QUÍMICA INORGÂNICA

Relatório da prática “Estudo dos Sais”

Alunos: Sara Roman e João Victor Portes

BARBACENA-MG
Outubro de 2023
 RESUMO
A prática focada em sais teve como propósito o entendimento e observação das reações
envolvendo sais e seus resultados, com enfoque na análise de propriedades físicas e químicas dos
sais. Os experimentos realizados envolviam em sua totalidade sais no estado sólido que
participaram de reações envolvendo bases, ácidos, água e outros óxidos. O uso de termômetros e
temporizadores foram utilizados para mensurar algumas características que podem estar presentes
nos sais ou não.
1. INTRODUÇÃO
Reações envolvendo sais permeiam não somente o ramo laboratorial, mas também o cotidiano e
o meio ambiente, sendo de suma importância para a vida na Terra. Fato é que o estudo de reações
envolvendo sais, principalmente a capacidade desses compostos serem parte ácidos, parte básicos
e parte neutros, gera muito interesse não só comercial, mas também acadêmico.

2. OBJETIVOS
Observar e analisar as interações e reações envolvendo óxidos, assim como compreender
empiricamente suas interações tanto com bases, ácidos, água e também outros óxidos.

3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1.1. MATERIAIS
-Tubos de ensaio e estante
-3 Becher de 50 ou 100 mL
-Pipeta de Pasteur
-Bastão de vidro
-Papel indicador universal
-Proveta 250mL ou menor
-Termômetros
-Cadinho
-Chapa aquecedora
-Pisseta
3.1.2. REAGENTES
-cloreto de sódio NaCℓ
-cloreto de potássio KCℓ
-Cloreto de cálcio CaCl2
-Cloreto de cobalto (II) hexahidratado CoCl2.6H2O
-Hidróxido de sódio NaOH
-Sulfato de cálcio CaSO4
-Nitrato de alumínio Al(NO3)3
-Nitrato de cobre (II) Cu(NO3)3
-Nitrato de cálcio Ca(NO3)2
3.2. MÉTODOS (PROCEDIMENTO)
3.2.1 HIDRATAÇÃO
Pesar, e um cadinho, cerca de 2,0 g de CoCl2.6H2O (cloreto e cobalto (II) hexahidratado
(coloração rosa), e anotar a massa. Aquecer na placa aquecedora até total desidratação (coloração
azul).
Na sequência, colocar em um dessecador e aguardar resfriamento.
No final da aula, pesar o cadinho e anotar a massa.
Gotejar água com um conta-gotas aos poucos até a hidratação completa do sal, observando a
mudança de cor e a liberação de calor pelo processo de hidratação.
3.2.2 SOLUBILIDADE DE COMPOSTOS IÔNICOS
Adicionar 5,0 mL de água destilada a dois tubos de ensaio.
Pesar, separadamente, 0,2 g de hidróxido de sódio (NaOH ou KOH) e 0,2 g de sulfato de cálcio
(CaSO4) adicionando-os em seguida aos tubos contendo água.
Homogeneizar bem com bastão de vidro e observar a diferença na solubilidade

3.2.3 CURVA DE SOLUBILIDADE

Colocar num béquer 2,5 g de um dos sais e 10,0 mL de água e, em outro béquer, 2,5 g do outro
sal e 10,0 mL de água.
Agitar, medir a temperatura e observar.
Adicionar mais 1,1g de cada sal em seus respectivos béqueres. Agitar e observar.
Aquecer cada béquer até 45°C e observar.

3.2.4 DECOMPOSIÇÃO TÉRMICA DE SAIS

Coloque em um tubo de ensaio uma pequena porção de nitrato de alumínio sólido. Na capela,
aqueça o tubo e registre o tempo até o aparecimento de um gás castanho.
Repita o procedimento acima utilizando nitrato de cobre II e nitrato de cálcio. Compare os
resultados obtidos.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após os procedimentos experimentais pôde-se obter os seguintes resultados:

4.1 HIDRATAÇÃO

Logo após que adicionou-se os compostos no vidro de relógio, os próprios encontravam-se

fluídos e áridos. Posteriormente, o NaCl sofreu uma alteração pois o seu aspecto apresentou
umidade, já que o próprio, categorizado como higroscópico, absorveu umidade do ambiente
em que estava locado.

O CaCl2, foi classificado em deliquescente porque ele absorveu umidade da solução. Estes
compostos formam uma solução fluida ao ficar em contato com o ar.

Portanto, podemos concluir que todos os compostos deliquescentes são higroscópicos, mas
existem substâncias higroscópicas que absorvem vapor d'água sem serem deliquescentes.

4.2 SOLUBILIDADE DE COMPOSTOS IÔNICOS

- Após adicionar H2O no NaOH, formou-se obteve-se baixa precipitação e o tubo aqueceu-
se, sendo possível então concluir que o NaOH é solúvel, mesmo obtendo baixa precipitação.

- A mistura entre CaSO4 com H2O mostrou a H20 turva (´´suja´´) além das precipitações no
fundo do tubo de ensaio, podendo-se concluir que o sulfato de cálcio é parcialmente solúvel em
H2O.
 4.3 CURVA DE SOLUBILIDADE
I) 2,504g de NaCl + 10ml de agua = aspecto esbranquiçado, solúvel a 22 °C; 2,544 g de
KCl + 10 ml de agua = aspecto esbranquiçado, praticamente solúvel a 18,5 °C

II) após o contato com calor (45°C) o NaCl obteve aparência cristalina e o KCl se
solubilizou totalmente.

4.4 DECOMPOSIÇÃO TÉRMICA DE SAIS

a) Nitrato de alumínio (Al(NO3)3):

Ao aquecer o nitrato de alumínio sólido, observamos que levou 1 minuto e 39 segundos até o
aparecimento de um gás castanho. Isso indica que o nitrato de alumínio passou por uma
decomposição térmica, liberando óxido de nitrogênio marrom como um de seus produtos, de
acordo com a seguinte reação química:

2 Al(NO3)3 (s) → 2 Al2O3 (s) + 6 NO2 (g) + O2 (g)

b) Nitrato de cobre 2 (Cu(NO3)2):

No caso do nitrato de cobre 2, a observação foi bastante diferente. Quando aquecido, o nitrato de
cobre 2 reagiu rapidamente, levando apenas 16 segundos para iniciar a liberação de um gás. Além
disso, notou-se que o gás produzido causou uma coloração verde na chama, indicando a presença
de íons de cobre. A reação química correspondente é a seguinte:

Cu(NO3)2 (s) → CuO (s) + 2 NO2 (g) + 1/2 O2 (g)

c) Nitrato de cálcio (Ca(NO3)2):

Ao aquecer o nitrato de cálcio, notamos que ele se dissolveu completamente em um tempo de 15

segundos, não produzindo um gás perceptível. A dissolução completa do nitrato de cálcio indica
que ele não passou por uma decomposição térmica, mas sim por uma dissolução endotérmica,
que absorveu calor do ambiente. A reação de dissolução é representada como:

Ca(NO3)2 (s) → Ca2+ (aq) + 2 NO3- (aq)

Comparando os resultados obtidos, podemos concluir que diferentes sais têm comportamentos
distintos durante a decomposição térmica ou dissolução térmica. O nitrato de alumínio passou por
uma decomposição mais lenta, liberando óxido de nitrogênio marrom. O nitrato de cobre 2 teve
uma decomposição mais rápida, com a liberação de um gás que causou uma coloração verde na
chama, indicando a formação de óxido de cobre. Por outro lado, o nitrato de cálcio não passou
por decomposição térmica, mas sim por dissolução, produzindo íons cálcio e nitrato em solução
aquosa.

5. CONCLUSÃO
Em conclusão, esta prática laboratorial foi fundamental para aprofundar nosso entendimento
sobre as propriedades e comportamentos dos sais em diferentes condições. Através dos
experimentos realizados, obtivemos insights valiosos sobre a hidratação de sais, solubilidade de
compostos iônicos e curva de solubilidade, bem como a decomposição térmica de alguns sais.

No experimento de hidratação, observamos como os sais podem absorver umidade do ambiente

e se transformar, tanto no caso do NaCl, que se mostrou higroscópico, quanto no caso do CaCl2,
que se comportou como deliquescente. Isso nos permitiu compreender melhor como esses
compostos interagem com o ambiente ao seu redor.

A avaliação da solubilidade dos compostos iônicos nos deu insights sobre quais sais são mais ou
menos solúveis em água, o que é fundamental para diversas aplicações químicas e industriais.
Notamos diferenças notáveis na solubilidade do NaOH e do sulfato de cálcio, destacando a
influência da natureza química das substâncias.

A curva de solubilidade nos permitiu visualizar como a solubilidade de um sal pode variar com a
temperatura. A transição de aspecto esbranquiçado para cristalino após o aquecimento do NaCl
destacou a influência da temperatura na solubilidade. Esses resultados são relevantes em diversos
contextos, como em processos de cristalização e purificação de substâncias.

Por fim, o estudo da decomposição térmica de sais, que incluiu nitrato de alumínio, nitrato de
cobre II e nitrato de cálcio, nos proporcionou informações valiosas sobre as reações químicas que
ocorrem quando esses sais são aquecidos. Comparando os resultados, pudemos identificar
diferenças significativas nas reações.

Em resumo, esta prática enriqueceu nosso conhecimento sobre as propriedades e reações dos sais,
demonstrando a importância desses compostos na química e em diversas aplicações práticas. Os
resultados obtidos contribuem para uma compreensão mais sólida das interações químicas
envolvendo os sais e suas implicações no mundo real.