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FACULDADE DE CIÊNCIAS
Departamento de Física
Curso de Física
Óptica e Ondas
Grupo: 10
Seminário
Discente:
Francisco, Denilson Manuel
Maputo, Abril de 20 20
Índice
Objectivo: .................................................................................................................................... 3
Introdução: .................................................................................................................................. 4
A aplicação da luz na medicina .................................................................................................. 5
Cirurgia a laser ............................................................................................................................ 6
Interacção da luz laser com os tecidos .................................................................................... 6
Cirurgia a laser em oftalmologia........................................................................................... 10
Cirurgia a laser em urologia e gastrenterologia .................................................................... 11
Aplicação da luz no meio forenses ........................................................................................... 11
Detenção de impressão digital latente....................................................................................... 12
Fluidos corporais ....................................................................................................................... 13
Cabelos e fibras ......................................................................................................................... 13
Aplicação da luz na remoção de tatuagens ............................................................................... 14
Laser Q-Switched...................................................................................................................... 14
Conclusão .................................................................................................................................. 17
Referencias Bibliográficas ........................................................................................................ 18
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Objectivo:
Falar da aplicação da luz nas diferentes área da sociedade humana como na medicina, na
área investigativa e na remoção de tatuagens;
Explicar a física por de traz do funcionamento de cada aplicação.
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Introdução:
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A aplicação da luz na medicina
Por que a luz na medicina? As plantas possuem sofisticadas máquinas de captação de energia
para converter energia solar, a mais alta na faixa espectral de 400 a700nm, em energia química.
Os microorganismos, como as algas verdes, possuem canais de ions dependentes da luz que
permitem foto taxia e, assim, aumentam a captação de energia. O sistema de visão dos
organismos superiores é baseado em proteínas de foto transdução, que ajudam os organismos a
procurar alimentos e a evitar o perigo. Moscas de frutas e águas-vivas geram bioluminescência, e
insectos e pássaros reflectem radiância colorida com estruturas de cristais foto nicos para
melhorar a sobrevivência e a reprodução. Esses exemplos ilustram não apenas a extraordinária
conexão entre luz e biologia, mas também o papel da luz como uma importante força
determinante e propulsora da evolução natural.
O uso da luz na medicina é uma extensão do papel evolutivo da luz na biologia. A percepção da
cor é mediada pela absorção da luz por três tipos de cones (azul, verde e vermelho, com
comprimentos de onda respectivos de 400 a 500 nm, 500 a550 nm e 610 a 750nm). No entanto,
vários tipos de interacções tecido-luz geram contraste além do que pode ser percebido a olho nu,
permitindo imagens moleculares de células e tecidos em altas resoluções. Os efeitos terapêuticos
da luz nos tecidos podem ser atribuídos à absorção de comprimentos de onda específicos por
uma variedade de moléculas sensíveis à luz que estão presentes endogenamente no corpo
humano ou podem ser inseridas por meio de tecnologias de edição de genes. Provavelmente, a
medicina se beneficiara de tecnologia baseada em luz cada vez mais sofisticadas que usam
materiais e maquinas resultantes de bilhões de anos de evolução.
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Ilustração 1
Cirurgia a laser
O desenvolvimento de laser expandiu as aplicações terapêuticas da luz muito além dos efeitos já
conhecidos da luz solar e lâmpadas focadas. Com os lasers, as intensidades de emissão podem
ser várias ordens de magnitude superiores às da luz solar, pulsos curtos são facilmente gerados e
os comprimentos de onda podem ser seleccionados com precisão. Os médicos começaram a
explorar as aplicações médicas dos laser após a primeira demonstração do laser de alta
intensidade para os olhos e a pele foram apreciados. Fotocoagulação na retina, destruição de
lesões de pele e remoção de cárie dentária e placas cardiovasculares são exemplos de trabalhos
pioneiros iniciais. Hoje os lasers médicos são usados rotineiramente em muitas aplicações,
incluindo cirurgias em oftalmologia, tratamento de distúrbios cutâneos e ablação de tecidos em
órgãos internos por meio da liberação de fibra óptica.
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tempo durante o qual essa energia foi transferida, e analogamente ao que acontece em outras
áreas (ver, por exemplo, as grandezas definidas no âmbito da radiação ionizante), são definidas
duas grandezas - a densidade de potência e a fluência. A primeira tem a expressão:
𝑃
𝐼=
𝐴
onde P é a potência do laser (energia emitida por unidade de tempo) e A a área da secção recta
do feixe. E a segunda:
𝐹 = 𝐼𝑇
onde TE e o tempo de exposição.
Analisando as duas expressões anteriores, pode concluir-se que, para a mesma densidade de
potência, quanto menor a fluência, mais rápido será o processo de deposição de energia. Existem,
pois, dois efeitos distintos associados a diferentes formas de deposição de energia térmica nos
tecidos através de irradiação com luz laser: a fotocoagulação (quando as densidades de potência
dos lasers são menores e, portanto a deposição da mesma quantidade de energia é mais lenta) e a
foto vaporização (quando as densidade de potência são maiores). A fotocoagulação é, em certa
medida, uma espécie de cozedura. Na verdade, os efeitos sobre os tecidos são muito semelhantes
ao que acontece, por exemplo, ao cozermos um naco de carne. O aumento de temperatura irá
conduzir à desnaturação das proteínas, ou seja, à perda da sua estrutura terciária, tornando-as
disfuncionais. Em termos de aspecto físico, e apelando à nossa experiência quotidiana sabemos,
por exemplo que a carne vermelha cozida, perde a sua cor tornando-se castanho acinzentada.
Este fenómeno deve-se, precisamente, à desnaturação da hemoglobina e da mioglobina
(proteínas que são responsáveis pelo transporte do sangue nos vasos sanguíneos e nos músculos,
respectivamente, e que conferem ao sangue a cor vermelha). Sabemos ainda que a carne depois
de cozinhada se torna mais fácil de rasgar, devido à desnaturação do colagénio, proteína de
estrutura de grande parte dos tecidos orgânicos. E, por fim, já todos tivemos a infeliz decepção
de preparar uma refeição para várias pessoas e o naco de carne que cozinhámos, ter diminuído
visivelmente, o seu volume. O que corresponde, precisamente, à evaporação (ainda que lenta) de
uma parte significativa da água que o constituía. Tendo em conta estas considerações, é fácil
compreender que a fotocoagulação pode ser utilizada para destruir tecidos, infligindo-lhes
desnaturação das proteínas que os constituem. Embora se vá discutir adiante várias aplicações
médicas, pode desde já adiantar-se que a fotocoagulação é utilizada, essencialmente, na
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destruição de tumores, em tratamentos da retina e como forma de evitar hemorragias (os vasos
sanguíneos foto coagulados são como que ‘selados’ e evitam a perda de sangue. Apesar de a
fotocoagulação envolver a deposição lenta de energia térmica nos tecidos, deve ter-se presente
que esse processo não pode demorar demasiado tempo, caso contrário, corre-se o risco de o calor
se transferir para os tecidos em redor e, por um lado, não ser eficiente relativamente aos efeitos
pretendidos na região de acção, por outro, ir lesar tecidos adjacentes sobre os quais não se
desejava agir. A este respeito, é pertinente introduzir-se um outro conceito que é o de tempo de
relaxação térmico. É representado por TR e é o tempo necessário para que o calor depositado
numa determinada região seja conduzido para fora dessa região, de forma a que a temperatura
aumentada no tecido exposto diminua para metade. Com base nesta definição, compreende-se
que para que a acção do laser seja eficiente deve cumprir-se a condição: TE≪TR. Além disso,
observou-se que as densidades de potência associadas ao efeito de fotocoagulação estão na gama
entre 10 W/cm2 e 100 W/cm2, de modo que os lasers utilizados nestas aplicações possuem estas
características.
Quando as densidades de potência dos lasers são superiores a 100 W/cm2 o efeito mais evidente
é o de foto vaporização, ou seja, a temperatura de ebulição da água é rapidamente atingida e os
tecidos são cortados. Por este motivo, estes lasers têm aplicações essencialmente ao nível
cirúrgico, podendo funcionar como bisturi, ou como uma forma de remover tecidos
extremamente precisa. Esta aplicação tem ainda a vantagem adicional de os tecidos adjacentes ao
corte sofrerem fotocoagulação, evitando, desta forma, o surgimento de hemorragias. Ainda no
domínio dos lasers com densidades de potência elevadas, há a considerar aqueles cuja gama de
frequências se situa no ultravioleta e cujas energia já interferem ao nível das ligações químicas.
Neste caso, a transferência de energia não implica aumento da temperatura, sendo o corte dos
tecidos devido à quebra das ligações químicas. A este fenómeno dá-se o nome de foto ablação. A
discussão sobre a forma de interacção da luz com os tecidos só fica completa referindo o facto de
a absorção da luz pelos tecidos ser selectiva. Ou seja, como se sabe, algumas substâncias
absorvem especificamente num dado c.d.o., podendo essa especificidade ser utilizada em
diferentes cenários. Antes de mais, relembremo-nos que o espectro de absorção das moléculas é
muito mais complexo do que o dos átomos, parecendo contínuos. O que significa que, embora
absorvam preferencialmente em determinadas frequências o seu espectro não apresenta picos
bem definidos como no caso dos átomos. No que respeita à constituição dos tecidos, pode dizer-
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se estes são formados por cerca de 70% de água e 30% de moléculas biológicas. Enquanto que a
primeira é transparente na gama do visível, mas absorve no infravermelho e no ultravioleta, as
segundas absorvem em diversas frequências na gama do espectro electromagnético que nos
interessa, desde o infravermelho ao ultravioleta. Embora as proteínas absorvam,
preferencialmente, no UV, há excepções como a hemoglobina, que absorve na gama entre,
aproximadamente, 510 nm e 600 nm. Chame-se, porém, a atenção para o facto de a
oxihemoglobina e a deoxihemoglobina absorverem em c.d.o. diferentes: a primeira absorve mais
na gama do azul e menos do vermelho do que a segunda, embora ambas reflictam
prioritariamente na região do vermelho. Daí, apesar do sangue ser sempre vermelho, se associar
à oxihemoglobina a cor vermelha e à desoxihemoglobina a cor azul.
Ilustração 2
É claro que, tendo em conta a selectividade da absorção, o comprimento de onda em que os
lasers emitem, a par da sua potência, vai condicionar as suas aplicações. O laser de Nd:YAG, por
exemplo, emite no infravermelho (1064 nm), e é, fundamentalmente, utilizado em
fotovaporização. Embora não seja absorvido especificamente, pela água, pelo sangue ou pelos
tecidos moles é muito potente, permitindo essa aplicação. Já o laser de dióxido de carbono emite
no infravermelho (10600 nm) e, uma vez que é absorvido pela água, é utilizado em situações
gerais em que não existam pigmentos coloridos. Existe ainda o laser de Er:YAG que emite no
infravermelho (1540 nm) e que pode ter aplicações semelhantes ao de dióxido de carbono, com a
vantagem de, uma vez que possui um c.d.o. menor, poder ser focalizado em áreas muito
pequenas o que aumenta a sua densidade de potência e, portanto, permite que seja utilizado em
odontologia e nos tecidos ósseos. Os lasers de árgon são selectivamente absorvidos pela
hemoglobina, sendo, por isso, utilizados em cirurgia geral. Além disso, existem lasers, como o de
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kripton vermelho e o de árgon que são absorvidos selectivamente em diferentes regiões da retina,
o que pode ser utilizado para diferentes aplicações associadas à oftalmologia.
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laser de corante bombeado por díodo (577nm) em uma fluência típica de 100 J/cm2 e duração de
10 a 100 ms por pulso.
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Uma fonte de forense é composta por uma lâmpada poderosa que contem os componentes
ultravioleta, visível e infravermelho da luz. Em seguida, filtra a luz em faixas de cores
individuais (comprimentos de onda) que aprimoram a visualização de evidências por técnicas de
interacção com luz, incluindo fluorescência (evidencia brilha), absorção (evidencia escurece) e
iluminação oblíqua (evidencia de pequenas partículas revelada).
A utilização de técnicas forenses de fonte de luz permite que a impressão latente seja detectada
com muito mais sensibilidade (10 a100 vezes mais!) do que o método convencional de remoção
de pó de pó preto.
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necessárias ao tirar ao pó das impressões na cena do crime. Portanto, deixa a cena muito mais
limpa do que quando se usa pó preto.
Fluidos corporais
Como os fluidos corporais como sem, saliva e vaginal são naturalmente fluorescentes, o uso de
uma fonte de luz oferece um método exclusivo para localiza-los. Um investigador da cena do
crime pode restringir os locais específicos de manchas para colecta em vez de testar grandes e
grandes evidências, como colchão, tapete, lençol, peça de roupa, etc. os fluidos corporais secos
realmente brilham sob a iluminação da fonte de luz. Embora os fluidos corporais florescem sob a
forma de uma luz negra UV comum, muitos artigos nos quais você os encontrara, incluindo
roupas e lençóis, também brilham e impedem sua detecção. Portanto, é necessário sintonizar
faixas de cores visíveis (comprimentos de onda) para eliminar a interferência do fundo.
Considerando que você estará procurando fluidos corporais em casos de crimes graves e de alto
perfil, quanto mais poderosa e mais evidências de fluidos corporais puder revelar, melhor.
Novamente, quanto mais poderosa e mais sintonizada for sua fonte de luz mais evidências
descobrirá. Embora o sangue não brilhe na faixa visível, ele possui uma faixa de cor exclusiva
(comprimento de onda) sob a qual a mancha de sangue escurece para melhorar seu contraste em
aproximadamente 4 vezes. Isso é mais eficaz para fotografar impressões de sangue, porque mais
detalhes serão revelados pelo contraste aprimorado.
Muitas superfícies de fundo brilham sob luz UV e, portanto, uma simples luz UV não produzirá a
qualidade e quantidade de evidência que pode ser obtida com uma fonte de luz forense de banda
de cores austáveis ou de várias cores.
Cabelos e fibras
Dois métodos de iluminação de luz podem ser empregados para localizar cabelos e fibras com
uma fonte de luz forense. Primeiro, a iluminação oblíqua ou paralela de uma superfície, como
um piso ou carpete com uma forte luz branca (quanto mais forte, melhor) revelara pequenas
partículas como cabelos e fibras para colecta. Segundo, alguns cabelos e fibra na cena do crime,
precisa-se de uma fonte de luz poderosa que ofereça uma forte iluminação de luz branca, bem
como fortes faixas de UV e cores visíveis (comprimentos de onda); todos disponíveis apenas em
uma fonte de luz forense.
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Uma luz de flash azul filtrada é limitada por uma única faixa de cor azul e ainda mais
severamente pela pó.
Laser Q-Switched
O modo de funcionamento dos lasers Q-switched para remoção de tatuagens não é
completamente esclarecido. Em estudo com avaliação pela microscopia electrónica de tatuagens
tratadas usando lasers QS observa-se a destruição de pigmento contido nas células e
fragmentação dos pigmentos-alvo. Esse pigmento é então citado, e uma resposta inflamatória se
encarrega de transportar essas células para o tecido linfático. O laser QS Rubi foi o primeiro
laser de QS a se tornar comercialmente disponível, seguindo-se os QS Nd: YAG e QS
Alexandrite. Esses três lasers são usados ainda hoje, sendo importante lembrar que os
comprimentos de onda são distintos entre si. Para a escolha do laser a ser utilizado, devem ser
considerados: fototipo do paciente, duração do pulso do laser, spot size e fluência. O laser QS
Rubi apresenta comprimento de onda de 694nm, emite luz vermelha e é mais bem absorvido
pelas cores azul-escura e preta. As tatuagens muito escuras e as amadoras costumam responder
muito bem a esse tipo de laser. Tatuagens médicas também podem ter boa resposta. Após o
tratamento com esse tipo de laser pode ocorrer hipopigmentação transitóriaque se resolve
espontaneamente em período de tempo variável. Zelickson e colaboradores fizeram estudo com
47 tatuagens azuis ou pretas tratadas simultaneamente com o QS Rubi, QS Nd: YAG e QS
Alexandrite, e o QS Rubi apresentou resultados superiores, enquanto Anderson e Kilmer
demonstraram que o QS Rubi também é eficaz no tratamento de tinta verde, embora outros
estudos tenham mostrado que o QS Alexandrite trata essa cor de forma mais eficiente. O QS Nd:
YAG tem comprimento de onda de 1064nm, emite luz verde e através do cristal de KTP
(potassium titanyl phosphate) dobra a frequência do 1064nm e também emite o comprimento de
onda de 532nm. Essa versatilidade permite que ele trate pigmentos escuros, como preto e azul-
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escuro, usando o 1064nm e trate também o vermelho, amarelo e laranja com o 532nm. O
comprimento de onda mais longo faz com que esse laser tenha maior poder de penetração e com
isso proteja mais os melanócitos da epiderme; logo, é um tipo de laser indicado
Ilustração 3
para fototipos mais altos. Alguns estudos que compararam o QS Rubi com o QS Nd: YAG
demonstraram que ele tem menor capacidade de formação de bolhas e menor chance de
hipopigmentação residual. Kilmer e colaboradores desenvolveram estudo com 39 tatuagens com
QS Nd: YAG com fluências de 6 a 12j/cm2. Foi obtida resposta de 75% para o pigmento preto
em 77% das tatuagens tratadas, bem como clearance de 90% em 28% dos pacientes após quatro
sessões, sem hipopigmentação secundária tindo, portanto, chance de hipocromia com esse tipo
de laser. O Laser QS Alexandrite foi lançado em 1993 por Anderson e colaboradores. Ele tem
comprimento de onda de 755nm. Fitzpatrick e Goldman publicaram uma série de 25 pacientes
com tatuagens amadoras e profissionais com 95% de resposta com seu uso para tatuagens pretas
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e azuis com média de 8,9 sessões. Esse laser mostrou-se superior ao QS Rubi e QS Nd: Yag para
remoção do pigmento verde. Mas como é bem absorvido pelos melanócitos epidérmicos,
também tem o risco de hipocromias residuais. Geralmente as tatuagens mais escuras e amadoras
respondem bem aos três tipos de lasers citados, porque, por definição, a cor preta absorve todos
os comprimentos de onda da luz visível. Os pigmentos vermelhos e verdes são bem absorvidos
pelo QS Nd: Yag 532nm e pelo QS Alexandrite 755nm, respectivamente. Contudo, as tatuagens
modernas muitas vezes são compostas por uma mistura de cores que pode ser complexa e muito
variável e mesmo cores muito semelhantes podem ter composições completamente distintas, e
portanto, espectros de absorção muito diferentes. A variação na composição química e na
absorção do espectro pode resultar em tatuagens resistentes e mesmo não responsivos ao
tratamento com laser. Cores como amarelo e laranja são reconhecidamente muito resistentes, e
cores como vermelho e verde têm resposta muito variável. Não existe teoria que explique essa
resposta incompleta. Acredita-se que não é utilizado o comprimento de onda adequado para esse
tipo de coloração. O escurecimento paradoxal logo após a sessão de laser para tatuagem também
é descrito. Peach e colaboradores completaram estudo com 184 tatuagens não pretas e
observaram mudança de cor em 33 delas. Essa mudança de cor variou do cinza-claro até o
completo escurecimento da tatuagem. As tatuagens tratadas continham pigmentos brancos,
amarelos e em tons de vermelho e se tornaram cinza ou escureceram completamente depois das
sessões. Não se conhece o mecanismo exacto que explica essa mudança. Tatuagens cosméticas
em tons de vermelho
e marrom geralmente possuem óxido de ferro em sua composição e já foi demonstrado in vitro a
oxidação desse componente após sessão de QS Rubi.18 O dióxido de titânio encontrado em
tatuagens brancas e de tons avermelhados também é responsável pela má resposta aos lasers. O
dióxido de titânio corresponde a 95% do pigmento das tatuagens brancas, que por sua vez são
utilizadas em conjunto com as outras tatuagens para ressaltar cor e brilho. Alguns casos de
resistência ao verde e azul são atribuídos também à presença do dióxido de titânio.
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Conclusão
Conclui se que a a luz é importante para o campo da ciência pois a nossa evolução nota se pelo
facto, de haver muitos investigadores, que estão nesse campo oque beneficia a humanidade,
remoção da tatuagem foi revolucionada com a invenção do laser, e o aperfeiçoamento dessa
tecnologia levou a resultados melhores e mais previsíveis e também falando da luz no meio
forense também tem sua importância porque reduz, significante os crimes, roubos assaltos
tráficos entre outros.
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Referencias Bibliográficas
Aboim, S. (2014, outubro). Forensic Light Source Applications.
Disponível a partir de https://www.horiba.com/uk/scientific/products/forensics/Light-
sources/forensic-light-source-applications.pdf
VAN Nuys, D. (2012, setembro). Forensic Light Souce aplications.
Disponível a partir de https://www.horiba.com/uk/scientific/products/forensics/light-
sources/forensic-light-source-applications.pdf
Chacur, R. (2014, 03 de Agosto).Remoção de tatuagem com laser Q-switched, NdYAG em
população brasileira.
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