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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: QUÍMICA ORGÂNICA EXPERIMENTAL

EXTRAÇÃO
RELATÓRIO 01

EQUIPE: LORENA ALMEIDA, LUISE LIMA, REBECA ARNOUD, VICTÓRIA


PIMENTEL, WANEISE DE SOUZA

PROFESSOR: HERIBERTO RODRIGUES BITENCOURT

NOVEMBRO/2019
FOLHA DE ROSTO
1. INTRODUÇÃO

1.1. REFERENCIAL TEÓRICO

As substâncias existentes na natureza, em sua maioria, não se encontram em


seu estado fundamental. As plantas possuem uma variedade de compostos químicos
em suas folhas, raízes e flores com propriedades altamente atrativas capazes de
prover nutrição básica, benefícios à saúde, preservação e/ou o tratamento de
doenças. Além disso, existe um crescente interesse da população no consumo de
alimentos, cosméticos e produtos medicinais, derivados de fontes naturais (VEGGI,
2006). Disposto a isso, métodos para obtenção dos extratos vegetais foram criados e
aprimorados ao longo do tempo. Pode-se classificar os métodos de extração em duas
categorias: a quente e a frio. Como exemplo deste, tem-se a técnica de extração
sólido-líquido a qual se baseia no princípio da polaridade das moléculas tendo em
vista que uma substância apolar é solúvel apenas em solvente com as mesmas
características. De acordo com VOGEL (1989), o estado bruto da maioria das
matérias orgânicos são combinações de diversos componentes, e o procedimento
conveniente de isolamento e/ou purificação (remover pequenas quantidades de
impurezas desses podem envolver processos de extração com solvente. Como
possíveis solventes, tem-se o hexano e o metanol. O hexano pertence ao grupo dos
hidrocarbonetos alcanos sendo sua fórmula química C6H14. Por possuir alta
periculosidade, seu uso sem proteção adequada pode causar dor de cabeça, náuseas,
tonturas, perturbações visuais e auditivas e irritação dérmica.

Os alcanos [...] sendo compostos não polares, são


usados como solventes para dissolução de outras substâncias
não polares, como matéria-prima na indústria para a síntese
de outros compostos orgânicos e, também, como
combustíveis. (MARTINS et al. 2013).

Também conhecido como álcool colonial, o Metanol (CH3OH) é


classificado no grupo orgânico dos álcoois apresentando aparência incolor, estado
físico comum de líquido aquoso além de produzir vapores altamente inflamáveis.
Em oposição aos hidrocarbonetos, os álcoois de cadeias menores como o metanol,
etanol e propanol são solúveis em água (totalmente miscíveis), resultado da forte
ligação de hidrogênio entre água e álcool. Ambos os solventes são de possível
recuperação ao final do processo sendo a destilação uma técnica sugerida.

Rendimento
1.2. OBJETIVO

O objetivo deste experimento é estudar, analisar e comparar os métodos de


extração sólido-líquido com os solventes orgânicos hexano e metanol tendo como
amostra folha de graviola. Além disso, calcular o rendimento referente ao processo.

2. METODOLOGIA

2.1 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS:

 Balança semi-analítica modelo.


 Recipiente de vidro de 1500 ml.
 Capela

2.2 REAGENTES:

 Hexano P.A
 Metanol

2.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL COM HEXANO

(I) Pesou-se o recipiente de vidro de 1500 ml na balança semi-analítica (m1)


(II) Adicionou-se as folhas da graviola (secas) no recipiente de vidro até seu
preenchimento completo.
(III) Pesou-se o conjunto, recipiente de vidro + folhas de graviola (m2).
(IV) Fez-se a diferença entre m2 e m1 (m3)
(V) Adicionou-se o solvente hexano até a total submersão da amostra orgânica.
(VI) O conjunto (recipiente de vidro + folhas de graviola) foi fechado e armazenado
na capela.

(VII) Após 7 dias, realizou-se uma filtração simples para separação sólido-líquido.
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:

2.3 MÉTODOS

1) Em um tubo de ensaio, adicionou-se cerca de 5,0 mL de solução Cloreto de Sódio a


5,0 mL de solução de Brometo de Potássio. Observou-se a reação.

2) Colocou-se em um tubo de ensaio de 5,0 mL de solução de Cloreto de Ferro III e


adicionou-se, a seguir, 1,0 mL de solução de Hidróxido de Sódio a 10%. Observou-se
se houve formação de um precipitado.

3) Em um tubo de ensaio contendo cerca de 3 mL de solução de Nitrato de Prata,


imergiu-se cerca de 1 cm de Fio de Cobre. Continuou-se a prática e observou-se após
cinco minutos. Equacionou-se e classificou-se a reação.

4) Colocou-se em um tubo de ensaio 3 mL de solução de Sulfato de Cobre II.


Introduziu-se uma pequena porção de Palha de aço, de forma que a mesma ficou
totalmente imersa na solução. Observou-se e equacionou-se a reação.

5) Colocou-se em um tubo de ensaio, cerca de 1 g de Carbonato de Cálcio. Adicionou-


se 5 mL de Ácido Clorídrico 1 M. Observou-se e equacionou-se a reação.

6) Dissolveu-se pequena quantidade de Hidróxido de Sódio em 5,0 mL de água


destilada e verificou-se sua temperatura.

7) Dissolveu-se pequena quantidade de Acetato de Sódio em 5,0 mL de água destilada


e verificou-se sua temperatura.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES.
1) O primeiro experimento não foi realizado
pela equipe, pois não havia o reagente
Brometo de potássio.

2) Quando misturamos a solução cloreto de


ferro III-FeCl3- com hidróxido de sódio a
10%- NaOH- observa-se a formação de precipitado
classificando assim a reação como sendo de
precipitação,pois “o produto é uma fase condensada
(sólida ou líquida) pouco solúvel em água”
(RUSSELL, 1929). Sabe-se pelo mesmo autor que os hidróxidos, em sua maioria, são
insolúveis na água e os cloretos possuem boa solubilidade.Montando a reação química,
os produtos são: cloreto de sódio(NaCl) e hidróxido de ferro Fe(OH)3. Conclui-se, pela
teoria apresentada, que o composto insolúvel do experimento 2 é o Fe(OH)3.Essa reação
não apenas é de precipitação, como também é classificada como de dupla troca , pois
dois compostos reagem permutando entre si dois elementos e dando origem a dois
novos compostos A equação que representa essa reação de precipitação encontra-se
abaixo.

3) Na imersão do fio de cobre na solução de nitrato de prata foi observado a formação


de cristais de prata metálica na superfície do fio, pois na fila de eletropositividade
(crescente) dos metais nobres o cobre apresenta-se mais propicio a ceder elétrons do
que a prata, por isso houve a oxidação do Cu que transferiu dois elétrons à Ag. É
importante ressaltar que um átomo de prata absorve apenas um elétron e para
balanceamento de cargas da reação são necessários dois átomos de prata, como é
observado a seguir:

Além disso, a solução adquiriu uma cor azulada. Isso ocorre porque os íons decobre são
transferidos para a solução de NO3 formando o Nitrato de Cobre - Cu(NO3)2 - . Abaixo
se encontra a equação que representa este processo por completo:
Esta é classificada como uma reação de oxirredução por apresentar um reagente com
tendência a ceder e o outro a receber elétrons. A mesma também é uma reação de
deslocamento, pois o cobre “desloca” a prata do nitrato transformando-a em uma
substância simples.

4) Nesta parte do experimento, observou-se que ao introduzir a palha de aço na solução


de sulfato de cobre II a mesma, ao longo do
tempo, adquiriu uma cor avermelhada e a cor
azulada (característica da solução de sulfato de
cobre II) foi diminuindo. A cor azulada é motivo
da presença de íons de Cu+2. Como o Fe( palha
de aço) é mais reativo que o Cu- de acordo com a
fila crescente de eletropositividade- o primeiro
cede elétrons para o segundo e esse deposita-se
na palha de aço. Observou-se também que a
palha de aço com o tempo foi se dissolvendo.
Isso corre porque o Fe que compõe a palha vai
para a solução restando apenas o Cu(s) e a solução
de ferro. Pode-se classificar essa reação como
sendo de oxirredução pois um elemento oxida( Fe) e o outro reduz (Cu), ou seja, um
cede elétrons e o outro os recebe. Pode-se também considera-la como uma reação de
simples troca (deslocamento), pois de acordo com Feltre, uma substancia simples ( Fe)
reage com uma composta- Cu(So4)2- e desta última “ desloca” uma substância simples (
Cu). Segue-se a equação química que representa a reação descrita:

5) Quando se adiciona o ácido clorídrico(HCl)


ao carbonato de cálcio ( CaCo 3) percebe-se que
um composto deposita-se no fundo
(precipitado) e bolhas são formadas no restante da solução. A precipitação acontece
porque um dos produtos, Cloreto de Cálcio (CaCl 2), é pouco solúvel na água. Já a
formação de bolhas indica que um gás foi formado. Para conhecimento desse gás,
analisa-se o segundo produto formado: H2CO3( ácido carbônico). Esse ácido é altamente
instável e não se encontra em sua forma pura, dissociando-se em H 2O e CO2( gás
carbônico). Pode-se classificar essa reação como sendo de precipitação, pois forma um
composto pouco solúvel em água (CaCl2). Além disso, é chamada também de reação de
dupla troca pois duas substâncias compostas (ácido clorídrico e carbonato de cálcio)
formam outras substâncias compostas ( ácido carbônico e cloreto de cálcio). Abaixo
tem-se a equação que representa o processo:
6) Ao dissolver 1,754 g de Hidróxido de Sódio (NaOH) à água destilada notou-se um
aumento na temperatura, analisando primeiro pelo toque no recipiente em seguida pela
medição da temperatura através do termômetro. A diluição interferiu nos resultados,
pois quanto maior foi o contato do NaOH com a água maior foi a temperatura
percebida.

REAGENTES °C
Água destilada 20
Água destilada + NaOH 44

Isso ocorre pois como o NaOH é uma base forte não precisará de tanta energia para
dissociar dessa maneira, libera a energia que seria gasta no processo de ionização. A
seguir a equação que representa a dissociação do Hidróxido de Sódio:

Portanto, esta é considerada uma reação exotérmica (libera calor).

7)De acordo com algumas pesquisas realizadas, foi possível constatar que a reação entre
Acetato de Sódio e água destilada é um processo endotérmico, ou seja, absorve calor
diminuindo a temperatura. Porém, em quatro tentativas não foi possível comprovar a teoria.
Fatores que podem ter influenciado foram a temperatura
do laboratório e o manuseio incorreto do tubo de ensaio
onde o calor das mãos alterou a temperatura.

Tentativas Massa do acetato de Temperatura da solução


sodio (g) (°C)
1ª 0,518 20
2ª 0,527 20
3ª 0,541 21
Obs.: A temperatura da água destilada antes de adicionar o acetato de sódio era de 20°.

A reação deste experimento é a seguinte:

5. CONCLUSÃO

Os experimentos realizados permitiram um maior conhecimento a cerca das reações


químicas e suas classificações. Aprendemos a escolher e a manusear corretamente algumas
vidrarias, de acordo com o objetivo proposto (foi quebrada uma proveta de 25 mL) . Devido à
falta de reagentes ficou impossibilitada a realização do primeiro experimento, portanto não
podendo classificar a reação. O grupo não comprovou o ultimo experimento e teve dificuldade
para encontrar teorias relacionadas.

6. REFERÊNCIAS
 RUSSELL, John B. Química geral. 2 ed. vol 1. São Paulo: Makron Books, 1994;
 FELTRE, Ricardo. Química. 6 ed. Vol. 2.São Paulo: Moderna. 2004;
 Colocando “uma pilha” na nossa conversa, Módulo, Unidade 3.

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