Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ENERGIA DE DISSOLUÇÃO
Turma B – K3
QI1K3 - LABORATÓRIO
SÃO PAULO
03 DE ABRIL DE 2018
1. Introdução
1
2. Objetivo
Determinar a capacidade calorífica de um calorímetro; determinar a variação
de entalpia de dissolução de cloretos de metais alcalinos em água e relacionar com
as energias reticulares e de hidratação.
3. Parte Experimental
3.1. Materiais
● Proveta;
● Calorímetro;
● Termômetro;
● Balança semi-analítica;
2
3.2. Reagentes
● Solução de Ácido Clorídrico - HCl ;
● Solução de Hidróxido de Sódio – NaOH ;
● Cloreto de Lítio - LiCl ;
● Cloreto de Sódio - NaCl ;
● Cloreto de Potássio - KCl ;
● Água destilada.
3.3. Procedimento
4. Resultados e Discussão
● Capacidade calorífica do calorímetro
Após medir, em uma proveta de 50ml, 50ml de solução de ácido clorídrico
(HCl), colocou-a no calorímetro junto a duas gotas de fenolftaleína, esperando
chegar a temperatura constante de 28ºC.
Em outra proveta, de 250ml, mensurou 50ml de solução de hidróxido de sódio
(NaOH) e mediu a temperatura antes de colocá-la junto ao ácido contido no
calorímetro, obtendo 28ºC.
Ao adicionar a solução de hidróxido de sódio à solução de ácido clorídrico
contida no calorímetro, mediu-se a temperatura de 34ºC.
A massa da solução final foi calculada com base nas densidades da solução
de hidróxido de sódio e da solução de ácido clorídrico, que são considerada 1g.cm -3
sendo correspondente a 100g.
1g 3
mHCl = 3 x 50cm = 50g
1cm
1g
mNaOH = x 50cm3 = 50g
1cm3
mtotal = 100g
qcalorímetro = C x |∆t|
q calorímetro
=C
¿ ∆t∨¿¿
qcalorímetro = 57,3 kJ - 2,5104kJ = 54,7896 kJ
74.55 g
0,1mol x = 7,455 g
1mol KCl
6
KCl(s)→K+(aq) + Cl-(aq)
m=dxV
-3 3
m = 1,05g.cm x 100 cm = 105g
qsolução = m x c x |∆t|=
qsolução = 105 g x 3,80 J.g-1.ºC-1 x |25-26| ºC
qsolução = 399 J
qcalorímetro = C x |∆t|
qcalorímetro =9,1316 kJ.ºC-1 x |25-26| ºC
qcalorímetro = 9,1316 kJ = 9.131,6 J
(399+ 9131,6)J
¿ ∆ H dissol∨¿ = 95258 J.mol-1
0,10005 mol
|∆Hdissol| = 95,258 kJ.mol-1
● ∆H teórico de dissolução de cloretos de metais alcalinos
De acordo com dados teóricos, foi possível obter o valor teórico da dissolução:
Energia reticular (U) = 717 kJ.mol-1
Energia de hidratação K+ (∆Hhid k+) = - 361 kJ.mol-1
Energia de hidratação Cl- (∆Hhid cl-) = - 340 kJ.mol-1
Energia de hidratação total (∆Hhid) = - 701 kJ.mol-1
7
∆Hdissol = U + ∆Hhid
∆Hdissol= 717 kJ.mol-1 - 701 kJ.mol-1 = 16 kJ.mol-1
5. Conclusão
De acordo com os experimentos realizados, pôde-se concluir que a variação
de temperatura durante a dissolução de alguns sais pode variar tanto positivamente
quanto negativamente dependendo da quantidade de energia interna contida nos
reagentes e produtos da reação. Tal fato pode ser explicado por meio da quebra e
da formação de ligações químicas, em que no caso de uma variação de energia
negativa, o sistema ganha temperatura, sendo chamada de uma reação exotérmica;
e na positiva, ocorre uma perda de temperatura, sendo assim, endotérmica. E por
8
meio de equações adequadas, tal variação pode ser calculada, assim, com o valor
obtido, saber quanto de energia que a reação necessita para que ocorra, ou quanto
ela libera, para que possa ser reaproveitada para outros fins.
6. Questionário
1. O que é energia de dissolução?
A Energia ou entalpia de dissolução é a soma de duas etapas na interação
entre um sólido e um líquido, que são:
a. Quebra do retículo cristalino - Ao ser adicionado um líquido para formar a
solução, é necessário quebrar o retículo cristalino, que é um aglomerado iônico bem
organizado e geometricamente definido. Para que isso ocorra, uma certa quantidade
de energia precisa ser recebida, essa se chama energia reticular e ela sempre será
positiva, já que a entalpia final é maior que a inicial e a temperatura do sistema
diminui.
b. Interação entre as partículas do soluto e o solvente - Para que essa interação
ocorra, é necessário liberar certa quantidade energia, chamada energia de
hidratação, visto que se perde calor, a temperatura do sistema aumenta e a entalpia
é negativa.
Assim, se a energia reticular for maior que a energia de hidratação, a
dissolução será endotérmica. Caso, ocorra o contrário, a dissolução será
exotérmica. (FOGAÇA, XXXX)
2. Por que o lítio apresenta maior tendência em formar compostos covalentes que
os demais elementos do seu grupo?
Porque, já que ele é o menor metal alcalino da família, seu elétron de
valência está mais próximo do núcleo e uma interação entre esse elétron e o núcleo
ocorre de maneira mais intensa, ficando o e- mais preso no átomo, dificultando sua
perda na forma de ligação iônica. Por isso, para ele, dependendo do ligante fica
mais fácil compartilhar do que doar. Uma outra explicação é que o Lítio se torna
muito polarizador, reagindo com substâncias muito polarizáveis, gerando uma forte
atração íon-dipolo.
∆Hdissol = U + ∆Hhid
∆Hdissol= 916 kJ.mol-1 - 850 kJ.mol-1 = 66 kJ.mol-1
4. Comentar a influência da carga e do raio dos íons sobre a energia reticular dos
cloretos estudados.
A força de atração entre partículas carregadas de forma oposta é diretamente
proporcional ao produto das cargas. Uma carga maior significa que os íons são mais
atraídos, assim, quanto maior a carga, mais forte a atração e maior a energia de
rede.
10
b) Essencialmente iônicos?
São essencialmente iônicos porque ao formarem compostos a diferença de
eletronegatividade é muito grande. Uma ligação covalente tende a zero e com 1,7 –
1,8 corresponde a aproximadamente 50% de caráter iônico.
7. Referências Bibliográficas
11
RUSSEL, J.B. Química Geral. 2ª ed São Paulo: Makron Books. Brasil Editora Ltda,
1994.