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Ultrassonografia

O exame de ultrassom (ultrassonografia) é um procedimento médico de


diagnóstico que utiliza ondas sonoras para produzir imagens visuais dinâmicas dos
órgãos, tecidos ou fluxo sanguíneo dentro do corpo. As ondas sonoras são
transmitidas para a área a ser examinada e os ecos que retornam são capturados
para oferecer ao médico uma imagem em tempo real da área definida. O exame de
ultrassom não requer o uso de radiação ionizante, nem de agentes de contraste
nefrotóxicos.
O ultrassom possui diversas vantagens as quais o fazem ideal em situações
numerosas, em particular, estudos da função de estruturas em movimento em
tempo real. Ela pode ser usada par examinar algumas partes do corpo como
abdômen, coração, vasos sanguíneos, músculos, artérias carótidas e sistema
reprodutivo feminino incluindo gestação e diagnóstico pré natal(Figura 1). Por causa
da sua natureza não ionizante, essa é uma boa opção de exame de imagem quando
há sensibilidade ao uso da radiação, como em usos pediátricos ou mulheres
grávidas.

Fig. 1: Ultrassom pré-natal 3D mostrando a cabeça, bracos e mãos do bebê.

O ultrassom é baseado no sonar e utiliza uma máquina com um processador


de computador para criar as imagens de Ultrassom. Um transdutor é colocado na
área do corpo a ser visualizado. As ondas sonoras que retornam, ou ecos, são
processados pelo computador e convertidos em imagens.

A forma especifica do Ultrassom que é utilizada para examinar o coração é


conhecida como ecocardiograma e permite que as válvulas do coração e fluxo
sanguíneo sejam visualizados.
Como surgiu

A maioria dos pesquisadores e historiadores consideram a descoberta do físico


francês Pierre Curie de piezoeletricidade em 1877 como o momento em que o
ultrassom foi concebido.
Em 1880, os irmãos Curie descobriram o efeito piezelétrico. Este efeito resulta da
aplicação de uma pressão mecânica sobre a superfície de certos cristais que são
capazes de gerar um potencial elétrico entre superfícies opostas, produzindo som
numa freqüência superior a 20 KHz, conhecido como ultrassom.
Estes cientistas perceberam também que a aplicação do ultrassom nos cristais
resultava na conversão de energia mecânica em eletricidade e quando um pulso de
ultrassom é direcionado a uma substância, uma parte deste som é refletida de volta
a sua fonte com informações sobre o tipo de estrutura que penetrou.
Foi durante a Segunda Guerra Mundial que o estudo da utilidade do ultrassom foi
aprimorado , mas inicialmente era utilizados para fins militares ; para a navegação e
determinação da distância pelo som ou detecção de distâncias através de ondas de
rádio, que utilizavam o eco de ondas de rádios para determinar a distância e
localização de objetos no ar .

Quem o criou
No ano de 1842, Johann Doppler descreveu o Efeito Doppler, que ainda seria
muito usado futuramente, em sua obra “Sobre as Cores da Luz Emitida pelas
Estrelas Duplas” , trinta e cinco anos depois, John William Strutt publicaria a Teoria
do Som, que inaugurou a física acústica moderna e foi bastante explorada ao longo
da Primeira Guerra Mundial.

Em 1880, os irmãos Curie descobriram a piezoeletricidade, na qual os cristais


conseguem produzir som numa frequência superior a 20 KHz, ou seja, o ultrassom.
No século XX em 1940
, o ultrassom começou a ser utilizado na Medicina Diagnóstica e na localização de
tumores. Uma década depois, John Reid e John Wild construíram o transdutor
linear, um instrumento do modo B para carcinomas de mama.
 
Onde é utilizado

O ultrassom foi utilizado pela primeira vez na medicina em 1940, por Karl
Theodoro Dussik em neuropsiquiatria na universidade de Viena, ao tentar localizar
tumores e verificar o tamanho dos ventrículos cerebrais através da mensuração da
transmissão dos sons pelo crânio
Alguns heróis do ultrassom incluem John Reid e John Wild (considerado o pai da
ultrassonografia em medicina), que, em 1950, construiu uma linear, de mão,
instrumento do modo B-para os tumores de mama, e José Holmes, que, em 1951,
juntamente com engenheiros Howry e outros, produziram o primeiro 2D B-mode
scanner composto linear.
Em 1957, Douglas Howry, médico Americano, e sua esposa também médica,
Dorothy Howry, são considerados os pioneiros na utilização da ultrassonografia
diagnóstica. Nesta época o paciente tinha que ficar submerso e imóvel dentro de
uma banheira com água para a realização do exame. Um procedimento nada
prático e que produzia imagens de baixa qualidade e resolução.
O método de ultrassonografia utilizado hoje foi desenvolvido ainda nesta década.
A banheira de água foi substituída pelo gel de ultrassom, que serve para aumentar e
melhorar a superfície de contato entre a pele e o "transdutor" (dispositivo que
transforma os impulsos elétricos que chegam através dos fios em som, ou seja,
energia elétrica em energia sonora.
Don Baker, Dennis Watkins, e John Reid em 1966 desenvolveram o Doppler
pulsado, o que permitiu a detecção de fluxo de sangue a partir de diferentes
profundidades no coração. Don Baker também era um membro da equipe de
engenharia que desenvolveu mais tarde com Doppler colorido e digitalização
duplex. Em tempo real de ultrassom começaram a aparecer no início de 1980. Já na
década de 1990, o campo foi um passo adiante com imagens 3D e até 4D que o
público poderia interpretar.
Hoje, o exame ultrassonográfico acomoda-se confortavelmente ao paciente, onde
o transdutor é o responsável por transformar os ecos refletidos pelo interior do corpo
humano em sinais que serão decodificados eletronicamente em uma imagem que,
por sua vez, será interpretada pelo médico que estiver realizando o exame .
Este método é largamente difundido mundialmente e em praticamente todas as
áreas médicas, devido à simplicidade com que é feito, ao seu baixo custo em
relação a outros métodos diagnósticos e, principalmente, por ser inócuo e não
promove alterações secundárias à sua aplicação. O ultrassom é um exame que
pode utilizado na área preventiva, para diagnosticar lesões no organismo ou para
controlar lesões que estejam sendo tratados na clínica, na cirurgia ou com outros
método

Referência
Hugo Santos, Waldemar do Amaral, Kelly Tacon. A história da ultrassonografia no
Brasil e no mundo. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 167,
Abril de 2012. http://www.efdeportes.com/.

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