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RELATÓRIO QUÍMICA ANALÍTICA QUALITATIVA

1.INTRODUÇÃO

A química analítica é o segmento da química que atua na separação, identificação e determinação quantitativas ou
qualitativas dos componentes de uma amostra através do desenvolvimento de métodos e procedimentos para que
essa determinação seja possível. O presente relatório visa demonstrar alguns métodos de determinação de
compostos a partir da química analítica qualitativa, que trata da identificação de composto de interesse. Dessa
forma trataremos de alguns conceitos importantes como a identificação de íons metálicos, formação de complexos
de coordenação, reações de precipitação e reações com desprendimento de gás.

A energia liberada no retorno do átomo para o seu estado mais estável se dá em forma de luz visível, classificadas
por cores específicas de cada elemento. Em um teste de chama é possível identificar o sal utilizado graças a essa
característica. Isso se dá pelo fato de que cada composto salino dispõe de um arranjo eletrônico específico e um
espectro descontínuo. O que ocorre é que ao direcionar o sal ao fogo e os elétrons retornarem para o seu nível mais
estável de energia, logo após de serem excitados, eles perderão energia na forma de radiação eletromagnética
visível, ou seja, cada um emite uma cor graças ao comprimento de onda diferente.

Na Figura 1, é mostrada uma representação de uma chama e as suas diferentes zonas de temperaturas.

Um método de identificação muito usual na área analítica é a reação de complexação, ela ocorre quando, após a
ionização de um elemento metálico, este pode receber elétrons de outra espécie através de uma ligação covalente.
Sendo assim, a reação de complexação se dá pelo compartilhamento de elétrons entre um átomo central metálico e
outra espécie, na qual denominamos de ligantes. Esta reação pode ser explicada através da teoria Ácido-Base de
Lewis, sendo assim, o metal age como um ácido de Lewis, recebendo estes elétrons e os ligantes como bases de
Lewis doando estes elétrons. Através desse tipo de reação pôde-se obter um composto neutro, que neste caso
denomina-se composto de coordenação, ou um íon complexo, podendo ser aniônico ou catiônico.

Reações químicas também podem ser indicadas através da formação de precipitado, em ocorrência da reação de
íons das soluções apresentadas. Quando duas substâncias aquosas reagem e resultam em uma sólida e outra aquosa
representam a formação de precipitados. A evidência por liberação de precipitado é utilizada na indústria de
pigmentos e também em áreas da química analítica como identificação de compostos.

Outro ponto importante é A liberação de gás que é feita a partir da combustão de um elemento com isso podemos
definir a combustão como uma reação que tem um composto que é consumido e que produz energia térmica, em
sua maioria o oxigênio é o composto chamado de comburente, que é quem consome o combustível A combustão é
uma reação química em que ocorre a oxidação, podendo ser completa ou incompleta, e o que define se será uma
oxidação completa, é se há oxigênio suficiente para consumir todo o combustível. Por exemplo, a reação de oxidação
do enxofre (s) se dá pela seguinte forma: S(s) + O2 (g) - SO2(g), conhecido como dióxido de enxofre, e é assim que
ocorre a liberação do gás enxofre, é a queima do combustível (S) em contato com o comburente (O). O dióxido de
enxofre (SO2) é um gás tóxico e que possui um cheiro extremamente forte. O SO2 é muito utilizado em escala
industrial, e pode ser produzido por atividades vulcânicas ou pela interferência do homem (transportes e indústrias).
O SO2 em contato com H2O produz H2SO3 que é oxidado novamente e produz H2SO4, que é o ácido conhecido por
ser responsável pela chuva ácida.
2. OBJETIVOS

Os experimentos realizados em laboratório teve como principal objetivo a determinação de compostos de interesse
como a: a mudança de cor emitida por cada íon metálico após a excitação do elétron de valência com o teste de
chama; Observar a ocorrência de alteração de coloração a partir da síntese de complexação de dois compostos de
coordenação; observar a liberação do gás enxofre a partir da auto ignição do enxofre sólido, pois é um gás tóxico e
que possui um cheiro extremamente forte e Analisar a formação de precipitados a partir da diferença de
solubilidade dos componentes utilizados.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 MATERIAIS

No experimento “teste de chama” foram utilizados os íons de Lítio, Cobre Bário e Potassio(kcl), que, dispersos em
solução, foram devidamente manuseados com bastões de vidro individuais. Para a queima dos íons foi utilizado o
bico de bunsen.

Ao realizar a prática dos “complexos” utilizou-se dois tubos de ensaio nos quais foram adicionados, com o auxílio de
pipetas de pasteur, as soluções Níquel + Dimetilglioxima (NiCl2 + DMG) e Cobre + Amônia (CuSO4 + NH4OH) sendo
que na solução de cobre a amônia foi adicionada vagarosamente. A realização do experimento foi feita em capela

Na prática de "evidências por liberação de gás” foi necessária uma colher para o manuseio do enxofre, e assim levá-
lo à chama do bico de Bunsen. Depois da queima a colher foi levada a capela para a contenção do cheiro.

A análise do experimento "formação do precipitado” foi realizada com o auxílio de 10 tubos de ensaio enumerados e
as soluções de 3Ml de hidróxido de sódio, sulfato de cobre (II), carbonato de sódio, cloreto de magnésio e hidróxido
de cálcio

3.2 MÉTODOS

Experimento 01

Para realização do teste de chama, as soluções salinas estavam posicionadas na bancada ao lado dos bicos de
Bunsen, embebedou-se o bastão de vidro na solução e levou-se a chama do bico, após, observou-se a cor emitida.
Ao final, posicionou-se o bastão, no vidro do relógio para esfriamento completo.

Experimento 02

No experimento dos complexos, foi necessário o manuseio em capela. Pipetou-se em um dos tubos de ensaio
identificados cerca de 3ml da solução de Níquel e, após adicionou-se a mesma quantidade da solução DMG (NiCl2 +
Dimetilglioxima). Em outro tubo de ensaio, a sequência foi repetida com as soluções de Cobre e Amônia (CuSO4 +
NH4OH), pipetou-se 2 mL de Cobre e depois gota a gota pipetou-se 1 mL de Amônia

Experimento 03

Ao realizar a prática “evidências por liberação de gás” coletou-se, com o auxílio de uma colher, a quantidade
corresponde a cerca de 3g do Enxofre granulado e levou-se a chama do bico de Bunsen para a queima. Observou-se
a mudança de fase e coloração da substância.

Experimento 04

Para a conclusão do experimento “formação do precipitado”, inicialmente enumerou-se 10 tubos de ensaio para
identificação. Em seguida, pipetou-se com o auxílio da pipeta de pasteur cerca de 2ml das soluções da seguinte
forma:

Tubo 1- Hidróxido de Sódio e Sulfato de Cobre

Tubo 2- Hidróxido de Sódio e Carbonato de Sódio

Tubo 3- Hidróxido de Sódio e Cloreto de Magnésio


Tubo 4- Hidróxido de Sódio e Hidróxido de Cálcio

Tubo 5- Hidróxido de Cálcio e Sulfato de Cobre

Tubo 6- Hidróxido de Cálcio e Carbonato de Sódio

Tubo 7- Hidróxido de Cálcio e Cloreto de Magnésio

Tubo 8- Cloreto de Magnésio e Sulfato de Cobre

Tubo 9- Cloreto de Magnésio e Carbonato de Sódio

Tubo 10- Carbonato de Sódio e Sulfato de Cobre Após colocar os tubos de ensaio na estante para formação de
precipitado, observou-se e anotou-se as colorações e a ocorrência ou não de precipitado.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Experimento 01:

Após a queima da solução contendo os compostos metálicos obtivemos os seguintes resultados: Tabela 01:
Resultados do Teste de Chama Metal Coloração da Chama Lítio Vermelho/Alaranjado, Potássio alaranjado - Lilás
Bário verde, Cálcio Vermelho Essa mudança de coloração se dá devido a excitação do elétron de valência através da
chama. Podemos compreender isso através do moledo de Bohr, onde diz que quando o elétron recebe energia ele se
desloca para um nível mais enérgico de valência. Porém esta alteração o deixa muito instável,e sua tendência natural
é logo retornar ao seu nível inicial de valência, ou estado fundamental, porém ao retornar ele precisa liberar a
energia em excesso e durante esta liberação ocorre a emissão de um fóton em um comprimento de onda específico
de cada elemento, onde durante esta emissão podemos observar esta mudança de coloração da chama. Pelo fato de
cada sal conter níveis energéticos diferentes está quantidade de energia extra a ser liberada provoca a emissão de
diferentes cores. Este é o mesmo princípio utilizado para a fabricação de fogos de artifícios que podem contém
diferentes sais que após excitação liberaram colorações diferentes.

Copiei a tabela com os metais que usamos


Experimento 02:

No tubo 01 foi adicionado Sulfato de Cobre (CuSO4) juntamente com Hidróxido de Amônio (NH4OH), ocorrendo a
formação de um íon complexo catiônico conforme a reação abaixo:

Cu2+ + 4NH3 → [Cu(NH3)4]2+ (azul → azul-escuro)


Essa reação ocasionou um produto de coloração azul, que conforme adicionado maior quantidade de amônio a
coloração se intensificava, além disso apresentou também um aspecto gelatinoso ao final da reação. Figura 01:
Reação do Sulfato de Cobre com Hidróxido de Amônio. Fonte: Arquivo Pessoal Isso ocorre pois o metal Cobre após
ionização se liga covalentemente com a amônia formada produzindo um complexo que altera sua coloração para
azul escuro. Nesta reação a classificamos como mononuclear, pois há apenas um íon central (Cu2+) e o número de
coordenação da reação é 4, isso quer dizer que 4 ligantes podem formar ligações coordenadas com o íon central. No
tubo 02 foi adicionado Cloreto de Níquel e Dimetilglioxima ocorrendo a formação de um íon complexo catiônico
conforme a reação abaixo: Está reação ocasionou um produto de coloração rosa/avermelhado, que diferentemente
da reação 01 teve a mudança instantaneamente ao se adicionar dimetilglioxima, ao final da reação também
apresentou um aspecto mais denso. Figura 02: Reação Cloreto de Níquel com Dimetilglioxima Fonte: Arquivo Pessoal
A classificação desta reação também se dá por mononuclear pois também possui apenas um íon central (Ni2+), já
seu número de complexação é igual a 2.

FOTOS

Experimento 3:

Foi utilizado o enxofre, ao levá-lo ao bico de bunsen e aquecê- lo até a autoignicao, passando do estado sólido para
gasoso liberando SO2 (dióxido de enxofre) Figura 01: Enxofre granulado utilizado na reação. Figura 02: Autoignição
do enxofre O dióxido de enxofre é formado por duas moléculas de oxigênio e uma de enxofre, é um gás tóxico e
incolor, ele pode causar mau crescimento das plantas e também afetar a fotossíntese e quando inalado em grandes
quantidades ou constantemente pode causar problemas respiratórios e cardiovasculares.

FOTOS

Experimento 4:

Foi numerado 10 tubos de ensaio para fazer as seguintes reações: No tubo de número 1 foi adicionado 3,0 mL de
Hidróxido de sódio e posteriormente 3,0 mL de Sulfato de Cobre, a reação resultou em uma solução de cor azul
esverdeada com formação de precipitado. 2 NaOH (aq) + CuSO4 (aq) --> Na2SO4 (aq) + Cu(OH)2 (s) No tubo 2 foi
utilizado 3,0 mL de hidróxido de sódio e carbonato de sódio, o resultado foi uma solução incolor e sem formação de
precipitado No terceiro tubo de ensaio, reagiram 3,0 mL de hidróxido de sódio e cloreto de magnésio, resultando em
uma solução esbranquiçada com formação de precipitado, isso ocorre pois cloretos são solúveis, porém o hidróxido
não é solúvel Já no tubo de número quatro, foram usados 3,0 mL de soluções hidróxido de sódio e cálcio que
originaram uma solução com precipitado de cor esbranquiçada No tubo de ensaio 5 reagiram 3,0 mL de soluções de
hidróxido de cálcio e sulfato de cobre que resultaram em uma solução de cor azul clara e com formação de
precipitado. O sexto experimento foi utilizado o hidróxido de cálcio e carbonato de sódio, que após reagirem
formaram a solução de cor esbranquiçada O sétimo experimento reagiu e formou uma solução esbranquiçada e
precipitada, as soluções reagentes foram hidróxido de cálcio e cloreto de magnésio . No tubo de ensaio 8
apresentou-se uma precipitação e também a ocorrência de duas fases na cor azul clara e incolor ao reagirem 3,0 mL
de cloreto de magnésio e sulfato de cobre. Já no tubo de ensaio de número nove reagiram-se 3,0 mL de cloreto de
magnésio e carbonato de sódio que formou uma solução esbranquiçada. No tubo de ensaio dez, foi adicionado 3,0
mL de carbonato de sódio e sulfato de cobre e formou-se uma solução de cor azul clara e com formação de
precipitado. A formação de precipitado ocorre pela reação de íons das soluções misturadas e pelo fato de uma das
soluções usadas serem solúveis ou insolúveis, os hidróxidos por exemplo são insolúveis, já os cloretos são solúveis

5. CONCLUSÃO

Pode - se concluir que os experimentos foram feitos com sucesso, de modo que todos os objetivos foram concluídos
e que o aprendizado foi colocado em prática. Ao todo foram feitos 4 tópicos de experimento que foram
mencionados ao longo do relatório, portanto foram práticas diferentes, trazendo conhecimentos diferentes na
mesma area da química, (a química analítica qualitativa) e correlacionando com outras matérias da química, como
por exemplo química geral Química inorgânica. foi possível observar diversas características em um único dia de
experimento, sendo elas, a mudança de cor na chama, mudança de cor de uma solução aquosa, formação de
precipitado de uma solução aquosa, formação de complexos como o exemplo da amônia sendo ligante, e liberação
do gás enxofre. Podemos concluir também que, só foi possível chegar em conclusão dos objetivos de forma
proveitosa, seguindo todos os passos e orientações dadas para que os experimentos ocorressem como o esperado
de, e assim podendo fazer então ao longo do relatório as analises qualitativas ao seu respeito.

6.REFERENCIAS

Governo do Estado do Ceará. Apostila Química Analítica Qualitativa e Quantitativa. Disponível em:
https://educacaoprofissional.seduc.ce.gov.br/images/material_didatico/quimica/
quimica_analitica_qualitativa_e_quantitativa_2019.pdf

Acesso em: 09/06/2023.

Oliveira et. al. Equilíbrio de complexação. Disponível em:

https://www2.ufjf.br/quimicaead//files/2013/05/FQAnalitica_Aula9.pdf.

Acesso em: 09/06/2023..

Todo estudo. Dióxido de Enxofre. Disponível em:

www.todoestudo.com.br/quimica/dioxido-de-enxofre

Acesso em: 09/06/2023.

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