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Turma: 21
4º Grupo
Andaque René
Baquita Manuel
Miguel José
Mônica Vasco
Neusa Fonseca
Osvaldo Mário
Índice
Introdução ......................................................................................................................................................5
Objectivos ......................................................................................................................................................5
Objectivo Geral ..............................................................................................................................................5
Objectivos Específicos ...................................................................................................................................5
1 Infertilidade e Síndrome do Sangramento ...................................................................................................6
1.1 Infertilidade ..............................................................................................................................................6
1.1.1 Causas da infertilidade ..........................................................................................................................7
1.1.2 Diagnóstico da infertilidade ..................................................................................................................7
1.1.3 Tratamento da infertilidade ...................................................................................................................8
1.2 Síndrome do Sangramento .....................................................................................................................10
1.2.1 Fisiopatologia do sangramento vaginal ...............................................................................................10
1.2.2 Etiologia do sangramento vaginal .......................................................................................................11
1.2.3 Avaliação do sangramento vaginal .....................................................................................................11
1.2.4 História ...............................................................................................................................................12
1.2.5 Exame físico .......................................................................................................................................13
1.2.6 Sinais de alerta ...................................................................................................................................14
1.2.7 Exames ...............................................................................................................................................14
1.2.8 Tratamento do sangramento vaginal ...................................................................................................16
1.2.9 Fundamentos de geriatria ....................................................................................................................16
2 Dor Pélvica Feminina e Menopausa..........................................................................................................16
2.1 Dor pélvica feminina ..............................................................................................................................16
2.1.1 Causas da dor pélvica ..........................................................................................................................17
2.1.2 Distúrbios ginecológicos .....................................................................................................................17
2.1.3 Outras doenças ....................................................................................................................................18
2.1.4 Avaliação da dor pélvica .....................................................................................................................18
2.1.5 Sinais de alerta ....................................................................................................................................19
2.1.6 Exames ................................................................................................................................................19
2.1.7 Tratamento da dor pélvica ...................................................................................................................20
2.2 Menopausa .............................................................................................................................................20
2.2.1 Sintomas da menopausa ......................................................................................................................22
2.2.2 Sintomas após a menopausa ..............................................................................................................24
2.2.3 Diagnóstico da menopausa ..................................................................................................................25
2.2.4 Tratamento da menopausa...................................................................................................................26
2.2.5 Medicamentos não hormonais ...........................................................................................................27
Conclusão .....................................................................................................................................................28
Referências Bibliográficas ...........................................................................................................................29
Introdução
O sistema reprodutor feminino, também chamado de aparelho reprodutor feminino ou sistema
genital feminino, é o sistema do corpo da mulher responsável por, entre outras funções, garantir a
produção dos gâmetas femininos e fornecer um local adequado para o desenvolvimento de um
novo ser. O sistema reprodutor feminino é formado por dois ovários, duas tubas uterinas, útero,
vagina e genitália externa, conhecida como vulva.
Neste contexto vários são os problemas que as mulheres enfrentam diante ao seu próprio sistema
reprodutor. E dentre os vários problemas iremos destacar a Infertilidade e Síndrome do
Sangramento, e por fim Dor pélvica feminina e Menopausa. Dando as considerações gerais sobre
a os mesmos problemas.
Objectivos
Objectivo Geral
✓ Falar sobre Infertilidade, Síndrome do Sangramento, Dor pélvica feminina e Menopausa.
Objectivos Específicos
✓ Descrever de forma clara e objectiva cada problema a serem abordados;
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1 Infertilidade e Síndrome do Sangramento
1.1 Infertilidade
A infertilidade costuma ser definida como sendo a incapacidade de engravidar após ter praticado
relações sexuais regularmente por um ano sem contracepção.
Para maximizar a chance de engravidar, o casal deve ter relações sexuais com frequência nos
seis dias antes e, sobretudo, nos três dias antes de os ovários liberarem um óvulo (ovulação). A
ovulação geralmente ocorre na metade do ciclo menstrual, que ocorre aproximadamente 14 dias
antes do primeiro dia da próxima menstruação.
Dois dos métodos mais comuns que a mulher pode usar para estimar quando ocorre a ovulação
são:
Os kits caseiros de previsão da ovulação são o método mais exacto que pode ser usado em casa.
Esses kits são usados para detectar um aumento do hormônio luteinizante na urina (o harmónio
luteinizante estimula os ovários a desencadear a ovulação). Geralmente, esse aumento ocorre de
24 a 36 horas antes da ovulação. As mulheres geralmente precisam repetir o exame durante
vários dias consecutivos, portanto, os kits geralmente incluem de cinco a sete bastões. Os
bastões podem ser mantidos sob um fluxo de urina ou mergulhados em urina colectada em um
recipiente limpo e, de preferência, estéril.
Medir a temperatura corporal basal é outra opção. Se a mulher tiver menstruações regulares, ela
consegue estimar quando a ovulação ocorre, medindo sua temperatura todos os dias antes de
sair da cama. Uma diminuição sugere que a ovulação está prestes a ocorrer. Um aumento de 0,5
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°C ou mais sugere que a ovulação acabou de ocorrer. No entanto, esse método é demorado e
não é confiável ou preciso. Na melhor das hipóteses, ele prevê a ovulação no prazo de dois dias
após ter ocorrido.
Consumir uma grande quantidade de cafeína e/ou o uso excessivo de tabaco podem prejudicar a
fertilidade na mulher e devem ser evitados. Não existe evidência clara de que beber muito café
prejudique a fertilidade. No entanto, alguns dados sugerem que as mulheres que bebem mais de
cinco a seis xícaras de café por dia talvez demorem mais para engravidar.
Alguns estudos relataram que homens com mais de 45 anos são menos férteis que homens mais
jovens.
✓ A mulher tem mais de 35 anos de idade (normalmente depois de seis meses tentando
engravidar).
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✓ A mulher tem uma anomalia conhecida no útero, nas trompas de Falópio ou nos ovários.
A idade é um factor importante, especialmente para a mulher. À medida que a mulher envelhece,
engravidar fica mais difícil e o risco de ter complicações durante a gravidez aumenta. A
fertilidade pode começar a diminuir por volta dos 35 anos de idade e, depois dos 40, a gravidez
torna-se ainda mais difícil.
✓ Às vezes, medicamentos;
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Mesmo quando não for possível identificar a causa da infertilidade, o casal pode mesmo assim
ser tratado. Nesses casos, a mulher pode receber medicamentos que estimulam o amadurecimento
e a liberação de vários óvulos, medicamentos para fertilidade. Exemplos disso são o clomifeno,
letrozol e gonadotrofinas humanas. Esses medicamentos são mais úteis para as mulheres que
têm problemas de ovulação. No entanto, medicamentos para fertilidade aumentam a chance de ter
mais de um feto.
Alternativamente, é possível que o médico use tecnologias de reprodução assistida, tais como:
Enquanto um casal está em tratamento para infertilidade, um ou ambos os parceiros podem sentir
frustração, estresse emocional, sentimentos de inadequação e culpa. A pessoa pode sentir
esperança e desespero alternadamente. Uma vez que ela se sente isolada e incapaz de se
comunicar, a pessoa pode sentir irritação ou ressentimento contra o parceiro, pessoas da família,
amigos ou o médico. O estresse emocional pode levar a fadiga, ansiedade, sono ou transtornos
alimentares, além de incapacidade de se concentrar. Além disso, a sobrecarga financeira e o
comprometimento de tempo envolvidos no diagnóstico e tratamento podem causar conflitos
conjugais.
Esses problemas podem ser reduzidos se ambos os parceiros estiverem envolvidos e receberem
informações sobre o processo de tratamento (incluindo o tempo que leva), independentemente de
qual deles tenha o problema diagnosticado. Saber qual é chance de sucesso, além de estar ciente
de que o tratamento talvez não seja bem-sucedido e não pode continuar indefinidamente, pode
ajudar um casal a lidar com o estresse.
Por exemplo, se a gravidez não ocorrer após três anos de tentativas ou após dois anos de
tratamento para infertilidade, a chance de engravidar é muito baixa. O ideal é que os casais
peçam essas informações antes do início do tratamento.
✓ Sangramento após a menopausa (isto é, o sangramento que ocorre mais de 12 meses após
o último ciclo normal deve ser avaliado).
O sangramento vaginal também pode ocorrer durante início da gestação ou durante gestação
tardia.
O sangramento vaginal pode se originar em qualquer local no trato genital, incluindo vulva,
vagina, colo do útero e útero. Quando o sangramento vaginal se origina no útero, é
chamado sangramento uterino anormal (SUA).
✓ Doenças estruturais (p. ex., miomas uterinos) ou inflamatórias (p. ex., endometrite
crónica);
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✓ Cânceres ginecológicos;
✓ Disfunção ovulatória;
✓ Mioma submucoso;
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1.2.4 História
História da doença actual deve incluir a quantidade (p. ex., número de absorventes utilizados
por dia ou hora) e a duração do sangramento, assim como a relação entre o sangramento e as
menstruações e relações sexuais. Os médicos devem fazer perguntas sobre:
✓ História menstrual, incluindo a data da última menstruação normal, idade da menarca e
menopausa (quando apropriado), duração e regularidade do ciclo, assim como quantidade,
duração do sangramento menstrual típico e a frequência da dismenorreia;
A revisão dos sistemas deve buscar sintomas das possíveis causas, incluindo:
A história clínica deve identificar as doenças conhecidas que causam sangramento vaginal,
incluindo aborto espontâneo ou induzido recente e doenças estruturais (p. ex., miomas uterinos,
pólipos cervicais ou endometriais). Os médicos devem identificar os factores de risco
para: câncer endometrial (incluindo obesidade, diabetes, uso prolongado de estrogênio sem
uma progesterona), câncer cervical (incluindo rastreamento de câncer cervical anormal ou
inadequada, imunossupressão) e síndrome do ovário policístico.
A história de fármacos deve incluir perguntas específicas sobre o uso de contraceptivos
hormonais, outros harmónios e outros fármacos que podem causar SUA (p. ex.,
anticoagulantes, anti-inflamatórios não esteroides).
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Deve-se investigar a história familiar de problemas hemorrágicos ou cânceres ginecológicos.
Se houver suspeita de abuso sexual de uma criança, pode-se usar uma entrevista forense
estruturada baseada no National Institute of Child Health and Human Development (NICHD)
Protocol. Isso ajuda a criança a comentar o evento vivenciado e melhora a qualidade das
informações obtidas.
1.2.5 Exame físico
Os sinais vitais são revisados quanto à presença de hipovolemia (p. ex., taquicardia,
hipotensão).
Durante o exame geral, os médicos devem buscar sinais de anemia (p. ex., descoramento das
conjuntivas) e evidências de possíveis causas de sangramento uterino anormal, incluindo o
seguinte:
✓ Hirsutismo, acne, obesidade e aumento dos ovários: síndrome dos ovários policísticos
✓ Pele quente e húmida ou seca, anormalidades oculares, tremores, reflexos anormais ou
bócio: doença tireoidiana
✓ Galactorreia: hiperprolactinemia
✓ Baixo índice de massa corporal: possivelmente anovulação hipotalâmica
✓ Hepatomegalia, icterícia, asterixe (tremor oscilante do punho) ou
esplenomegalia: doença hepática
✓ Formação de hematomas com facilidade, petéquias, púrpura ou sangramento mucoso (p.
ex., gengival): distúrbio da coagulação
✓ Massa abdominal ou ascite: câncer, como tumores ginecológicos
✓ Em crianças, desenvolvimento de mamas e presença de pelos pubianos e axilares em
uma idade mais jovem do que é típico para a puberdade: puberdade precoce
✓ Em crianças, dificuldade em andar ou sentar; hematomas ou rupturas ao redor dos
genitais, ânus ou boca; e/ou corrimento vaginal ou prurido: Abuso sexual
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Realiza-se exame pélvico. Inspecção externa e exame especular ajudam a identificar lesões da
vulva, vagina, colo do útero e uretra. O exame bimanual é realizado para avaliar o tamanho do
útero e dos ovários. Se o exame abdominal sugerir uma fase tardia da gravidez, o exame
cervical digital é contra-indicado até a posição placentária ser determinada. Caso não haja
sangue na vagina, realiza-se o exame rectal para determinar se o sangramento tem origem
gastrointestinal.
Se uma criança não consegue tolerar um exame pélvico ou se a fonte do sangramento da
criança é indeterminado, a criança pode receber anestesia antes do exame; realiza-se
vaginoscopia se necessário para examinar vagina e colo do útero.
✓ Sangramento excessivo;
1.2.7 Exames
Todas as pacientes em idade reprodutiva devem realizar
Durante o início da gestação (antes de 5 semanas), o teste urinário pode não ter sensibilidade
suficiente. Deve-se fazer um teste qualitativo da gonadotropina coriônica beta-humana (beta-hCG)
no soro se o exame de urina é negativo e suspeita-se de gravidez.
Exames de sangue incluem hemograma completo, se o sangramento for excessivo (p. ex., > 1
absorvente ou tampão/hora) ou tenha durado, > 7 dias ou os achados sugerirem anemia ou
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hipovolemia. Se for identificada anemia não claramente decorrente de deficiência de ferro (p. ex.,
baseada em índices microcíticos, hipocrômicos), devem-se realizar estudos do ferro.
Caso haja suspeita de síndrome dos ovários policísticos, dosar os níveis de testosterona e de
SDHEA.
✓ Idade > 45
✓ Exposição a estrogênio sem oposição (como ocorre em mulheres com alto índice de
massa corporal ou síndrome do ovário policístico)
Pode-se obter amostras por biópsia endometrial ou, se há necessidade de dilatação do colo do
útero, por dilatação e curetagem (D & C)
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1.2.8 Tratamento do sangramento vaginal
O choque hemorrágico exige tratamento imediato, muitas vezes por laparoscopia ou
laparotomia. A anemia ferropriva pode necessitar de reposição oral de ferro.
Em mulheres que não tomam harmónios exógenos, a causa mais comum do sangramento pós-
menopausa é atrofia endometrial, mas a patologia endometrial ainda deve ser descartada.
Em algumas mulheres mais velhas, o exame físico da vagina pode ser difícil pela falta
de estrogênio que ocasiona friabilidade acentuada da mucosa vaginal, estenose vaginal e,
algumas vezes, aderências na vagina. Para essas pacientes, o uso de espéculo pediátrico pode
ser mais confortável.
A dor pélvica pode ser um sintoma ginecológico. Ou seja, ela pode ser provocada por um
problema que afecta o sistema reprodutor feminino, ou pode ser causada por problemas no
sistema urinário, digestivo ou músculo-esquelético.
A dor pode começar de forma súbita ou gradativa. Às vezes, a dor piora gradativamente ou pode
ocorrer de maneira intermitente. Ela pode ser constante ou ficar indo e voltando. Ela pode ser
aguda ou surda ou do tipo cólica (como a cólica menstrual) ou algum tipo de combinação.
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A região pélvica pode ficar sensível ao toque. Dependendo da causa, a mulher pode ter
sangramento ou secreção vaginal. A dor também pode vir acompanhada de febre, náusea, vómito
e/ou tontura.
Muitas vezes, é difícil para o médico conseguir identificar a causa da dor pélvica.
Miomas uterinos são tumores benignos formados por tecido muscular e fibroso. Eles podem
causar dor pélvica caso estejam pressionando outros órgãos, estejam passando por processo de
degeneração ou causem sangramento excessivo ou cólica. A maioria dos miomas uterinos não
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causa dor. Muitos outros distúrbios ginecológicos podem causar dor pélvica (consulte a tabela
Algumas causas ginecológicas de dor pélvica).
Factores psicológicos, principalmente estresse e depressão, podem contribuir para todo o tipo de
dor, inclusive dor pélvica, mas raramente são a única causa da dor pélvica. Mulheres ou meninas
que tiveram trauma sexual podem desenvolver dor pélvica crónica.
✓ Apendicite;
✓ Ruptura de gravidez ectópica (uma gravidez de localização anômala, fora de sua
localização normal no útero);
✓ A torção de um ovário (torção anexial);
✓ Ruptura de um abscesso na pelve;
✓ Laceração no intestino;
✓ Um aneurisma da aorta abdominal.
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2.1.5 Sinais de alerta
Certos sintomas são preocupantes em mulheres com dor pélvica:
A mulher com a maioria dos sinais de alerta deve consultar um médico imediatamente.
Recomenda-se que mulher seja vista pelo médico no mesmo dia ou dentro de alguns dias se ela
tiver Sangramento vaginal após a menopausa
Dor que é constante ou que está piorando consistentemente Caso a mulher sinta dor nova que não
é constante nem piora, ou se ela apresentar dor recorrente ou crónica, ela deve marcar uma
consulta para quando possível; contudo, esperar vários dias não costuma ser prejudicial. Ter
cólicas menstruais leves é algo normal. As cólicas menstruais não precisam de avaliação a menos
que elas estejam causando muita dor.
2.1.6 Exames
Os seguintes exames são feitos rotineiramente:
✓ Exames de urina
✓ Exame de gravidez no caso de mulheres em idade fértil
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✓ Às vezes, laparoscopia ou laparotomia caso outros exames não tenham identificado a
causa da dor grave ou persistente e houver suspeita de uma causa grave (por exemplo,
ruptura de gravidez ectópica).
É possível que também seja necessário tomar analgésicos. Inicialmente, trata-se a dor com
medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como ibuprofeno. A mulher que não
apresentar boa resposta a um AINE talvez responda bem a outro. Outros analgésicos ou hipnose
podem ser tentados caso os AINEs sejam ineficazes.
Caso a dor evolua, fisioterapia, termoterapia, terapia muscular ou repouso talvez ajudem.
Em casos raros, talvez seja necessário fazer uma cirurgia, como, por exemplo, laparoscopia, para
tratar endometriose ou um cisto ovariano ou uma histerectomia (cirurgia para remover o útero)
quando a mulher tiver dor intensa que persiste apesar do tratamento.
2.2 Menopausa
A menopausa é o fim permanente das menstruações, da ovulação e da fertilidade.
✓ Por vários anos antes e logo após a menopausa, os níveis de estrogênio variam muito, as
menstruações tornam-se irregulares e podem ocorrer sintomas, como ondas de calor.
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regularmente, os ovários têm de produzir uma quantidade suficiente dos
hormônios estrogênio e progesterona.
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A menopausa é considerada precoce quando ocorre antes dos 40 anos de idade. A menopausa
precoce também é conhecida como insuficiência ovariana precoce ou insuficiência ovariana
primária.
2.2.1 Sintomas da menopausa
Sintomas da perimenopausa
Durante a perimenopausa, os sintomas podem ser leves, moderados ou graves ou pode não
haver nenhum sintoma. Os sintomas podem durar de seis meses a 10 anos e, às vezes, até mais
tempo.
Às vezes, os sintomas que se acredita serem devidos à menopausa podem ser causados por
outros problemas médicos. Se os sintomas ocorrerem e o momento não se alinhar com a
menopausa ou se os sintomas não melhorarem com medidas usadas para os sintomas da
menopausa, a mulher deve discutir outras possíveis causas com um profissional de saúde.
As ondas de calor afetam 75% a 85% das mulheres. As ondas de calor normalmente começam
antes de as menstruações cessarem. Elas duram em média quase sete anos e meio, mas podem
durar mais de dez anos. Pesquisas mostram que, em média, mulheres negras apresentam ondas
de calor com mais frequência e por um período mais longo do que mulheres asiáticas,
hispânicas ou brancas. As ondas de calor costumam se tornar menos intensas e ocorrer com
menos frequência à medida que o tempo passa.
As causas das ondas de calor são desconhecidas. Porém, elas talvez envolvam a restauração do
termostato do cérebro, o hipotálamo, que controla a temperatura corporal. Consequentemente,
aumentos muito baixos de temperatura podem fazer com que a mulher sinta calor. As ondas de
calor talvez estejam relacionadas a variações nos níveis hormonais.
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Durante uma onda de calor, os vasos sanguíneos próximos à superfície da pele aumentam
(dilatam-se). Consequentemente, o fluxo sanguíneo aumenta, deixando a pele, principalmente
da cabeça e do pescoço, vermelha e quente (ruborizada). A mulher sente calor e ela pode
transpirar intensamente. Às vezes, as ondas de calor são chamadas de fogacho, pois a pele do
rosto pode ficar vermelha.
A onda de calor dura entre 30 segundos a cinco minutos e pode ser seguida por calafrios.
Suores nocturnos são ondas de calor que ocorrem durante a noite.
✓ Mau humor;
✓ Piora da enxaqueca que ocorre logo antes, durante ou logo após a menstruação
(enxaquecas menstruais).
Os suores nocturnos podem perturbar o sono, contribuindo para a fadiga, irritabilidade, perda
de concentração e alterações de humor. Nesses casos, tais sintomas podem estar relacionados
indirectamente, em decorrência dos suores nocturnos, à menopausa. Entretanto, durante a
menopausa, os distúrbios do sono são comuns mesmo entre mulheres que não sofrem de ondas
de calor. Os estresses da meia-idade (por exemplo, conflitos com adolescentes, preocupações
com envelhecimento, cuidados com pais idosos e mudanças nas relações conjugais), podem
contribuir para os distúrbios do sono. Assim, a relação entre a fadiga, a irritabilidade, a perda
de concentração e as alterações de humor e a menopausa parece menos evidente.
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2.2.2 Sintomas após a menopausa
Muitos dos sintomas que ocorrem durante a perimenopausa, apesar de perturbadores, tornam -se
menos frequentes e intensos após a menopausa. Entretanto, a diminuição da concentração
de estrogênio causa mudanças que podem prosseguir e afectar negativamente a saúde (por
exemplo, o aumento do risco de ter osteoporose). Essas mudanças talvez se agravem, a menos
que sejam tomadas as medidas cabíveis para preveni-las. Essas mudanças podem afectar:
• Aparelho reprodutor: O revestimento da vagina fica mais fino, mais seco e perde a
elasticidade (um quadro clínico denominado atrofia vaginal). Estas mudanças podem
causar dor durante as relações sexuais. Outras partes da anatomia feminina: os pequenos
lábios, o clitóris, o útero e os ovários, diminuem de tamanho. O desejo sexual (libido)
normalmente diminui com a idade. A maioria das mulheres ainda consegue ter orgasmo,
mas algumas precisam de mais tempo para alcançá-lo ou sentem que o orgasmo é menos
intenso.
• Trato urinário: O revestimento da uretra torna-se mais fino; e a uretra, mais curta. Por
causa dessas mudanças, micro-organismos conseguem entrar no corpo mais facilmente e
algumas mulheres apresentam infecções do trato urinário com mais frequência. A mulher
com infecção do trato urinário pode ter uma sensação de ardência ao urinar. Após a
menopausa, as mulheres podem, às vezes, apresentar episódios nos quais elas têm uma
necessidade súbita de urinar (um quadro clínico denominado urgência urinária),que às
vezes, dá origem à incontinência urinária de urgência, com a perda involuntária de uma
pequena ou grande quantidade de urina. A incontinência urinária torna-se mais comum e
grave com o avanço da idade. Entretanto, não se sabe o quanto a menopausa contribui
para a incontinência. Muitos outros factores, tais como os efeitos do parto, obesidade e
utilização de terapia hormonal, podem contribuir para a incontinência.
• Cútis: A redução nos níveis de estrogênio, bem como o próprio envelhecimento,
causam uma diminuição na quantidade de colágeno (uma proteína que fortalece a pele)
e de elastina (uma proteína que confere elasticidade à pele). Assim, a pele pode tornar-
se mais fina, seca, menos elástica e mais suscetível a lesões.
• Osso: A diminuição de estrogênio frequentemente causa uma diminuição da densidade
óssea e, às vezes, osteoporose, pois o estrogênio ajuda a preservar os ossos. Os ossos
perdem densidade e ficam mais fracos, aumentando as chances de fracturas. Durante os
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primeiros cinco anos após a menopausa, a densidade óssea diminui rapidamente. Depois
disso, ela diminui aproximadamente no mesmo ritmo que a dos homens
(aproximadamente 1% a 3% por ano).
• Níveis de colesterol (lipídios): Após a menopausa, os níveis do colesterol
de lipoproteína de baixa densidade (LDL, o colesterol prejudicial), aumentam nas
mulheres. Os níveis de colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL, o colesterol
bom) continuam a ser aproximadamente os mesmos que antes da menopausa. A
alteração nos níveis de LDL talvez explique, em parte, por que a aterosclerose e,
consequentemente, a doença arterial coronariana ocorrem com mais frequência em
mulheres após a menopausa. Entretanto, ainda não se sabe se essas mudanças são
causadas pelo envelhecimento ou pela diminuição da concentração de estrogênio após a
menopausa. Até a menopausa, é possível que a alta concentração de estrogênio proteja
contra a doença arterial coronariana.
A síndrome genito-urinária da menopausa é um termo relativamente novo e mais exacto,
utilizado para indicar os sintomas que afectam a vagina e o trato urinário e que são causados
pela menopausa. Esses sintomas incluem secura vaginal, dor durante a relação sexual,
urgência miccional e infecções do trato urinário.
Na maioria das mulheres, a menopausa pode ser diagnosticada após um ano inteiro sem
menstruação. Assim, análises laboratoriais são normalmente desnecessárias. O momento de
cessação da menopausa é descrito com base na idade, da seguinte maneira:
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Se a menopausa ocorrer antes dos 45 anos de idade ou se o padrão menstrual não for claro (por
exemplo, a menstruação não vem por vários meses, mas depois volta), é possível que sejam
feitos exames para verificar se há distúrbios que podem perturbar a menstruação. Caso seja
necessário realizar exames de sangue para confirmar a menopausa, esses exames medem os
níveis de harmónio folículo-estimulante (FSH) que estimula os ovários a
produzir estrogênio e progesterona.
Às vezes, o médico faz um exame pélvico para verificar quanto à presença de alterações típicas
na vagina, que dão respaldo ao diagnóstico de menopausa, ou como parte da avaliação se uma
mulher estiver apresentando sintomas desconfortáveis (tais como secura vaginal ou dor durante
a relação sexual).
✓ Hipnose clínica;
✓ Terapia hormonal.
Compreender o que ocorre durante a perimenopausa pode ajudar a mulher a lidar com os
sintomas. Conversar com outras mulheres que já tenham passado pela menopausa ou com o
médico também pode ajudar. O enfoque do tratamento da menopausa é aliviar os sintomas, tais
como ondas de calor, problemas de sono, alterações no humor e secura vaginal. Medidas
eficazes que não envolvem o uso de harmónio incluem:
✓ Terapia cognitivo-comportamental.
A terapia cognitivo-comportamental foi adaptada para ser utilizada durante a transição entre a
menopausa e a pós-menopausa. Ela pode ajudar a mulher a controlar ondas de calor e suores
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nocturnos. Se essas medidas não forem bem-sucedidas, a terapia hormonal (estrogênio, um
progestogênio ou ambos) talvez ajude. O progestogênio diz respeito tanto à forma sintética
como à forma natural da progesterona (um harmónio feminino). Outro termo, a progestina, diz
respeito apenas às formas sintéticas. Existem também medicamentos não hormonais que podem
aliviar os sintomas, tais como dois tipos de antidepressivos (inibidores selectivos de recaptação
da serotonina ou inibidores de recaptação da serotonina-noradrenalina), medicamentos mais
modernos denominados antagonistas do receptor da neurocinina, o medicamento para bexiga
hiperativa oxibutinina ou o medicamento anticonvulsivante gabapentina. Além do tratamento
dos sintomas da menopausa, mulheres na pós-menopausa devem realizar exames preventivos
para osteoporose caso atendam aos seguintes critérios:
✓ Alto risco de fractura óssea (por exemplo, mulheres com histórico familiar de
osteoporose);
✓ Histórico de transtornos alimentares, baixo índice de massa corporal (IMC), uso crónico
de corticosteroides, cirurgia bariátrica, doença de Crohn, síndrome de má absorção ou
histórico de fractura por fragilidade ou outros factores de risco;
✓ Idade a partir de 65 anos.
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Conclusão
São muitas as causas não obstétricas de dor pélvica aguda em mulheres, as quais perpassam pelas
ginecológicas, subdivididas em anexiais e uterinas, e pelas não ginecológicas, que podem ser
classificadas pelossistemas orgânicos acometidos. Todas elas geram repercussões sobre o bem-
estar da mulher que vão além da dor pélvica, influenciando as actividades da vida diária e outras
áreas do quotidiano. Nesse contexto, independentemente da causa, são misteres uma anamnese e
um exame físico completos, não só para orientar a escolha do método de imagem auxiliar ao
diagnóstico, como também o melhor manejo terapêutico para tal moléstia, englobando todo o
aspecto biopsicossocial da paciente.
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Referências Bibliográficas
Berek JS. Berek & Novak: tratado de ginecologia. 15ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan;
2014
Deway K, Wittrock C. Acute pelvic pain. Emerg Med Clin North Am. 2019;
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