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DISCENTES: André L.

Silveira/ Ederson Reis

Comportamento Químico dos Compostos Iônicos

Relatório da Aula Prática: 20/09/23


Docentes: Camille França e Jessica Guedes
Turma: AM241
Campus Maracanã
INTRODUÇÃO:
Neste relatório, exploraremos o comportamento químico dos compostos iônicos, investigando as características
distintivas que definem uma classe única de substâncias químicas.
Os compostos iônicos têm sua origem na formação de íons carregados positivamente (cátions) e negativamente
(ânions), que se unem através de forças eletrostáticas atrativas, conhecidas como ligação iônica. Esta ligação iônica é
caracterizada pela transferência completa de elétrons de um átomo para outro, resultando na criação de íons com
cargas opostas. A consequente organização em uma rede cristalina tridimensional de cátions e ânions produz
estruturas sólidas com propriedades distintas, tais como alta dureza, elevado ponto de fusão, ebulição e a capacidade
de conduzir eletricidade em soluções aquosas ou em estado fundido.
Adicionalmente, os compostos iônicos exibem comportamentos notáveis relacionados às suas propriedades físicas,
como a condutividade elétrica, solubilidade em solventes polares e características térmicas. Por exemplo, quando um
composto iônico se dissolve em água, ocorre a separação dos íons constituintes, interagindo com as moléculas de
solvente e resultando em soluções que conduzem eletricidade devido à mobilidade dos íons.
OBJETIVOS:
1. Hidratação e Deliquescência (demonstrativo)
Determinar quais dos dois reagentes eram deliquescentes, ou seja, aqueles que absorvem mais umidade da
atmosfera, o que resulta na transição do estado sólido para o líquido.
2. Hidrólise, Deslocamento, de Equilíbrio e Anfoterismo
Estabelecer qual dos cinco reagentes era mais anfótero. Isso implica na investigação de quais reagentes têm a
capacidade de reagir tanto com ácidos quanto com bases.
3. Decomposição Térmica (demonstrativo)
Identificar quais reagentes liberavam NO2, uma fumaça castanha. Nesse contexto, quando um sal libera NO2 e
passa por decomposição no processo, é considerado um reagente instável.
MATERIAIS E REAGENTES:
Materiais:

 Vidro de relógio
 Tubo de ensaio
 Papel indicador universal
 Fita de magnésio
 Becker
 Conta gotas
Reagentes:

 Solução aquosa de sulfato de alumínio Al2(SO4)3


 Solução aquosa de sulfato de zinco ZnSO4
 Solução aquosa de sulfato de magnésio MgSO4
 Solução aquosa de sulfato de sódio Na2SO4
 Solução aquosa de sulfato de ferro Fe2(SO4)3
 Solução aquosa de hidróxido de sódio 5% NaOH
 Solução aquosa de Ácido clorídrico 10% HCl
 solução sólida de cloreto de sódio NaCl
 solução sólida de cloreto de cálcio CaCl2
 solução sólida de nitrato de alumínio
 solução sólida do nitrato de cálcio
 solução sólida de sódio
 solução sólida de cobre ll
PROCEDIMENTOS:
1. Hidratação e Deliquescência (demonstrativo)
Uma pratica demonstrativa foi feita pelo professor no qual separou – se dois vidros de relógio, e adicionou – se em
um deles uma pequena porção de cloreto de cálcio e no outro uma pequena porção de cloreto de sódio.
2. Hidrólise, Deslocamento de Equilíbrio e Anfoterismo
2.1 - a) Adicionou – se 1,0 ml de solução de sulfato de alumínio em um tubo de ensaio. E verificou – se o pH usando
papel indicador universal.
b) Acrescentou – se ao tubo um pedaço lixado de fita magnésio, observando – se o conteúdo do tubo e da fita de
magnésio após o término da liberação gasosa.
c) Para um efeito comparativo, repetiu – se o teste substituindo a solução de sulfato de alumínio por soluções de
ZnSO4, MgSO4, Na2SO4 e Fe2(SO4)3.
2.2 – a) Adicionou – se 1,0 ml de uma solução aquosa de sulfato de alumínio em dois tubos de ensaio e mediu – se o
pH.
b) Adicionou – se, gota a gota, solução de hidróxido de sódio 5%, e observou – se o término da precipitação nos dois
tubos.
c) Em um dos tubos contendo o precipitado, adicionou – se, gota a gota, solução aquosa HCl 10%. No outro tubo,
continuou – se adicionando NaOH até grande excesso de base. Observou – se se houve dissolução do precipitado nos
tubos.
d) Repetiu – se a experiência 2.2 para soluções aquosas (cloretos, nitratos ou sulfatos) dos seguintes cátions: Zn 2+,
Mg2+ e Fe3+.
3. Decomposição Térmica (demonstrativo)
a) Em um experimento demonstrativo no qual foi feita pelo professor, colocou – se em um tubo de ensaio uma
pequena porção de nitrato de alumínio sólido. Na capela, aqueceu – se o tubo e registrou se o tempo ate o
aparecimento de um gás castanho.
b) Repetiu – se o procedimento acima utilizando os nitratos de cobre II, cálcio e sódio. Comparou – se os resultados
obtidos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:
1. Hidratação e Deliquescência (demonstrativo)
Na primeira parte da prática experimental, o professor colocou uma pequena porção de cloreto de cálcio e cloreto de
sódio em dois vidros de relógio. E deixou até o final da pratica para que pudéssemos observar. E assim vimos o
resultado, essas substâncias quando são expostas ao ambiente, elas começam a absorver a umidade presente no ar.
Esse processo é conhecido como 'absorção de água de cristalização' ou 'hidratação.'
As substâncias mencionadas, são exemplos de substâncias higroscópicas. A higroscopicidade é uma propriedade que
algumas substâncias têm de absorver água da atmosfera, devido à sua afinidade pelo vapor de água presente no ar.
Conforme essas substâncias absorvem água, podem sofrer mudanças em seu estado físico. O cloreto de cálcio, por
exemplo, pode se tornar líquido quando suficientemente hidratado. O cloreto de sódio também pode absorver água,
embora não mude de estado físico como o cloreto de cálcio. No entanto, sua textura pode ser afetada, levando ao
empelotamento, levando em conta a sal de cozinha em dias úmidos. "(Peruzzo & Canto, 2006, pp. 226-227)"
As substâncias higroscópicas têm um retículo cristalino capaz de atrair e reter moléculas de água. Essa capacidade de
absorção está relacionada a dois fatores principais:
1. Afinidade Molecular: As substâncias higroscópicas têm uma afinidade natural pela água. Suas moléculas ou íons
têm grupos funcionais que possuem polaridade e podem interagir com as moléculas de água por meio de ligações de
hidrogênio, forças dipolo-dipolo ou outras interações intermoleculares. Essas interações fazem com que as moléculas
de água sejam atraídas e retidas pela substância higroscópica.
2. Estrutura Cristalina: Muitas substâncias higroscópicas têm uma estrutura cristalina que permite a incorporação de
moléculas de água em suas redes cristalinas. Essas moléculas de água podem ocupar posições específicas dentro da
estrutura cristalina da substância higroscópica, formando o que é chamado de "água de cristalização" ou "água de
hidratação." Essa água fica retida dentro da estrutura da substância, tornando-a higroscópica.

BIBLIOGRAFIA:
Peruzzo, F. M. (Tito), & Canto, E. L. (2006). *Química na Abordagem do Cotidiano: Química Geral e Inorgânica*
(4ª ed.). Editora Moderna.
Miessler, G. L., Fischer, P. J., & Tarr, D. A. (2014). *Química Inorgânica* (5ª ed.). Pearson.

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