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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG

CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE – CES

UNIDADE ACADÊMICA DE BIOLOGIA E QUÍMICA – UABQ

DISCIPLINA: Química Inorgânica Experimental

DOCENTE: Paulo Sérgio Gomes Da Silva

DISCENTE: Tatiana De Almeida Silva

CARBONO, SILÍCIO, ESTANHO E CHUMBO

CUITÉ – PB

2019
Tatiana De Almeida Silva

CARBONO, SILÍCIO, ESTANHO E CHUMBO

Relatório experimental apresentado ao Curso


de Licenciatura em Química, como requisito
parcial para aprovação na componente
curricular Química Inorgânica Experimental
pela Universidade Federal De Campina Grande
– UFCG.

Professor orientador: Paulo Sérgio Gomes da


Silva

CUITÉ-PB

2019
SUMÁRIO
1. OBJETIVOS ............................................................................................................ 3

2. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3

3. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 5

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................................................ 5

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 6

6. CONCLUSÃO ......................................................................................................... 9

7. REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 9
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Carbono, Silício, Estanho e Chumbo

1. OBJETIVOS

• Observar propriedades do C;

• Preparar CO2 e verificar suas propriedades;

• Preparar Carbonatos e Bicarbonatos e verificar propriedades;

• Verificar a reatividade de sais de Estanho e de Chumbo;

• Observar as propriedades do Si.

2. INTRODUÇÃO

Existem muitos tipos de carbono amorfo, tais como carvão vegetal, fuligem, etc,
que na realidade são formas micro-cristalinas de grafite. As propriedades físicas de tais
materiais são principalmente determinadas pela natureza e extensão de suas áreas
superficiais.
O carvão é uma substância porosa, de peso específico aparente muito baixo,
devido a presença de considerável volume de ar retido em seus poros. Devido a sua
porosidade, possui superfície muito grande em relação ao seu peso, de modo que
apresenta um grau elevado, o que conhecemos como “efeito de superfície”. Devido à sua
grande extensão superficial, o carvão pode adsorver grandes quantidades de diversos
gasesde forma análoga, também adsorve sólidos e líquidos. O poder redutor do carbono
pode ser constatado através do aquecimento de carbono com óxidos metálicos, além da
reação com outros compostos. Carvões ativos impregnados com paládio, platina ou outros
metais são largamente usados como catalisadores industriais. O carbono, quando
aquecido, se combina com muitos elementos para formar os carbetos. Na reação com
compostos, também se constata seu poder redutor.
Dos óxidos de carbono estudados em sala de aula, será feito no laboratório o
estudo do CO2, que será preparado pela decomposição de calcário com HCl. Das
propriedades, serão verificados o caráter ácido e sua reação com bases fortes formando
sais. O dióxido de carbono é um gás incolor com sabor fracamente ácido. Não é
combustível nem comburente. Dissolve-se na água. O ácido carbônico forma duas séries
de sais: os neutros e os ácidos. Os sais neutros têm o nome de carbonatos e os ácidos, de
hidrogeno carbonatos, ou bicarbonatos. Dos sais neutros, apenas os dos metais alcalinos
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e os de amônio são solúveis em água. A solução aquosa dos carbonatos dos metais
alcalinos tem reação alcalina, como consequência de sua hidrólise. Os demais carbonatos
são insolúveis, mas muitos se dissolvem em excesso de H2CO3 formando bicarbonatos
solúveis. Os carbonatos e bicarbonatos solúveis reagem com ácidos fortes e fracos,
liberando CO2. É devido a esta reatividade que se baseia a construção do extintor de
incêndio tipo CO2. Também reagem com sais de outros ácidos liberando CO2 e formando
sais, geralmente insolúveis.
Dos compostos de silício os que têm mais importância e são mais comuns são os
que envolvem combinações com oxigênio. SiO2 reage com HF e com bases fortes, de
acordo com as reações abaixo:

SiO2 + HF SiF4 + 2H2O


SiO2 + 2NaOH Na2SiO3 + H2O

A sílica-gel ( SiO2.2H2O ) é formada pela hidrólise total do SiCl4:

SiCl4 + 4 H2O Si(OH)4 + 4HCl


Si(OH)4 SiO2.2H2O

Também possui propriedades adsorventes.


O estanho e o chumbo têm energia de ativação moderadamente elevadas e muitas
reações que envolvem estes metais ocorrem rapidamente à temperatura ambiente. O
potencial de redução padrão para
Sn+2 + 2 e- Sn(s) é -0.14v e,
portanto, o Sn dissolve-se lentamente em ácidos diluídos.
Sn(s) + 2 H+ Sn+2 + H2(g)
Na prática é necessário usar HCl concentrado e quente para dissolver o estanho a
fim de exceder o valor da alta sobretensão do H2 sobre o Sn. Com HNO3 depende da
temperatura e da concentração do ácido. O chumbo é pouco atacado pelo HCl e H2SO4
diluídos, a frio, devido a uma camada protetora que se forma protegendo-o de ataque
posterior.
O íon estanoso é moderadamente hidrolisado:
Sn+2 + H2O SnOH+ + H+
A adição de uma base ao íon estanoso precipita o hidróxido de estanho (II) que é
anfótero e se dissolve no excesso de base formando o estanito. O íon estanoso é um agente
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redutor médio muito útil. Reduz por exemplo, HgCl2 a Hg2Cl2 e até a Hgo, se estiver em
excesso.
Sais de chumbo (II) reagem com bases formando o hidróxido, que é anfótero. As
reações de chumbo (II) se caracterizam pela formação de precipitados, como se verá a
seguir.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Segue, abaixo, a lista dos materiais utilizados na realização do experimento:

• Açúcar (sacarose); • 2 béqueres de 100 mL;

• Solução de HCl 6M; • Pó de carvão;

• Ácido sulfúrico conc. (H2SO4); • Papel;

• Solução conc. de NaOH; • Madeira;

• Solução diluída de NaOH; • Tubos de ensaio;

• Carbonato de cálcio; • 4 cadinhos;

• Carbonato de sódio; • Pipetas;

• Fenolftaleína; • Sais: CuSO4, 0,1M Na2CO3, 1M


BaCl2, 1M KI, 1M SnCl2, 1M
• Solução de Ba(OH)2;
Pb(NO3)2, 0,1M NaHCO3(s);
• Magnésio metálico;

• Sílica (SiO2);

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

a) Preparação de carbono a partir do açúcar:


Coloque no cadinho aproximadamente 5g de açúcar e, em seguida, adicione 1 ou 2
ml de ácido sulfúrico concentrado. Espere alguns segundos e veja a rápida formação de
uma massa negra de carbono. O ácido sulfúrico é um agente desidratante tão forte que
consegue facilmente retirar água do açúcar. Essa reação de decomposição é altamente
exotérmica:
C6H12O6 + H2SO4 6 C + 7 H2O + SO2 + 1/2 O2
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b) Propriedade redutora do carbono:


Adicione ácido sulfúrico concentrado sobre o carvão obtido e aqueça-o. O carbono
se oxida e reduz o enxofre do ácido:

C + H2SO4 CO2 + 2 SO2 + 2 H2O

c) Algumas propriedades do dióxido de carbono:


Pese cerca de 1,0 g de carbonato de sódio a um Erlenmeyer de 125 ml, tampe a boca
do tubo de ensaio com uma rolha contendo agulha se seringa. Com o auxílio de uma
seringa com agulha, injete 10 ml de ácido clorídrico concentrado (cuidado no seu
manuseio) e deixe gotejar lentamente o ácido sobre o carbonato, controlando a velocidade
de borbulhamento do gás carbônico no frasco. Identifique o gás produzido borbulhando-
o em tubo de ensaio contendo água em pH ligeiramente básico e indicador ácido
base(fenolftaleína), borbulhe o gás e verifique a mudança do indicador.

d) Compostos de estanho:
Em um tubo de ensaio colocar 1 mL de solução 1N de SnCl2 e adicionar 1 mL de
solução de NaOH 6N, gota a gota. Em seguida, separar o produto desta reação em duas
partes: no primeiro tubo de ensaio colocar excesso da base e no outro tubo, adicionar 1
mL de solução de HCl 6N. Observar o que acontece, em ambos os tubos.

f) Compostos de chumbo:
Utilizar nesta etapa final, o desenvolvimento do esquema abaixo observando e
anotando tudo o que acontece:
• Em um béquer de 50 ml adicionar 2 mL de solução de Pb(NO3)2 1M/L;
• 2 mL de solução de KI 0,1N;
• E NaOH 1N, gota a gota e em seguida, adicionar excesso do reagente.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir do procedimento experimental realizado para preparar carbono por meio


do açúcar, percebemos que houve uma leve formação de massa negra de carbono, tendo
em vista a pequena quantidade de materiais que foram utilizados. Assim como, foi
possível observar que o ácido sulfúrico contribuiu significativamente para a retirada da
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água que estava contida no açúcar, isto é, esse ácido é um tipo de agente desidratante
extremamente forte e, por esse motivo, a retira do açúcar ocorreu facilmente. A reação
que aconteceu foi altamente exotérmica, e do tipo de decomposição.
Isto acontece por que o ácido sulfúrico concentrado é capaz de desidratar (devido
a sua afinidade com a água) o açúcar, isso é, ele consegue retirar água da molécula de
açúcar (sacarose) sobrando apenas o carvão (carbono). Após a adição do ácido sulfúrico
concentrado a açúcar, obtêm-se o carbono sólido, identificado pela formação de uma
massa volumosa de cor negra.

C6H12O6 + H2SO4 6 C + 7 H2O + SO2 + 1/2 O2

Por outro lado, para reduzir o carbono através do pó de carvão e do açúcar


contendo gotas de ácido sulfúrico, havíamos colocando um papel umedecido com
fenolftaleína cobrindo os cadinhos, como uma espécie de tampa, e percebemos que esse
papel ficou branco, resultando na neutralização, dessa forma, o papel passou da cor rosa
para a cor branca e, após o aquecimento, ambos os materiais passaram a ficar com uma
coloração escura, como podemos observar na figura 1.
Figura 1

Fonte: Própria,

Por meio do experimento com acetato de chumbo Pb(C2H3O2)2, percebemos que


ao misturar o acetato de chumbo com o iodeto, houve a formação de uma mistura
extremamente amarela, porém, após adicionar a base de hidróxido de sódio (NaOH), a
mistura passou a ficar incolor de forma extremamente rápida, onde ocorreu um
precipitação do chumbo, e esse resultado pode ser visualizado na Figura 2.
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Figura 2: Experimento com Pb.

Fonte: Própria, 2019

Na mesma solução anterior adicionou-se umas gotas de KOH, e ocorreu uma


mudança na cor da solução extremamente rápida, passando para azul escuro, como
podemos ver na figura 3.

Figura 3

Fonte: Própria, 2019

Procedimento experimental para o Estanho:


Na Figura 4 tem-se os dois tubos de ensaio utilizados na aula prática, onde tem-
se, no tubo do lado direito, a mistura com excesso de hidróxido de sódio (NaOH – 6,0M),
e observamos que a mistura ficou opaca e viscosa, isso é devido do seu poder redutor e
caráter anfótero. Já no tudo do lado esquerdo, com excesso de ácido, percebemos que o
ácido não houve precipitação.
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Figura 4: Experimento com o Estanho (Sn).

Fonte: Própria, 2019

6. CONCLUSÃO

Portanto, com esses experimentos realizados, evidenciamos que o preparo de


carbono se dá de maneira muito simples, o que pôde ser visto através do experimento com
o açúcar, bem como, com a madeira, pois foi notória a formação de massa negra em
ambos os procedimentos. Vale ressaltar que o uso do ácido sulfúrico contribuiu para que
esse processo pudesse ocorrer satisfatoriamente, uma vez que, esse reagente é um
excelente agente desidratante. Para os procedimentos com o estanho e o chumbo, notamos
apenas a mudança do aspecto físico das soluções.

7. REFERÊNCIAS

FARIAS, R. F. Química Inorgânica Experimental. Natal: Átomo, 2006.


LENZI E., FAVERO L. O. B., TANAKA A. S., FILHO E. A. V. e SILVA M. B.,
Química Geral Experimental. Rio de Janeiro: Freitas Bastos Editora S. A., 2004.

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