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CAMALEÃO QUÍMICO

O experimento denominado de camaleão químico aborda um assunto muito importante


dentro da Química, que é a alteração do número de oxidação (NOX) em decorrência de
uma oxidação ou redução. Nesses fenômenos, temos espécies que recebem elétrons e
outras que perdem elétrons.

No experimento, a ocorrência das reações pode ser verificada visualmente em virtude


das mudanças de coloração (por isso o experimento é conhecido como camaleão
químico) que ocorrem durante sua execução. Essas mudanças acontecem de forma
rápida, o que exige muita atenção ao longo do procedimento.

MATERIAIS ULTILIZADOS:
- Luvas descartáveis

- Jaleco

- 1 Béquer de 1000 mL ou outro recipiente transparente de igual volume

- 2 Béqueres de 250 mL ou outros recipientes transparentes de igual volume

- 2 Baquetas ou colheres grandes convencionais

- Colheres descartáveis

- Água

- Cartela de comprimidos ou de flaconetes (cartelas que já vêm com o material em pó)


contendo permanganato de potássio.

OBS.: Caso opte por utilizar o permanganato em comprimido, é necessário pulverizá-lo


ou transformá-lo em pó utilizando um cadinho e um pistilo.

- Hidróxido de sódio ou soda cáustica (cerca de 80 gramas)

- Açúcar (cerca de 40 gramas)

- Pincel atômico

OBS: A execução do experimento deve ser feita com cautela para evitar que a soda
cáustica entre em contato com alguma região do corpo.
Procedimento experimental

A) Preparo da solução 1
Escrever solução 1 na lateral de um dos béqueres de 250 mL e logo após:

1º) Adicionar um flaconete ou um comprimido pulverizado;

2º) Adicionar 150 mL de água;

3º) Misturar bem com o auxílio de uma baqueta até que a mistura fique homogênea.

A solução preparada terá uma coloração violeta.

B) Preparo da solução 2
Escrever solução 2 na lateral do outro béquer de 250 mL e logo após:

1º) Adicionar 150 mL de água;

2º) Adicionar em seguida uma colher (a descartável) de hidróxido de sódio;

3º) Mexer muito bem com o auxílio da baqueta até que a mistura se torne homogênea;

4º) Após homogeneizar, adicionar duas colheres (também descartáveis) de açúcar à


mistura de água e hidróxido de sódio;

5º) Mexer, novamente, muito bem com o auxílio da baqueta até que mistura se torne
homogênea.

A solução preparada será incolor.

c) Preparo da solução 3

A solução 3 é simplesmente a mistura das duas soluções anteriores no interior do


béquer de 1000 mL. Assim, escreva solução 3 na lateral do béquer e proceda da
seguinte forma:

1º) Adicione toda a solução 1 no interior do béquer 3;

2º) Com o auxílio da baqueta, mexa o líquido no interior do béquer, fazendo círculos de
forma bem rápida;
3º) Imediatamente após o procedimento anterior, adicione toda a solução 2 no interior
do béquer 3;

4º) Agora é só observar as mudanças de cor.

Compreendendo o experimento
Quando colocamos a solução 1 em contato com a solução 2, a cor violeta mudará para
uma coloração esverdeada, que, com o tempo, tornar-se-á marrom (ou castanho).
Pode acontecer ainda de aparecer uma coloração avermelhada, mas isso depende
muito das quantidades de líquidos e sólidos utilizados.

Resumindo: teremos ao longo do experimento a presença de até quatro cores


diferentes. Agora, por que isso acontece?

Quando adicionamos o permanganato de potássio (KMnO4) na água (aq), há a


dissolução e, consequentemente, dissociação do sal em água, liberando íons
permanganato (MnO4-) no meio:

KMnO4(aq) → K+ + MnO4-
OBS.: O permanganato (MnO4-) apresenta o Manganês (Mn) com um NOX igual a +7.

Com o hidróxido de sódio (NaOH), também ocorre uma dissociação e consequente


liberação de íons sódio (Na+) e hidróxido (OH-):

NaOH(aq) → Na+ + OH-


Como o açúcar (C12H22O11) é molecular, ao se dissolver, não sofre dissociação.
Porém, a presença dos íons provenientes do hidróxido de sódio faz com que ele libere
elétrons para o meio.

C12H22O11(aq) → elétrons

Ao misturarmos a solução 1 com a 2, os íons permanganato encontram um


ambiente cheio de elétrons. Assim, cada um recebe um elétron e
transforma-se em íons manganato (MnO4-2), que possui coloração
esverdeada.
MnO4- + elétron → MnO4-2

OBS.: O manganato (MnO4-2) apresenta o Manganês (Mn) com um NOX


igual a +6.

O íon manganato em meio diluído transforma-se em dióxido de manganês


(MnO2), que apresenta coloração marrom:
MnO4-2(aq) → MnO2

OBS.: No dióxido de Manganês, o manganês apresenta um NOX igual a 4.

Alguns cátions Manganês podem interagir com o açúcar restante no meio


reacional, formando um cátion manganês com NOX +3, o que favorece o
aparecimento da cor avermelhada.

Observa-se, então, ao final, que houve redução do NOX do Manganês ao


longo de todo o experimento.

QUESTÕES:
1) O que é uma reação de oxidação? Em quais fases do experimento
ocorre esse tipo de reação ?
A oxidação é uma reação química caracterizada pela perda de elétrons em átomos,
íons e moléculas. O processo de oxidação também provoca o aumento do número de
oxidação (nox) nas espécies químicas. As reações de oxidação ocorrem
simultaneamente com as reações de redução. Por isso, em conjunto, são chamadas de
oxirredução (redox), na qual existe a transferência de elétrons.

Em reações de oxirredução, o agente oxidante é o que aceita os elétrons, sofrendo


redução. O agente redutor perde os elétrons e sofre oxidação. Portanto, oxidação e
redução são reações opostas.

Como exemplo, observe a reação de formação do ácido clorídrico:

H2 + Cl2 → 2HCl

Os reagentes H2 e Cl2 são substâncias simples e, por isso, apresentam nox igual a 0.
O produto é uma substância composta e deve também apresentar nox igual a 0. Logo,
o nox do hidrogênio é +1 e do cloro é -1.

Essa equação geral pode ser escrita em semirreações:

Semirreação de oxidação: H2 → 2H+ + 2e-


Semirreação de redução: Cl2 + 2e- → 2Cl-

Note que:

O hidrogênio (H) é a substância que sofre oxidação, perde elétrons, aumenta nox e é o
agente redutor.

O cloro (Cl) é a substância que sofre redução, ganha elétrons, diminui nox e é o agente
oxidante.

Reação de oxidação

O ferro (Fe) é um metal que facilmente sofre oxidação. Essa reação ocorre devido o
contato com o oxigênio (O2) do ar e a água (H2O). A corrosão é o desgaste do metal,
em virtude da oxidação e, então, forma-se a ferrugem.

Na reação de oxirredução para formação da ferrugem o nox do ferro passou de 0 para


+3:

2Fe(s) + 3/4O2(g) + 3H2O(v) → 2Fe(OH)3(s).

Nesse processo, o ferro perde dois elétrons ao sofrer a oxidação: Fe(s) → Fe2+ + 2e-.

Já o oxigênio é a espécie que sofre redução: O2 + 2H2O + 4e- → 4OH-.

A ferrugem, substância de coloração castanha, é formada por compostos de hidróxido


de ferro III (Fe(OH)3) e óxidos de ferro hidratado (Fe2O3.3H2O).

oxidação do ferro e formação da ferrugem

Ferro oxidado em contato com o ar e formação da ferrugem

A galvanização é uma técnica utilizada para proteger o ferro e outros materiais


metálicos, como o aço, da oxidação. Ela consiste no revestimento com zinco metálico,
um metal resistente à corrosão. Entretanto, é um processo caro, tornando-se inviável
em alguns casos.

Assim, os cascos de navios e plataformas metálicas recebem blocos de magnésio


metálico que impedem a oxidação do ferro. O magnésio é considerado um metal de
sacrifício e precisa ser substituído de tempos em tempos, quando sofre desgaste.

Em alguns casos, a pintura também pode proteger o metal da oxidação, embora não
seja tão eficiente.

Exemplos de oxidação
Além dos metais, a oxidação também pode ocorrer com outros compostos químicos,
como hidrocarbonetos, especialmente os alcenos. São exemplos de oxidação as
reações de combustão, ozonólise, oxidação branda e oxidação energética.

Combustão

A combustão é uma reação química de uma substância com oxigênio, na qual culmina
com a produção de luz e calor. O oxigênio é denominado comburente. A substância
com carbono é o combustível.

O oxigênio, que tem como função oxidar o combustível, é o agente oxidante da


combustão.

A combustão pode ser completa ou incompleta. Saiba a diferença entre as duas


formas:

Combustão Completa:
CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2 H2O(g) + calor

Ocorre quando há suprimento suficiente de oxigênio. Ao final da reação, formam-se


dióxido de carbono (CO2) e água (H2O).

Combustão Incompleta:
CH4(g) + 3/2O2(g) → CO(g) + 2H2O(g)

Não há suprimento suficiente de oxigênio, formam-se monóxido de carbono (CO) e


água (H2O).

Ozonólise

Nesse tipo de reação, o ozônio (O3) é o reagente que causa a oxidação dos alcenos.
Ocorre a quebra da ligação dupla dos alcenos e a formação de compostos
carbonilados, como aldeídos e cetonas.
Oxidação Branda

A oxidação branda ocorre quando o agente oxidante é um composto como o


permanganato de potássio (KMnO4), presente em solução aquosa, diluída e resfriada,
neutra ou ligeramente básica.

Esse tipo de oxidação ocorre com o uso do Teste de Baeyer, usado para diferenciar
alcenos de ciclanos isômeros.

Oxidação Energética

Nesse tipo de oxidação, o permanganato de potássio encontra-se em meio mais


quente e ácido, tornando a reação mais energética. Os agentes oxidantes energéticos
podem romper a ligação dupla dos alcenos.

Conforme a estrutura do alceno, podem ser formados cetonas e ácidos carboxílicos.

2) O que é uma reação de redução? Em quais fases do experimento


ocorre esse tipo de reação?
Uma reação de oxidação–redução ou reação redox é uma reação que envolve a
transferência de elétrons entre espécies químicas (os átomos, íons ou moléculas
envolvidas na reação). As reações redox fazem parte do nosso cotidiano: a queima de
combustíveis, a corrosão de metais e até mesmo os processos de fotossíntese e
respiração celular envolvem oxidação e redução.
Corrosão
Um dos principais problemas em estruturas metálicas, a corrosão é o processo de
oxidação do metal por ação do oxigênio do ar ou da água. Popularmente, a corrosão é
conhecida como enferrujamento.
Tal processo é muito danoso, pois, ao se oxidar, o metal transforma-se em óxido. O
óxido não possui as mesmas características físicas e químicas do metal, como
resistência mecânica, térmica, condutividade elétrica no estado sólido, tenacidade,
entre outros, pelo contrário, torna-se quebradiço, com baixa resistência mecânica,
podendo causar rupturas, rachaduras ou até mesmo a destruição da peça. Além disso,
o óxido não carrega o brilho metálico característico, deixando a estrutura visualmente
pior."
Combustão

A combustão é popularmente conhecida como queima. Nessa reação, um combustível


sofre oxidação por ação de um comburente, geralmente o gás oxigênio, que atua,
então, como agente oxidante.

A combustão é ainda muito útil para a sociedade, devido à grande quantidade de


energia que pode ser gerada nesse processo químico. Os carros, por exemplo, obtêm
energia para se movimentar por meio da combustão de gasolina, etanol, gás natural ou
diesel dentro da câmara de ar do motor.

Contudo, devido ao aquecimento global antropogênico, as usinas termoelétricas (que


geram energia por combustão) e os carros à combustão têm sofrido ações restritivas
por alguns países, uma vez que o processo de combustão completa gera dióxido de
carbono, um gás do efeito estufa. A combustão completa do gás natural metano
demonstra a produção de CO2. Na reação a seguir, perceba que o carbono passa de
NOx -4 para +4, enquanto o oxigênio passa de NOx zero para -2.

CH4 (l) + 2 O2 (g) → CO2 (g) + 2 H2O (g)

Fotossíntese

Um dos processos bioquímicos mais importantes, a fotossíntese também ocorre por


meio de uma reação de oxirredução. Embora muito complexa, sabe-se que a
fotossíntese é um processo químico, impulsionado pela luz, em que organismos
produzem seu próprio alimento (carboidratos) por meio da fixação do CO2 presente na
atmosfera. As plantas realizam tal procedimento para a obtenção de energia e, por
isso, são grandes aliadas no combate ao aquecimento global antropogênico.

A fotossíntese também é importante, pois também produz o oxigênio, utilizado por


muitos seres vivos para a obtenção de energia por meio da respiração celular. A reação
da fotossíntese pode ser descrita como:
3 CO2 + 6 H2O → C3H6O3 + 3 O2 + 3 H2O

O carbono do dióxido de carbono inicia a fotossíntese com NOx igual a +4, passando
para NOx que varia de -1 a +1 no sacarídeo C3H6O3. Já o oxigênio começa com NOx
igual a -2 e passa a ter NOx igual a zero no gás oxigênio.

Outros processos

Outros processos cotidianos ocorrem por meio da oxirredução. A produção dos metais
envolve processos de oxirredução, assim como:

- A decomposição da matéria orgânica do lixo, produzindo metano;

- A nossa respiração;

- Aenergia elétrica gerada por pilhas e baterias.

Assim, são diversos os processos que envolvem as reações redox, mostrando como
esse mecanismo é de suma importância para a química.

3) Defina NOX e indique o valor inicial e final do experimento


O número de oxidação (NOX) de um átomo em uma molécula ou de um íon polinuclear
corresponde à carga que esse átomo “aparenta” possuir nessas espécies químicas. Ou
seja, representa a tendência de um átomo de atrair os elétrons envolvidos na reação que
ele está realizando. O Nox não é a carga real do átomo, exceto no caso dos íons
monoatômicos.

Leva ao fato de que o Nox deve ser determinado para cada átomo isoladamente.
Contendo algumas regras que facilitam essa determinação.

- No caso dos íons simples, isto é, nos íons monoatômicos, o NOX equivale à sua própria
carga elétrica. Exemplos:

O2-: Nox = -2

Cl-: Nox = -1

Na+: Nox = +1

Fe2+: Nox = +2

Al3+: Nox = +3
No caso de um elemento ou de substâncias simples, que são aquelas compostas de
átomos de apenas um tipo de elemento, temos que o NOX é igual a zero. Alguns
exemplos de substâncias assim são: O2, N2, H2, He.

- Metais alcalinos (família 1 ou IA): NOX igual a +1;

- Metais alcalino-terrosos (família 2 ou IIA): NOX igual a +2;

- Zinco: NOX igual a+2;

- Prata: NOX igual a +1;

- Alumínio: NOX igual a +3.

A soma dos NOX de todos os átomos que compõem um composto iônico ou molecular é
sempre igual a zero.

Observação: Essa última regra é a mais importante, pois por meio dela é possível
verificar se os NOX dos elementos estão corretos. Utilizamos essas informações para
determinar o NOX dos átomos de vários compostos:

- H3PO4:

O NOX do H é +1 e do O é -2;

Esse composto é molecular, portanto, a soma dos NOX dará igual a zero;

Para determinar o NOX do fósforo (P) realizamos a seguinte conta:

H3 P O4

3 . (+1) + x + 4 . (-2) = 0

3 + x -8 = 0

x = +8 – 3

x = +5

- Al2(SO4)3:

O NOX de Al é igual a +3;

O NOX do O é igual a -2;

A soma dos NOX é igual a zero.


Al2 (S)3 (O4)3

2 . (+3) + 3. x + 4 . 3. (-2) = 0

6 + 3. x - 24 = 0

3. x = +24 – 6

X = 18/3

x = +6

- Cr2O72-

O NOX do O é igual a -2;

Esse caso constitui um agrupamento iônico com carga total igual a -2, portanto, a soma
dos NOX dos átomos constituintes não deve ser igual a zero, mas sim igual a essa
carga.

Cr2 O72-

2. x + 7. (-2) = -2

2. x -14 = - 2

2. x = -2 +14

x = 12/2

x=6

ONDULATÓRIA

A ondulatória é o ramo da Física responsável por estudar o comportamento das ondas e


oscilações. Seu estudo permite a investigação dos diferentes fenômenos ondulatórios,
sendo eles a reflexão, refração, absorção, polarização, dispersão, difração, interferência e
ressonância. Na ondulatória, é possível calcular a frequência, período, comprimento de
onda e velocidade de propagação das ondas.
Podemos classificar as ondas quanto à sua natureza, quanto à sua direção de vibração
e quanto ao número de dimensões da propagação da sua energia. Além disso, elas
também podem ser períodicas e estacionárias.

Quanto à natureza da onda: as ondas podem ser mecânicas ou eletromagnéticas. As


ondas mecânicas são aquelas que precisam de um meio para se propagarem, como é
o caso das ondas sonoras. Já as ondas eletromagnéticas não necessitam de um meio
para se propagarem, como a onda da luz visível.

Quanto à direção de vibração da onda: as ondas podem ser transversais ou


longitudinais. As ondas transversais vibram na direção perpendicular à sua
propagação, como é o caso das ondas do mar. Já as ondas longitudinais vibram na
mesma direção que a sua propagação, como as ondas sonoras.

Quanto ao número de dimensões da propagação da energia das ondas: as ondas podem


ser unidimensionais, bidimensionais ou tridimensionais. As ondas unidimensionais
apresentam a oscilação em uma dimensão, como uma onda na corda. As ondas
bidimensionais apresentam a oscilação em duas dimensões, como a onda em um rio. Já
as ondas tridimensionais apresentam a oscilação em três dimensões, como a onda de
calor de uma chama.

Ondas períodicas: são ondas que repetem constantemente o mesmo comprimento de


onda em um determinado tempo — por exemplo, as ondas de vibração do coração.
Ondas estacionárias: são ondas períodicas resultantes da interferência entre ondas de
frequências semelhantes que se propagam na mesma direção, mas em sentidos
contrários — por exemplo, as ondas em uma corda.
As ondas podem ser chamadas de períodicas ou de estacionárias.

Ondas períodicas: são ondas que se propagam com o mesmo comprimento de onda
durante um intervalo de tempo, como as ondas do coração ou ondas sonoras.

Ondas estacionárias: são ondas que possuem um padrão de oscilação estacionário,


formado através da superposição de ondas com frequências semelhantes que se
propagam na mesma direção, mas em sentidos opostos, como as ondas em uma corda.

A classificação das ondas permite dividi-las de acordo com sua natureza, direção de
propagação e direção de vibração. De acordo com sua natureza, a onda pode ser
classificada em mecânica, eletromagnética ou gravitacional; de acordo com as direções
de propagação, classifica-se como unidimensional, bidimensional ou tridimensional; e de
acordo com a direção de vibração, como longitudinal ou transversal.

As ondas apresentam alguns elementos, tais como crista, vale, comprimento, amplitude,
período, frequência e velocidade de propagação da onda

- Crista da onda: é o ponto mais alto em uma onda.

- Vale da onda: é o ponto mais baixo em uma onda.

- Comprimento de onda: é a dimensão da onda, medida por uma crista e um vale, duas
cristas seguintes ou dois vales seguintes.

-Amplitude da onda: é a altura da onda, medida do ponto de equilíbrio até a crista da


onda ou do vale da onda.

- Período da onda: é o intervalo de tempo que a onda demora para finalizar uma
oscilação.

- Frequência da onda: é o número de oscilações que a onda executa em um determinado


tempo.

- Velocidade de propagação da onda: é a velocidade na qual a onda se propaga em um


meio, como o vácuo e a água.

Fenômenos ondulatórios eletromagnéticos


Esses são os fenômenos caracterizados pela presença das ondas eletromagnéticas.
Além das micro-ondas, podemos citar as ondas de rádio; os raios X, para realização de
exames de diagnóstico por imagem; o infravermelho, para ter-se visão noturna; e a
grande maioria dos fenômenos envolvendo a luz solar, como a refração luminosa, a
reflexão luminosa e a difração.
Os circuitos eletrônicos, altamente avançados, utilizados para os equipamentos de
diagnóstico por imagem, objetos eletrônicos e eletrodomésticos, também se encaixam
nesse tipo de fenômeno por se tratar de propagação de ondas eletromagnéticas. Além,
é claro, de colaborarem com o desenvolvimento constante da sociedade moderna e
com o aumento da qualidade de vida das pessoas.
Em resumo, todos esses fenômenos, como já mencionado, apresentam como base a
presença de fenômenos ondulatórios eletromagnéticos, caracterizados pela
propagação das ondas e, portanto, da energia, sem a necessidade de um meio
material para tanto.
- Reflexão: enxergamos uma imagem ao nos posicionarmos na frente do espelho
justamente pelo fato da luz, que é uma onda eletromagnética transversal, ser refletida.

- Refração: como exemplo temos o caso da luz do Sol. Quando ela passa do ar para a
água, em uma piscina, sua velocidade de propagação diminui. O resultado dessa
mudança é que uma pessoa de fora da piscina enxerga um objeto dentro dela de forma
distorcida.
Considerando os fenômenos destacados causados pelas ondas, temos os seguintes
exemplos:
- Polarização: citamos aqui o caso de óculos solares. As lentes de bons óculos solares
funcionam como polarizadores da luz. Isso quer dizer que, ao usá-los, seus olhos
receberão intensidades de luz menores, pois as outras direções de vibrações da luz não
conseguem ultrapassar as lentes. Isso, de fato, justifica o preço elevado de óculos
compostos por boas lentes de Sol.

- Dispersão: um bom exemplo seria a dispersão das ondas na superfície de um lago ao


se jogar uma pedra nele.

- Difração: o sinal de internet sem fio é um bom exemplo desse fenômeno. Ele pode ser
reconhecido pelo seu celular quando você está em seu quarto, mesmo com o modem
estando na sala, por exemplo. Assim, o sinal sem fio é uma onda eletromagnética
transversal que contorna todas as paredes e portas da sua casa, chegando ao seu
quarto.

- Interferência: como exemplo temos os casos dos celulares, que, quando tocam perto de
caixinhas de som ou até mesmo de computadores, podem emitir uma espécie de chiado.

- Ressonância: como exemplo temos soldados marchando em uma ponte. As


frequências da sua marcha podem coincidir com as frequências de oscilação natural da
ponte. Nesse caso, a amplitude da onda resultante cresce cada vez mais e a estrutura da
ponte pode até se romper.

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