Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Sumário
INTRODUÇÃO ..............................................................................................................3
RADIOGRAFIA COMPUTADORIZADA...................................................................36
IMAGENS RADIOGRÁFICAS......................................................................... 44
DOSIMETRIA ..............................................................................................................89
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 98
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
INTRODUÇÃO
Radiologia é uma especialidade médica que utiliza imagens do interior do corpo humano
para diagnosticar e, posteriormente, tratar doenças. Essas imagens são adquiridas por diferentes
técnicas, como por exemplo: radiografia convencional, tomografia computadorizada,
mamografia, ultrassonografia, tomografia por emissão de pósitrons e ressonância magnética
nuclear.
3
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
4
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
1. Invisibilidade;
2. Capacidade de provocar fluorescência em certos materiais;
3. Capacidade de atravessar corpos opacos à luz;
4. Não desviados por campos magnéticos;
5. Propagação em linha reta;
6. Origem no ponto de impacto dos raios catódicos com o vidro do tubo;
7. Redução da intensidade proporcional ao quadrado da distância entre a fonte e a
tela;
8. Radiopacidade dos materiais proporcional a sua densidade e espessura.
5
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
A primeira radiografia feita em público foi realizada no início de 1896, quando Röntgen
radiografou a mão do famoso anatomista Albert von Kölliker durante uma palestra. Pouco
depois, ele também radiografou um braço fraturado, provando o grande poder diagnóstico de
sua descoberta. No mesmo ano, os médicos começaram a utilizar os raios X para pesquisar as
balas em soldados feridos, contribuindo para o tratamento dos mesmos.
No Brasil, a radiologia iniciou-se em 1897, quando o médico José Carlos Ferreira Pires
instalou um aparelho de raios X na cidade de Formiga, Minas Gerais. Esse aparelho foi feito
sob supervisão do próprio Röntgen.
Em pouco tempo e em diferentes partes do mundo, inúmeras aplicações diagnósticas
dos raios X foram demonstradas por radiografias adquiridas em laboratórios de raios X. Para
haver a dedicação de médicos especializados e documentação dos exames, surgiu às instalações
permanentes dos raios X em hospitais, o que contribuiu para um enorme avanço na prática
médica.
No início da radiologia, o tempo necessário para produzir uma imagem radiográfica era
bastante longo. Uma radiografia de crânio, por exemplo, levava aproximadamente 45 minutos.
Além disso, havia um grande espalhamento da radiação. Em pouco tempo, efeitos nocivos dos
raios X foram sendo reportados, mas nem todos acreditavam que eles eram os responsáveis
pelas queimaduras, amputações e até mortes de pacientes e pesquisadores. Porém, com a
regularidade das publicações desses efeitos prejudiciais, as pessoas foram convencidas de que
os raios X poderiam ser fatais. Dessa maneira, desde aquela época até os dias atuais, há uma
grande preocupação em melhorar os aparelhos a fim de reduzir a radiação a que os pacientes
são expostos, já que por ser ionizante, ela é prejudicial à saúde.
Com o passar dos anos, a Radiologia foi sofrendo grandes avanços, com o
desenvolvimento de aparelhos com maior potência e qualidade, e a informatização dos
equipamentos. Novos métodos diagnósticos foram surgindo, tais como ultrassonografia,
mamografia, densitometria óssea, tomografia computadorizada, ressonância magnética e
radiologia digital.
A tomografia computadorizada, por exemplo, foi desenvolvida na década de 1970,
quando Hounsfield acoplou o aparelho de raios X a um computador. E para reconstruir as
imagens, métodos matemáticos foram desenvolvidos principalmente pelo pesquisador chamado
Cormack. As radiografias feitas até aquele momento eram capazes de distinguir ossos, líquidos,
partes moles e gordura. Devido à alta sensibilidade da tomografia computadorizada, passou a
ser possível separar as partes moles. Por exemplo, começou-se a diferenciar líquor, substâncias
6
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
7
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Exemplo:
Qual é a frequência de uma onda eletromagnética de comprimento de onda igual a 12
pm?
λ = 12 pm = 12 ∗ 10−2 m
m
c 3 ∗ 108 s
c=λ∗f ⟶ f= = ⟶ f = 2,5 ∗ 1019 Hz
λ 12 ∗ 10−2 m
Quanto maior for o comprimento de onda, menor será frequência da onda. A figura
mostra o espectro eletromagnético e os nomes dados às ondas de diferentes faixas de
comprimento de onda e frequência.
ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO
8
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Dessa forma, quanto mais penetrantes os raios X, mais baixa será a dose de radiação no
paciente. Ao longo do texto, a importância e a utilidade dessa e de outras propriedades dos raios
X serão discutidas.
No quadro abaixo, estão listadas as principais propriedades dos raios X úteis para o
radiodiagnóstico.
Os raios X ...
✓ São radiação eletromagnética - não têm carga, não podendo ser
defletidos por campos elétricos ou magnéticos.
✓ No vácuo, propagam-se com a velocidade da luz.
✓ Propagam-se em linha reta.
✓ Propagam-se em todas as direções.
✓ Provocam luminescência em determinados materiais metálicos.
✓ Enegrecem o filme fotográfico.
✓ São mais penetrantes quando têm energia mais alta, comprimento de
onda curto e frequência alta.
✓ Tornam-se mais penetrantes ao passarem por materiais absorvedores
✓ Quanto maior for a voltagem do tubo gerador do raios X, melhor eles
atravessam um corpo.
✓ Produzem radiação espalhada ao atravessarem um corpo.
✓ Obedecem a lei do inverso do quadrado da distância (= 1/d 2), ou seja,
sua intensidade é reduzida dessa forma.
✓ Podem provocar mudanças biológicas, benignas ou malignas, ao
interagir com um corpo.
10
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
TUBO DE RAIOS X
FONTE:www.lucianosantarita.pro.br
O cátodo é o eletrodo negativo do tubo, formado por um pequeno fio em espiral (ou
filamento) que possui ponto de fusão e eficiência de emissão termoiônica altos, já que é
constituído pela combinação de tungstênio e tório. Esse filamento fica dentro de uma cavidade,
denominada copo focalizador. Quando a corrente elétrica passa pelo filamento, esse é aquecido,
emitindo de elétrons (denominada emissão termiônica). Quanto maior for a corrente elétrica,
maior será a emissão de elétrons que bombardeiam o alvo, aumentando a produção de raios X.
O copo focalizador, que abriga o filamento, é responsável por direcionar a corrente de
elétrons para uma área bem definida do alvo (ânodo).
11
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
FONTE: B
u
Essa área bem definida do alvo bombardeada pelos elétrons é denominada ponto focal.
PONTO FOCAL
A maioria dos tubos de raios X tem pelo menos dois filamentos de diferentes
comprimentos, que resultam em tamanhos diferentes de pontos focais. Como pontos focais
maiores são obtidos com mais corrente e, portanto, mais raios X são produzidos, filamentos
12
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
maiores são utilizados para radiografar tecidos espessos e densos, que necessitam de mais
radiação. Porém, nesses casos a imagem obtida é mais borrada. Já pontos focais pequenos
produzem imagens menos borradas, melhorando a habilidade de visualizar estruturas pequenas.
Portanto, quanto menor o ponto focal, maior será a resolução espacial da imagem; porém, maior
será o desgaste do ânodo.
O ânodo é o polo positivo do tubo, que deve ser constituído de um material de boa
condutividade térmica, alto ponto de fusão e alto número atômico. Os tubos de raios X podem
ter o ânodo estacionário ou giratório.
No caso do ânodo estacionário, ele é feito de tungstênio, que tem o ponto de fusão alto,
sendo resistente ao intenso calor produzido no alvo pelo bombardeamento de elétrons. Além
disso, ele possui um número atômico alto, sendo útil para o fornecimento de átomos para a
colisão com os elétrons provenientes do filamento, o que leva a uma alta eficiência na produção
de raios X.
Já no caso do ânodo giratório, o feixe de elétrons interage com uma área muito maior
do alvo de maneira que o aquecimento não ocorre em uma área pequena, como no caso do
ânodo estacionário. Assim, correntes mais altas e tempos de exposição mais curtos são possíveis
em ânodos giratórios.
Atualmente, os tubos de ânodo fixo são utilizados em máquinas de baixa corrente, como
em raios X portátil ou dentário. No caso de máquinas de alta corrente, como em
13
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
radiodiagnóstico, os tubos possuem ânodo giratório. Nesse caso, a área de impacto dos elétrons
é aumentada, aumentando a vida útil do ânodo.
Além de seus dois principais componentes (cátodo e ânodo), o tubo de raios X possui
componentes externos: ampola de vidro ou metal, cabeçote protetor e suporte.
A ampola que abriga o ânodo e o cátodo é posicionada no interior do cabeçote do
equipamento de raios X, sendo constituída por um vidro ou metal de alta resistência e evacuada.
O objetivo é proporcionar isolamento térmico e elétrico entre as extremidades onde ficam o
ânodo e o cátodo, aumentando a eficiência na produção de raios X e o tempo de vida útil do
tubo.
Essa ampola tem aproximadamente de 30 a 50 cm de comprimento, e 20 cm de
diâmetro. Ela possui também uma área (janela) de aproximadamente 5 cm2, em que o material
(vidro ou metal) é mais fino, de modo a permitir a emissão do feixe útil de raios X com o
mínimo de absorção.
Além desse feixe útil, raios X são emitidos em todas as direções com igual intensidade.
Por esse motivo, o tubo de raios X é posicionado dentro de um cabeçote protetor revestido de
chumbo, que minimiza a passagem de radiação de fuga e permite a passagem do feixe de
radiação apenas pela janela do tubo, de modo a direcionar o feixe. Apesar do cabeçote, a
radiação não é totalmente blindada, sobrando a radiação de fuga que não contribui para a
formação da imagem. Por isso, deve-se considerar sua blindagem ao planejar uma sala de raios
X.
RADIAÇÃO DE FUGA NO CABEÇOTE DO SISTEMA DE RAIOS X
14
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
PRODUÇÃO DE RAIOS X
Os raios X podem ser produzidos quando elétrons em alta velocidade se chocam com
um alvo metálico. O processo inicia-se quando uma corrente elétrica passa pelo filamento do
cátodo, produzindo um brilho e emitindo elétrons. Com a aplicação de uma alta diferença de
voltagem (medida em kilovolts) entre o cátodo e o ânodo, os életrons passam a mover-se em
alta velocidade desde o filamento até o alvo metálico, produzindo uma corrente (medida em
mA). Essa corrente de elétrons atravessa o caminho somente em uma direção (cátodo → ânodo).
Quanto maior for a corrente, maior será a produção de raios X, porém menor será o tempo de
vida útil do filamento.
15
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
PRODUÇÃO DE RAIOS X
Quando os elétrons chocam-se com o alvo, raios X são produzidos por dois mecanismos:
bremsstrahlung (do alemão, significa freagem) e radiação característica. O primeiro mecanismo
produz de 85% a 100% dos raios X, sendo o restante produzido pelo segundo mecanismo.
No caso do mecanismo de bremsstrahlung, um espectro contínuo de raios X é
produzido pela desaceleração dos elétrons provenientes do filamento quando esses passam
próximos a núcleos carregados positivamente dos átomos do alvo, sendo desviados de sua
trajetória. A desaceleração brusca desses elétrons provoca perda de energia, o que gera a
emissão de radiação eletromagnética de diferentes comprimentos de onda e energia. Dessa
radiação produzida, apenas cerca de 1% é radiação X, sendo 99% emitida como calor, o que
aquece o alvo.
BREMSSTRAHLUNG
16
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
17
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
resultando na transição de outros elétrons de camadas mais externas para camadas mais
internas, substituindo os elétrons expulsos. Essa transição eletrônica resulta na geração dos raios
X característicos.
Usando o modelo do átomo de Borh fica mais fácil entender a produção de raios X
característicos. Nesse modelo, o átomo é constituído por um núcleo contendo prótons e
nêutrons, cercado por camadas de elétrons. Na figura acima são mostradas as camadas K, L e
M. Se o elétron proveniente do filamento possuir energia suficiente para expulsar um elétron
da camada K (camada mais interna), a lacuna deixada deverá ser preenchida por um elétron da
camada L ou M para garantir novamente o equilíbrio. Dependendo da camada que vem o elétron
para preencher essa lacuna, a radiação emitida terá certo nível de energia.
Cada material emite um nível definido de radiação característica que depende do seu
número atômico. Em radiologia convencional, utilizam-se tubos de raios X com alvos de
tungstênio (símbolo = W, Z = 74), cuja radiação característica é da ordem de 70 keV. Já no caso
da mamografia, os tubos podem ter alvos de molibidênio (símbolo = Mo, Z = 42) ou ródio
(símbolo = Rh, Z = 45), cuja radiação característica é da ordem de 20 keV.
Portanto, o espectro de raios X é a superposição de um espectro contínuo e de uma série
de linhas espectrais características do alvo.
18
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Fator Efeito
19
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Espalhamento coerente
20
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
ESPALHAMENTO COERENTE
Efeito fotoelétrico
Nessa interação, o fóton de raio X interage com um elétron de uma camada mais interna
de um átomo e, se tiver energia suficiente, esse fóton transfere toda a sua energia para o elétron,
ejetando-o da órbita. Assim, o fóton desaparece e o átomo é ionizado.
EFEITO FOTOELÉTRICO
21
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Após a interação fotoelétrica, a lacuna deixada pelo elétron ejetado é ocupada por outro
elétron, ocorrendo emissão de radiação característica.
O número de interações fotoelétricas diminui rapidamente com raios X de altas energias.
Não há fóton espalhado e toda a energia é depositada localmente, contribuindo para a dose de
radiação no paciente.
A probabilidade relativa de um raio X sofrer interação fotoelétrica é inversamente
proporcional à terceira potência da sua energia (1/E3) e diretamente proporcional à terceira
potência do número atômico do material absorvedor (Z3). Essa distribuição de probabilidade
está mostrada na figura para dois tipos de materiais absorvedores: tecido mole e osso.
22
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Espalhamento Compton
Nessa interação, o fóton de raio X normalmente interage com um elétron de uma camada
mais externa de um átomo, transferindo parte da sua energia para o elétron, ejetando-o da órbita.
Assim, o fóton continua se propagando, mas com energia menor e direção de propagação
diferente.
ESPALHAMENTO COMPTON
23
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Durante essa interação, a maior parte da energia do raio X é dividida entre o raio X
espalhado e o elétron ejetado (denominado elétron Compton). Ambos passam a ter energia
suficiente para realizar outras interações antes de perder toda a sua energia.
A probabilidade de o espalhamento Compton ocorrer é inversamente proporcional a sua
energia (1/E), porém é praticamente independente do número atômico do material absorvedor.
24
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
25
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
A figura resume o conteúdo visto neste primeiro módulo, desde a produção de raios X
até sua interação com a matéria. Já a figura, que está relacionada com os eventos mostrados,
mostra a distribuição de energia de raios X produzidos por um tubo com ânodo fixo. Os raios
X de baixas energias são absorvidos no metal do ânodo e, depois, na ampola de vidro.
26
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Posteriormente, a filtragem também reduz a quantidade de raios X de baixas energias que não
iriam conseguir atravessar o corpo para formar a imagem e apenas aumentariam a dose no
paciente. Assim, somente os raios X com energias mais altas são capazes de atravessar o corpo
do paciente e contribuir para o enegrecimento do filme e, consequentemente, a formação da
imagem.
RADIODIAGNÓSTICO E EQUIPAMENTOS
RADIOGRAFIA CONVENCIONAL
27
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
chassi (ou cassete) e posicionado sob a mesa de exames ou em um suporte no caso da radiografia
feita com o paciente em pé.
(A) EQUIPAMENTO DE RAIOS X (SUPORTE, TUBO, MESA E DETECTOR). (B)
CASSETE. (C) PROCESSADORA. (D) FILME RADIOGRÁFICO
Filtros
28
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
(a) Baixa filtragem: feixe menos penetrante, mais radiação é necessária para formação
da imagem no filme. (b) Filtragem adequada: feixe mais penetrante, menos radiação é
necessária para formação da imagem no filme e, consequentemente, menor a dose no paciente.
FILTROS DE COMPENSAÇÃO
Colimadores e grades
Portanto, as principais funções dos colimadores são: restringir a incidência dos raios X
na área de interesse clínico, prevenindo a irradiação desnecessária de outras regiões; e reduzir
a radiação espalhada, melhorando o contraste da imagem.
30
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Já as grades consistem de uma folha de tiras finas de chumbo espaçadas por outro
material, como alumínio ou fibra de carbono. O objetivo é remover a radiação que é espalhada
dentro do corpo do paciente, melhorando o contraste da imagem. Assim, as grades são
projetadas para transmitir apenas os raios X cujas direções são uma linha reta entre a fonte e o
detector, passando diretamente pelo material de alumínio ou fibra de carbono. Os outros raios
X são absorvidos pelas tiras de chumbo e não atingem o detector.
Sistema tela-filme
31
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
O chassi é constituído de uma caixa de alumínio (ou resina plástica), que protege o
material fotossensível da luz até o momento da exposição. Uma das superfícies do chassi, por
onde incidem os raios X – parte superior do cassete), deve ser de material de baixo número
atômico e com espessura reduzida para evitar atenuação da radiação.
Como o filme radiográfico é pouco sensível aos raios X, é necessária a utilização de
uma ou duas telas intensificadores para convertem os raios X em luz. Assim, o filme é
produzido para ser sensível à luz e não a raios X. Por esse motivo, ele deve ser protegido da luz
antes e após o exame.
32
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
33
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Quando os raios X interagem com a camada de fósforo, luz é emitida com igual
intensidade em todas as direções, sendo que menos da metade dessa luz é emitida na direção
do filme radiográfico. Assim, para aumentar a quantidade de luz que atinge o filme, a tela possui
uma camada reflexiva, onde a luz que a atinge é redirecionada para o filme.
(a) Com a utilização de tela intensificadora sem a camada reflexiva, apenas parte da
radiação sensibiliza o filme. (b) A camada reflexiva redireciona os raios X para sensibilizarem
o filme. FONTE: Bushong, 2004.
A camada mais distante do filme é chamada de base que, normalmente composta por
poliéster, dá suporte mecânico à camada de fósforo. Essa camada deve ser resistente à umidade
e à radiação, inerte quimicamente para não interagir com a camada de fósforo, flexível e livre
de impurezas que possam ser imageadas pelos raios X.
Após atravessar o corpo do paciente e a tela intensificadora, o feixe de raios X pode
sensibilizar os filmes radiográficos. Há outros detectores de radiação em radiodiagnóstico,
mas a impressão de filmes radiográficos ainda é uma das principais técnicas usadas
34
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Após ser exposto, o filme contém a imagem latente da região de interesse do paciente
e, para se obtiver a imagem que será utilizada no diagnóstico, esse filme deve ser revelado. O
filme radiográfico é geralmente revelado por uma processadora automática.
35
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
RADIOGRAFIA COMPUTADORIZADA
36
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
RADIOGRAFIA DIGITAL
37
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
38
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
para a reconstrução da imagem foi desenvolvido pelo físico médico Alan Cormack, que dividiu
o prêmio Nobel de física com Hounsfield em 1982.
39
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Quando o conjunto fonte-detector completa uma translação, uma projeção é obtida com
o sinal formado pelos raios X que atravessaram o corpo. Então, o conjunto volta para a posição
inicial, rotaciona e começa a segunda translação para obter a segunda projeção. Após a repetição
desse processo por várias vezes, várias projeções são obtidas e utilizadas pelo software do
computador para a reconstrução da fatia da imagem. Esse processo é característico dos sistemas
de TC da primeira geração, que consistia de 180 translações separadas por rotações de 1°.
Ao longo do tempo, os equipamentos de TC foram sendo melhorados e divididos em
categorias. As primeiras categorias estão listadas no quadro.
1ª Retilíneo Único 5 80 x 80
minutos
40
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Pode-se observar que, com o passar do tempo, o objetivo sempre foi melhorar os
equipamentos com o desenvolvimento de diferentes formatos de feixes e conjunto de
detectores, para melhorar a reconstrução das imagens e diminuir o tempo de aquisição. A figura
abaixo mostra as representações esquemáticas das quatro gerações de tomógrafos listadas no
quadro anterior.
(a) Primeira geração: feixe retilíneo e detector único. (b) Segunda geração: feixe em
leque e conjunto retilíneo de detectores. (c) Terceira geração: feixe em leque e conjunto
curvilíneo de detectores. (d) Quarte geração: feixe em leque e conjunto circular fixo de
detectores.
FONTE: Bushong, 2004.
41
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
a cada 50 milissegundos, que são utilizadas para montar um filme mostrando o batimento
cardíaco.
A sexta geração de tomógrafos, chamada de espiral ou helicoidal, consiste de um
scanner em que há rotação contínua (360°) do conjunto fonte-detectores e movimento de
translação da mesa onde fica o paciente, para obtenção de dados de um volume de tecido, não
de fatias. Nesse caso, obtêm-se dados a cada 100 milissegundos e, as reconstruções são rápidas.
A vantagem é o aumento da cobertura anatômica em menos tempo de aquisição.
42
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Figura A E B
IMAGENS RADIOGRÁFICAS
As regiões do corpo que são mais densas atenuam mais o feixe de raios X do que as
regiões menos densas. Por exemplo, o osso absorve mais raios X do que o tecido mole. Dessa
maneira, áreas no detector referentes a regiões menos densas, como no caso dos pulmões que
contêm principalmente ar, são mais expostas à radiação. Por outro lado, áreas referentes a mais
densas, como no caso dos ossos, são menos expostas à radiação.
44
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
IMAGENS RADIOGRÁFICAS
Sistemas tela-filme
45
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
(a) sem o uso de tela intensificadora e (b) com o uso de tela intensificadora. Observa-
se borramento na imagem em (b) devido à presença da tela.
Dos raios X que contribuem para a imagem no filme, de 95% a 99% interagem com a
tela intensificadora para produzir luz, afetando os grãos de haleto de prata e rearranjando sua
estrutura. O restante interage diretamente com os grãos de haleto de prata da emulsão do filme.
Assim, em um filme já exposto à radiação, mas ainda não processado, a emulsão contém a
imagem latente. Se houver um tempo muito grande entre a exposição do filme e seu
processamento, a estrutura dos grãos da emulsão pode mudar novamente, afetando a qualidade
da imagem.
Para obter a imagem no filme, ele é processado para que haja redução química do haleto
de prata em grãos de prata metálica enegrecidos. Assim, a imagem latente invisível é convertida
em uma imagem radiográfica visível. Quatro processos são necessários para a obtenção da
imagem no filme: revelação, fixação, lavagem e secagem.
QUADRO: SEQUÊNCIA DE PROCESSOS PARA OBTENÇÃO DE UMA
IMAGEM VISÍVEL NO FILME RADIOGRÁFICO
46
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
aproximadamente uma hora para se obter uma imagem radiográfica pronta para ser analisada
pelo médico. Atualmente, essas etapas são realizadas por processadoras automáticas que podem
possuir ciclos estendidos, médios e ultrarrápidos, com durações de 30 a 150 segundos para que
se obtenha uma imagem.
FONTE: www.ebah.com.br
47
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Após o processamento, regiões mais escuras do filme são aquelas em que a emulsão
sofreu mais interações com a radiação (luz proveniente da tela intensificadora e raios X). Por
outro lado, regiões com menos exposição à radiação e, portanto, menos interações, aparecem
mais claras no filme processado. A medida do grau de enegrecimento de uma determinada
região do filme é denominada densidade óptica (D).
Com um densitômetro pode-se medir a quantidade de luz incidente no filme ( ) e a
quantidade de luz que atravessa uma determinada região do filme. A densidade óptica é então
dada por:
𝐼0
𝐷 = 𝑙𝑜𝑔
𝐼
(a) Densitômetro. (b) Densidades ópticas diferentes são visualizadas em diferentes tons
de cinza.
48
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Sistemas digitais
Imagem representada pela matriz da função f(x,y), em que cada posição espacial (x,y)
tem um nível de cinza determinado pelo valor de f.
www.tecnologiaradiologica.com
49
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
a espessura de cada fatia está relacionada com a profundidade da imagem. Assim, a imagem é
representada por voxels, que é a combinação dos pixels com a espessura da fatia.
50
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
51
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
52
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
53
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
(a) sem e (b) com ruído. Pode-se observar a aparência granulada da imagem com ruído.
Muitas vezes o nível de ruído pode ser ajustado, porém quando for reduzi-lo, é
necessário considerar que o principal compromisso em imagens de raios X é a exposição do
paciente. Dessa maneira, o ruído não deve ser reduzido ao nível mínimo possível se a dose no
paciente for aumentada. Além disso, deve-se considerar também o contraste e o borramento da
imagem ao tentar reduzir o ruído. Portanto, todo procedimento de radiodiganóstico possui um
ruído aceitável, para compensar com exposição mínima, tempo de exame curto e imagem de
boa qualidade.
Como visto até agora nessa seção, a qualidade da imagem é afetada por fatores
relacionados aos detectores, à geometria e ao paciente. Esses diversos fatores devem ser
considerados ao realizar o exame e também ao analisá-lo.
54
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Sistema tela-filme
55
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
O início da curva não é muito útil, pois mudanças nos níveis de exposição não causam
muita diferença na densidade do filme. Porém, o nível de densidade nessa região, chamado de
base + véu, é o valor para exposição a raios cósmicos, radiação de fundo e calor, que podem
causar mudanças nos grãos do filme sem a exposição à radiação X.
Já a região linear de toda curva característica é útil na caracterização do filme. Nessa
região, cada aumento da radiação causa um aumento linear na densidade óptica. A inclinação
70
dessa região define o gradiente de contraste do filme, que não é afetado pela tela
intensificadora, mas pode ser afetado pelas condições de processamento do filme.
56
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
57
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Sistema digital
Exemplo:
𝐹𝑂𝑉 32 𝑐𝑚
𝑟𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑒𝑠𝑝𝑎𝑐𝑖𝑎𝑙 = = = 0,25 𝑐𝑚
𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 128 𝑝𝑖𝑥𝑒𝑙
A figura abaixo mostra uma mesma imagem com diferentes resoluções espaciais.
58
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Entretanto, em pixels muitos pequenos pode haver grande quantidade de ruído. Nesse
caso, boa resolução espacial não garante boa qualidade da imagem. Portanto, a qualidade da
imagem digital está tanto relacionada com a resolução espacial, quanto com a quantidade de
ruído.
Outro fator dependente do detector digital, nesse caso mais precisamente do computador
a ele conectado, é a variação dinâmica ou variação da escala de cinza, que descreve o número
de tons de cinza que pode ser representado por uma imagem digital. Quanto maior for a variação
dinâmica, mais tons de cinza serão utilizados para representar a série de valores desde a máxima
intensidade de raios X até a mínima intensidade de raios X que chega ao detector. Assim,
melhor será a resolução do contraste. Além disso, o contraste de uma região de interesse da
imagem pode ser aumentado se o sistema tiver uma variação dinâmica suficiente.
Fatores geométricos
A qualidade da imagem pode ser afetada por diferentes fatores geométricos. Entre eles,
estão: magnificação, distorção e ponto focal.
✓ Magnificação
59
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Em radiografia, as imagens são maiores do que os objetos (estruturas atômicas) que elas
representam, o que é chamado de magnificação. Quantitativamente, ela é expressa pelo fator
de magnificação (FM):
𝐼 𝐷𝐹𝐼
𝐹𝑀 = =
𝑂 𝐷𝐹𝑂
MAGNIFICAÇÃO
Para a maioria dos exames radiográficos, DFI é igual a 100 cm, o que resulta em um
FM de aproximadamente 1,1. Porém, em alguns serviços de radiodiagnóstico, tem-se utilizado
DFI de 120 cm com o objetivo de reduzir a magnificação, melhorar a resolução espacial e
reduzir a dose no paciente.
✓ Distorção
60
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
DISTORÇÃO
DISTORÇÃO
61
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Ponto focal
PONTO FOCAL
62
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Como o
ponto
focal tem
Quanto mais fino for o ponto focal, melhor será a nitidez geométrica da imagem e
menor será o efeito de penumbra. Além disso, esse efeito de penumbra pode ser minimizado,
posicionando o paciente mais próximo possível do detector e, se for possível, aumentando a
distância entre a fonte de raios X e a imagem.
Efeito anódico
EFEITO ANÓDICO
63
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Fonte: Oliveira-www.lucianosantarita.pro.br
Contraste do paciente
64
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
diagnóstico, o contraste do paciente é bastante influenciado pelo Z do tecido que está sendo
examinado.
• Formato da estrutura anatômica: se a estrutura anatômica tiver um formato que
coincida com o feixe de raios X, o contraste será máximo. Caso contrário, haverá borramento,
redução da resolução espacial e do contraste da imagem.
Movimento
Observação:
65
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
(a) Janelamento: escolha do número CT para ser o valor de centro e escolha da largura
da janela. (b) Janelamento para realçar osso (esquerda), mediastino (centro) e pulmão (direita).
FONTE: Bushong, 2004.
66
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
ARTEFATOS DE EXPOSIÇÃO
67
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
(a) Aquisição da imagem com a grade invertida. (b) Superexposição à radiação. (c)
Exposição insuficiente à radiação.
FONTE: Bushong, 2004.
ARTEFATO DE EXPOSIÇÃO
68
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Pode-se observar que esses artefatos podem ser corrigidos se o operador tiver maior
atenção ao realizar o exame, quanto ao posicionamento dos equipamentos e do paciente, quanto
às instruções que devem ser dadas aos pacientes sobre movimento e respiração, e quanto aos
parâmetros utilizados para aquisição da imagem (corrente no filamento, voltagem no tubo,
tempo de exposição, etc). A maioria desses artefatos pode ocorrer tanto radiografia
convencional quanto digital.
Os artefatos de processamento ocorrem em sistemas tela-filme e estão geralmente
associados com controle de qualidade inadequado e limpeza infrequente da processadora de
filmes radiográficos.
✓ Marcas lineares
✓ Marcas circulares
69
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
✓ Manchas
✓ Artefatos estáticos
70
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Quando o filme é exposto à luz ou outro tipo de radiação que não seja a do feixe de
raios X utilizado para adquirir a imagem, pode haver o aparecimento de faixas ou manchas com
densidade óptica aumentada, ou imagem com aparência embaçada. Esses artefatos também
podem ocorrer se a temperatura ou umidade da sala de processamento ou armazenamento
estiver muito alta. Caso contrário, se a temperatura ou umidade da sala de processamento ou
armazenamento estiver muito baixa, podem ocorrer artefatos estáticos, ou seja, acúmulo de
elétrons na emulsão. Além disso, se o filme sofrer algum tipo de pressão ou for dobrado antes
ou após seu processamento, marcas indesejadas aparecerão na imagem.
ARTEFATOS DE MANUSEIO E ARMAZENAMENTO
(a) Artefato estático e (b) marca indesejada de unha no filme. FONTE: Bushong,
2004.
Sistemas digitais são geralmente mais tolerantes a artefatos do que sistemas telafilme,
entretanto eles não estão livres dos erros mais comuns, como mau posicionamento e movimento
do paciente, exposição insuficiente, superexposição, exposição dupla do detector e má escolha
ou posicionamento de colimadores e grades. Além disso, outros artefatos específicos a técnicas
digitais podem aparecer, como falta de informação, causada por problemas de memória,
digitalização ou comunicação, resultando em linhas escuras na imagem ou “riscos claros” na
imagem, causados por pequenas rachaduras no detector.
71
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
(a) Exposição dupla do detector. (b) Posicionamento errado da grade. (c) Linhas
escuras na imagem devido à falha na digitalização. (d) Rachaduras no detector.
FONTE: Bushong, 2004.
Outros artefatos que podem também ocorrer em imagens adquiridas por sistemas
digitais são resultantes do efeito de “aliasing”. Esse efeito é causado pela amostragem
insuficiente de sinais digitais de alta frequência, que aparecem como sinais de baixa frequência,
resultando em bordas afiadas ou marcas periódicas, como linhas.
72
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Interpolação
Filtragem
Filtros digitais podem ser utilizados tanto para suavizar quanto para realçar a imagem.
O filtro passa-baixa, que elimina sinais de alta frequência, é utilizado para a suavização da
imagem, reduzindo seu ruído. Já o filtro passa-alta, que elimina sinais de baixa frequência, é
utilizado no realce de detalhes da imagem, porém, também realça o ruído.
Média da vizinhança
73
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Pode-se também suavizar uma imagem pela média da vizinhança, que consiste em gerar
uma nova imagem baseada na original, em que o nível de cinza de cada pixel é determinado
pelo cálculo da média dos níveis de cinza dos pixels vizinhos. Esse tipo de processamento é
bastante comum para diminuir o ruído da imagem, porém resulta em borramento das bordas das
estruturas.
Manipulação de histograma
Janelamento
74
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
ARMAZENAMENTO DE IMAGENS
75
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
PACS
76
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
visualização de todas as imagens do paciente toda vez que seu registro for consultado; e uma
cópia de cada imagem é feita assim que ela é enviada para o servidor. A figura abaixo mostra,
esquematicamente, como um sistema PACS pode funcionar, integrando os sistemas de imagem
de um hospital.
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA BÁSICA DO SISTEMA PACS
DICOM
SEGURANÇA NO TRABALHO
É de conhecimento de todos que os raios X, por serem radiação ionizante, são bastante
prejudiciais à saúde do ser humano. No entanto, ainda não se sabe qual o grau de nocividade
dos raios X nos níveis de diagnóstico. Como os benefícios do radiodiagnóstico são muito
grandes, é muito importante que físicos médicos, técnicos de radiologia e médicos radiologistas
trabalhem com o objetivo de obter imagens radiográficas de boa qualidade com a menor
exposição possível do paciente.
Quando expostas à radiação ionizante, as células podem sofrer danos devido à ação de
eventos físicos, químicos e biológicos, que começam com a interação da radiação com os
átomos que formam essas células. A ionização dos átomos afeta as moléculas, que poderão
causar danos às células e, consequentemente, aos tecidos e órgãos, até afetarem o
funcionamento do corpo inteiro.
78
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Os eventos físicos são sofridos pelos átomos e incluem ionização e excitação. Esses
eventos podem levar à ruptura de ligações moleculares e formação de radicais livres, que são
os eventos químicos. Tanto os eventos físicos quanto os químicos podem levar aos efeitos
biológicos. Entretanto, alguns eventos não prejudiciais podem ocorrer, como: a radiação
atravessa o corpo do paciente sem sofrer interações ou causar danos; a radiação danifica a
célula, mas essa é reparada adequadamente; ou a radiação mata a célula ou impede que ela se
reproduza, mas sem provocar maiores danos aos tecidos. O problema maior acontece quando
os eventos físicos e químicos provocam a reprodução errada das células, podendo causar
aberrações ou mutações celulares, que podem levar à carcinogênese, por exemplo.
Nesse contexto, há a radiobiologia, que é o estudo dos efeitos da radiação ionizante no
tecido biológico. Seu objetivo é descrever com maior precisão os efeitos da radiação nos seres
humanos para que ela possa ser usada com mais segurança para o diagnóstico e com mais
eficiência para a terapia. Para isso, estuda-se a interação da radiação com as células, tecidos e
órgãos por meio da análise de DNA e RNA, sobrevivência celular, cinética do ciclo celular,
aberrações e rearranjos cromossômicos, e indução de morte celular (apoptose e 98 necrose).
Os efeitos biológicos podem ocorrer após exposição do corpo inteiro ou de partes do
corpo a doses de radiação não necessariamente muito altas. Por isso, o cuidado que se deve ter
mesmo com níveis baixos de radiação, como no caso do radiodiagnóstico. Esses efeitos podem
ser divididos em efeitos somáticos e hereditários.
✓ Efeitos somáticos:
São aqueles que surgem apenas na pessoa que sofreu a exposição à radiação, não
afetando futuras gerações. A gravidade desses efeitos depende basicamente da dose recebida e
da região atingida. Exemplos de efeitos somáticos incluem queimaduras, vômitos, cefaleia,
diarreia, infecções, anemia, obstrução de vasos, ou em casos mais graves de exposição,
mutações do DNA, morte celular e câncer.
✓ Efeitos hereditários:
São resultados de danos em células de órgãos reprodutores e atingem os descendentes
da pessoa que sofreu a irradiação. Eles incluem as mutações celulares.
Os efeitos somáticos classificam-se em imediatos e tardios. Quando os efeitos
biológicos surgem em até alguns dias após a exposição, eles são chamados de efeitos imediatos.
A Síndrome Aguda de Radiação é um desses efeitos. Quando há exposição do corpo inteiro a
79
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
doses elevadas de radiação, vários tecidos e órgãos são danificados, podendo causar uma reação
aguda, cujos sintomas são náusea, vômito, fadiga e perda de apetite.
Por outro lado, há efeitos que surgem apenas meses ou anos após a irradiação, e são
chamados de efeitos tardios. O efeito tardio de maior importância é o câncer.
QUADRO: EFEITOS SOMÁTICOS
Efeitos imediatos
✓ Pele
✓ Gônadas
✓ Extremidades
✓ Medula óssea
Dano citogenético
✓ Efeitos tardios
✓ Leucemia
✓ Câncer de mama
✓ Dano genético
80
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
✓ Câncer ósseo
✓ Câncer de pulmão
✓ Câncer de tireoide
Como dito anteriormente, a irradiação do corpo inteiro pode causar uma reação aguda,
que tem sintomas menos graves, como vômito ou perda de apetite. Entretanto, se a dose for
bastante alta, as síndromes abaixo podem se manifestar:
✓ Síndrome hematológica: afeta as estruturas que formam o sangue e são altamente
sensíveis à radiação. É caracterizada pela redução de leucócitos, hemoglobina e plaquetas.
✓ Síndrome gastrointestinal: afeta órgãos do sistema gastrointestinal que são muito
sensíveis à radiação. É caracterizada principalmente por danos severos a células que revestem
o intestino.
Síndrome do sistema nervoso central: afeta cérebro e músculos que são menos sensíveis
à radiação. É caracterizada pelo aumento da pressão intracraniana, inflamação dos vasos
sanguíneos e meningite.
Como o cérebro e os músculos são menos sensíveis à radiação, é necessária uma dose
extremamente alta para causar a síndrome do sistema nervoso central. Nesses casos, o tempo
de vida da pessoa exposta é extremamente curto. A figura abaixo mostra a curva de
sobrevivência para as três síndromes citadas acima. Observa-se que à medida em que a dose
absorvida pelo corpo aumenta, o tempo médio entre a exposição e a morte diminui.
CURVA DE SOBREVIVÊNCIA
81
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Danos locais também podem ocorrer devido à irradiação. Nesses casos, a dose a que
apenas uma parte do copo é exposta para produzir um efeito biológico deve ser maior do que
no caso de irradiação do corpo inteiro. Os tecidos que são afetados imediatamente após a
irradiação são pele, gônadas e medula óssea.
A exposição de mulheres grávidas à radiação pode causar sérios efeitos biológicos ao
feto, que não são efeitos hereditários, mas sim somáticos pois o próprio feto é exposto à
radiação.
82
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
✓ Morte pré-natal
✓ Morte neonatal
✓ Má-formação congênita
✓ Câncer infantil
Alta Linfócitos
Espermatogônias
Eritroblastos
Como dito anteriormente, ainda não se sabe quais são os reais riscos da irradiação de
baixa dose, como no caso da exposição durante exames radiográficos. Entretanto, sabe-se que
os riscos de aparecimento de efeitos biológicos não segue um modelo de limiar, ou seja, eles
não se manifestam a partir de um determinado valor de dose absorvida. Na verdade, há um risco
linear, ou seja, quanto mais os tecidos são expostos, maiores os riscos.
83
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
✓ Otimização: o menor nível possível de radiação deve ser mantido sem que haja
perda de qualidade da imagem.
84
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
de radiação e o paciente é fixa para cada tipo de exame, e o técnico de radiologia fica
posicionado atrás de uma barreira protetora. Além dessa barreira protetora, há outros tipos de
blindagens, como coletes de chumbo para proteger órgãos que não devem ser expostos à radição
já que não fazem parte das estruturas examinadas, e as blindagens utilizadas nas paredes da sala
para proteger os trabalhadores e o público em geral.
QUADRO: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS PARA GARANTIR DOSES BAIXAS
DE ACORDO COM O PRINCÍPIO ALARA
Além desses princípios fundamentais, há outros procedimetnos que devem ser seguidos,
como hábitos de trabalho, uso de sinalização e monitoramento. Entre eles, podem ser citados:
✓ Os técnicos devem sempre usar a técnica adequada para cada tipo de exame
radiográfico, já que elas são otimizadas para garantir a aquisição de imagens de boa qualidade.
Assim, não haverá necessidade para repetição do exame, o que reduz a dose no paciente
e a radiação espalhada que atinge o profissional.
✓ Tanto técnicos quanto radiologistas que trabalham próximos às salas de
radiodiagnóstico devem sempre utilizar seu dosímetro (medidor de dose) pessoal durante toda
a jornada de trabalho.
✓ Os profissionais não devem se acomodar com a rotina de trabalho e esquecer ou
não seguir as normas de proteção radiológica.
✓ As sinalizações de advertências devem ser utilizadas e respeitadas.
Esses não são os únicos procedimentos a serem seguidos, há outros que, muitas vezes,
dependem do tipo de instalação dos equipamentos e dos exames a serem realizados. O
importante é lembrar que todas as normas devem ser seguidas para garantir a segurança do
paciente, dos trabalhadores e do público em geral.
85
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Para que essas normas fossem criadas, era necessário conhecer a máxima dose
permissível, ou seja, a máxima dose de radiação que não produz efeitos biológicos
significantes. Esse conceito foi substituído e atualmente utiliza-se o conceito de Limites
Primários Anuais de Dose Equivalente, cujos valores são estipulados pelas Diretrizes Básicas
da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) (CNEN-NN-3.01:2011).
✓ Grandezas:
• Dose absorvida (D): é a quantidade de energia média depositada pela radiação em um
volume do corpo. A unidade no sistema internacional (SI) é o joule por quilograma (J/kg),
denominada gray (Gy).
• Dose equivalente (HT): é a dose absorvida média nos tecidos e órgãos ponderada nos
tipos de radiação. A unidade no SI é o joule por quilograma (J/kg), denominada sievert (Sv).
• Dose efetiva (E): é a soma das doses equivalentes ponderadas nos diversos tecidos e
órgãos. É a grandeza que limita a exposição de pessoas à radiação. A unidade no SI também é
sievert (Sv).
• Equivalente de dose ambiente (H*): grandeza operacional usada para o levantamento
radiométrico, comparação com os níveis de restrição e planejamento de blindagens.
✓ Classificação de áreas:
86
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
✓ Exposições:
As exposições podem ser únicas, fracionadas ou periódicas. Para a proteção radiológica,
as principais exposições a serem levadas em conta são:
• Exposição médica: aquela a que são submetidos pacientes, para fins de
diagnóstico ou terapia.
• Exposição ocupacional: exposição de um indivíduo devido ao seu trabalho ou
treinamento em práticas autorizadas.
• Exposição do público: exposição de indivíduos do público, que não estão
trabalhando ou sendo beneficiados pela exposição.
Esses e outros termos relacionados à proteção radiológica podem ser encontrados nas
Diretrizes Básicas da CNEN (CNEN-NN-3.01:2011). Nela também se encontra a limitação de
dose individual, que não se aplica a exposições médicas. Essa limitação tem o objetivo de
restringir as doses efetiva e equivalente nos tecidos e órgãos a valores inferiores aos
especificados na tabela.
87
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
✓ Exposição ocupacional
• A dose efetiva anual não deve exceder 20 mSv, considerando a média aritmética
em 5 anos consecutivos, desde que não exceda 50 mSv em um ano.
• Menores de 18 anos não podem trabalhar com equipamentos de raios X, exceto
em treinamentos.
• A dose efetiva anual para estagiários de 16 a 18 anos não deve exceder 6 mSv.
• É proibida a exposição ocupacional de menores de 16 anos.
88
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
• Mulheres grávidas devem notificar a gravidez assim que esta for constatada e garantir
que a dose na superfície do abdômen não exceda 2 mSv durante a gestação.
DOSIMETRIA
✓ Repetitividade;
✓ Reprodutibilidade;
✓ Estabilidade;
✓ Exatidão;
✓ Precisão;
✓ Sensibilidade;
✓ Eficiência.
89
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
DOSÍMETROS
Além disso, alguns fatores definem a escolha do dosímetro mais adequado para
determinada situação ou finalidade:
✓ Tipo de radiação;
✓ Intervalo de tempo de interesse (medição instantânea ou tardia);
✓ Resolução;
✓ Tipo de informação desejada;
✓ Custo.
A dosimetria pode ser feita direta ou indiretamente. O método direto mede a dose de
entrada na pele com dosímetros termoluminescentes posicionados sobre a pele. Esses
dosímetros são muito sensíveis, apresentam certa radiação de fuga e sua resposta depende da
energia, sendo então necessária sua calibração. Apesar de medir a dose na pele, a dose nos
órgãos pode ser calculada.
90
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
CONTROLE DE QUALIDADE
Radiografia convencional
91
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Filtragem
A filtragem do feixe de raios X é um dos fatores mais importantes para a proteção do
paciente. Ela aumenta o poder de penetração e, portanto, a qualidade do feixe de raios X. Para
verificar a qualidade do feixe, determina-se a camada semirredutora (CSR) em milímetros de
alumínio (mm Al).
Inicialmente, mede a intensidade da radiação sem filtros entre a fonte de raios X e o
detector. Depois, repete-se essa medida para filtros de diferentes espessuras. Ao colocar esses
dados em um gráfico, pode-se determinar a CSR, ou seja, a espessura da filtragem que reduz a
intensidade do feixe pela metade. Para a filtragem ser considerada adequada, a CSR deve ser
igual ou superior a 2,5 mm Al.
92
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Dispositivos para os
testes de (a) alinhamento do
eixo central do feixe e (b)
exatidão do sistema de
colimação.
93
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
O objetivo é avaliar as dimensões do ponto focal aparente do tubo de raios X. Isso pode
ser feito pelo método de padrão estrela ou método de padrão de barras. O dispositivo da figura,
por exemplo, pode ser usado para esse teste. Ele é constituído por um alvo de metal pesado com
grupos de fendas “padrões de barra” de diferentes tamanhos. Após posicionar esse dispositivo
sobre um cassete contendo um filme e realizar uma exposição, obtém-se um resultado como
mostrado na figura. Deve-se, então, procurar o menor grupo em que todas as três barras sejam
resolvidas sobre o filme e utilizar a tabela de conversão para saber o tamanho do ponto focal.
(a) Dispositivo para o teste do tamanho do ponto focal por meio do “padrão de barras”.
(b) Resultado típico obtido com o teste.
O objetivo é medir a quilovoltagem de pico (kVp) para ver sua exatidão em relação ao
mostrador. A leitura pode ser feita diretamente ou indiretamente. No caso da leitura direta,
utilizam-se dois fotodiodos que mostram eletronicamente o valor de kVp. Então, um valor de
kVp é selecionado e o medidor é exposto. Os valores de kVp selecionado e lido são comparados.
O limite aceitável de exatidão é de ± 10%.
Tempo de exposição
94
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
O objetivo é comparar o valor obtido por um medidor específico com o valor mostrado
no painel, por meio de uma leitura direta. Para isso, o medidor é submetido à exposição de
diferentes durações. O limite aceitável de exatidão é de ± 20% para durações ≤ 10 ms, e ± 5%
para durações > 10 ms.
Linearidade da exposição
O objetivo é avaliar a habilidade de um equipamento de raios X de produzir uma
radiação constante para diferentes combinações de corrente aplicada no filamento e tempo de
exposição, que teoricamente deveriam resultar no mesmo valor de radiação.
Reproducibilidade da exposição
Radiografia computadorizada
95
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
Radiografia digital
96
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
97
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
REFERÊNCIAS
98
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR
RADIOLOGIA E ANÁLISE DE IMAGEN
99
WWW.SIMPLESEAD.COM.BR