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Construção de uma pilha com

determinada diferença de
potencial

CONCEBER E FUNDAMENTAR UM PERCURSO INVESTIGATIVO PARA COMO


CONSTRUIR UMA PILHA

Diogo Ferreira 12B Pedro Maciel 12B Rodrigo Reis 12C


Disciplina de química. Professora: Paula Paisana
Índice

Objetivos........................................................................................................................................2
Introdução......................................................................................................................................3
Material e Reagentes...................................................................................................................5
Símbolos e frases de risco e segurança.....................................................................................6
Procedimento................................................................................................................................7
Cálculos pré-laboratoriais...........................................................................................................9
Registo de dados.........................................................................................................................10
Tratamento de dados..................................................................................................................11
Bibliografia...................................................................................................................................12
Objetivos

Este trabalho laboratorial foi feito no âmbito da disciplina de Química do


12º ano, após o leccionamento de conceitos que seriam necessários à realização
do projeto.

Os principais objetivos desta atividade laboratorial são: identificar os


constituintes de uma pilha eletroquímica ou galvânica e prever a diferença de
potencial de uma pilha eletroquímica conhecendo os elétrodos, teórica e
experimentalmente. Tem também como objetivo construir uma pilha
eletroquímica com uma diferença de potencial elétrico de +1,10V, utilizando
cobre e zinco como elétrodos, compreender o processo envolvido no
funcionamento de uma pilha galvânica e entender os fatores que fazem variar a
força eletromotriz de uma pilha.
Introdução

Uma pilha é um sistema que converte energia química em energia


eléctrica através de uma reacção redox espontânea que ocorre numa
interface eléctrodo/solução. Ou seja, é um processo na qual uma
reacção química transforma-se em electricidade .A reacção química utilizada
numa pilha será sempre espontânea, nesta produz-se uma quantidade de
electricidade capaz de acender uma lâmpada.

Uma pilha é constituída por dois elétrodos e as respetivas soluções aquosas,


uma ponte salina e os fios condutores. Pode igualmente ter um voltímetro de
modo a saber a força eletromotriz (f.e.m.) da pilha.

Os fios condutores servem para conduzir os eletrões até ao elétrodo que irá
sofrer redução (do ânodo para o cátodo).

Por fim, de modo a calcular teoricamente, e em condições padrão, a força


0
eletromotriz ( E pilha ) a diferença de potencial máxima obtida numa pilha chama-
se força eletromotriz da pilha e corresponde à diferença de potencial elétrico
entre os dois elétrodos, medida no voltímetro. A ¿) de uma célula galvânica
depende da temperatura, da natureza dos elétrodos e da concentração dos iões
envolvidos na reação. Quando é medida nas condições padrão é chamada
tensão padrão.

O potencial padrão de redução, E°, mede a tendência relativa de uma espécie


para se reduzir. Quanto mais elevado for o potencial padrão de redução mais
tendência tem para se reduzir e mais oxidante é a espécie. Quanto menor for o
valor do potencial padrão de redução mais tendência tem para se oxidar e mais
redutora é a espécie.

E0pilha=E 0 ( cátodo )−E0 (ânodo)


Neste caso, como iremos utilizar o cobre (Cu) e o zinco (Zn), a pilha chama-se
pilha de Daniell.

Para escolher os mesmos tivemos como base a seguinte tabela de


potenciais padrão, que se encontra abaixo . Deste modo os potencias-padrão do
eléctrodo escolhidos, são E°(Zn2+/Zn) =-0,76 V e E° (Cu2+/Cu)=+0,34V

Apresentando como valor teórico da força eletromotriz 1,10V


Material e Reagentes

 Balão volumétrico de 100mL


 Vidro de relógio
 Funil
 Gobelé de 50mL
 Gobelé
 Vareta
 Espátula (
 Balança analítica
 Algodão
 Voltímetro com fios condutores
 Lixa
 Água destilada
 Placa de cobre [Cu (s)]
 Placa de zinco [Zn (s)]
 Sulfato de cobre [CuSO4 (s)]
 Sulfato de zinco [ZnSO4 (s)]
 Cloreto de sódio [NaCl (s)]
Nome  Fórmula  Símbolo De Riscos Frases De Segurança 
Segurança 
R22: Nocivo por S2: Manter fora do alcance das
ingestão. crianças.
R36/39: Irritante S13: Manter afastado dos alimentos
para os olhos e e bebidas incluindo os dos animais.
pele. S20/21: Não comer, beber ou
R50/53: Muito fumar durante a utilização.
tóxico para os S22: Não respirar as poeiras.
organismos S23: Não respirar a nuvem de
Sulfato de CuSO₄ aquáticos, pulverização.
Cobre podendo causar S24: Evitar o contacto com a pele.
efeitos nefastos a S26: Em caso de contacto com os
longo prazo no olhos, lavar imediata e
ambiente aquático abundantemente com água e
consultar um especialista.
S46: Em caso de ingestão consultar
o médico e mostrar-lhe a
embalagem ou o rótulo.

H302: Nocivo por P273: Evitar a libertação para o


ingestão ambiente
H318: Provoca P280: Usar luvas de proteção
lesões oculares ocular
graves
H410: Muito tóxico
Sulfato de ZnSO₄ para os organismos
Zinco   aquáticos com
  efeitos duradouros
 
 
 
 

 Símbolos e frases de risco e segurança


Procedimento

1. Pesou-se com o auxílio de uma balança digital 16,15g de Sulfato de Cobre


para preparar 100 ml da solução aquosa de CuSO 4, de concentração 1
mol/dm3.

2. Com a ajuda de um almofariz


triturou-se o soluto e colocou-se dentro do gobelé de 250 ml.
3. Adicionou-se água no gobelé e com uma vareta de vidro dissolveu-se todo o
sal.

4. Posteriormente transferiu-se para um balão volumétrico de 100 ml.


5. Novamente com o auxílio de uma balança digital 16,0g de Sulfato de Zinco,
para preparar 100 ml da solução aquosa de ZnSO 4 de concentração de 1
mol/dm3.
6. Com a ajuda de um almofariz triturou-se o soluto e colocou-se dentro do
gobelé de 250 ml.

7. Adicionou-se água no gobelé e com uma vareta de


vidro dissolveu-se todo o sal.
8. Posteriormente transferiu-se para um balão volumétrico de 100 ml.
9. Lixou-se com uma lixa ambos os metais, zinco e cobre, para retirar as
impurezas.
10. Introduziu-se os elétrodos metálicos na solução correspondente e utilizando-
se um fio elétrico com crocodilos nas extremidades dos metais ligando ao
voltímetro.
11. Construiu-se uma ponte salina enchendo o tubo em forma de “U”, com uma
solução de NaCl, fechando-se as extremidades com um pedaço de algodão.
Ter cuidado para não deixar bolhas de ar dentro do tubo.
12. Uniu-se os dois gobelés, contendo as soluções previamente preparadas,
através da ponte salina.

13. Registou-se o valor do potencial de diferença.


14. Tirar uma foto com a professora a celebrar que a pilha funcionou
Cálculos pré-laboratoriais

Força eletromotriz teórica


0 0 0 0 0
E pilha=E cátodo −Eânodo  E pilha=0,34−(−0,76 )  E pilha =1,10V

NaCl

n n
c=  1=  n=0,05 mol
V 0,05

m m
n=  0,05=  m=0,05 × 58,44  m=2,9 g
M 22,9+35,4

CuSO4

n n
c=  1=  n=0,1 mol
V 0,1

m m
n=  0,1=  m=0,1 ×159,61  m=15,9 g
M 63,5+32 , 1+4 × 16,00

ZnSO4

n n
c=  1=  n=0,1 mol
V 0,1

m
n=  0,1=¿  m=0,1 ×161,44  m=16,1 g
M
Registo de dados

Elétrodo de Cobre (Cátodo)

Semirreação no Cátodo: Cu2+ (aq) + 2e- → Cu (s)

No elétrodo de cobre, o ião Cu2+ (aq) do sulfato de cobre (CuSO4) é reduzido a cobre
sólido após receber 2 eletrões cedidos pelo ânodo e deposita-se na placa metálica de
cobre. O ião SO42- (aq) do sulfato de cobre (CuSO4) permanece em solução, ficando a
mesma solução mais concentrada nesse ião.

Elétrodo De Zinco (Anião)

Semirreação no Ânodo: Zn (s) → 2e- + Zn2+ (aq)

No elétrodo de zinco, a placa de zinco metálico, Zn (s), é oxidada. Ou seja, cede 2


eletrões para o cátodo, a placa de zinco fica corroída após os Zn (s) se converterem em
iões Zn2+. Tanto o ião SO42- (aq) e o ião Zn2+ do sulfato de zinco (ZnSO4)
permanecem em solução, no entanto, a concentração de Zn2+ aumenta e excede a
concentração de ião SO42-

Ponte Salina

Reação na Ponte Salina: NaCl (aq) → Na+ (aq) + Cl- (aq)

A ponte salina contém o sal NaCl (aq) e mantém a eletroneutralidade da pilha. Os iões
Na+ (aq) deslocam-se para o cátodo, onde a carga é negativa devido à elevada
concentração de iões SO42- em solução. Já os iões Cl- (aq) deslocam-se para o ânodo,
onde a carga é positiva devido à elevada concentração de iões de Zn2+ em solução.

Reação Geral Da Pilha

Equação Geral da Pilha: Cu2+ (aq) + Zn (s) → Cu (s) + Zn2+ (aq)


Ao ligar ambos os polos da pilha aos terminais do voltímetro, obtivemos uma diferença
de potencial elétrico de 0,9V, valor muito aproximado do valor teórico calculado de
1,10 V.
Tratamento de dados
Ao realizarmos a atividade esta não foi perfeita sendo assim calculamos o erro relativo
da atividade;

0
E pilha teórico =1,10 V
0
E pilha experimental =0,9 V

Erro relativo(% )=¿ E0pilha teórico −E0pilha experimental∨ ¿ ×100 ¿ 


0
E pilha teórico

Erro relativo ( % )=¿ 1,10−0.9∨ ¿ ×100 ¿ 


1,10

Erro relativo ( % )=18,18 % Conclusão

Conclusão

Os elétrodos utilizados foram o cobre (cátodo) e o zinco (ânodo), e para a


ponte salina foi utilizado cloreto de sódio (NaCl), sendo isto este é o esquema
da pilha:
) (1 moldm−3) ¿
||NaCl ( aq . ) ( 1 moldm )||Cu 2+¿ ( aq . ) ( 1 moldm )∨Cu(s )¿
−3
( −3
Zn ( s ) ∨Zn2 +¿ aq .

No cátodo, não foi possível observar a deposição de cobre sólido e consequente


aumento da massa da placa metálica de cobre (originada a partir da redução
dos iões de cobre).

No ânodo, também não houve a possibilidade de observar a corrosão e


consequente diminuição da massa da placa metálica de zinco (originada pela
oxidação do zinco sólido).

Era previsto que a diferença de potencial lida no voltímetro fosse igual a 1,10V.
No entanto esse não foi o valor obtido experimentalmente, sendo o erro
relativo percentual aproximadamente 0,9V. O erro obtido pode dever-se a
vários motivos, entre eles: má preparação das soluções, colocando valores
massa do soluto errados, a utilização de água não destilada, a presença de
impurezas nos reagentes, a má calibração dos aparelhos utilizados, os metais
podem não ter sido bem lixados, presença de sujidade dos
equipamentos/materiais utilizados, a resistência oferecida pelos fios de ligação
à passagem da corrente ou até mesmo à má preparação da ponte salina.
Concluindo, esta atividade laboratorial foi bastante interessante e serviu como
método de aprendizagem mais dinâmico.

Bibliografia

 Saúde e segurança: Símbolos de perigo - SAMANCTA (europa.eu)


 Pictograms: Your Guide to the WHMIS Symbols | Worksite Safety
 Pilha de Daniell. Esquema da Pilha de Daniell e seu Funcionamento
(manualdaquimica.com)
 https://docplayer.com.br/73213878-Quimica-12o-ano-unidade-1-apl-1-
construcao-de-uma-pilha-com-diferenc
 Manual e caderno diário

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