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Ecografria
Quelimane
2023
Miguel José Manuel Pagocho
Ecografria
Trabalho de carácter
avaliativo referente a
disciplina de Meios Auxiliares
de Diagnóstico Portuguesa a
ser apresentado ao docente:
Domingos Afar
Quelimane
2023
Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 4
2. Objectivos............................................................................................................................ 4
3. Ecografria ............................................................................................................................ 5
4. Conclusão .......................................................................................................................... 14
1. Introdução
A ultra-sonografia, ou ecografia, é uma técnica de geração de imagens que usa ondas sonoras
de alta frequência (ultrasom) e seus ecos. Os sistemas de ultra-sonografia menores, portáteis
são os de mais fácil utilização superaram as limitações dos sistemas maiores e mais
complexos, representando uma área de crescimento para novas aplicações da tecnologia da
ultra-sonografia. Conforme a tecnologia se desenvolve, é válido considerar as possibilidades –
positivas e negativas – que essas mudanças podem trazer.
2. Objectivos
2.1. Objectivo Geral
Conhecer a Ecografia (Ultra-sonografia).
2.2. Objectivos Especificos
Descrever a Historia e seus percursores da Ecografia (Ultra-sonografia).
Mencionar os efeitos e principios fisicos da Ecografia (Ultra-sonografia.
Enunciar o Efeito Doppler e as suas modalidades.
Ilustrar Ultra-sonografia 3D e Ultra-sonografia 4D e por fim os possíveis riscos do
Ultra-sons.
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3. Ecografria
3.1. Historial
A primeira teoria Matemática de propagação sonora no ar foi desenvolvida por Isaac Newton
no ano de 1687. Com o passar do tempo, o italiano Lazzaro Spallazani realizou experimentos
com morcegos no ano de 1793. Ele constatou que mesmo sem os morcegos enxergarem, por
causa dos experimentos, conseguem localizar suas presas e desviar dos obstáculos pela
audição.
No ano de 1877, o cientista inglês John Willian Strutt publicou pela primeira vez a Teoria do
Som. Esta teoria foi colocada em prática na Primeira Guerra Mundial, utilizada em um
gerador de som de baixa frequência para detectar icebergs e facilitar a navegação. Em 1880,
os irmãos Jacques e Pierre Curie descobriram o efeito piezeléctrico, descrevendo, então, suas
características físicas e frequência.
A ultra-sonografia teve seu início na área médica por meio de tratamentos fisioterápicos nas
décadas de 1920 e 1930. Em 1950, Douglas Howry e W. Roberic Bliss foram os percursores
do sistema de imagem médica seccional. No ano de 1965, o oftalmologista alemão Werner
Buschman desenvolveu o primeiro transdutor adaptado para o exame oftalmológico. Em
1966, surge o Doppler pulsado, desenvolvido por Don Baker, Dennis Watkins e John Reid –
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A Figura 3.1 ilustra a imagem ultra-sonográfica do útero de uma criança antes da puberdade.
O efeito piezeléctrico consiste na capacidade de um material gerar certa tensão eléctrica, por
meio de pressão mecânica, sendo esta decorrente da expansão e retracção de energia de um
cristal em estado de compressão.
Para os humanos, a ultra-sonografia é inaudível, podendo ser captada apenas pelas ondas
ultra-sónicas, por diferentes tipos de transdutores, que amplificarão o som e o transformarão
em imagens. A imagem é formada por meio de transdutores acoplados nos equipamentos
através de um cabo e que terá o contacto directo com a pele do paciente. Este processo ocorre
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é muito importante ressaltar que sua aquisição vai depender das estruturas estudadas, por
exemplo, se optarmos para as modalidades da cardiologia, abdome e obstetrícia, esta
frequência, em geral, varia de dois a cinco mega-hertz (MHz). Já se realizarmos os exames de
mama, tireóide, testículo, oftalmológicos e das regiões periféricas vasculares, esta frequência
pode chegar até vinte mega-hertz (MHz).
Os efeitos térmicos estão relacionados com o calor gerado pelos pontos de reflexão do ultra-
som, ocorrendo então uma impedância acústica. Este tipo de efeito pode ocasionar o aumento
da circulação sanguínea e também o aumento metabólico local.
Os efeitos térmicos estão relacionados com o calor gerado pelos pontos de reflexão do ultra-
som, ocorrendo então uma impedância acústica. Este tipo de efeito pode ocasionar o aumento
da circulação sanguínea e também o aumento metabólico local.
Na sua composição também encontramos o processador central, local onde serão processados
os impulsos eléctricos provenientes dos transdutores. Por fim, temos os transdutores, que têm
a função de emissão e captação das ondas sonoras e são compostos por material piezeléctrico.
Esses equipamentos são capazes de registar a posição da superfície reflectora e representar a
forma dos ecos, sendo ela em escala de cinza ou em cores.
Os tipos de ondas sonoras (mecânicas/electromagnéticas) nos tecidos são captadas através dos
transdutores por meio de vibrações. Para entendermos as características da interacção da onda
sonora com o tecido, devemos conhecer os principais aspectos:
Existem várias modalidades de aquisição da imagem e, dentre elas, as mais utilizadas são:
Doppler contínuo: este tipo não é muito preciso; não descrimina os movimentos
provenientes de várias profundidades. A interpretação é realizada pelos padrões de
sons emitidos através dos vasos, ilustrados por gráficos ou representados por curvas de
velocidades.
Doppler pulsado: o som é emitido através de pulsos. O cristal piezeléctrico funciona
como transmissor e receptor de sinal. Por ser um sistema pulsado, permite o intervalo
entre a transmissão e o retorno do eco. Sua imagem é bidimensional, possibilitando a
visualização da profundidade e tamanho do volume da amostra com precisão.
Doppler colorido: é o mais utilizado nos dias atuais, tem capacidade de mapear o fluxo
sanguíneo em cores. Sua imagem é bidimensional e em tempo real. Neste exame, a
área a ser visualizada é dividida em amostragem por meio de pequenos volumes,
sendo cada um deles submetido a um processo isolado. O sinal é obtido e codificado
através de cores, de acordo com sua movimentação na direcção ou no oposto do
transdutor. As cores utilizadas são as tonalidades de vermelho e azul (Figura abaixo),
ao invés dos tons de cinza. Devemos levar em consideração que o grau de saturação da
cor é relacionado com a velocidade do fluxo sanguíneo.
3.5. Ultra-sonografia 3D
A avaliação dos exames tridimensionais dão amplitude aos médicos, pois ele permite a
reconstrução fiel dos órgãos em tempo real, delimitando suas estruturas, alterações
fisiológicas e anormalidades. Essa técnica é muito utilizada para a avaliação de fluxo
sanguíneo e, em gestantes, para o acompanhamento do crescimento e movimentação fetal.
Os estudos com a ultra-sonografia 3D são amplos e podem identificar uma lesão maligna, sem
a necessidade de realização de uma retirada de fragmento tecidual; processo este conhecido
como bipsia.
Ao abordarmos todos os tipos de ultra-sonografia, podemos afirmar que estas não provocam
danos à saúde, pois não são emissoras de radiação ionizante. Assim, após o término do exame
o paciente voltará à sua rotina normalmente. Geralmente a ultra-sonografia tridimensional
(Figura abaixo) é utilizada nos exames de aplicações fetal, cardíaca, transretal e intravascular.
Tecidos; órgãos internos; rede vascular e fluxo sanguíneo. Na Figura abaixo podemos
visualizar a avaliação da imagem de um paciente com suspeita de derrame pleural,
sendo avaliadas as regiões do pulmão e baço. A identificação “t” significa parede
torácica; a identificação “dp” significa derrame pleural e na parte inferior podemos
visualizar o diafragma.
Figura. Ultra-sonografia de tórax
Para a aquisição das imagens é utilizado o auxílio de um gel próprio para procedimentos ultra-
sonográficos, que auxiliará o deslizamento do transdutor na pele do paciente. Este gel é uma
substância atóxica, inodora, incolor, lavável, não mancha tecidos e roupas e o principal, não
irrita a pele. É importante ressaltar que na ultra-sonografia não é utilizado nenhum tipo de
radiação ionizante, desta forma, não apresentará efeitos colaterais ao paciente.
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3.8. Ultra-sonografia 4D
Fornece mais detalhes das estruturas e maior resolução das imagens, importantes para
um diagnóstico mais preciso.
Estudo “Doppler” para a avaliação de vasos (aneurismas, varizes).
Diagnóstico de doenças do abdome e dos músculos.
Estudos de fetos, podendo-se visualizar suas faces, mãos e sexo. Podendo-se visualizar
mais facilmente anomalias morfológicas e síndromes.
4. Conclusão
5. Referências Bibliográficas
MARTINS, Wellington de Paula; LEITE, Steal Porto; NASTRI, Carolina Oliveira. Pelvic
ultrasonography in children and teenagers. Radiologia Brasileira [online] 2009, v. 42, n. 6, p
395-401.