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ESTRUTURA ELETRÔNICA

(AULA PRÁTICA Nº 4)

Profª Beatriz Gatti de Castro

Turma TC
NICOLE CASAES PACÍFICO - Mat: 222078067
ISAYANE CUSTÓDIO - Mat: 222078066
ANGEL FOLAN - Mat: 222078062

VOLTA REDONDA – RJ
2022
1 Introdução

O teste da chama baseia-se no comportamento dos elétrons de um


determinado elemento quando esse absorve e libera energia. Quando isso acontece,
a chama apresenta coloração (espectros) diferente.
De acordo com o modelo atômico proposto por Bohr, os elétrons podem girar
em órbitas (atualmente considerado controverso) somente a determinadas distâncias
permitidas do núcleo atômico (1ª lei de Bohr). Um átomo só irradia energia quando
um elétron salta de uma órbita de maior energia para uma órbita de menor energia
(2ª lei de Bohr). Ademais, um átomo absorve energia quando um elétron é deslocado
de uma órbita de menor energia para uma órbita de maior energia.
É sinônimo dizer que quando o elétron da camada de valência absorve energia
este elétron passa para um nível mais excitado. E, no retorno ao estado fundamental,
o elétron emite uma frequência de luz característico do elemento.
A chama é um componente importante para a avaliação prática teoria de Bohr,
pois fornece para o elemento energia capaz de excitar os elétrons e, com isso, é
possível observar o espectro de luz visível produzido pelo elemento na chama.

2 Objetivo

Observar a cor da chama associada à presença de elementos químicos


metálicos constantes em sais e identificar esses elementos pelo teste de chama.
Estudar a reatividade dos metais, verificando a ocorrência ou não da reação
química proposta nos experimentos.
Discutir os resultados, comparando-os com o esperado da fila de reatividade.

3 Materiais e Métodos

3.1 Materiais e reagentes

• Maçarico;
• Soluções aquosas de NaCl, CaCl2, BaCl2, SrCl2, KCl e CuSO4.
3.2 Métodos

Inicialmente, foram separados os materiais e os reagentes que serão


necessárias para o experimento da chama. Para dar início, o maçarico foi
ascendido/ligado e ajustado até que a coloração da chama fique azulada. Logo, um
pequeno borrifador/spray contendo solução aquosa de Sulfato de cobre [CuSO4(aq)]
foi pega e colocada perto do maçarico para que essa solução seja borrifada na parte
oxidante da chama. Assim, observando-se a mudança da coloração da chama.
Esse procedimento fora repetido com as soluções de cloreto de cálcio, cloreto
de sódio, cloreto de potássio, cloreto de bário, cloreto de estrôncio e uma mistura das
soluções de cloreto de sódio e potássio. Observou-se a variação da chama em cada
uma dessas substâncias.

4 Resultados e Discussão

Após todos os procedimentos experimentais realizados, foi analisado o


ocorrido com base em todos os dados coletados.
De acordo com o modelo atômico de Bohr: a energia só é emitida ou absorvida
por um elétron quando ele muda de um estado de energia permitido para outro. Essa
energia é emitida ou absorvida como fóton dada pela fórmula E = hv, onde E é a
energia do fóton, h a constante de Planck e v a velocidade da onda. Sendo que a
energia do fóton é inversamente proporcional ao comprimento da onda
eletromagnética (λ). Isto significa dizer que quanto menor o comprimento de onda,
maior é a energia do fóton.
As ondas possíveis de se observar neste experimento foram do espectro de
luz visível, como mostra a Tabela 1.

Tabela 1 – Comprimentos de ondas no espectro visível.

Cor (λ) Comprimento de onda (nm)


Violeta 380-440

Azul 440-490

Verde 490-565

Amarelo 565-590

Laranja 590-360
Vermelha 630-780

Pode-se dizer aliás que quanto mais energia é preciso para tirar o elétron da
camada de valência menor será o comprimento da onda eletromagnética emitida.
Nos diferentes compostos metálicos analisados no experimento, observou-se
que cada composto emitia uma coloração diferente. A Tabela 2 demonstra esses
resultados observados.

Tabela 2 – Cor da chama nos diferentes compostos metálicos encontrados no experimento.

Substância Cor
Cloreto de sódio [NaCl(aq)] Laranja

Cloreto de potássio [KCl(aq)] Laranja

Cloreto de bário [BaCl2(aq)] Amarelo

Cloreto de cálcio [CaCl2(aq)] Vermelho

Sulfato de cobre [CuSO4(aq)] Verde – claro

Cloreto de estrôncio [SrCl2(aq)] Vermelho


Mistura: cloreto de sódio e potássio Laranja

Com os resultados obtido, avaliou-se a coloração emitida das substâncias


quando exposta a chama e verificou-se que possuem diferentes emissões de
comprimentos de ondas no espectro de luz visível.
Seguindo a ondem de exposição a chama por elemento metálico: 1º Cobre, 2º
Cálcio, 3º Potássio, 4º Bário, 5º Sódio, 7º Estrôncio e 8º (e último) Mistura de Sódio +
Potássio. Foi observado (após comparação com os resultados teóricos) que ocorreu
certa contaminação entre as substâncias durante a exposição a chama.
Como se iniciou com o Cobre, este elemento não teve contaminação e nem
causou em outras substâncias. Porém, a partir do Cálcio, ocorreu essa contaminação,
fazendo que o Potássio (que sua coloração teórica violeta) ficasse com uma coloração
alaranjada. No Bário, pôde se observar que a contaminação foi ‘diminuindo’, porém
sua coloração teórica (verde) ainda foi alterada para uma coloração amarelada. O
Sódio (5º elemento exposto) teve sua cor teórica amarela alterada’ para alaranjada.
Uma relação com a coloração teórica e experimental foi feita e evidenciada na
Tabela 3.
Tabela 3 – Cor da chama nos diferentes compostos metálicos encontrados no experimento/
Cor da chama nos diferentes compostos metálicos encontrados na teoria.

Substância Cor teórica Cor experimental


Cloreto de sódio [NaCl(aq)] Amarela Laranja

Cloreto de potássio [KCl(aq)] Violeta Laranja

Cloreto de bário [BaCl2(aq)] Verde – limão Amarelo

Cloreto de cálcio [CaCl2(aq)] Vermelho – tijolo Vermelho

Sulfato de cobre [CuSO4(aq)] Verde Verde – claro

Cloreto de estrôncio [SrCl2(aq)] Vermelho – carmim Vermelho


Mistura: cloreto de sódio e potássio Amarelo – Laranja Laranja

Essa contaminação, acredita-se, que ocorreu por causa do método empregado


no experimento. Com o método tradicional, haveria um fio de níquel-cromo que seria,
periodicamente, mergulhado em uma substância de HCl para com o objetivo de
purificar o fio e, portanto, garantir que as substâncias que seriam analisadas
apresentassem maior grau de pureza. Porém, o método empregado nesse
experimento não havia nenhuma forma de purificação (rápida).

5 Conclusão

Algumas substâncias apresentaram um espectro de luz diferente na chama, o


que significa dizer que as substâncias possuem características eletrônicas diferentes,
com a emissão diferente de energia dos fótons, dependendo da quantidade de
energia absorvida e liberada durante o aquecimento.
A partir da comparação das cores obtidas no experimento com as cores
encontradas na teoria (literatura), conclui-se que as cores no experimento
apresentaram pequenas mudanças, resultadas de alguma interferência do meio.
O método empregado no experimento não foi o mais indicado pelo uso (não
muito seguro) de um maçarico ao invés de um bico de Bunsen como proposto no
sistema da apostila de química experimental. Porém, houve sucesso na prática.
Esse experimento demonstrou que é possível identificar um elemento por meio
da coloração emitida, devido a quantidade de energia absorvida e liberada do elétron,
como explica o modelo atômico de Bohr sobre a quantidade de energia de
determinada camada da eletrosfera.
Referências Bibliográficas.

1 RUSSEL, John Blair. Química Geral. 2ª ed. (v. 2), São Paulo: PEARSON – Makron
Books, 1994.

2 SILVA, André Luís. Teste da chama. https://www.infoescola.com/quimica/teste-da-


chama/. Acessado: 04/10/2022.

3 CAVALHEIRO, Carlos Alexandre. Espectro visível.


https://www.infoescola.com/fisica/espectro-visivel/. Acessado: 04/10/2022.

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