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Discentes:
Alexandre Lopes
Nelson Mendes
Ibraima B. Djalo
Acarape – CE
2021
INTRODUÇÃO
Nos princípios de século XIX, o Alfred Werner, sintetizou os primeiros compostos de
coordenação. Os referidos compostos eram preparados pela reação de sais metálicos com a
amônia.
Os compostos de coordenação se referem, a um íon ou átomo metálico central, coordenado
a ligantes através de átomos que contem um par de elétrons disponíveis para formar uma ligação.
Os ligantes podem ser íons ou moléculas simples. No entanto, a Química de coordenação tem por
finalidade para explicar os compostos com valência maior do que esperado.
Geralmente, os metais de transição possuem orbitais “d” que podem ser preenchidas
levando as espécies diamagnéticas ou paramagnéticas. No geral essas espécies Químicas
apresentam propriedades espectroscópicas pela estrutura eletrônica de cada metal e geometria do
composto. O íon metálico atua como acido de Lewis e os ligantes como base, ou seja, o metal e o
receptor de elétrons e os ligantes são os doadores.
Há três teorias que explicam as ligações entre o metal e os ligantes nos complexos, todas
formuladas no deca de 1930.
Teoria de ligação de valência (TLV)
Teoria de campo cristalino (TCC)
Teoria de orbitais atômicos (TOM)
TLV
Defendida por LINUS PAULING, ele postulou que os ligantes formariam ligações
coordenadas com o metal sendo que o ligante deve ter pares de elétrons livres e o metal, orbitais
vazios, com energia adequada para assim ter a formação de ligação. Mas, no entanto, essa teoria
não explica as mudanças espectroscópicas e nem porque as propriedades magnéticas variam
conforme a temperatura.
TCC
Os defensores desta teoria, acreditam que a atração entre o átomo central e o metálico e os
ligantes são de natureza eletrostática, com ligações pi e sigma. Nessa teoria são feitas as seguintes
suposições:
1. Os ligantes são tratados como cargas pontuais
2. Não há interação entre os orbitais do metal e o dos ligantes
3. Todos os orbitais d do metal no íon livre têm a mesma energia (isto é, são degenerados).
TOM
A teoria de orbital molecular explica, portanto, as propriedades magnéticas e os espectros
dos complexos, tão bem como teoria de campo cristalino.
O cobalto é encontrado na natureza em diversos mineiros, mas foi isolado pela primeira
vez em 1735, pelo químico sueco Georg Brandt a partir da esmaltita. Além disso, O cobalto II tem
características de formar um complexo octaédrico, isto porque é a forma estável e de menor energia
que o metal se complexa. Com seis ligantes ele é um complexo hexacoordenado são octaédricos.
O composto de cloreto de Hexaaminocobalto (III), É UM COMPOSTO octaédrico, a
aproximação de 6 ligantes se da pelos eixos x,y,z; -x, -y, e –z e isso faz com aumente a energia
dos orbitais dx2, Y2 e dz2 do que a energia de orbital dxy, dxz e dyz (que estão entre os eixos),
causando a divisão do orbital do metal, com dois grupos com energias diferentes. A diferença
dessa energia, é calculada por △o ou 10Dq. O desdobramento de campo octaédrico (△o) depende:
da natureza de ligante e da carga do íon metálico
O cobalto pertence ao grupo 9 da tabela periódica e esta intimamente ligado ao
desenvolvimento da química de coordenação, foi através de complexos de cobalto que o Alfred
Werner desenvolveu a parte da sua teoria, que sucumbiu com as hipóteses de Jorgensen–
Blomstrand, Quimicamente esse elemento apresenta os estados de oxidação I, II, IV, V e VI, tendo
como o mais importante os estados I e II, OS ION CO2+ são muito estáveis e podem ser
encontrados em vários compostos simples tais como: CoCl2, CoSO4, CoCO3.
OBJECTIVOS
Esta prática teve como objetivo preparar compostos de cobalto: a primeira parte visa
preparar o cloreto de hexaaminocobalto (II) e a segunda parte propõe-se a preparação de
hexaaminocobalto (III) a partir de cloreto de cobalto (II) hexa-hidratado.
MATERIAIS E REAGENTES
Balança analítica; Espátulas
Bomba de vácuo ou trompa de vácuo Haste universal e garra;
- Béquer de 50 mL; Termômetro;
Frasco para guardar o produto de síntese; Vidro de relógio;
Balão volumétrico de 50 mL; Ácido clorídrico concentrado;
Barra magnética; Água oxigenada a 30% v/v
Bastão de vidro Amônia concentrada
Béquer de 50 mL; Carvão ativo;
Chapa de aquecimento com agitação; Água destilada;
Proveta de 10 mL Etanol absoluto
Erlenmeyer de 125 mL Éter etílico;
Funil de Büchner de 50 mL; Cloreto de amônio
Kitasato de 125 mL Cloreto de cobalto (II) hexahidratado
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
RESULTADOS E DISCUSSÃO
PARTE I- PREPARAÇÃO DE CLORETO DE HEXAAQUACOBALTO (II):
Em três tubos de ensaio contendo a solução de CoCl2·6H2O e etanol (CH3CH2OH). No
segundo tubo foi adicionado 4 gotas de ácido clorídrico (HCl) e no terceiro tubo 6 gotas água
H2O.
A mudança de cor do cloreto de cobalto é um indicador de que este sofre uma
transformação química durante a adição da água ou ácido clorídrico.
O primeiro tubo tem a mistura do etanol e CoCl2·6H2O. A reação ocorreu devido a troca
de dois ligantes de água na estrutura do complexo pelas duas moléculas de etanol a solução
adquiriu a coloração anidro, ou seja, levemente azulado. O álcool etanol apresenta propriedade
desidratante que facilita na eliminação de duas moléculas de água estrutura do complexo, e
apresenta coloração levemente azulada porque fica rodeado por 2 moléculas de etanol e 4
moléculas de água:
[Co(H2O)6]2+(aq) + 2 Etoh ↔ [Co(etoh)2(H2O)4]2- (aq) + 2H2O(ℓ)
O íon [Co(H2O)6]2+(aq) apresenta cor rosa (o íon cobalto fica rodeado por 6 moléculas
de água 6.
Na adição de H2O2 30% m/m causando uma efervescência devido a reação de oxidação do
cobalto conforme apresentado abaixo:
2[Co(NH3)6]2+(aq) + H2O2(aq) 2[Co(NH3)6]3+(aq) + 2OH- (aq)
A mistura foi aquecida até a ebulição por 5 minutos, e então a solução foi levada para
resfriar até 0°C. E observou a formação de um precipitado alaranjado que foi filtrado com água
gelada. E em seguida guardado. Depois, foi adicionado o HCl concentrada ao filtrada a fim de
aumentar as interações iônicas e precipitar o cloreto de hexaamincobalto (III) que foi filtrado e
lavado com etanol e éter etílico com finalidade de purificar a amostra.
Assim, tem-se que para a reação de NH4Cl com [Co(H2O)6]Cl2 obtendo-se a seguinte reação de
acordo com o procedimento:
[Co(H2O)6]Cl2 (aq) + 3NH4Cl(aq) → [Co(NH3)3(H2O)2]Cl2(aq) + 3 HCl(aq)
Transferiu-se a solução ainda quente para um erlenmeyer de 125 mL. Colocou-se 0,5 g de carvão
ativado e resfriou-se a solução com água corrente até a temperatura ambiente.
Para o [Co(H2O)6]Cl2:
237,93g de [Co(H2O)6]Cl2 → 1 mol
25,96 g de [Co(H2O)6]Cl2 → x
x = 0,108 mol
CONCLUSÃO
Ao realizar os experimentos, conclui-se que esta prática é de bastante importância no
âmbito desta disciplina e da nossa formação, pois, com o cumprimento dos objetivos da
atividade podemos ver a formação do complexo [Co(NH3)6]Cl3(aq). Esta formação, deve-se ao
orbital “d” semipreenchido quando três elétrons desemparelhados fossem utilizados para
estabelecer a ligação com moléculas de amônia.
PRÉ LABORATÓRIO
Preparo de solução CoCl2.6H2O de 2 mol/l
MM= 129,8 g/mol
𝑚(𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜) 𝑚
C= 𝑀𝑀𝑥𝑉(𝑙) = 2mol/l= 𝑔
129,8 𝑥 0,1 𝑙
𝑚𝑜𝑙
m= 25,96 g
QUESTIONÁRIO-I
Parte-I
a) Qual a coloração da espécie [Co(H2O)6]2+(aq)? Que complexo está em solução
aquosa?
d) No item d a alteração de cor “da tinta” no papel está relacionada com um equilíbrio
Químico. Proponha esse equilíbrio
R: A mudança de coloração está relacionada com o equilíbrio químico de [Co(H2O)6]2+ de
coloração rosa, em que as moléculas de água estão conectadas ao metal cobalto e íon cobalto
[CoCℓ4]2- na esfera de coordenação, está rodeado por 4 íons cloretos apresentando assim a
coloração azulado, a representação do equilíbrio abaixo:
QUESTIONÁRIO-II
Parte-II
3. Por que o composto obtido foi lavado com etanol e éter etílico?
Ambas as soluções são polares e não solubilizam o composto sintetizado, por isso, foram
utilizados para a remoção de impurezas solúveis na qual contribuiu para a secagem rápida do
composto devido a volatilidade do etanol e éter.
Melecula do [Co(NH3)6]3+
REFERENCIAS:
ATK IN S, Peter. Química inorgânica. 4. Ed. Porto Alegre : Book man. 2008
Lee, J. D. Química inorgânica não tão concisa. Tradução da 5ª ed. inglesa. Editor Edgard
Blücher Ltda. pp. 24, 217, 360-370. 1999.
REFERENCIAS:
Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/24780888/relatorio-de-
inorganica>Acesso em: 08 de agosto de 2021