLER
O Doppler é um recurso utilizado para estudar estruturas vasculares. Permite avaliar a
velocidade do fluxo sanguíneo. Utilizado para demonstrar BCFs no primeiro trimestre de
gestação.
Quando no efeito de Doppler há aumento de fluxo entre dois pontos, pode ser que exista
algum tipo de estenose. Dependendo grau de alteração de velocidade, teremos um grau
diferente de estenose.
Existe Doppler pulsado e Doppler contínuo. O primeiro emite um pulso e capta as ondas que
voltam. O segundo utiliza dois transdutores, um deles emite um pulso e outro capta as ondas
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que voltam. No Doppler pulsado é possível selecionar ondas de um determinado local que o
examinador deseje.
No Doppler pulsado, se necessita em conjunto um modo B (que gera imagens), para que se
saiba de que local as ondas estão sendo reenviadas.
IMPEDÂNCIA
É a dificuldade que um ultrassom tem de penetrar no interior de um determinado órgão.
OBS.: os inimigos da ultrassografia são os gases, pois todas as ondas são refletidas e não os
transpõem, e os ossos porque as ondas não os atravessam também.
OBS.: o gel do ultrassom facilita a formação de uma superfície adequada para a propagação
correta dos ultrassons.
VANTAGENS DA ULTRASSONOGRAFIA
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ULTRASSONOGRAFIA OBSTÉTRICA – Victor Hugo
A ultrassonografia começou a se desenvolver com a obstetrícia. Ao longo dos anos foi sendo
desenvolvida para aplicação nas mais diversas áreas médicas.
Os aparelhos de ultrassom são constituídos basicamente por: gerador de pulsos e transdutor.
O ultrassom tem utilidade para evidenciar se a gestação é tópica ou ectópica, para verificar o
número de fetos, para constatar a placentação, para calcular idade gestacional, para
diagnóstico de anormalidades fetais, para diagnóstico de velocidade placentária (técnica de
Doppler).
No primeiro trimestre: identificar se a gestação é intrauterina, verificar se está bem implantado
o saco gestacional, idade gestacional (melhor trimestre para isto), BCFs, corionicidade, avaliar
presença de miomas, útero bicorno, avaliação dos ovários, etc. Preferencialmente, transvaginal.
No segundo e terceiro trimestres: medidas fetais, etc.
Para visualizar o útero é necessário que a paciente esteja com a bexiga cheia para que as alças
intestinais sejam deslocadas do campo de visão. Se visualiza o útero através da bexiga. Nos US
transvaginais isto não é necessário, apenas nos abdominais.
Exames transabdominais antes das 18 semanas devem ser realizados com a bexiga
moderadamente cheia. Após as 18 semanas a bexiga pode estar vazia.
Para exames que não sejam pélvicos ginecológicos, é necessário que o paciente esteja em jejum
para evitar a formação de gases no abdome. Também é necessário quando se examina a
vesícula biliar, pois ela necessita estar cheia.
31
estimativa de idade fetal. A partir das 20 semanas iniciam as influências genéticas que alteram
o crescimento padrão.
A vesícula vitelina necessita ter no máximo 5mm. Acima disto há anormalidade.
O embrião é visualizado na US transvaginal com 16mm, e na US transabdominal com 25mm.
Sinais precoces de gestação inviável:
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ULTRASSOM DE FÍGADO E VIAS BILIARES – Victor Hugo
As calcificações em ultrassonografia produzem sombra acústica.
PNEUMONIA PULMONAR
Em processos pneumônicos, ao exame de ultrassonografia, o pulmão pode parecer similar ao
fígado em virtude da fase de hepatização vermelha.
CIRROSE HEPÁTICA
A cirrose hepática cursa com fibrose hepática e, no exame ultrassonográfico, as veias hepáticas
vão apresentar paredes espessadas e calibre reduzido. Visível quando está em estágios
avançados, com alteração da estrutura hepática.
O fígado com cirrose hepática avançada ocupa pequena parte do campo ultrassonográfico, em
virtude de tamanho reduzido. A superfície do fígado fica irregular.
LITÍASE BILIAR
Vesícula biliar com cálculos apresenta-se hiperecogênica com sombra acústica posterior. A
parede tem aparência escleroatrófica, pela fibrose desenvolvida pela agressão crônica dos
cálculos.
OBS.: a parede da vesícula biliar pode estar espessada por reparação, inflamação ou neoplasias.
NÓDULOS HEPÁTICOS
Nódulo hepático invadindo a veia cava inferior pode ser hemangioma.
Deve-se ter cuidado com lesões nodulares, pois podem ser benignas ou metástases.
Nódulos hiperecogênicos e, no mesmo paciente, nódulos hipoecogênicos com limites
imprecisos podem representar metástases. A ecogenicidade das metástases independe do foco
primário.
CISTOS HIDÁTICOS
Nódulo hiperecogênico com sombra acústica posterior pode representar cisto hidático
calcificado. Caso não sejam calcificados são hipoecogênicos. Em geral contém “areia hidática”
que nada mais são resíduos celulares em seu interior. Também podem ocorrer septações que
limitam cistos no interior.
NÓDULOS EM CABEÇA DE PÂNCREAS
Podem ocorrer em casos de adenocarcinoma de cabeça de pâncreas ou em pancreatites que
atinjam a porção da cabeça.
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VESÍCULA BILIAR
O melhor exame para pesquisar cálculos biliares é a tomografia computadorizada sem
constraste. Habitualmente se pede ultrassonografia para pacientes em crise de cólica biliar,
entretanto nem todos os cálculos podem ser visíveis.
Toda vez que se faz um exame com contraste, antes sempre se faz um sem contraste. Isto
possibilita a evidenciação de cálculos.
É comum encontrar cálculos impactados na região do infundíbulo da vesícula. Há formação de
sombra acústica posterior. É possível visualizar resíduos dentro da vesícula, os quais se
acumulam e à longo prazo podem formar novos cálculos.
Na colecistite aguda pode se visualizar ou não cálculos (alitiásica) com presença de resíduos
celulares. A parede da vesícula fica espessada e o diâmetro transversal muito aumentado. As
vesículas com diâmetro > 4cm têm grande risco de rotura. Comum ver líquido ao redor da
vesícula nas inflamações agudas.
Algumas estruturas podem simular a vesícula biliar: estômago cheio de líquidos, alça intestinal
cheia de líquidos. É preciso ter atenção!
OBS.: uma parede de vesícula biliar mede menos que 3mm.
Imagens ecogênicas presas na parede da vesícula biliar podem ser cálculos de colesterol ou
pólipos parietais.
NEOPLASIA DE VESÍCULA BILIAR
Espessamento importante da parede da vesícula (p.ex.: 13mm).
COLECISTITE CRÔNICA
Seios de Rokitansky-Aschoff provocam um sinal ecogênico denominado “artefato em cauda
cometa”. Significa que a vesícula tem colecistite crônica.
VESÍCULA ESCLEROTRÓFICA
Vesícula biliar de volume acentuadamente reduzido, com paredes espessadas e contendo
cálculos. Não é funcional, a ressecção é recomendada.
CISTO DE VIA BILIAR
Ocorre mais em crianças. Pode ser intra (doença de Caroli) e extra-hepática.
TUMOR DE KLATSKIN
Na confluência dos ductos hepáticos.
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ADENOCARCINOMA DE CABEÇA DE PÂNCREAS
Massa na cabeça do pâncreas e via biliar dilatada (>6-7mm).
COLANGIOCARCINOMA
Via biliar dilatada com material ecogênico no interior. As vias biliares intra-hepáticas também
podem estar dilatas.
OBS.: vesícula biliar contraída é normal nos estados pós-prandiais. Em jejum, indica processo de
hepatite.
O ducto pancreático principal (Wirsung) normal deve ter no máximo 2mm de diâmetro.
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ULTRASSONOGRAFIA DE RINS, VIAS URINÁRIAS E TESTÍCULOS – Victor Hugo
Urografia excretora – é um método para visualizar o interior das vias urinarias. Analisa a função
renal. Consiste na injeção de contraste por via venosa que em seguida é eliminado via renal.
Possibilita visualizar um molde das vias urinárias.
A ultrassonografia, em contrapartida, é um método morfológico.
ULTRASSONOGRAFIA RENAL FETAL
Nas US obstétricas já é possível examinar os rins dos fetos. Assim se pode medir a pelve renal,
visualizar o parênquima renal.
OBS.: dilatação da pelve renal em fetos pode indicar alteração no sistema renal (p.ex.:
hidronefrose, má-formação do sistema coletor, estenose da JUP, estenose de valva de uretra
posterior).
O rim do recém-nascido as pirâmides renais são bem escuras ao exame ultrassonográfico –
pode confundir com cistos renais.
LITÍASE RENAL
Detectável por ultrassonografia, entretanto, o melhor método para visualizar é a tomografia
computadorizada em contraste.
Os locais mais fáceis de encontrar cálculos na ultrassonografia são o ureter proximal e a parte
intramural dos ureteres. Em pacientes magros é possível visualizar cálculos ao longo de toda via
urinária.
Nos rins, as paredes entre um cálice e outro e as estruturas vasculares ateromatosas
calcificadas podem produzir sombra acústica! Cuidado para não confundir com litíase.
HIDRONEFROSE
Uma das consequências da litíase renal. Pelve renal fica muito dilatada em relação ao
parênquima. Os cálices também se encontram dilatados.
MAL-FORMAÇÕES RENAIS
Rim ectópico, rim em ferradura, rim em bolo, rins policísticos.
Os rins policísticos se apresentam aumentados e contendo múltiplos cistos em seu interior. É
uma entidade geneticamente transmitida, por isso, quando encontrada é necessário examinar
os familiares do paciente.
ANGIOMIOLIPOMA
Geralmente na extremidade dos rins. Apresenta-se branco (hiperecogênico) no exame de
ultrassonografia.
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URETERITE EOSINOFÍLICA
Estreitamento da JUP com hidronefrose bilateral. Os ureteres ficam dilatados também.
ENDOMETRIOSE EM BEXIGA
Nódulo na parede da bexiga em associação com histórico de hematúria em períodos
menstruais.
NEOPLASIA DE TESTÍCULOS
Os testículos normais são homogêneos e com limites bem definidos.
Testículos com áreas hiperecogênicas e hipoecogênicas induzem ao diagnóstico de neoplasia. É
preciso analisar o retroperitôneo com US abdominal para avaliar presença de metástases.
HIDROCELE E ESPERMATOCELE
A hidrocele se caracteriza como a presença de liquido na bolsa escrotal, porém anterior aos
testículos. Já a espermatocele é posterior e na topografia do cordão espermático.
A hidrocele ainda, pode ser septada, sendo chamada de complicada.
VARICOCELE
Varizes do plexo pampiniforme. Dilatação das veias acima de 3mm. Ao Doppler colorido o
sangue reflui durante a manobra de Valsalva. Mais comum ao lado esquerdo, em virtude da
pinça aortomesentérica que pode estenosar a veia renal esquerda. No lado direito é incomum
pois a veia gonadal desemboca direto na veia cava inferior.
CISTO DE ÚRACO
Ao corte longitudinal de bexiga, presença de um tumor no teto da bexiga, que não faz parte da
mucosa.
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ULTRASSONOGRAFIA VASCULAR – Victor Hugo
A ultrassonografia vascular se aplica tanto para artérias quanto para veias. Em grande parte, é
utilizada para visualizar se os vasos estão com estrutura adequada. No território arterial, se
presta para a investigação de estenoses e/ou obstruções. Já no território venoso, tem aplicação
na busca de varizes e tromboses venosas.
Nos vasos sanguíneos normais há um fluxo especifico quando o coração está em sístole e outro
quando o coração está em diástole.
Existe a ideia de que lesões tumorais tem um comportamento vascular particular. Por ter várias
anastomoses possuem fluxo diastólico muito mais amplo. Apesar disto, nem todas os tumores
apresentarão este tipo de comportamento – não se confia no Doppler para identificar se uma
estrutura é benigna ou maligna. Se pode avaliar os aspectos morfológicos da lesão, mas
somente a biópsia pode dizer se o tecido é benigno ou maligno.
Doppler colorido - quando se examinam vasos é comum lançar mão do ecodoppler colorido.
Com ele, é possível detectar distúrbios de fluxo sanguíneo para o diagnóstico de estenoses
vasculares.
ANEURISMA DE AORTA
É possível realizar ultrassons transesofágicos para visualizar a aorta, em virtude da proximidade
do esôfago com as porções superiores desta artéria.
O aneurisma de aorta é muito comum em idosos e fumantes. Se considera aneurisma quando o
diâmetro da aorta sofre um crescimento de 50% acima do normal ou quando supera 3,5cm de
diâmetro. O aneurisma, frequentemente, pode se dilatar até 5cm com certa segurança. Acima
desta marca é necessário operar. A velocidade de crescimento também é critério para
abordagem cirúrgica.
OBS.: a correção cirúrgica consiste na implantação de stents.
DISSECÇÃO DE AORTA
São as dissecções da camada íntima da aorta – quando ela descola do resto da parede. Na
ultrassonografia é possível visualizar o espaço descolado.
Nessas situações o sangue pode percorrer pelo espaço descolado formando um pseudocanal
(entre a íntima e a média) com fluxo errátil neste local.
TROMBOSE VENOSA
Trombose venosa é comum em ambos os membros inferiores.
As veias que compreendem o exame dos membros inferiores são as veiais tibiais, femorais,
ilíacas e veia cava inferior.
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No exame normal das veias, quando há compressão do transdutor sobre o vaso ele necessita
colabar. Se isto não ocorrer, há alguma alteração venosa – na maioria das vezes em virtude de
trombo no interior do vaso.
A rotina do exame inicia com a visualização das veias mais inferiores no sentido das superiores,
até chegar ao abdome.
OBS.: compressão extrínseca de veias ilíacas por aneurismas de artérias ilíacas pode ser causa
de edema em membros inferiores.
OBS.: presença de fluxo venoso pulsátil em veias, ao Doppler, nos faz pensar em fístula
arteriovenosa.
DERRAME PERICÁRDICO
Pode ser muito facilmente evidenciado pelo exame de ultrassonografia. A veia cava inferior fica
distendida pois o coração não consegue bombear o sangue por conta do tamponamento
cardíaco. É possível ver sangue na topografia do pericárdio.
BIFURCAÇÃO DA ARTÉRIA CARÓTIDA COMUM
As doenças isquêmicas cerebrais, em grande parte, ocorrem por êmbolos que se originam na
bifurcação carotídea. Neste local há fluxo turbulento e que agride a íntima do vaso,
possibilitando o desenvolvimento de placas ateromatosas.
Ao exame de ultrassonografia se pesquisa placas de ateroma.
OBS.: quando a estenose chega à 70%, há indicação cirúrgica.
ARTERITE DE CARÓTIDAS
Há espessamento das paredes das carótidas ao exame ultrassonográfico.
OBS.: a estenose de artéria carótida externa não traz repercussões importantes pelo fato de ela
vascularizar parte do escalpo e face.
TROMBOSE DAS ARTÉRIAS CARÓTIDAS
Ausência de cor ao Doppler indica ausência de fluxo no interior do vaso. Isto pode ocorrer nos
casos de trombose arterial.
VARIAÇÕES ANATÔMICAS VASCULARES
Também podem ser evidenciadas pela ultrassonografia vascular.
ESTENOSE DE ARTÉRIAS
Evidenciado pelo Doppler colorido. Para quantificar a estenose, se utiliza do Doppler pulsado.
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Para avaliação da carótida interna, por exemplo, se mede o fluxo da carótida comum e da
carótida interna que está estenosada. Após, divide-se o valor do fluxo da artéria carótida
interna (maior fluxo) pelo valor do fluxo na carótida comum (menor fluxo). Se o resultado for
maior que 3,5 há uma estenose significativa – superior à 75%.
SÍNDROME DO ROUBO DA SUBCLÁVIA
No Doppler se percebe maior refluxo sanguíneo das artérias vertebrais em direção às subclávias
quando há diástole cardíaca. Ocorre por estenose da origem proximal das subclávias.
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PRINCÍPIOS FÍSICOS: MÉTODOS DE EXPLORAÇÃO RADIOLÓGICA – Laura Gomes
A radiologia é a especialidade médica que utiliza qualquer forma de radiação, seja ela ionizante,
sonora ou magnética, passível de transformação em imagens. Conforme o tipo de radiação
utilizada, se obterá um tipo de imagem diferente.
A imagem médica é uma janela para o corpo. Nenhum tipo de imagem mostra tudo. Deve-se
aprender as bases da formação da imagem para correlacionar os sinais e sintomas do paciente
com as alterações de imagem correspondentes – importante para não requisitar exames de
imagem sem necessidade.
Os exames de imagem não são comparáveis entre si. Cada um tem os seus benefícios e são
adequados para cada tipo de estudo de órgão.
O objetivo do radiodiagnóstico é tornar um objeto ou uma situação no interior do corpo visível
para o observador. A visibilidade de estruturas anatômicas especificas depende das
características da técnica de radiodiagnóstico em particular e da maneira como ela é operada.
A melhor forma de realizar um exame objetivo é ter em mãos dados da história clínica do
paciente. Deve-se informar no pedido o porquê está sendo requisitado o exame, o que já foi
evidenciado pela história clínica e outros exames, e o que se espera ver.
Técnico de radiologia: manutenção dos aparelhos, qualidade da imagem e exposição do
paciente.
Radiologista: orientação da técnica do exame, reconhecimento de artefatos, diagnóstico
correto.
Médico solicitante: solicitar o método correto para chegar ao diagnóstico e não submeter o
paciente a riscos desnecessários (p.ex.: risco da radiação, risco de utilização de contrastes).
RADIOLOGIA CONVENCIONAL
Radiação é energia que se move através do espaço de um objeto (fonte) a outro, onde é
absorvida.
Raios-x são radiações eletromagnéticas de pequeno comprimento de onda que se propagam
em linha reta, com a velocidade da luz, ionizando a matéria, inclusive o ar. Podem ultrapassar,
ser absorvidos ou refletidos pela matéria, dependendo do número anatômico desta e da
energia dos raios.
A absorção dessa energia em forma de radiação pode acarretar danos biológicos a curto e
longo prazo. Esses efeitos biológicos podem ser transitórios (alterações sanguíneas) ou
permanentes (alterações genéticas).
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PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
A sala de exames deve apresentar paredes blindadas com placas de chumbo ou argamassa
baritada que impossibilitam a passagem de radiação para o meio externo.
Os profissionais que trabalham neste setor devem usar anteparos, biombos, vidros
plumbíferos, aventais de chumbo (se for necessário ficar em contato com o paciente durante o
exame) e outros acessórios que reduzam a exposição desnecessária à radiação (protetores de
gônadas, protetores de tireoide).
Dosímetro – uma espécie de crachá que absorve os raios-x e permite saber o quanto de
radiação um profissional esteve exposto.
EFEITOS DA RADIAÇÃO
Curto prazo (horas, dias, semanas): relacionados a grande quantidade de radiação em grandes
áreas corporais em um curto período de tempo. Por exemplo, os efeitos colaterais devido a
radioterapia (náuseas, vômitos, diarreia).
OBS.: a radiação tem efeito cumulativo!
Longo prazo: grandes exposições em curto espaço de tempo ou pequenas quantidades de
radiação em um longo período de tempo (p.ex.: múltiplos exames de raios-x).
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RECEPTOR RADIOGRÁFICO (RAIO-X CONVENCIONAL)
Filme: placa de poliéster recoberta por gelatina e cristais de prata (sensível a luz e à radiação).
Écran: folha de plástico revestida por material fluorescente que emite luz ao ser irradiado.
Forra o chassis.
Chassis: estojo onde o filme virgem é colocado para protegê-lo da luz.
TELAS INTENSIFICADORAS
A principal função das telas é reduzir a necessidade de raios-x incidindo sobre o paciente (cerca
de 100 vezes), pois elas convertem raios-x em luz.
O filme é muito mais sensível à luz do que aos raios.
PROCESSO FOTOGRÁFICO
Primeira etapa
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DENSIDADES RADIOGRÁFICAS
Os raios-x absorvidos no corpo do paciente não sensibilizam o filme e correspondem a áreas
brancas após a revelação.
As áreas negras indicam que a radiação não sofreu obstáculos, atravessando o corpo e
sensibilizando o filme.
CONTRASTE RADIOLÓGICO
Um objeto dentro do corpo só será visível se ele tiver contraste físico suficiente em relação aos
tecidos vizinhos. Por exemplo, o contraste natural entre o ar dos pulmões (preto) em relação ao
mediastino (branco).
Contrastes artificiais à base de iodo ou bário, que apresentam densidade metálica, geram
imagens radiopacas para órgãos a serem visualizados (p.ex.: urografia excretora, enema opaco).
RADIOLOGIA DIGITAL
Radiologia digital ou DR, consiste de aparelhos de raios-x que possuem uma placa de circuitos
sensíveis aos raios-x, que geram imagens digitais e as enviam diretamente para o computador
na forma de sinais elétricos.
Radiografia computadorizada ou CR, consiste de aparelhos radiológicos convencionais, porém
que não possuem chassis com filmes radiológicos em seu interior, e sim, chassis com placas de
fósforo.
Impressoras Dry – imprimem as imagens digitais à seco (sem processo de revelação, lavagem e
secagem).
Digital vs Convencional:
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Facilidade de armazenamento e recuperação da imagem – armazenamento em bases de
dados eletrônicos.
MAMOGRAFIA
A mamografia utiliza uma ampola de raios-x com anodo de molibdênio com um filtro de Mo de
0,03mm operado a aproximadamente 30kV, na qual a maioria das interações é fotoelétrica,
resultando em uma técnica de contraste muito elevado.
A mamografia fornece imagens dos tecidos conjuntivos glandulares fibrosos de baixo contraste,
bem como microcalcificações com apenas 0,1mm de diâmetro.
É necessária excelente resolução espacial e de contraste.
Sempre deve ser feita compressão da mama durante a mamografia para reduzir sua espessura.
A espessura reduzida resulta em menor dispersão e melhora do contraste.
Estruturas visualizadas normalmente na mamografia: mamilo, pele, vasos sanguíneos, ductos,
ligamentos de Cooper e linfonodos.
RADIOSCOPIA (INTENSIFICADOR DE IMAGENS OU FLUOROSCOPIA)
Intensificador de imagem: ampola de raio-x acoplada a uma tela fluorescente (fluoroscopia).
Acoplamento de monitor de vídeo permitindo avaliação em tempo real. Avaliação dinâmica.
Muito utilizado nos blocos cirúrgicos para realização de estudo radiográfico transoperatório.
Radioscopia
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA – Laura Gomes
Tomos significa corte. É um exame que permite a visualização do paciente através de fatias.
Utiliza uma ampola de raios-x semelhante ao estudo radiológico convencional com a diferença
de que esta ampola gira em torno do paciente durante o exame. Cada corte compreende de um
giro de 360o da ampola de raios-x. O paciente é irradiado em vários ângulos.
Os tubos são colimados (espaço em janela por onde se permite a passagem do raio-x), de modo
a formar um feixe que irradia apenas um corte fino pré-determinado do paciente.
A energia gerada pelos raios-x é depositada nos detectores e armazenada em computador para
ser realizada leitura digital. Cada vez que o tubo emite um pulso, cada detector mede o
logaritmo da intensidade que recebe (método matemático). Isto diferencia a tomografia da
radiologia convencional, a qual depende da sensibilização de filme radiográfico.
O processo de leitura radiográfica do paciente na tomografia é denominado varredura.
OBS.: cada órgão tem o seu coeficiente de atenuação específico. Por conta disso, os contrastes
na tomografia são muito mais diversos do que na radiografia convencional.
O coeficiente de atenuação é dado em unidades Hounsfield (UH).
Ar: - 1000 UH
Gordura: - 110 a - 50 UH
Água: 0 UH
Líquor: 0 a 10 UH
Sangue: 30 a 60 UH
Fígado: 60 a 80 UH
Músculo: 40 a 60 UH
Osso: 200 a 2000 UH
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Quanto menos denso (atenuação), mais próximo do preto. Quando mais denso, mais próximo
do branco. A partir disto, o ar é a estrutura mais preta e o osso é a estrutura mais branca à
tomografia.
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TIPOS DE TOMOGRAFIA
Existem dois tipos de tomografia: a sequencial e a espiral.
Na sequencial (convencional), faz-se um corte por aquisição. O paciente precisa realizar várias
apneias e ser irradiado diversas vezes para a realização do exame.
Na espiral (helicoidal), há movimento continuo do tubo de raios-x e da mesa do tomógrafo. São
divididos em single slice e multi slice. Este último permite que a cada giro do tubo seja possível
adquirir vários cortes do paciente (mais rápido).
O tempo do exame depende da área que precisa ser percorrida no paciente, velocidade de giro
do tubo e velocidade de deslocamento da mesa tomográfica.
TOPOGRAMA
Primeira imagem que se obtém no exame de tomografia. A partir dela se programa o exame. É
nada mais que uma radiografia digital do paciente.
Com o topograma se seleciona a região que se deseja mapear.
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POSICIONAMENTO DO PACIENTE
Em decúbito dorsal. Braços elevados acima da cabeça para reduzir os artefatos do feixe pelos
ombros e membros superiores.
Decúbito ventral quando os lobos posteriores dos pulmões são de interesse primário (doença
intersticial sutil).
DOSE DE IRRADIAÇÃO
Muito mais elevada que na radiologia convencional.
É necessário cuidado na indicação do exame para mulheres em idade fértil e em crianças.
Pode-se aumentar a dose de raios-x em pacientes obesos com lesões focais.
CONTRASTE ENDOVENOSO NA TOMOGRAFIA
Jejum de 4h, em virtude de náusea e vômito que podem ser provocados pelo contraste. Cateter
venoso de calibre adequado abocath 18. Obter acesso antes de entrar na sala de exame. Pode
ser utilizada bomba injetora.
O exame com contraste deve ser realizado com aquisições em três fases:
Fase pré-contraste
Fase arterial → quando o contraste está todo no sistema arterial.
Fase tardia → quando o contraste está todo no sistema venoso.
O contraste endovenoso tem indicação nos estudos vasculares (aneurismas, embolias), de
massas/lesões focais (avaliar densidade pré e pós contraste) e do mediastino.
ARTEFATOS NA TOMOGRAFIA
É muito importante saber reconhecer os artefatos para não confundir com lesões.
Artefatos metálicos: de corpos estranhos metálicos, como próteses. As estruturas situadas
atrás do metal não são detectadas, formando imagens lineares pretas.
Artefatos de movimento: são decorrentes de movimentos voluntários ou não do paciente
(respiratório), gerando imagens tremidas (sem nitidez), menos definidas.
OBS.: todo exame de tomografia é realizado em apneia para evitar a formação de artefatos de
movimento.
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Artefato metálico em tomografia computadorizada de crânio (projétil de arma de fogo)
VOLUME PARCIAL
O efeito de volume parcial ocorre quando estruturas anatômicas não ocupam totalmente a
espessura do corte, podendo simular lesões que na verdade não existem.
Parênquima pulmonar
Vasculatura pulmonar
Pleura
Mediastino
Parede torácica
Intervenção
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DO MEDIASTINO – Laura Gomes
REVISÃO ANATÔMICA
O mediastino é dividido em:
Superior
Anterior – entre o esterno e o coração. Anterior ao coração e aos grandes vasos.
Médio – coração, aorta e ramos arteriais pulmonares e traqueia.
Posterior – posterior ao coração. Aorta descendente, esôfago.
LESÕES DO MEDIASTINO
É importante relembrar a anatomia pois existem lesões específicas de cada compartimento do
mediastino.
Superior – lesões de tireoide e paratireoide.
Anterior – timoma, teratoma, linfoma, bócio, linfangiomas, tumores de células germinativas,
cisto pericárdico, hemangiomas, higroma cístico, hérnia de Morgani, aneurisma de aorta
ascendente.
Médio – cisto broncogênico, cisto pericárdico, linfoma, aneurisma de crossa da aorta.
Posterior – tumores neurogênicos, meningoceles, hérnia de Bochdaleck, hérnia hiatal, cisto
gastroentérico.
Massas de mediastino
Timo
Teratomas
Tireoide
Cistos
Esôfago
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Linfonodos mediastinais
Linfoma
Leucemia
Sarcoidose
Tumor metastático
O primeiro passo para investigação de lesões mediastinais é a radiografia. Após, se realiza o
estudo tomográfico para que seja possível evidenciar a localização exata, se a lesão é solida ou
cística, se é muito ou pouco vascularizada (importante para indicar a possibilidade de biópsia).
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Tromboembolismo agudo em tomografia contrastada
Aneurisma de aorta
Dissecção de aorta – aparece com uma linha hipodensa na aorta.
Trauma torácico
Malformações congênitas
OBS.: 4cm – ectasia de aorta. 5cm – aneurisma de aorta. 6cm – risco de ruptura.
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DO PARÊNQUIMA PULMONAR – Laura Gomes
Uma maneira de se classificar as alterações pulmonares são em:
1. Doença pulmonar focal – câncer de pulmão.
2. Doenças pulmonares difusas – colagenoses, sarcoidose (e outras doenças
granulomatoses), fibrose pulmonar, pneumonia, enfisema.
A primeira coisa que se deve observar é se está ocorrendo um aumento ou uma diminuição da
densidade do parênquima pulmonar.
AUMENTO DA DENSIDADE PULMONAR
Havendo um aumento da densidade do parênquima é preciso tentar identificar se é uma
alteração predominantemente alveolar ou predominantemente intersticial.
As doenças que acometem o espaço aéreo provocam uma alteração predominantemente
alveolar, o que resulta na alteração que chamamos de consolidação. Por exemplo: edema
pulmonar, pneumonia, hemorragia, aspiração, BOOP.
Por outro lado, quando se está analisando uma alteração predominante intersticial é preciso
definir que tipo de padrão intersticial a doença possui:
Padrão septal
Padrão reticular
Padrão nodular
Padrão reticulonodular
Padrão em vidro fosco
Estes termos são específicos do exame de tomografia computadorizada. Quando mencionados,
já se pode aferir que se trata de uma alteração pulmonar predominantemente intersticial.
REDUÇÃO DA DENSIDADE PULMONAR
Existem também as alterações que cursam com a redução da densidade do parênquima
pulmonar.
Podem ocorrer por alteração no volume (hiperaeração generalizada ou hiperaeração
localizada) e alterações na vascularização pulmonar.
PNEUMONIA DA COMUNIDADE NA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
A tomografia é mais sensível e específica para a detecção de complicações. O primeiro passo na
detecção de pneumonia por exames de imagem é a radiografia. A tomografia será utilizada nos
casos em que o tratamento não tem boa resposta e nos casos em que as imagens em
radiografia demonstraram piora do quadro. Permite a visualização de abcessos, empiemas,
diagnóstico diferencial, etc.
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As alterações tomográficas são:
Ser lobar
Frequentemente ter broncograma aéreo
Poder ter opacidade em vidro fosco
Os diagnósticos diferenciais são Klebsiella pneumoniae, Lengionella pneumophila, Haemophilus
influenzae, Mycobacterium tuberculosis.
A pneumonia geralmente não ultrapassa as cissuras, a característica da pneumonia
pneumocócica é evoluir de alvéolo para alvéolo. É delimitada pelas pleuras.
OBS.: a importância da tomografia em relação aos abcessos é a de definir sua presença,
tamanho, relação com a arvore traqueobrônquica, grau de comprometimento pulmonar e
consolidação.
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PNEUMONIAS VIRAIS NA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Nas pneumonias virais, as lesões vão depender do agente etiológico. Podem ocorrer: opacidade
em vidro fosco, consolidação, nódulos, micronódulos, opacidades tipo árvore em brotamento,
espessamento do septo interlobular, espessamento da parede brônquica e alveolar, derrame
pleural, etc.
PADRÃO EM VIDRO FOSCO - OPACIDADE EM VIDRO FOSCO
É o aumento da atenuação pulmonar, porém sem obscurecer as margens brônquicas e
vasculares, causado por:
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Vidro fosco agudo: pneumonias virais (Mycoplasma pneumocystis), hemorragia alveolar, edema
alveolar, pneumonia intersticial aguda, SARA, pneumonia eosinofílica aguda, pneumonite pós-
radioterapia.
Vidro fosco crônico: pneumonia intersticial idiopática, pneumonia intersticial não específica,
pneumonia intersticial descamativa, pneumonite respiratória associada, doença pulmonar
intersticial, bronquite por hipersensibilidade, reações a drogas, pneumonia eosinofílica crônica,
vasculites.
Vidro fosco em neoplasias: adenocarcinoma (invasor, minimamente invasor) e linfoma
pulmonar.
SINAL DA ÁRVORE EM BROTAMENTO
É dilatação nodular de estruturas ramificadas centrolobulares que lembram árvore em
brotamento e que apresentam dilatação exsudativa bronquiolar (p.ex.: panbronquiolite ou
disseminação endobrônquica de tuberculose pulmonar em atividade). Em outras palavras,
significa preenchimento das pequenas vias aéreas por conteúdos patológicos.
Lóbulo pulmonar secundário – é a menor unidade pulmonar envolta por septo de tecido
conjuntivo. Este septo, conhecido como septo interlobular é melhor revelado na região
periférica anterior, lateral e justamediastinal dos lobos superiores, médio e na periferia da
região diafragmática anterior dos lobos inferiores. O septo tende a ser incompleto ou ausente
nas demais regiões do pulmão. É a unidade do pulmão subentendida por qualquer bronquíolo
59
que dê de três a cinco bronquíolos terminais. O septo de tecido conjuntivo não faz parte desta
definição. Na tomografia se chama lóbulo de Miller todo lóbulo secundário identificado.
PADRÃO NODULAR – NÓDULOS PULMONARES
São classificados de acordo com a sua distribuição. Podem ser centrolobulares, randômicos
(aleatórios) ou perilinfáticos.
Centrolobulares – se apresentam na tomografia como pequenos nódulos na região central dos
lóbulos secundários.
Podem ocorrer na broncopneumonia, disseminação endobrônquica de tuberculose,
disseminação endobrônquica ou linfangítica de tumor, pneumonite por hipersensibilidade,
silicose, histiocitose.
Randômicos – têm distribuição aleatória dos micronódulos pulmonares, não obedecendo
nenhum padrão específico. Tuberculose miliar, etc.
Perilinfáticos – nódulos acompanham as cissuras e ramificações brônquicas, e na região
periférica formam o contorno do septo interlobular. Sarcoidose, etc.
PADRÃO RETICULAR
Apresenta-se como espessamento dos septos interlobulares formando uma imagem
semelhante à uma “rede”. Pode ocorrer no edema pulmonar, linfangite carcinomatosa, etc.
FAVEOLAMENTO
É o aspecto final da fibrose pulmonar. Os septos se espessam tanto que alteram a arquitetura
do parênquima pulmonar, formando múltiplos cistos que começam na periferia e vão
coalescendo formando uma imagem semelhante à um “favo de mel”.
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AVALIAÇÃO DAS VIAS AÉREAS – BRONQUIECTASIAS
A tomografia tem um papel muito importante no estudo das bronquiectasias tanto para
diagnóstico quanto para acompanhamento.
As bronquiectasias consistem na dilatação irreversível dos brônquios que geralmente está
associada ao espessamento da parede brônquica. Podem ser de três tipos:
61
SINAL DO TRILHO DO TREM
A visualização de bronquiectasia cilíndrica em corte axial forma um sinal denominado “sinal do
trilho de trem”.
SINAL DO ANEL EM SINETE
Os brônquios sempre são acompanhados por uma artéria (1:1), na anatomia normal do pulmão.
Quando a relação entre brônquios e artérias é maior, há um sinal de bronquiectasia.
O sinal do anel em sinete consiste em pequena opacidade redonda (artéria) adjacente a um
anel com atenuação de ar (brônquio) com razão excedendo 1:1.
ATENUAÇÃO EM MOSAICO
Atenuação pulmonar heterogênea com alternância de área de baixa e alta atenuação.
Sinonímias: perfusão em mosaico, oligoemia em mosaico. Pode estar relacionada à:
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APRISIONAMENTO OU SEQUESTRO AÉREO
É a retenção de excesso de gás (ar) em todo ou em parte do pulmão, especialmente durante a
expiração, tanto como resultado de obstrução parcial ou completa de vias aéreas, como
também resultado de anormalidades focais da complacência pulmonar. Apesar de não ser de
uso habitual o termo “aprisionamento gasoso” é o mais correto.
Na tomografia, significa a diminuição da atenuação do parênquima pulmonar evidenciado
especialmente por uma atenuação menor que o normal durante a expiração. Deve ser
diferenciada de diminuição da atenuação por hipoperfusão secundária ao aumento da
resistência da artéria pulmonar.
OBS.: o aprisionamento aéreo é observado em exames em expiração.
É normal o pulmão ficar mais esbranquiçado na expiração porque ele está menos aerado. Deste
modo, quando se faz um exame em expiração e ainda existem áreas de atenuação mais
escuras, significa que o ar ficou retido nesses lugares (aprisionamento aéreo).
PAVIMENTAÇÃO EM MOSAICO
É a associação do vidro fosco e o espessamento septal. É uma alteração típica da proteinose
alveolar e H1N1.
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ENFISEMA PULMONAR
Consiste em destruição dos alvéolos terminais. Há formação de áreas hipoatenuantes.
Pode ser:
ASMA
Pode ocorrer hiperinsuflação.
A tomografia é utilizada para investigar complicações!! Não deve ser utilizada para diagnóstico.
Evidencia, por exemplo, atelectasias, bronquiectasias, bronquiolite, pneumonias, pneumotórax
e pneumomediastino.
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DO CARCINOMA DE PULMÃO – Laura Gomes
MANIFESTAÇÕES RADIOLÓGICAS
O carcinoma de pulmão pode se manifestar diretamente como uma massa. Entretanto, existem
outras formas de manifestação, dependendo da história clínica e comorbidades do paciente.
Granuloma
Carcinoma
Carcinoide
Metástase
Hamartoma
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Nódulo pulmonar benigno
É uma lesão inteiramente calcificada, sem crescimento e com outras características de achados
benignos (p.ex.: contornos arredondados).
O não crescimento da lesão em 2 anos reforça a benignidade.
Na radiografia os nódulos se apresentam como uma opacidade arredondada (≤3cm) circundada
por tecido pulmonar normal. Pode exibir calcificação intrínseca.
Na tomografia computadorizada existe uma classificação em sólidos e subsólidos:
a) Sólidos – atenuação de partes moles.
b) Subsólidos – componente sólido (semissólidos) e/ou vidro fosco (ground-glass).
Abcesso
Aspergiloma
Tuberculose
Calcificações benignas
Podem ser difusas, laminadas ou centrais. Com atenuação de, no mínimo, 200UH.
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Critérios de malignidade para nódulos pulmonares
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RESSONÂNCIA MAGNÉTICA – Laura Gomes
É um método de imagem diagnóstico que utiliza radiação eletromagnética (não ionizante).
O termo ressonância refere-se à capacidade de dois sistemas ou meios físicos trocarem energia
entre si sem que ocorra dissipação importante desta energia. No caso da RM, refere-se à
capacidade de os prótons teciduais receberem e devolverem energia através de ondas de
radiofrequência (as mesmas de rádio AM ou FM) emitidas e captadas através de antenas.
Spin – frequência de movimento próprio do núcleo.
Na RM, interessam apenas os núcleos de hidrogênio, que são os mais abundantes no corpo
humano.
A ressonância trabalha com o alinhamento dos átomos. O processo de alinhamento e
desalinhamento é o que é captado pelas antenas e pode gerar a imagem de ressonância
magnética.
Quando cessa a emissão de ondas de radiofrequência, os átomos tendem a retornar ao seu
alinhamento inicial. Nesse processo ocorre uma liberação de energia que é captada pelas
antenas receptoras. Portanto, quanto maior o número de prótons de hidrogênio, mais intenso
será o sinal da ressonância magnética.
OBS.: a ressonância magnética trabalhamos com o termo “sinal”. Desta maneira, as descrições
das imagens sempre vão ser baseadas nos termos hipointenso ou hiperintenso.
Estes dados (sinais) serão codificados em tons numa escala de cinza, variando do branco ao
preto, sendo a tendência à cor branca diretamente proporcional à intensidade do sinal.
A ausência de sinal na RM decorre da falta de prótons de hidrogênio. Exemplos são o ar,
calcificações e corticais ósseas. Da mesma forma, o fluxo rápido dentro dos vasos sanguíneos
impede que haja tempo para medir o sinal emitido pelo sangue.
APARELHO DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Campo magnético principal – do próprio aparelho, provoca o alinhamento dos spins.
Bobinas – lançam ondas de radiofrequência que vão determinar a orientação vetorial. São
colocadas no paciente sobre a estrutura de estudo.
Magnetos – existem de dois tipos: campo aberto (baixo campo) e campo fechado (alto campo).
Os de campo aberto são equipamentos mais limitados que os de campo fechado, formam
imagens de menor qualidade. Os primeiros são uma alternativa para os pacientes
claustrofóbicos.
Antenas
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PONDERAÇÕES/SEQUÊNCIAS DE PULSO
É possível estimular os spins a se alinharem no eixo longitudinal ou transverso.
Tempo de relaxamento longitudinal (T1): é o tempo utilizado pelos spins para se realinharem
de acordo com o eixo magnético, depende da transferência de energia para o meio.
Tempo de relaxamento transverso (T2): durante o realinhamento, os prótons interagem entre
si devido aos diferentes spins. Desta forma, alguns spins atingem o repouso em tempo mais
curto que os outros. Este grau de defasagem é medido pelo tempo de relaxamento spin-spin,
pois corresponde à medida de tempo de troca de energia entre os prótons.
T1 e T2 são ponderações (ou sequências de pulso) em função do tempo de relaxamento dos
spins. Vão gerar imagens diferentes entre si.
T1 e T2 são características individuais de cada tecido, correspondendo a fenômenos
simultâneos e sucessivos, constituindo os parâmetros teciduais mais importantes na
interpretação das imagens em RM.
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AQUISIÇÃO MULTIPLANAR
A ressonância é um exame de aquisição multiplanar! Não existem reconstruções como na
tomografia.
ARTEFATOS NA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Artefatos de movimento – se o paciente se mover, haverá não só perda do sinal como também
dos parâmetros de sua localização. Os vários cortes de um segmento em estudo são obtidos
simultaneamente, não sendo possível repetir-se apenas um único corte.
Artefatos metálicos – a presença de objetos metálicos no corpo pode criar campos
eletromagnéticos que interferem na formação do sinal ao seu redor, gerando artefatos
metálicos.
Outros: deglutição, fluxo sanguíneo, fluxo liquórico.
CHEMICAL SHIFT
É um artefato que foi transformado em técnica. Utilizado para avaliar esteatose e adenoma de
hipófise na RM, por exemplo.
Promove duas sequências, uma em fase e outra fora de fase.
Se ocorrer uma queda do sinal em fora de fase, é sugestivo de esteatose ou adenoma, por
exemplo.
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CONTRASTE NA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
O contraste da ressonância magnética é o gadolíneo. Reduz o tempo de relaxamento T1 nos
tecidos em que se encontra o composto.
Promove menos reações alérgicas que os contrastes para tomografia computadorizada.
Em pacientes com doença renal grave → pode causar dermopatia fibrosante nefrogênica
(DNF)/fibrose nefrogênica sistêmica (FNS). Sempre é preciso avaliar a função renal dos
pacientes antes de utilizar!
CONTRAINDICAÇÕES DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Marca-passo cardíaco
Implantes/clips ferromagnéticos
Relembrando terminologias...
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MEDICINA NUCLEAR – Laura Gomes
Se baseia na captação de isótopos radioativos artificiais ingeridos ou injetados em veia
periférica.
As imagens são conhecidas como cintilografias ou cintigrafias.
A diferença é que a radiação não é produzida pelo aparelho e sim emitida pelo paciente, que se
torna uma fonte radioativa.
Os isótopos são dois átomos do mesmo elemento químico com número de massa (A) diferentes
e números anatômicos (Z) iguais. A diferença se encontra no número de nêutrons. O
radioisótopo, por sua vez, é o átomo que apresenta um núcleo radioativo.
Quando o radioisótopo se transforma em um isótopo, libera uma energia chamada de radiação
gama. Os radioisótopos são muito utilizados em tratamentos médicos e diagnósticos
EQUIPAMENTO DE MEDICINA NUCLEAR
Na câmara de cintilação existe um cristal detector de radiação que, em contato com a radiação
gama do isótopo, apresenta um tênue brilho ou cintilação, que é consequente do
deslocamento de elétrons no cristal.
Esta energia é transformada em pulsos elétricos, os quais são processados como valores
numéricos pelo computador e registrados posteriormente em forma de imagens a cores, que
processadas dão origem a gráficos.
São denominados de radionuclídeos os isótopos artificiais e de radiofármacos os compostos
químicos marcados com radioisótopos. No organismo, farão trocas iônicas com seus isótopos
ou estruturas químicas estáveis que tenham as mesmas propriedades.
Selecionando-se o composto que tenha afinidade com determinado órgão, podemos assim
estudar sua fisiologia e fisiopatologia de forma específica.
O radionuclídeo mais amplamente utilizado é o tecnécio, quase sempre usado na forma de
radiofármaco, possibilitando o estudo de praticamente todos os órgãos. Outros radionuclídeos
de uso frequente são o iodo para tireoide, o tálio para estudos cardíacos e o gálio para tumores
e focos infecciosos.
PET-CT: glicose marcada com flúor. Há a fusão de imagens de tomografia computadorizada com
imagens de cintilografia. Muito utilizado na medicina nuclear oncológica.
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As imagens são analisadas segundo a captação de isótopo radioativo pelo órgão em estudo.
Podem ser hipercaptantes, quando captam muito o isótopo, hipocaptantes quando captam
pouco ou não captantes, quando não captam.
Na avaliação da perfusão vascular, observa-se hiperperfusão quando há maior quantidade de
fluxo de radioisótopos e hipoperfusão quando há menor quantidade.
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SEIOS DA FACE – Laura Gomes
É possível estudar os seios da face através de radiografia convencional e tomografia
computadorizada.
A radiografia tem limitações principalmente no que tange à técnica, entretanto deve ser
sempre o método inicial de estudo.
As principais indicações são a infecção aguda dos seios da face (sinusites) ou avaliação em
quadros de rinite.
O EXAME DE SEIOS DA FACE
Realizado em três incidências, na posição ortostática (identificação de nível).
Mento-naso (Waters) – com boca aberta (seios esfenoidais), com boca fechada (seios
maxilares).
Fronto-naso (Caldwell) – não é boa para ver seios maxilares, maior sobreposição óssea.
Perfil
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A ressonância magnética é utilizada para avaliar partes moles. Para relacionar os músculos com
os seios da face.
ÓSTIOS DE DRENAGEM
Devem ser avaliados o óstio fronto-etmoidal o óstio esfeno-etmoidal e o complexo óstio-
meatal. Pesquisar alterações anatômicas ou obstruções.
VARIAÇÕES ANATÔMICAS
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MAMOGRAFIA – Laura Gomes
MAMOGRAFIA E CÂNCER DE TIREOIDE
Recentemente, surgiram na mídia matérias sugerindo uma relação entre mamografia e
aumento da incidência de câncer de tireoide. Essas reportagens têm gerado dúvidas quanto à
necessidade do uso de protetor de tireoide durante a realização da mamografia. Sobre esse
assunto é importante reafirmar:
1) Não existem dados consistentes que demonstrem que uma mulher submetida a
mamografia tenha aumento do risco de câncer de tireoide.
2) A dose de radiação para a tireoide durante uma mamografia é extremamente baixa
(menor que 1% da dose recebida pela mama). Isto é equivalente a 30 minutos de
exposição à radiação recebida a partir de fontes naturais.
3) Com base nesses dados, o risco de indução de câncer de tireoide após uma mamografia
é insignificante (menos de 1 caso a cada 17 milhões de mulheres que realizem
mamografia anual entre 40 e 80 anos).
4) Além disso, o protetor de tireoide pode interferir no posicionamento da mama e gerar
sobreposição – fatores que podem reduzir a qualidade da imagem, interferir no
diagnóstico e levar à necessidade de repetição de exames.
5) Em nota, a Agência Internacional de Energia Atômica destaca: “Na mamografia
moderna, há uma exposição insignificante para outros locais que não seja a mama. O
principal valor da utilização dos protetores de radiação é psicológico. Se tais protetores
forem fornecidos, somente a pedido da paciente. A presença dos aventais e colares na
sala de mamografia pode sugerir que seu uso é uma prática aceitável, o que não é o
caso. ”
Portanto, o Colégio Brasileiro de Radiologia, a Sociedade Brasileira de Mastologia e a Federação
Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia reiteram a posição de não recomendar o
uso do protetor de tireoide em exames de mamografia. Essa posição está de acordo com o
posicionamento de outras entidades internacionais: American College of Radiology, American
Society for Breast Disease, American Thyroid Association e Internacional Atomic Energy Agency.
O EXAME DE MAMOGRAFIA
O exame sempre é composto por quatro incidências básicas: crânio-caudal direita e esquerda
(CC), médio-lateral oblíqua direita e esquerda (MLO).
A avaliação das imagens deve ser feita de modo comparativo entre o lado direito e esquerdo de
cada incidência analisada.
Existem incidências complementares que ajudam na elucidação de lesões dificilmente
evidenciadas pelas incidências básicas: lateral, magnificação, compressão seletiva.
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Dependendo da incidência realizada pode-se dividir a mama em quadrantes:
77
Classificação dos tecidos mamários
a – The breast are almost entirely fatty.
Mammography is highly sensitive in this setting.
b – There are scattered areas of fibroglandular density.
The term density describes the degree of x-ray attenuation of breast tissue but not discrete
mammographic findings.
c – The breasts are heterogeneously dense, which may obscure small masses.
Some areas in the breasts are sufficiently dense to obscure small masses.
d – The breasts are extremely dense, which lowers the sensitivity of mammography.
Mamilo
Pele
Vasos sanguíneos
Ductos
Ligamentos de Cooper
Linfonodos
Mamografia de triagem (screening): rastreamento do câncer de mama. Detectar massas
impalpáveis em mulheres assintomáticas.
Mamografia diagnóstica: feita em pacientes com sinais e sintomas específicos (massas ou
secreção) para determinar se a anormalidade clinica apresenta características mamográficas de
malignidade.
De acordo com as alterações encontradas classificamos as mamas em categorias BI-RADS.
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CALCIFICAÇÕES
Aspecto benigno – bem definidas, arredondadas, densas, espalhadas, grandes. Exemplos:
calcificações secretórias, vasculares e do fibroadenoma.
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Lesões benignas de baixa densidade: cisto oleoso, lipoma, galactocele.
Lesões benignas de alta densidade: cistos e fibroadenomas.
CÂNCER DE MAMA
Apresenta-se como uma lesão radiologicamente muito densa para o tamanho. As margens são
espiculadas. Possui crescimento progressivo ao longo do tempo. Provoca distorção da
arquitetura local. Com contornos irregulares.
Neodensidades são lesões que em exames anteriores não estavam presentes. São altamente
sugestivas de malignidade. Por isto, a extrema importância de se examinar mamografias em
comparação com imagens anteriores.
EXAMES COMPLEMENTARES
Ecografia mamária – recurso para mamas muito densas, para avaliar lesões sugestivas de cisto
na mamografia ou densidades assimétricas (lesões BI-RADS 0), para avaliar lesões palpáveis não
vistas na mamografia, em suspeitas de abcesso e avaliação da integridade de implantes
mamários.
OBS.: para pacientes com mamas densas sempre se recomenda a realização de mamografia e
de ecografia mamária.
A localização das lesões na ecografia é feita em horas e distância até o mamilo, além de poder
serem classificadas de acordo com a profundidade em anteriores, intermediárias e posteriores
nos planos parassagitais.
Tomossíntese – fatias de tomografia computadorizada das mamas. Emite maior radiação que a
mamografia.
Ressonância de mama – realizada com a bobina específica para mamas. Está indicada para
pacientes de alto risco para câncer de mama (BRCA), lesões satélites, avaliação de resposta a
quimioterapia, avaliação da extensão da doença (planejamento cirúrgico), envolvimento da
parede torácica, avaliação de implantes mamários.
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Diferenciação entre lesões benignas e malignas por meio de ressonância magnética da
mama utilizando parâmetro e comportamento de realce
Lesões benignas Lesões malignas
Contornos lisos Contornos espiculados
Contornos lobulados Contornos irregulares
Septações internas Realce periférico
Ausência ou mínimo realce Realce ductal
Curva de realce persistente ou progressivo Curva de realce fugaz ou decrescente
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE CRÂNIO – Laura Gomes
As estruturas normalmente visualizadas são as meninges, foice cerebral, lobo frontal, corno
anterior dos ventrículos laterais, terceiro ventrículo, cisterna quadrigeminal, cerebelo, etc.
É possível verificar também a profundidade dos sulcos cerebrais e a dimensão cerebral.
Fossa craniana anterior, fossa craniana média e fossa craniana posterior devem ser visualizadas.
A substância branca apresenta-se mais hipodensa que a substância cinzenta. A relação entre as
substâncias quando está alterada, indica alguma doença do parênquima cerebral.
A imagem acima mostra um AVC isquêmico em lobo frontal esquerdo. Nele se observa a
presença de área hipodensa em parênquima cerebral acompanhada de apagamento dos sulcos
corticais (edema cerebral).
OBS.: quanto mais tardio o acidente isquêmico, mais hipodensa será a área afetada.
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Os núcleos da base também podem ser diferenciados → núcleo caudado, núcleo lentiforme e
tálamo.
ACHADOS NORMAIS
Glândula pineal, plexos corioides e foice do cérebro calcificados.
VOLUME CEREBRAL
De acordo com o envelhecimento, a espessura dos sulcos cerebrais aumenta determinando
uma redução do volume cerebral. Há um aumento de volume de líquor e diminuição do
parênquima cerebral.
Por outro lado, em crianças é comum não encontrar sulcos cerebrais.
Em usuários de drogas, alcoolátras, distúrbios demenciais, etc há a atrofia (patológico) do
parênquima cerebral.
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TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO (TCE)
Há lesão traumática intracraniana?
Qual a natureza da lesão? É passível de tratamento clínico ou cirúrgico?
TCE leve de baixo risco – Glasgow 15, mecanismo de trauma de pequena intensidade,
assintomático, exame físico geral normal, pode haver cefaleia discreta não progressiva, tontura
ou vertigem temporárias e hematoma subgaleal.
HEMORRAGIAS INTRACRANIANAS
São classificadas em intra-axiais e extra-axiais (HED, HSD, HSA e intraventricular).
a) Hemorragia extra-dural (HED)
Forma de lente biconvexa na tomografia. 85% arterial (artéria meníngea média). Não ultrapassa
suturas, porém pode cruzar foice do cérebro e tenda do cerebelo.
Pode cursar com compressão ventricular ou herniações cerebrais.
Associada a contusões corticais adjacentes ou por contra-golpe e fraturas.
84
Podem acompanhar o hematoma, desvio da linha média e compressão ventricular.
b) Hemorragia subdural (HSD)
Pode resultar de trauma menor, especialmente em idosos. Relacionada com forças de
aceleração e desaceleração. Ocorre devido a laceração de veias corticais. Apresenta em forma
de crescente na tomografia. 95% supratentorial.
Pode cruzar as linhas de sutura, mas não as inserções da dura-máter.
85
HSD agudo – de 6h a 3 dias de evolução.
HSD subagudo – 3 dias a 3 semanas de evolução.
HSD crônico – acima de 3 semanas de evolução.
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HSA traumática – vasoespasmo (isquemia ou infarto cerebral), hidrocefalia comunicante
(complicação tardia), pseudo-hemorragia subaracnóidea (edema cerebral difuso).
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b) Contusões corticais – mecanismo indireto: encéfalo contra a calota óssea.
Mais comum no teto orbitário, base da fossa anterior, grande asa do esfenoide e porção
petrosa do osso temporal. Regiões basais, laterais e anteriores do lobo temporal (46%) e
frontais (31%).
Inicialmente hipoatenuantes podendo conter focos hiperatenuantes que evoluem em 24/48h
(evolução hemorrágica).
88
TRACTOGRAFIA CEREBRAL
Tem o objetivo de avaliar a integridade da substância branca cerebral.
Indicações da tractografia por ressonância magnética (RNM funcional):
89
CONTRASTES IODADOS – Laura Gomes
São contrastes radiológicos radiopacos que possuem o elemento iodo na sua molécula. Em
função de sua composição se dividem em:
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Quanto ao grau de severidade:
Leve
Moderada
Grave
Quanto ao tempo decorrido após a administração do contraste:
Agudas ou imediatas
Até 20 minutos (95%)
Tardias
Medidas preventivas
Escolha do tipo de contraste
Levantamento dos fatores de risco
Averiguação acerca das drogas utilizadas pelo paciente
Medicação profilática
Avaliação do estado geral do paciente
Preparo quanto à hidratação e jejum
Atenção ao aspecto emocional do paciente
Intervalo respeitado entre um exame e outro
Temperatura da substância de contraste
Observação do paciente durante e após o exame
Recursos humanos e materiais adequados
Registros em prontuário
Orientação do paciente/cliente e Consentimento Informando em todo exame
Medicação profilática – em pacientes de risco, a administração de pré-medicação como
corticoesteroides, anti-histamínicos ou cimetidina também é medida preventiva usada nos
serviços que dispõem de protocolo para sua utilização.
É preciso atentar para o fato de que pacientes que não têm fatores de risco não são
beneficiados pelo uso deste esquema profilático.
NEFROPATIA INDUZIDA PELO CONTRASTE
Fatores de risco: doença renal pré-existente (Cr > 1,5mg/dL), diabetes mellitus, desidratação,
doença cardiovascular, idade avançada (> 70 anos), mieloma múltiplo, hipertensão,
hiperuricemia, uso de drogas nefrotóxicas.
METFORMINA
Pode provocar acidose lática. Suspender 48 após o exame!!!
91
EXTRAVASAMENTO CUTÂNEO DO MEIO DE CONTRASTE
Elevar a extremidade afetada acima do nível do coração. Gelo local por 15-30 minutos (depois
três vezes ao dia, 1-3 dias consecutivos), observação por 2-4h (se volume for maior que 20 mL),
avisar o médico que fez a solicitação do exame conforme avaliação inicial e evolução
desfavorável no período de observação.
Consulta imediata a especialista em cirurgia plástica → se volume maior que 30 mL de iônico
ou 100 mL de não iônico, bolha no local do extravasamento, alteração da perfusão (redução do
enchimento capilar local ou distal ao sitio onde foi feita a injeção) e alteração de sensibilidade
distal ao local de injeção.
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RADIOLOGIA SIMPLES DO ABDOME – Victor Hugo
O exame padrão do abdome é a radiografia em decúbito supino e ortostático.
Uma alternativa para o paciente que não pode ficar de pé ou sentar, é a radiografia em
decúbito lateral com raios horizontais.
O propósito fundamental da radiografia com raios horizontais e detectar nível hidroaéreo ou ar
livre no abdome → pneumoperitôneo.
COMO EXAMINAR A RADIOGRAFIA SIMPLES DO ABDOME
Padrão do gás
Posição e tamanho das vísceras maciças
Calcificações anormais
Pâncreas
Rins e bexiga
Vasculares – flebolitos
Gânglios
Intestinos – apendicolitos
Cartilagens costais
Bexiga e próstata/útero e ovários
Ascite
Padrão do gás → estômago, delgado e cólon. O duodeno frequentemente contém gás e nível
hidroaéreo. Pode ocorrer algum gás no delgado. Pequenos níveis fluidos tornam-se anormais
quando são vistos em alças dilatadas, ou quando são em grande número. Se o intestino está
dilatado é importante tentar e decidir qual porção está envolvida.
Deve-se procurar por gás fora do lúmen do intestino. Sua localização e padrão podem dar
informações valiosas:
93
Em um exame de radiografia simples de abdome adequadamente realizado, é possível
visualizar desde músculo diafragma (andar superior do abdome) até músculos do assoalho
pélvico.
Urografia excretora
VESÍCULA EM PORCELANA
O aspecto de vesícula em porcelana é determinado por calcificação distrófica da parede da
vesícula biliar secundário a inflamação crônica e fibrose. Ocorre mais em mulheres (5:1). A
vesícula biliar frequentemente é pequena. Litíase está presente em 90%, embora os pacientes
sejam assintomáticos.
94
No US observa-se um eco forte com forte sombra acústica posterior.
Mais de 20% dos pacientes evoluíram para carcinoma de vesícula biliar.
95
MECANISMOS DE OBSTRUÇÃO INTESTINAL
Volvo do sigmoide
Volvo do ceco
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ATRESIA DUODENAL
Sinal da dupla bolha
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PNEUMOPERITÔNEO
Sinal de Riegler
GÁS EM ABCESSO
Produz um padrão muito variável na radiografia do abdome.
Pode formar pequenas bolhas ou grandes coleções de ar, ambas as quais podem ser
confundidas com gás dentro do intestino.
Pode ocorrer nível hidroaéreo dentro do abcesso.
Anormalidades pleurais e pulmonares podem estar associadas com abcesso subfrênico.
GÁS NA PAREDE DO INTESTINO
Numerosas bolhas esféricas ou ovais são vistas na parede do intestino grosso numa condição
conhecida como pneumatosis coli.
Imagens lineares de gás intramural têm um significado sinistro e podem indicar infarto da
parede intestinal.
Gás na parede do intestino no período neonatal, independente do aspecto, é diagnóstico de
enterocolite necrotizante.
98
GÁS NO SISTEMA BILIAR
Pode ser visto na radiografia simples após esfincterostomia ou anastomose do ducto biliar
comum ao intestino.
É visto na fístula bíleo-digestiva que segue os processos inflamatórios da vesícula biliar com
erosão da parede – íleo biliar.
Ocasionalmente o gás pode ser visto na parede ou no lúmen da vesícula biliar em casos de
colecistite aguda por germe produtor de gás.
99
CALCIFICAÇÕES ANORMAIS
Cálculos na bexiga
Cálculos coraliformes
CISTO DERMOIDE DE OVÁRIO
Cisto dermoide é um termo inadequado para cistos localizados em vários locais do organismo,
que são revestidos por epitélio escamoso.
Dermoides são responsáveis por 20% dos tumores ovarianos.
A vasta maioria (99%) são benignos e podem conter tecidos maduros tais como dentes, ossos,
cartilagem, cabelo e tecido tireoidiano.
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RADIOGRAFIA DO ESÔFAGO, ESTÔMAGO E DUODENO (REED) – Victor Hugo
O início de um REED permite revisar a faringe que se deve estudar preferencialmente com
cinerradiografia.
Começa-se o estudo investigando o mecanismo de deglutição e o trânsito buco-faríngeo, sua
anatomia e função corretas. É necessário certificar-se que não exista refluxo de contraste para
as coanas, que sua mobilidade seja correta, e que a passagem do contraste para a faringe seja
adequada.
ESÔFAGO
As anormalidades mais comuns do esôfago são os transtornos da motilidade, enfermidades
degenerativas, processos neoplásicos, neurológicos, trauma, alterações metabólicas e
infecciosas.
O trânsito esofágico se estuda por fluoroscopia e se tomam radiografias seriadas.
Patologias comuns:
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Divertículo de Zenker
Acalásia de esôfago
ESTÔMAGO
A anormalidade mais frequente no estomago é a gastrite. O tipo erosivo é a mais difícil de
diagnosticar ainda que com duplo contraste, e só quando as úlceras têm 1 a 2 mm podem ser
vistas como depósitos de contraste.
A úlcera gástrica é frequente e pode ser vista no REED; quase sempre se localiza na pequena
curvatura e aparece como depósito de contraste que se projeta da parede com pregas de
mucosa confluentes e algumas vezes com um colar radiolúcido chamado linha de Hampton.
O tumor do estomago mais frequente é o adenocarcinoma, que pode ser polipoide,
INDIestenosante ou infiltrante (linite plástica).
A estenose pilórica se apresenta como uma dilatação importante do estômago e é causada por
obstrução pilórica quase sempre devida a uma úlcera cicatricial que dificulta em grau variado o
esvaziamento do estômago.
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INDICAÇÕES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS NA MEDICINA NUCLEAR – Álvaro Louzada
A medicina nuclear é um método de diagnóstico por imagem que utiliza radioisótopos, ligados
ou não a traçadores específicos, para fornecer informações do metabolismo e da fisiologia de
órgãos e sistemas, que permitem a fixação e o acúmulo temporário de fontes radioativas.
Quando se deseja avaliar um órgão em específico, utiliza-se um radiofármaco (sal + substância
radioativa) que se acumula no órgão em questão. Por exemplo, o coração precisa ser avaliado
com um tipo de sal diferente do que é utilizado para o rim, e assim por diante.
Não é um método apropriado para avaliar anatomia!
CARDIOLOGIA NUCLEAR
Avalia biocinética (perfusão miocárdica).
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Cintilografia miocárdica de paciente com isquemia
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Nódulo hipercaptante de tireoide
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Adenoma de paratireoide
PNEUMOLOGIA NUCLEAR
Principais indicações:
a) Diagnóstico de embolia pulmonar
b) Análise quantitativa de perfusão pulmonar
c) S.A.R.A.
Embolia pulmonar
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GASTROENTEROLOGIA NUCLEAR
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NEUROLOGIA NUCLEAR
Indicações da cintilografia de perfusão cerebral:
a) Avaliação de morte cerebral
b) Recidiva de tumores do SNC
c) Diagnóstico diferencial de demência
d) Avaliação de doenças cérebro-vasculares
e) Identificação de foco epileptogênico
f) Avaliação do efeito de substâncias
g) Avaliação de síndromes psiquiátricas
h) Avaliação pós-trauma
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NEFROLOGIA E UROLOGIA NUCLEARES
a) Cintilografia estática (funcional cortical com DMSA)
b) Renal dinâmica (provas funcionais – furosemida e IECA)
c) Perfusão renal (transplante)
d) Pesquisa de torsão testicular
e) Pesquisa de varicocele
f) Cistografia
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GINECOLOGIA NUCLEAR
a) Carcinoma de mama
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TERAPIA COM RADIOISÓTOPOS
Iodo 131:
Samário 153
Estrôncio 89
Em pacientes com múltiplas lesões osteoblásticas!!
1) Alívio da dor 1-3 semanas após tratamento
2) Tratamento paliativo
3) Reduz a necessidade de opiáceos
4) Para pacientes refratários ao tratamento medicamentoso
5) Melhora da qualidade de vida
6) Alívio da dor por até 6 meses
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