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Escola Técnica Estadual de Suzano

Experimento N° 01

TESTE DE CHAMA

Júlia Yukimi Ykeda Sato


Luana Cristine de Souza Silva
Marcos Antônio Marcondes
Rafaela Gimenes Valverde Souza
1º QUIN - Turma: T2
Disciplina: TQE
Profº: Ricardo A. Pereira
Data do experimento: 5/03/2018
Data de entrega: 14/03/2018

Suzano
2018
1.0 INTRODUÇÃO TEÓRICA
Na tentativa de explicar o átomo, sua composição e propriedades, o físico
Dinamarquês Niels Bohr, no século XX, propôs um modelo atômico, visando explicar
os erros dos modelos até então propostos. Bohr sugeriu que o átomo possui níveis
de energia, onde cada elétron possui sua própria órbita com quantidade de energia
já determinada, podendo realizar o que se denomina de salto quântico.
Quando um elétron salta de um nível menor para um mais elevado, ele absorve
energia, e ao retornar para um nível menor, o elétron emite uma radiação em forma
de luz, caracterizada como “fóton”.

Fonte: http://quimicacolguanenta.es.tl/Teor%EDa-At%F3Mica.htm. Adaptado.

Cada elemento libera a radiação em um comprimento de onda característico, visto


que a quantidade de energia necessária para excitar um elétron é única para cada
elemento. A radiação liberada por alguns elementos possui comprimento de onda na
faixa do espectro visível, ou seja, o olho humano é capaz de enxergá-las através de
cores. Assim, é possível identificar a presença de certos elementos devido à cor
característica que eles emitem quando aquecidos numa chama.

Fonte: https://youfqa.wordpress.com/2016/10/16/apresentacoes-powerpoint-sobre-espetros-e-modelo-atomico-de-bohr/
Elementos químicos e suas respectivas cores. Fonte: http://profalexquimicafacil.blogspot.com.br/2011/05/teste-da-chama.html

A temperatura da chama do bico de Bünsen é suficiente para excitar uma


quantidade de elétrons de certos elementos que emitem luz ao retornarem ao estado
fundamental de cor e intensidade, que podem ser detectados com considerável
certeza e sensibilidade através da observação visual da chama. Assim, uma forma
de detectar elementos químicos, principalmente íons metálicos (que uma vez que
possuem baixa eletronegatividade, tendem a doar elétrons com facilidade), é
realizando o teste de chama.

O teste de chama é rápido e fácil de ser realizado, e não requer nenhum


equipamento que não seja encontrado normalmente num laboratório de química.
Porém, a quantidade de elementos detectáveis é pequena e existe uma dificuldade
em detectar concentrações baixas de alguns elementos, enquanto que outros
elementos produzem cores muito fortes que tendem a mascarar sinais mais fracos.
2.0 OBJETIVO
Identificação de elementos químicos presentes nos sais utilizados, através do teste
de chama.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Comparar as cores dos elementos químicos, encontradas experimentalmente, com o
padrão de cores do espectro de emissão para os respectivos elementos.

3.0 PARTE EXPERIMENTAL:


3.1 MATERIAS UTILIZADOS:
 Placa de porcelana;  Pinça;
 Béquer;  Borrifadores;
 Haste com fio de platina;  Bico de Bunsen;

3.2 REAGENTES UTILIZADOS:


 Ácido Clorídrico (HCl);
 Água destilada;
 Cloreto de Cálcio (CaCl2);
 Cloreto de Bário (BaCl2);
 Sulfato de Cobre (CuSO4);
 Cloreto de Sódio (NaCl);
 Cloreto de Potássio (KCl);
 Cloreto de Lítio (LiCl).

3.3 PROCEDIMENTOS
4.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 RESULTADOS
As cores observadas através do experimento realizado são mostradas nas Figuras 1
à 6. Por ter sido usado os mesmos sais, tanto em solução como sólido, as cores dos
metais analisados foram as mesmas.
Figura 1- Cor observada na chama do BaCl2.

Fonte: acervo pessoal, 2018.

Figura 2- Cor observada na chama do NaCl.

Fonte: acervo pessoal, 2018.

Figura 3- Cor observada na chama do CuSO 4.


Fonte: acervo pessoal, 2018.
Figura 4- Cor observada na chama do LiCl.

Fonte: acervo pessoal, 2018.

Figura 5- Cor observada na chama do KCl.


Fonte: acervo pessoal, 2018.

Figura 6- Cor observada na chama do CaCl 2.

Fonte: acervo pessoal, 2018.


A tabela 1 apresenta as cores dos metais observadas e a cor esperada pesquisada
na literatura.
Tabela 1- Cores dos metais analisados na chama
Substância Metal Analisado Cor observada Cor esperada
BaCl2 Ba Laranja Verde-amarelado
NaCl Na Amarelo-alaranjado Amarelo-alaranjado
CuSO4 Cu Verde-azulado Verde-azulado
LiCl Li Vermelho Vermelho
KCl K Lilás-azulado Violeta-pálido
CaCl2 Ca Amarelo-alaranjado Vermelho-alaranjado

4.2 DiSCUSSÃO
A cor observada em cada chama é característica do metal presente na substância
aquecida, isso comprova que é possível identificar a presença de alguns metais em
substâncias desconhecidas através do Teste da Chama. Em paralelo, também
corrobora com os postulados de Bohr, uma vez que cada elemento metálico libera
energia num comprimento de onda definido então os elétrons do átomo giram em
níveis de energia definidas ao redor do núcleo.
Uma das propriedades dos elétrons é que ele ocupa sempre um nível energético
bem definido e não um valor qualquer de energia. Porém, ao ser submetido a uma
fonte de energia adequada, como é o caso do calor proveniente do bico de Bunsen,
os elétrons dos sais utilizados absorveram energia e saltaram para um nível mais
externo, de maior energia, este salto denominado, salto quântico, que fez com que
os elétrons ficassem num estado excitado, porém instável e logo eles retornaram
para a sua órbita anterior, e regrediram para o seu estado fundamental. Durante
esse retorno, quando os elétrons saltaram de um nível até outro que estava mais
próximo do núcleo, a energia ganha durante a excitação foi então emitida na forma
de radiação visível do espectro eletromagnético que o olho humano é capaz de
detectar. A figura 7 mostra exatamente as reações que ocorrem para a liberação
desta energia em forma de luz visível.
Figura 7- Esquema das reações que ocorrem no teste de chama.

Fonte: OKUMURA et al, 2004.

As cores são ondas eletromagnéticas, cada uma com um comprimento de onda


diferente e que ficam na região do visível. Como os átomos de cada elemento
possuem órbitas com níveis de energia diferentes, a luz liberada em cada caso será
em um comprimento de onda também diferente, o que corresponde a cada cor.
É dessa ideia que os chineses criaram os fogos de artifício, pois quando eles
explodem, emitem uma luz de coloração branca, mas ao se acrescentar diferentes
sais na sua composição, são obtidas observadas diferentes cores. Outra aplicação
seria as lâmpadas fluorescentes.
Apesar da maioria das cores resultantes desse trabalho serem por sua maioria
iguais às encontradas na literatura, algumas diferem por haver contaminantes no sal.
5.0 CONCLUSÃO
Os resultados mencionados comprovam que é praticável o Teste de Chama para
situações onde é necessário identificar a presença de alguns metais em substâncias
desconhecidas. Este experimento também corrobora com o modelo atômico de Bohr
e suas ideias, uma vez que cada elemento metálico libera energia num comprimento
de onda definido então os elétrons do átomo giram em níveis de energia definidas
ao redor do núcleo, e quando excitados por alguma fonte de energia, ele saltam para
um nível mais energético e retornam liberando energia em forma de luz visível.

REFERENCIAS
GIBSON, France Barbosa. TESTE DA CHAMA. 2012. Disponível em:
<http://conhecendomundoquimico.blogspot.com.br/2012/07/relatorio-teste-da-
chama.html>. Acesso em: 11 mar. 2018.
MODELO DE BOHR. 2018. Disponível em:
<http://www.soq.com.br/conteudos/em/modelosatomicos/p4.php> Acesso em: 10
mar. 2018.
OKUMURA, F.; CAVALHEIRO, E. T. G.; NÓBREGA, J. A. Experimentos Simples
Usando Fotometria de Chama para Ensino de Princípios de Espectrometria Atômica
em Cursos de Química Analítica. Química Nova, v. 27, n. 5, p. 832-836, São Paulo,
2004.

ROCHA, J. Teste de chama. 2016. Disponível em:


<https://manualdaquimica.uol.com.br/experimentos-quimica/teste-chama.htm>.
Acesso em: 11 mar. 2018.
TESTE DA CHAMA. 2018. Disponível em:
<http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=epc&cod=_testedachama>.
Acesso em: 10 mar. 2018.

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