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SERVIÇO SOCIAL FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
PARÁ
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM QUÍMICA

ESPECTROSCOPIA ELETRÔNICA

Trabalho apresentado na
disciplina de Química
lnorgânica Experimental da
turma C865TC do curso de
Lic. em Química como
requisito para obtenção de
nota parcial da 5° bimestral
Professor: Silber Luan

DISCENTES

Adriano Silva e Souza 20190865604

Celhina de Jesus P. Franco 20190865582

Julie Moraes Araújo 20190865584

Paulo Henrique da Mata Lima 20190865589

BELÉM-PARÁ

Março

2022
1. INTRODUÇÃO

O espectro eletromagnetismo foi observado pela primeira vez em 1966,


por Issac Newton que fez a luz solar atravessar um prisma e obteve uma luz
colorida, hoje chamada de espectro visível. Em 1802, o inglês Willian Hyde
Wollaston observou que o espectro solar possui linhas negras. Estas linhas
negras passaram a ser conhecidas como linha de Fraunhofer, que era um
jovem construtor de instrumentos ópticos alemão Joseph Fraunhofer, usando
inicialmente um prisma e depois grades de difração, constatou que o espectro
solar na verdade contém centenas de linhas negras sobre as cores, ele foi o
primeiro a usar grades de difração no lugar do prisma, uma absorção. De 1859
a 1861, Kirchoff e Bunsen demostraram que cada elemento possuía uma
coloração característica quando aquecidos a incandescência, ou seja, uma
emissão (Na: amarelo; K: violeta).De acordo com a teoria de Bohr de 1913, a
formação das linhas de emissão nos espectros, quando exposto a uma fonte
de radiação, ocorre porque os elétrons recebem energia do “quantum de ação”
(pacote de energia), em diferentes frequências e transitam entre os níveis de
energia, assim passando a ocupar diferentes estados excitados.De acordo com
o modelo de Bohr, a ocupação desses estados excitados é momentânea, de
ordem de 10−9𝑠, logo retornando para o nível de energia de onde saiu, a
radiação emitida de um estado para outro. Em que a relação entre a frequência
V e a quantidade total de energia liberada e dada por E=hv, sendo h a
constante de Plank.

Dessa forma, era possível explicar o porquê das linhas brilhantes e


coloridas que estavam sendo observadas no espectro de emissão, com o
auxílio dos espectroscópios no século XIX. A partir da teoria de Bohr, foi
possível explicar o porquê do aparecimento das linhas brilhantes e escuras nos
espectros dos elementos químicos, observadas nos espectroscópios de
Bunsen e Kirchhoff.

A espectroscopia e qualquer técnica que está relacionada com a


interação da luz com a matéria. Os métodos espectrométricos são aqueles que
se utilizam das propriedades advindas da interação entre energia e a matéria.
Com a finalidade de quantificar ou qualificar um determinado analítico, os
principais tipos de interação observados por esse método são a absorção e
emissão de energia pelos átomos ou moléculas.

A chama possui uma zona oxidante localizada na parte superior (Zona


oxidante superior), caracterizada como a parte não luminosa. Essa zona possui
grande quantidade de oxigênio e é indicada para todos os processos de
oxidação. A zona redutora, região intermediária da chama, é rica em carbono
incandescente. Há ainda a zona interna, que contém os gases que ainda não
sofreram combustão.

Devido a isso, a chama terá função importante na espectroscopia


eletrônica (teste da chama). Primeiramente, a espectroscopia é um modo para
se medir os comprimentos de onda que os elétrons de cada íon liberam ao
voltarem para o seu estado normal, depois da excitação.

Assim, o experimento realizado sobre o teste em chama baseia-se no


fato de que quando certa quantidade de energia e fornecida a um determinado
elemento químico (chama do bico de Bunsen, energia em forma de calor)
alguns elétrons da camada da última camada de valência, absorvem esta
energia passando para um nível energético mais elevado, ocasionando o que
se chama de estado excitado.

Quando um desses elétrons excitados volta ao seu estado fundamental,


ele então libera a energia recebida em forma de radiação. Sendo que cada íon
libera sua radiação com um comprimento de onda característico, assim
emitindo cores, no caso dos sais cores únicas.
2. OBJETIVO

Distinguir as cores e as reações que ocorrem com os sais alcalinos e alcalinos


terrosos na queima no bico de busen.

3. MATERIAIS UTILIZADOS
3.1 – Materiais
 Bico de busen
 Espátula
 Pisseta
 Placa de Petri

3.2 – Reagentes
 HCl (aq) – Ácido Clorídrico
 H2O - Água Destilada
 Níquel de Cromo ( NiCr )

3.3 - Sal Alcalino


 Cloreto de Potássio (KCl)
 Sulfato de Sódio (Na2SO4)
 Sulfato de Lítio (Li2SO4)

3.4 - Sal Alcalino Terrosos


 Sulfato de Magnésio (MgSO4)
 Sulfato de Cálcio (CaSO4)
 Cloreto de Estrôncio (SrCl 2)
 Cloreto de Bário (BaCl2)
4. PROCEDIMENTOS

Primeiramente limpou-se a alça de platina (NiCr), imergindo-a numa


solução de ácido clorídrico concentrado e depois foi levado diretamente à
chama mais externa do bico de busen. Em seguida, mergulhou-se o níquel de
cromo na amostra e depois foi colocado a extremidade da alça com o sal
diretamente na chama. Logo, observaram-se as alterações de cores das
chamas no decorrer do experimento, e imediatamente anotou-se a cor alterada
de cada sal composto na alça de platina. Após cada teste realizado, lavou-se a
alça metálica com o ácido (HCl) levando-a à chama, e a seguir foi repetido o
procedimento para os demais sais apresentados no experimento.

5. RESULTADO E DISCUSSÃO

Antes de começar a aquecer os sais , o fio de Níquel-Cromo foi


mergulhado na solução de ácido clorídrico com o intuito de deixá-lo limpo
evitando erros no decorrer das práticas Por isso, que esse procedimento foi
realizado na análise de cada substância.

Tabela 1- Resultados da cor das chamas


Sal Cor da Chama
Cloreto de Estrôncio Vermelho
Cloreto de Potássio Violeta
Sulfato de Bário Laranja
Sulfato de Cálcio Lilás
Sulfato de Lítio Vermelho
Sulfato de Magnésio Incolor
Sulfato de Sódio Amarelo

A tabela 1 apresenta os resultados dos sais testados com suas


respectivas cores. A cor observada em cada chama é característica do
elemento presente na substância aquecida. Como os átomos de cada elemento
possuem órbitas com níveis de energia diferentes, a luz liberada em cada caso
será em um comprimento de onda também diferente, o que corresponde a
cada cor.
As imagens a seguir ilustram os resultados das cores de cada
substância usada.

Cloreto de Bário (BaCl2) Cloreto de Estrôncio (SrCl2)

Sulfato de Sódio (Na2SO4) Sulfato de Lítio (Li2SO4)

Sulfato de Cálcio (CaSO4) Sulfato de Magnésio (MgSO4)


Cloreto de Potássio (KCl)

Portanto, ao excitar um átomo ou um íon por aquecimento muito forte, os


elétrons podem ser promovidos de seu estado normal não excitado para
orbitais mais altos. À medida que eles caem de volta para níveis mais baixos
(de uma só vez ou em várias etapas), a energia é liberada como luz. Cada um
desses saltos envolve uma quantidade específica de energia sendo liberada
como energia luminosa, e cada um corresponde a um determinado
comprimento de onda (ou frequência). Como resultado de todos esses saltos,
será produzido um espectro de linhas, algumas das quais estarão na parte
visível do espectro.
Como por exemplo, o sulfato de sódio que contém íons de sódio, ao ser
aquecido alguns dos íons de sódio recuperam seus elétrons para formar
novamente átomos de sódio neutros. Um átomo de sódio em estado não
excitado tem a estrutura 1s2 2s2 2p6 3s1, mas dentro da chama haverá todos
os tipos de estados excitados dos elétrons. A cor da chama observado que foi
amarelo resulta de elétrons promovidos caindo do nível 3p1 para seu nível 3s1
normal
Na chama, os cátions de sais voláteis transformam-se em átomos livres.
Estes absorvem e depois emitem radiação eletromagnética com comprimentos
de onda que correspondem às transições entre os níveis de energia dos
átomos.
O espectro da radiação eletromagnética na região do visível é mostrado
na figura abaixo. Pode ser observado que cada faixa de comprimento de onda
da radiação corresponde a uma cor. Cada comprimento de onda da radiação
está relacionado à diferença de energia entre estado excitado e fundamental no
átomo.

Figura 1: O comprimento de onda e de radiação eletro magnética característicos de várias


régios do espectro eletromagnético.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em virtude dos procedimentos realizados, conclui-se que cada


substância apresentou um espectro de luz diferente ao entrar em contato com
a chama, quando os átomos dos sais são aquecidos os elétrons acabam sendo
excitados, e por isso, os elétrons saltam para níveis de maior energia e ao
voltarem ao seu estado inicial liberam energia em forma de luz,
correspondendo a cor de cada elemento na qual, é explicado na teoria de Bohr.
Dessa forma, é possível identificar os sais por meio da emissão de cor, devido
a quantidade de energia absorvida e liberada do elétron durante o
aquecimento. Vale ressaltar também, que durante a prática, alguns elementos
tiveram uma difícil visualização das cores, esse ocorrido pode ser devido a
alguns erros cometidos no procedimento de limpeza da pinça.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ATKINS, P.; JONES, L.; Princípios de Química, questionando a vida moderna e


o meio ambiente; 5ª Ed, Bookman Companhia Ed., 2011.

FILGUEIRAS, Carlos A.L ... A Espectroscopia e a Química da descoberta de


novos elementos ao limiar da teoria quântica. 1996. Disponível em: . Acesso
em: 14 mar. 2022.
FLAME Tests. [S. l.], 15 ago. 2020. Disponível em: https://chem.libretexts.org/.
Acesso em: 14 mar. 2022
VASCONCELOS, Stephanie Siqueira. Aspectos das contribuições de Niels
Bohr para a história da espectroscopia: uma abordagem para a formação inicial
de professores. 2019. Disponível em: Acesso em: 14 mar. 2022.

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