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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG

CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE – CES

UNIDADE ACADÊMICA DE BIOLOGIA E QUÍMICA – UABQ

DISCIPLINA: Química Inorgânica Experimental

DOCENTE: Paulo Sérgio Gomes Da Silva

DISCENTE: Tatiana De Almeida Silva

TESTE DE CHAMA QUALITATIVO PARA METAIS

CUITÉ – PB

2019
Tatiana De Almeida Silva

TESTE DE CHAMA QUALITATIVO PARA METAIS

Relatório experimental apresentado ao Curso


de Licenciatura em Química, como requisito
parcial para aprovação na componente
curricular Química Inorgânica Experimental
pela Universidade Federal De Campina Grande
– UFCG.

Professor orientador: Paulo Sérgio Gomes da


Silva

CUITÉ-PB

2019
SUMÁRIO
1. OBJETIVOS ............................................................................................................ 3

2. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3

3. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 3

3.1 MATERIAIS ...................................................................................................... 4

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................................................ 5

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 5

6. CONCLUSÃO ......................................................................................................... 7

7. REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 7
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Preparação e Identificação de Gás Hidrogênio

1. OBJETIVOS

Identificar a presença de um dado elemento numa amostra através da coloração


exibida pela chama.

2. INTRODUÇÃO

O teste de chama baseia-se no fato de que quando uma certa quantidade de energia
é formada a um determinado elemento químico, alguns elétrons da última camada de
valência absorvem esta energia passando para um nível de energia mais elevado,
produzindo o que chamamos de um estado excitado. Quando um desses elétrons excitados
retorna ao estado fundamental, emite uma quantidade de energia radiante, igual àquela
absorvida, cujo comprimento de onda é característico do elemento e da mudança do nível
eletrônico de energia. Assim, a luz de um comprimento de onda particular ou cor, é
utilizado para identificar o referido elemento.
Quando uma solução que contenha um sal de um metal fica exposta à chama,
formam-se vapores que contem átomos de metais no estado gasoso. O calor vai excitar
os elétrons, fazendo-os passar para níveis de maior energia e que ao voltarem ao estado
estacionário emitem radiações características desse metal.
A temperatura da chama do bico de Bünsen é suficiente para excitar uma
quantidade de elétrons de certos elementos que emitem luz ao retornarem ao estado
fundamental de cor e intensidade, que podem ser detectados com considerável certeza e
sensibilidade através da observação visual da chama. Tal procedimento é denominado
teste da chama e será utilizado para a identificação de sódio e potássio.
O teste da chama para o sódio é tão sensível e persistente, que mesmo traços deste
metal produz uma cor amarela intensa que encobre toda a cor devido a qualquer outro íon
presente na amostra.
A prova de chama para o sódio é feita colocando-se uma pequena porção de
cloreto de sódio num vidro de relógio, molhando-se a haste em ácido clorídrico
concentrado, posteriormente mergulhando-se no sal e a seguir levando-se a haste à chama
oxidante do bico de Bünsen, observando-se a coloração amarela intensa produzida.
Usa-se ácido clorídrico devido à volatilidade dos cloretos de metais alcalinos. Os
nitratos e sulfatos se decompõem em óxidos não voláteis.
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Os íons dos metais alcalinos Na+ e K+ são os maiores cátions do período à que
pertencem, possuem carga pequena e a estrutura de gás nobre. Por esses motivos, têm
uma fraca atração por ânions e moléculas, e como consequência a maioria de seus sais
são solúveis em água e seus íons raramente formam complexos. O íon amônio está
incluído neste grupo porque apresenta propriedades semelhantes.
O teste da chama para o potássio pode ser feito usando-se cloreto de potássio
sólido, e o procedimento prático é idêntico ao caso do sódio.
Desde que uma coloração violeta também é observada quando uma chama verde
é vista através de um vidro azul, os íons bário, cobre e borato, que dão uma coloração
verde à chama, podem interferir no teste de potássio.
O teste de chama não é por si só conclusivo para identificação deste íon,
todavia, é um ótimo complemento para o teste de precipitação.

K Mg
Li N

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 MATERIAIS

• Alça de nicromo; • Sal de Bário;

• Sal de sódio; • Sal de magnésio;

• Sal de níquel; • Água destilada;

• HCl concentrado; • Sal de amônio;

• Bico de gás combustível; • Sal de Lítio

• Sal de potássio;
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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Faça uma argola em uma das extremidades do fio de níquel-cromo (deve ter
aproximadamente 10 cm e pode ser adquirido em qualquer loja de material elétrico). Essa
argola tem a finalidade de reter uma pequena amostra da substância a ser queimada.
Prenda a outra extremidade do fio em um prendedor de roupas de madeira.
Inicialmente, preparamos uma argola na extremidade do fio de níquel-cromo, com
a finalidade de reter uma pequena amostra da substância a ser queimada. Na outra
extremidade do fio prendemos um prendedor de roupas de madeira.
Em seguida, colocamos ácido clorídrico (HCl) e água destilada em dois tubos de
ensaio, separadamente. Isso serviu para limpar a alça de cromo, após o teste de chama
para cada elemento, onde mergulhava a alça no ácido e depois na água, com o intuito de
retirar os resíduos do elemento usado.
Por último, recolhemos uma pequena amostra do sal contendo o íon metálico a ser
analisado na argola e levamos até à chama do bico de gás (bico de busen) e observamos
as alterações das chamas. Repetimos esse procedimento para cinco elementos diferentes.
Vale ressaltar que após cada teste, lavávamos a alça com ácido e água antes de
iniciar o teste com outro elemento.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir do procedimento experimental realizado, foi possível identificar quais eram os


elementos de acordo com a coloração da chama. Dessa forma, na Figura 1, pode-se verificar
o resultado encontrado.

Figura 1 – Resultado do teste de chama.

a b C d e

Fonte: Própria, 2019.

De acordo com a Figura 1a, a solução de sulfato de cobre (CuSO4), apresentou uma
cor verde, característica do cobre. Na 1b, uma chama mais alaranjada emitida pelo
Dicromato de sódio (Na2Cr2O7). Em 1c, o elemento estrôncio (Sr), apresentou uma chama
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com um vermelho extremamente intenso. Na Figura 1d, observamos uma coloração


avermelhada na chama do elemento Cobalto (Co). Por último, na 1e, a solução de hidróxido
de potássio (KOH), exibiu, também, uma coloração vermelha, porém, menos intensa do
que a emitida pelo Sr.

É possível relacionar essas cores de acordo com a frequência e, para isso, utiliza-se
o espectro eletromagnético. Segundo Halliday, Resnick e Krane (2004), o espectro
eletromagnético inclui uma ampla faixa de diferentes tipos de radiação de uma variação
de fontes. Entretanto, essas radiações diferem em suas propriedades, no sentindo de como
são produzidas e observadas, mas, por outro lado, podem ser descritas de forma comum
em termo de campo elétrico e magnético e se propagar no vácuo com a mesma velocidade,
neste caso, a velocidade da luz. Vale ressaltar que, Halliday, Resnick e Krane (2004)
afirmam que “sob o ponto de vista fundamental, elas diferem somente no comprimento
de onda ou na frequência”. O espectro eletromagnético é dividido em tipos de radiação
eletromagnética, tais como: luz, raios infravermelhos, microondas, ondas de rádio, raios
ultravioletas, raios X e raios gama. Mas, para o estudo em questão, observamos que a
frequência das cores emitidas, por meio da prática experimental, nos faz recorrer a faixa
da luz visível (Figura 2) do espectro eletromagnético.

Figura 2 – Faixa da luz visível presente no espectro eletromagnético.

Fonte: http://knoow.net/wp-content/uploads/2016/05/Capturar-527x300.jpg

Os resultados da frequência das cores dos elementos e soluções utilizados na


prática experimental, podem ser visualizados na Tabela 1.
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Tabela 1 – Índice da frequência das cores.


SUBSTÂNCIA COR COMPRIMENTO
TRANSMITIDA DE ONDA (nm)
Cobalto (Co) Avermelhada 490 a 500
Cobre (Cu) Azul 595 a 650
Estrôncio (Sr) Vermelho intenso 490 a 500
Dicromato de sódio Alaranjada 480 a 490
(Na2Cr2O7)
Hidróxido de Potássio Vermelho 490 a 500
(KOH)
Fonte: Própria, 2019.

Por meio da Tabela 1, pode-se verificar que a faixa da frequência das cores varia 7
x 1014 Hz a 4 x 1014 Hz, isto é, elas se encaixam dentro do que é possível enxergar a
olho nu. Nesse sentindo, a luz visível vai depender do movimento dos elétrons. E, de
acordo com Halliday, Resnick e Krane (2004), “os elétrons nos átomos podem ser
elevados do seu estado de energia mais baixa para os estados de mais altos de várias
formas, tais como aquecer a substância ou passar uma corrente elétrica através dela”.
Sendo assim, quando acontece de os elétrons voltarem aos seus estados de energia mais
baixos, a radiação que é emitida pode estar na região da luz visível do espectro
eletromagnético e, dessa forma, é possível que os seres humanos possam enxergar a cor
emitida, sem necessitar de algum instrumento auxiliar. Outro ponto fundamental, é que
os elétrons da camada de valência são os responsáveis por fazerem as devidas transições.

6. CONCLUSÃO

Portanto, por meio da prática experimental realizada, a qual tinha como finalidade
identificar a presença de determinados elementos por meio do teste de chama, evidenciou-se
que, as cores apresentadas estavam dentro da frequência de 7 x 10 14 Hz a 4 x 1014 Hz, que
representada a faixa da luz visível do espectro de ultravioleta.

7. REFERÊNCIAS

FARIAS, R. F. Química Inorgânica Experimental. Natal: Átomo, 2006.


HALLIAY, D.; RESNICK, R.; KRANE K. S. Física 4. 5.ed. Rio de Janeiro: LTC
– Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 2004.
LENZI E., FAVERO L. O. B., TANAKA A. S., FILHO E. A. V. e SILVA M. B.,
Química Geral Experimental. Rio de Janeiro: Freitas Bastos Editora S. A., 2004.

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