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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO


PARÁ
Coordenação do Curso de Licenciatura Plena em Química.

EQUILÍBRIO QUÍMICO E ESPECTROFOTOMÉTRIA

Trabalho apresentado à disciplina


Físico-Química Experimental I da
turma C866TC do curso de
Licenciatura em Química para
obtenção de nota parcial da 1º
bimestral.

Professora: Patrícia da Luz

DISCENTES:
Alda Lúcia Costa Fonseca Matrícula: 20190865593

Adriano Silva de Souza Matrícula: 20190865604

Celhina de Jesus Pereira Franco Matrícula: 20190865582

Elenildo Garcia de Almeida Matrícula: 20170861729

Julie Moraes Araújo Matrícula: 20190865584

BELÉM-PARÁ
2022
1- INTRODUÇÃO
Um equilíbrio é a situação em que a proporção entre os reagentes e produtos de uma
determinada reação química se mantém constante ao longo do tempo. Considere a seguinte
reação química em equilíbrio a seguir, onde os reagentes A e B dão origem aos produtos C e
D:

aA + bB ⇌ cC + dD

Quando a constante de proporcionalidade desta reação é expressa em termos de


concentrações molares (Kc), a equação genérica ilustrada abaixo descreve a chamada Lei de
Ação das Massas ou Lei de Guldberg-Waage, proposta em 1860:

[𝐶]𝑐 [𝐷]𝑑
𝐾𝑐 = [𝐴]𝑎[𝐵]𝑏 (1)

Para diferentes conjuntos de concentrações iniciais [X] 0 (onde X pode ser A, B, C e


D) pode se demostrar que, quando o equilíbrio é atingido, a expressão (1) mostrará um
mesmo valor de Kc, enquanto a temperatura se manter constante.

CO2(g) + H2(g) ⇌ CO(g) + H2O(g)

[X]0 [X]eq Kc

Experimento CO2(g) + H2(g) ⇌ CO(g) +


CO2(g) + H2(g) ⇌ CO(g) + H2O(g)
H2O(g)

1 1,00 1,00 0,00 0,00 0,73 0,73 0,27 0,27 0,14

2 4,00 4,00 0,00 0,00 2,92 2,92 1,08 1,08 0,14

Os dados acima ilustram dois experimentos representativos, onde no primeiro utiliza-


se 1,00 mol de cada reagente e, após o equilíbrio químico ser estabelecido, constata-se a
formação de 0,27 mols de produtos. A partir deste ponto é possível calcular quantos mols de
reagente não reagiram (1,00 mol – 0,27 mols = 0,73 mols). Com base nestes dados é
possível inserir estes valores na expressão de equilíbrio para esta reação conforme ilustrado
abaixo:

2
[𝐶𝑂][𝐻2 𝑂] (0,27)x(0,27)
𝐾𝑐 = = (0,73)x(0,73) ≅ 0,14
[𝐶𝑂2 ][𝐻2 ]

Logo, mesmo raciocínio vale para o experimento da complexação da reação entre


3+
Fe e SCN-. No qual será determinada experimentalmente a constante de equilíbrio entre o
íon férrico (Fe3+) e o íon tiocianato (SCN-), em solução aquosa. A reação química que
ilustra este processo é descrita abaixo:

[Fe(H2O)6]3+ + SCN- ⇌ [Fe(SCN)(H2O)5]2+ + H2O

O produto desta reação contendo ferro e tiocianato é colorido, ou seja, absorve


radiação eletromagnética na região do visível do espectro eletrônico entorno de 440 nm.
Desta forma é possível a utilização de um equipamento chamado espectrofotômetro para
medir a quantidade de luz absorvida pelas amostras analisadas.

Uma forma comum de relacionar a quantidade de radiação absorvida por uma


amostra em solução e relacioná-la com sua concentração pode ser descrita pela Lei de
Lambert-Beer e expressa pela equação abaixo:

Figura 1: Absorção de radiação 𝐼0


eletromagnética por uma solução. 𝑙𝑜𝑔 =𝐴=𝜀×𝑏×𝑐
𝐼

Onde 𝐼0 é a intensidade de luz incidente; 𝐼 é a intensidade

de luz transmitida, 𝐴 é a absorvância; ε é o coeficiente de


absorvidade molar (M-1 cm-1); b é o caminho ótico (cm) e c é a
concentração molar da espécie química estudada (mol L-1). A
b figura (ao lado) ilustra a relação matemática descrita acima.

De acordo com a lei de Lambert-Beer é considerado uma cubeta (recipiente porta


amostra) para a análise de um composto, de espessura igual a 1,0 cm, a absorvância é dada
por: A = ε x c. Note na representação a seguir (Figura 2a) que a absorvância no 𝜆𝑚𝑎𝑥
(comprimento de onda, no máximo de absorção) é diretamente proporcional à concentração
da amostra. O valor de poder ser obtido em um gráfico de absorvância no 𝜆𝑚𝑎𝑥 versus
concentração da amostra (c) (Figura 2b).

3
Figura 2: (a) variação da absorvância em função da concentração molar de uma substância. (b) relação
linear entre concentração de uma substância em solução e sua absorvância (Lei de Lambert-Beer).

Caso a amostra em solução se comporte de acordo com a lei de Lambert-Beer, um


gráfico da absorvância versus concentração da solução de uma amostra teria um
comportamento linear em que ε pode ser determinado através do coeficiente angular dessa
reta. Portanto, o valor de ε é característico para cada composto, devendo ser determinado
experimentalmente.

Uma vez que o gráfico ilustrado na Figura 2b foi construído, chamado também de
curva de calibração, a leitura de absorvância de uma amostra de concentração desconhecida
pode ser encontrada caso esteja no intervalo de leituras de concentração inicial e final da
curva previamente construída.

2- OBJETIVO
Determinar a constante de equilíbrio de complexação da reação entre Fe3+ e SCN-
através de análise espectrofotométrica.

3- MATERIAIS UTILIZADOS
3.1- MATERIAIS
 09 tubos de ensaio;  02 Pipeta graduada 10 ml;
 01 Espectrofotômetro de UV-  01 Pipeta volumétrica 5 ml;
VIS;
 03 Pipeta Paster 3 ml;
 02 Cubeta 10 ml;
 03 Balão volumétrico de 50 ml;
 01 Pipeta graduada 5 ml;
 Balança analítica.

4
3.2- REAGENTES
 Sulfato Férrico Amoniacal (NH4Fe(SO4)2);
 Ácido Nítrico (HNO3) de 0,01 mol.L-1 e 0,05 mol. L-1;
 Tiocianato de Potássio (KSCN).

4- PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
4.1 Aquisição da curva de padrão (Lei de Lambert-Beer)
Primeiramente, foram preparadas três soluções de 50 ml, na qual foram denominadas
solução A, solução B e solução C. A solução A, contêm Sulfato Férrico Amoniacal
(NH4Fe(SO4)2) a 0,001 mol.L-1 preparado em Ácido Nítrico (HNO3) de 0,01 mol.L-1. A
solução B, contêm Tiocianato de Potássio (KSCN) a 0,001 mol.L-1 preparado em água. E a
solução C, contêm Sulfato Férrico Amoniacal (NH4Fe(SO4)2) a 0,1 mol.L-1 preparado em
Ácido Nítrico (HNO3) de 0,05 mol.L-1.

Após o preparo das soluções, foram enumerados 06 tubos de ensaio, onde foi
adicionado as soluções B, C e H2O, de acordo com a tabela 1.

Tabela 1: Mistura das soluções B, C e água.

Volume de solução C Volume de solução B Volume de H2O


Tubo
(mL) (mL) (mL)

01 5,0 0,0 9,0

02 5,0 1,0 8,0

03 5,0 2,0 7,0

04 5,0 3,0 6,0

05 5,0 4,0 5,0

06 5,0 5,0 4,0

Foi configurado o espectrofotômetro em 440 nm para fazer a leitura das amostras.


Foi utilizado como branco o tubo de número 01.

5
Para realizar a análise é necessário transferir parte da solução do tubo 01 para a
Cubeta de 10 ml, para fazer o ambiente, em seguida, transferir a solução até o marca
indicada de 10 ml na Cubeta. Nesta análise é necessário muito cuidado e sempre limpando
as laterais da Cubeta com um papel toalha, para não deixar marcas na Cubeta no momento
da analise.

Com o branco em posse, colocou-se a Cubeta no compartimento apropriado do


espectrofotômetro, fecha-se a comporta é pressiona-se o botão de “zera”, para o assim, o
aparelho ter como base de análise a amostra. Em seguida, em outra Cubeta realiza-se o
mesmo processo da primeira Cubeta, no entanto, não será pressionado o botão de “zera”,
mas sim o de “ler”, que faz a leitura de ferro da amostra. Realiza-se o mesmo processo para
os tubos de 02 a 06, sempre fazendo a análise do branco antes de cada amostra.

4.2 Determinação das concentrações no equilíbrio.


Após o preparo das soluções, foram enumerados 04 tubos de ensaio, onde foi
adicionado as soluções A, B e H2O, de acordo com a tabela 2.

Tabela 2: Mistura das soluções A e B.

Volume de solução A Volume de solução B Volume de H2O


Tubo
(mL) (mL) (mL)

07 7,0 0,0 7,0

08 7,0 5,0 2,0

09 7,0 6,0 1,0

10 7,0 7,0 0,0

Foi configurado o espectrofotômetro em 440 nm para fazer a leitura das amostras.


Foi utilizado como branco o tubo de número 07.

Para realizar a análise é necessário transferir parte da solução do tubo 07 para a


Cubeta de 10 ml, para fazer o ambiente, em seguida, transferir a solução até o marca
indicada de 10 ml na Cubeta. Nesta análise é necessário muito cuidado e sempre limpando
as laterais da Cubeta com um papel toalha, para não deixar marcas na Cubeta no momento

6
da analise.

Com o branco em posse, colocou-se a Cubeta no compartimento apropriado do


espectrofotômetro, fecha-se a comporta é pressiona-se o botão de “zera”, para o assim, o
aparelho ter como base de análise a amostra. Em seguida, em outra Cubeta realiza-se o
mesmo processo da primeira Cubeta, no entanto, não será pressionado o botão de “zera”,
mas sim o de “ler”, que faz a leitura de ferro da amostra. Realiza-se o mesmo processo para
os tubos de 08 a 10, sempre fazendo a análise do branco antes de cada amostra.

5- RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.2 Aquisição da curva de padrão (Lei de Lambert-Beer)
Figura 01: Soluções A, B e C usadas no experimento.

Para calcular as concentrações do complexo [Fe(SCN)]2+, é utilizada a equação


abaixo:

𝑪𝟏 × 𝑽𝟏 𝟎, 𝟎𝟎𝟏 × 𝟏
𝐂𝟐 = = = 𝟕, 𝟏𝟒𝟑. 𝟏𝟎−𝟓 𝒎𝒐𝒍. 𝑳−𝟏
𝑽𝟐 𝟏𝟒

Nesta equação, calculou-se a concentração do tubo 02. O mesmo foi feito para os
tubos de ensaio de 03 a 06, como esta apresentada na tabela 03, juntamente, com as análises
de absorvância.

7
Tabela 03: Medidas de absorvância de soluções de complexo de concentração
conhecidas.
Volume de solução Volume de solução Volume de [Fe(SCN)]2+ Absorvância
Tubo
C (mL) B (mL) H2O (mL) (mol.L-1)(*) a 440 nm

01 5,0 0,0 9,0 ---------- 0,000

02 5,0 1,0 8,0 7,143.10-5 0,346

03 5,0 2,0 7,0 1,429.10-4 0,848

04 5,0 3,0 6,0 2,143.10-4 1,244

05 5,0 4,0 5,0 2,857.10-4 1,637

06 5,0 5,0 4,0 3,571.10-4 2,059

Os tubos ficaram com uma coloração ferrugem, na qual ficava mais intensa quando
se adicionava a solução B. Onde pode se notar que a formação do complexo é maior, já que
à diminuição de água e mais adição de solução B.

Figura 02: Misturas das soluções B, C e água.

Com os dados obtidos da concentração e absorvância do [Fe(SCN)]2+ pode-se


construir a equação da reta.

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Tabela 04: Valores de concentração e Absorvância para cálculo da equação da reta.
Eixo Y – Concentração Eixo X – Absorvância a 440 nm
0,00007143 0,346
0,0001429 0,848
0,0002143 1,244
0,0002857 1,637
0,0003571 2,059

A partir dos dados apresentados na tabela 04 é possível encontrar a equação da reta e


consequentemente é possível plotar o gráfico referente à esses valores.

Gráfico 01: Representação gráfica dos valores experimentais.

Absorvância e concentração de [Fe(SCN)]2+


0,0004
0,00035
Concentração (mol/L)

0,0003
0,00025
0,0002
0,00015
y = 1,690E-04x + 6,872E-06
0,0001
R² = 0,9979
0,00005
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5
Absorvância (nm)

Com base nisso, a equação da reta é y = 1,690x10-4x + 6,872x10-6, sendo 1,690x10-4


o coeficiente angular e 6,872x10-6 o coeficiente linear, no qual pode ser aproximado para
zero.
A absorvância encontra-se no eixo X e a concentração no eixo Y, pois quando for
feito o calculo para encontrar as concentrações desconhecidas será necessário fazer essa
alteração. Já que teremos y = ax + b, o “x” é a absorvância, que vária de acordo com “a” e
“y” é a concentração.

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5.3 Determinação das concentrações no equilíbrio.

Tabela 05: Medidas da absorvância de soluções de complexos de concentrações


desconhecidas.
Volume de solução Volume de solução Volume de H2O Absorvância
Tubo
A (mL) B (mL) (mL) a 440 nm

07 7,0 0,0 7,0 0,000

08 7,0 5,0 2,0 0,410

09 7,0 6,0 1,0 0,490

10 7,0 7,0 0,0 0,562

Os tubos ficaram com uma coloração ferrugem claro, na qual ficava mais intensa
quando se adicionava a solução B. Ficou com essa coloração pois foi formado o complexo
de tiocianato férrico. O único tubo que ficou com a coloração incolor foi o tubo 07 que
continha a solução A e água, já que esse tubo seria usado para fazer o branco no
procedimento.

Figura 03: Misturas das soluções A, B e água.

A partir dos valores de absorvância, que foram encontrados experimentalmente, e


a partir do coeficiente angular calculado acima, é possível calcular as concentrações de
[Fe(SCN)]2+.

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Aplicando as absorvância na equação da reta tem-se a concentração de
[Fe(SCN)]2+, que é:

Para o tubo 08:

y = ax + b = 1,690 × 10−4 × 0,410 + 6,872 × 10−6 = 7,616 × 10−5 𝑚𝑜𝑙. 𝐿−1

Para o tubo 09:

y = ax + b = 1,690 × 10−4 × 0,490 + 6,872 × 10−6 = 8,968 × 10−5 𝑚𝑜𝑙. 𝐿−1

Para o tubo 10:

y = ax + b = 1,690 × 10−4 × 0,562 + 6,872 × 10−6 = 1,018 × 10−4 𝑚𝑜𝑙. 𝐿−1

 Determinação da concentração do [Fe3+]in:

Tubo 08:

𝐶1 × 𝑉1 0,1 × 7
𝐶2 = = = 0,05𝑚𝑜𝑙. 𝐿−1
𝑉2 14

A mesma concentração de [Fe3+]in vale para os tubos 09 e 10.

 Determinação da concentração de [SCN-]in:

Tubo 08:

𝐶1 × 𝑉1 0,001 × 5
𝐶2 = = = 3,571 × 10−4 𝑚𝑜𝑙. 𝐿−1
𝑉2 14

Tubo 09:

𝐶1 × 𝑉1 0,001 × 6
𝐶2 = = = 4,286 × 10−4 𝑚𝑜𝑙. 𝐿−1
𝑉2 14

Tubo 10:

𝐶1 × 𝑉1 0,001 × 7
𝐶2 = = = 5,0 × 10−4 𝑚𝑜𝑙. 𝐿−1
𝑉2 14

 Determinação da concentração de [Fe3+]eq:

Tubo 08: [Fe3+]eq = [Fe3+]in - [Fe(SCN)]2+ = 5,0 x 10-2 – 7,616 × 10−5

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[Fe3+]eq = 4,992x10-2 mol.L-1

Tubo 09: [Fe3+]eq = [Fe3+]in - [Fe(SCN)]2+ = 5,0 x 10-2 – 8,968 × 10−5

[Fe3+]eq = 4,991x10-2 mol.L-1

Tubo 10: [Fe3+]eq = [Fe3+]in - [Fe(SCN)]2+ = 5,0 x 10-2 – 1,018 × 10−4

[Fe3+]eq = 4,990x10-2 mol.L-1

 Determinação da concentração de [SCN-]eq:

Tubo 08: [SCN-]eq = [SCN-]in - [Fe(SCN)]2+ = 3,571 × 10−4 – 7,616 × 10−5

[SCN-]eq = 2,809x10-4 mol.L-1

Tubo 09: [SCN-]eq = [SCN-]in - [Fe(SCN)]2+ = 4,286 × 10−4 – 8,968 × 10−5

[SCN-]eq = 3,389x10-4 mol.L-1

Tubo 10: [SCN-]eq = [SCN-]in - [Fe(SCN)]2+ = 5,0 × 10−4 – 1,018 × 10−4

[SCN-]eq = 3,982x10-4 mol.L-1

 Determinação de Keq para os tubos de 08 a 10, usando a formula abaixo:

[Fe(SCN)2+ ]𝑒𝑞
K=
[Fe3+ ]𝑒𝑞 [SCN − ]𝑒𝑞

Essa equação será usada para calcular os valores de Keq para os tubos 08 a 10 e
logo após, calcular a média de K. Os valores são apresentados na tabela 06.

Tabela 06: Concentrações (mol.L-1) dos íons envolvidos na reação e absorvância do


produto formado.
Tubo [Fe(SCN)]2+ [Fe3+]in [Fe3+]eq [SCN-]in [SCN-]eq Keq

08 7,616x10-5 5,0x10-2 4,992x10-2 3,571x10-4 2,809x10-4 5,431

09 8,968x10-5 5,0x10-2 4,991x10-2 4,286x10-4 3,389x10-4 5,302

10 1,018x10-4 5,0x10-2 4,990x10-2 5,0x10-4 3,982x10-4 5,123

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K 5,285

Os íons férricos, Fe3+, são fortemente complexáveis por íons tiocianato, SCN -. A
relação entre o íon ligante (SCN-) e o íon metálico (Fe3+) varia desde 1 (para baixas
concentrações de SCN-) até 6 (número máximo quando se utiliza excesso de íons SCN-) e
todos estes complexos são de cores parecidas. Nesta experiência as relações [SCN-
]/[Fe3+] serão tais que admitiremos que a reação preponderante seja a de formação do
[Fe(SCN)]2+, de acordo com a equação:

Fe3+(aq) + SCN-(aq) ⇌ [Fe(SCN)]2+(aq)

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6. CONCLUSÃO
Conclui-se que através do experimento realizado e estudos feitos sobre
determinação da constante de equilíbrio de complexação (Keq) de tiocianato férrico,
utilizando a análise espectrofotométrica. Este método baseia-se na determinação das
concentrações dos íons presentes no sistema em equilíbrio, através da medida de
absorbâncias das espécies coloridas. E, foi com está metodologia que se determinou a
constante de equilíbrio para a formação do tiocianato férrico sendo de 5,285 para as
concentrações utilizadas no experimento. Logo, somente, foi possível por meio da
análise da aquisição da curva de padrão (Lei de Lambert-Beer) que para este
procedimento é y = 1,690x10-4x + 6,872x10-6.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ATKINS, P.W.; Físico-Química, Vol. 1, 6a. Ed., LTC, Rio de Janeiro, 1999. Ver p. 45.

CASTELAN, G. W. 2008, Fundamentos de Físico-Química, Editora LTC, Rio de


Janeiro.

FONTES, A. V. et al. Solubilidade da ureia em mistura isopropanol+ água. Blucher


Chemical Engineering Proceedings, v. 1, n. 1, p. 255-259, 2014.

GEEQuim – Grupo de Educação e Ensino de Química: Experiências sobre Equilíbrio


Químico, IQUSP, 1985.

L. G. Sillen e A. E. Mortell, Stability Constants of Metal-Ion Complexes, The


Chemical Society, publicação especial nº 17, pág. 119, 1964.

PASSONI, Luis. Espontaneidade dos processos físico-químicos. Química B – UENF.


CEDERJ – Centro de Educação Superior a Distância do Estado no Rio de Janeiro. 2014.
p.283. Disponível em:
https://canal.cecierj.edu.br/012016/553e8fa65fe91ea5fb5948214c731551.pdf. Acesso
em: 24de outubro de 2022. p.283.

Química uma Ciência Experimental, Edart, p. 411, 1969.

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