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INSTITUTO FEDERAL DO AMAPÁ

CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA

LEONARDO BARBOSA NUNES


LUIZ FELIPE SANTOS DA CUNHA
MANOELA DOS SANTOS ASSUNÇÃO
MATEUS PANTOJA SILVA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA


TESTE DE CHAMAS

MACAPÁ-AP
2023
INSTITUTO FEDERAL DO AMAPÁ
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA

LEONARDO BARBOSA NUNES


LUIZ FELIPE SANTOS DA CUNHA
MANOELA DOS SANTOS ASSUNÇÃO
MATEUS PANTOJA SILVA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA


TESTE DE CHAMAS

Trabalho apresentado na disciplina de Inorgânica I do 3º


semestre do curso de Licenciatura em Química do
Instituto Federal do Amapá – Campus Macapá, como
requisito final para avaliação, sob orientação da
professora Esp. Natália Eduarda da Silva.

MACAPÁ-AP
2023
Sumário

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................3

1.1 Objetivo Geral...................................................................................................................3

1.2 Objetivos Específicos......................................................................................................3

2 Material e métodos...................................................................................................................4

3 Resultados e discussão.............................................................................................................5

4 Conclusão.................................................................................................................................7

5 Referências Bibliográficas.......................................................................................................7
RESUMO
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: TESTE DE CHAMAS
LEONARDO BARBOSA NUNES
LUIZ FELIPE SANTOS DA CUNHA
MANOELA DOS SANTOS ASSUNÇÃO
MATEUS PANTOJA SILVA

O teste de chama é uma forma que procura identificar elementos químicos a partir da
coloração emitida em uma chama. Este relatório tem como objetivo observar a coloração
formada por cada elemento químico proposto. Quando o composto a ser estudado é submetido
ao aquecimento, em uma chama, os íons presentes no metal começarão a emitir luz. Baseado
no espectro de emissão do elemento, o composto irá modificar a cor da chama para uma cor
característica, no experimento foram utilizados os sais de LiCl, BaCl2, NaCl, MgCl2, CaCl2 e
KCl sendo verificados suas colorações.

Palavras-chave: Teste da chama


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1 INTRODUÇÃO
O teste de chama é um importante método de identificação, principalmente de cátions
metálicos, utilizado na análise química, baseado no espectro de emissão para cada elemento.
Na chama, os cátions de sais voláteis transformam-se em átomos livres. Estes absorvem e
depois emitem radiação eletromagnética com comprimentos de onda que correspondem às
transições entre os níveis de energia dos átomos. O espectro da radiação eletromagnética na
região do visível é mostrado na figura abaixo. Pode ser observado que cada faixa de
comprimento de onda da radiação corresponde a uma cor. Cada comprimento de onda da
radiação está relacionado à diferença de energia entre estado excitado e fundamental no
átomo.

FIGURA 1: imagem que mostra os vários espectros de cores que os elementos


podem ter ao serem submetidos a uma certa quantidade de energia.

FONTE: Disponível em: https://www.researchgate.net/figure/Espectro-Espectros-de-emissao-de-alguns-


elementos-quimicos-Fonte-LEITE-PRADO-2012_fig2_329757966/amp

A temperatura da chama do bico de Bunsen é suficiente para excitar uma quantidade de


elétrons de certos elementos que emitem luz ao retornarem ao estado fundamental de cor e
intensidade, que podem ser detectados com considerável certeza e sensibilidade através da
observação visual da chama. A cor é decorrente destas transições eletrônicas, em espécies de
vida curta, que se formam momentaneamente na chama, que é rica em elétrons. Por exemplo,
no caso do sódio, os íons são temporariamente reduzidos a seus átomos.
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1.1 Objetivo Geral


Este trabalho laboratorial tem como finalidade realizar o teste de chamas, ou seja,
observar as mudanças de cores nela ocorrida pela presença de sais e concluir a energia
radiante de cada um deles, como por exemplo: Cloreto de Lítio (LiCl), Cloreto de bário
(BaCl2), entre outros.

1.2 Objetivos Específicos


Observar a cor da chama associada à presença de elementos químicos metálicos presentes
em sais.
Identificar elementos químicos metálicos pelo teste de chama.

Verificar a possibilidade de detectar a presença de metais em amostras desconhecidas a


partir do teste de chama.

Conhecer as aplicações e limitações deste método analítico

2 MATERIAL E METODOS
Balança Analítica Fósforo
Bico de Bunsen Capsula de Evaporação
Haste de Platina Água deslilada
Vidro de relógio LiCl, BaCl2, NaCl, MgCl2, CaCl2, KCl
Espátula Concentração molar (HCl) a 1%

PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS:

1° passo: Realizamos a pré- tara do vidro de relógio onde as amostras seriam depositadas na
balança analítica para obter um resultado mais preciso, em seguida cada integrante do grupo
ficou responsável por pesar 0,5g de umas das 6 amostras de sal. Tais como: Cloreto de Lítio
(LiCl), Cloreto de bário (BaCl2), Cloreto de Sódio (NaCl), Cloreto de Magnésio (MgCl2),
Cloreto de cálcio (CaCl2), Cloreto de potássio (KCl).

2° passo: Após feito esse procedimento separamos as 6 amostras na bancada com suas
devidas identificações.

3° passo: Logo depois acendemos o bico de Bunsen.


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4° passo: Utilizamos a concentração molar de Solução de ácido clorídrico (HCl), para a


limpeza de possíveis resíduos no fio haste de platina.

5° passo: Em seguida foi feita a coleta das amostras sólidas com o fio, para colocar na chama
do bico de Bunsen e realizar a queima das mesmas.

6°passo: Durante a queima das amostras observamos e identificamos a coloração resultante da


reação de cada um dos diferentes sais.

7°passo: Por fim depositamos o que sobrou das amostras no recipiente de evaporação para o
término da queima.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Da análise feita em laboratório, bem como a busca em literaturas sobre as cores obtidas
em outras análises após o recebimento de uma quantidade excessiva de energia, além dos
cálculos envolvidos para achar a frequência e energia em fótons, é apresentado na tabela
abaixo:

Sal Cor Teórica Cor observada Comprimento Frequência Energia


de onda
LiCl Vermelho Intenso Vermelho 670,8nm 447×10^12Hz 2,96×10^-19j
Intenso
BaCl2 Carmesim Carmesim 627,12nm 478×10^12Hz 3,17×10^-19j
NaCl Amarelo Dourado Amarelo Claro 580nm 508.5 x 10^12 Hz 3,3×10^-19j
MgCl2 Branco Branco 400nm- _______ _______
700nm
CaCl2 Vermelho Vermelho 690nm 434.8 x 10^12 Hz 2,88×10^-19j
Tijolo Tijolo
KCl Violeta Azul Escuro 450nm 668.4 x 10^12 Hz 4,44×10^-19j

A técnica de teste de chama é amplamente utilizada na análise química para


identificação de metais em compostos. Neste experimento, foi possível observar a coloração
característica resultante da queima de cada sal, indicando a presença do metal na amostra.

As cores observadas durante a queima das amostras estão relacionadas com a transição
eletrônica dos elétrons dos metais presentes na amostra, sendo que cada metal apresenta uma
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configuração eletrônica única. Portanto, a técnica de teste de chama é uma ferramenta


importante na identificação de metais em amostras desconhecidas.

Da observação dos dados apresentados, a primeira coisa a se notar são as diferenças


entre as cores teóricas, obtidas de literaturas e artigos. No artigo de Carolina Sobral et Al,
“identificação de cátions e ânions em amostra sólida”, podemos ter algumas cores para os
elementos de estudo, como, por exemplo, o KCl, que neste literatura apresenta coloração
violeta e no experimento feito apresentou coloração azul escuro. Uma análise que pode ser
feita acerca do motivo desta diferença entre os experimentos, é com base nas concentrações
molares de cada amostra de HCl, pois dependendo da concentração molar, a chance de criar
cátions MCl²+ (onde M é qualquer um dos metais de análise), é muito grande, e a coloração
que este cátion possui é divergente em relação ao cátion deste mesmo elemento, só que
isolado (M+), o que pode implicar que, no experimento feito pelos autores do artigo em
questão, ou pelo experimento aqui apresentado, possa ter tido a formação de KCl² +, ou algum
cátion semelhante, visto que a formação deste cátion se dá pela concentração de HCl, quanto
maior esta for, maior é a incidência deste cátion. Mas, também, vale ressaltar que outras
características podem influenciar a variação nas cores entre cátions de mesmo elemento, como
temperatura da chama e do ambiente, o que pode influenciar na energia que o elétron irá
absorver, já que em quantidade muito pequenas de energia, o salto quântico (elétron sair da
sua camada e ir para uma mais energética e externar) não acontecerá, impondo nenhum
mudança na cor da chama.

Para os cálculos de frequência e energia, fora utilizado os valores em manômetro (nm)


do comprimento de onda referente as cores que cada cátion apresentou no experimento. Disso,
a análise dos comprimentos de onda é fundamental para determinar a frequência e energia das
cores estudadas, pois permite correlacionar a energia de uma onda eletromagnética com sua
frequência e comprimento de onda. Ao utilizar a equação: E = hν = hc/λ - onde: E, é a
energia; h, é a constante de plank; v, a frequência; c, constante da velocidade da luz no vácuo;
e, λ, comprimento de onda – usando esta equação, podemos obter tanto o valor da frequência,
v, como também o valor da energia, E, já que em ambas as fórmulas foram satisfeitas pelos
dados obtidos experimentalmente, além de que a fórmula Einstein-Planck, nos mostra como o
comportamento do comprimento de onda influência na energia, já que quanto maior o
comprimento de onda, maior será a energia, e quanto menor o comprimento, menor é a
energia, que pode ser muito bem observado na frequência, pois quanto maior ela for, menor é
a energia gerada. Esta fórmula nos mostra também, que a cor azul-escuro, possui a menor
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energia em relação às cores dos outros elementos, portanto, a observação desta será mais
dificultada, e tal fora provada durante o experimento, já que quando o KCl fora posto em
contato com o fogo, sua cor foi rapidamente mudada para a cor do ânion Cl -, mostrando que
seria preciso muito mais energia em forma de calor para observar o cátion K +.
Complementando o que fora dito anteriormente, o fato de ter sido observado um azul escuro,
pode ter se dado pelo fato da mistura da cor violeta do KCl, com a cor azul da chama do bico
de Bunsen, assim, a mistura resultou em um azul escuro, ou, como é nomeado por pintores,
azul-arroxeado (Cruz, 2021).

Em últimas conclusões, o fato do branco não apresentar uma frequência e um energia,


se dá pelo fato dele está presente em todo espectro do visível, para quantificar sua energia,
seria necessário somar todas as energia de todos os comprimentos de ondas possíveis. Ou
seja, a energia da cor branca, seria a soma das energias de todos os comprimentos de ondas,
ou seja, o cálculo para a obtenção de uma energia. Tal qual é afirmado por GIANCOLI
(2008), onde ele afirma que a cor branca é a soma de todas as cores do espectro, de modo que
não existe um comprimento de onda que o caracterize.

4 CONCLUSÃO

Chegamos à conclusão que o principal objetivo do experimento foi atingido.


Conseguimos observar que o teste de chama é rápido, fácil de realizar e não requer nenhum
equipamento que não seja encontrado normalmente num laboratório de química. Porém, a
quantidade de elementos detectáveis é pequena e existe uma dificuldade em detectar
concentrações baixas de alguns elementos, enquanto que outros elementos produzem cores
muito fortes que tendem a mascarar sinais mais fracos as cores resultantes do teste e observar.
Assim como o experimento detecta a presença de alguns íons metálicos, baseado no
espectro de emissão característico para cada elemento.
Observamos que a temperatura da chama do bico de Bunsen é suficiente para excitar uma
quantidade de elétrons de certos elementos que emitem luz ao retornarem ao estado
fundamental de cor e intensidade, que podem ser detectados com considerável certeza e
sensibilidade através da observação visual da chama.
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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BROWN, Theodore; LEMAY, H. Eugene; BURSTEN, Bruce E. Química: A ciência
central. 9 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2005.
SANTOS, Isaias Jose; SANTOS, Rodrigo. Estudo Do Átomo. Disponível em:<
www.unisalesiano.edu.br/encontro2007/trabalho/aceitos/PO29562408892.pdf >. Acesso em:
25 de abril de 2023.
IDENTIFICAÇÃO DE CÁTIONS E ÂNIONS EM AMOSTRA SÓLIDA- Carolina Sobral Et
al, Santos, Sp, 2012.
CRUZ, T. Mistura de Cores: Como Fazer + 15 Exemplos Incríveis! Disponível em:
https://www.vivadecora.com.br/pro/mistura-de-cores/amp/. Acesso em: 27 abr. 2023.
GIANCOLI, Douglas C. Physics for Scientists and Engineers with Modern Physics. 4ª ed.
Upper Saddle River, NJ: Pearson Education, 2008.

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