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CALORÍMETRO E A DETERMINAÇÃO DA
ENTALPIA DO PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO
Outubro - 2022
Amargosa/Bahia
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES-CFP
Discentes: Daniele Silva, Jayne Leal, Tiago Mercês e Shirley Souza
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ……………………………………………………………...………. 03
2. OBJETIVOS …………………………………………………………………..……... 05
3. PARTE EXPERIMENTAL…………………………………………………………... 05
3.1. Materiais e Reagentes …………………………………………………….…. 05
3.2. Metodologia ……………………………………………...… ………………...06
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ……………………………………………..…...…. 09
5. CONCLUSÃO ……………………………………………………………………..…. 11
6. REFERÊNCIAS …………………………………………………………………...… 12
1. INTRODUÇÃO
Segundo Wolf (et al, 2011), um enfoque que é dado na calorimetria se baseia
justamente em medir as variações energéticas que acompanham e ocorrerem os processos
físicos e químicos. A parte que discute sobre essas variações de temperatura é conhecida
Ou seja, para Borgnakke e Sonntag (2013) esse calor pode ser definido como:
Onde:
Segundo o Atkins (2012, p. 45) " a capacidade calorífica pode ser usada para relacionar a
variação de energia interna de um sistema com a temperatura, num processo em que o
volume permanece constante". Com isso, ele ainda afirma que:
"Pode- se medir caloricamente a variação de entalpia, acompanhando-se a
variação de temperatura de uma transformação física ou química que
ocorre a pressão constante. O calorímetro usado no estudo de um
processo à pressão constante é chamado de calorímetro isobárico".
(ATKINS, 2012, p. 47).
2. OBJETIVOS
O objetivo do presente trabalho consiste na construção de um calorímetro para
medir a eficiência térmica na soldagem e a partir disso validação da eficiência do mesmo.
3. PARTE EXPERIMENTAL
3.1. Materiais e Reagentes
● Proveta de 100 mL.
● Béqueres de 100 mL, 150 mL, e 500 mL.
● Termómetro de mercurio escala de 0°C a 300° C,
3.2. Metodologia
aquecesse até atingir a temperatura de 75° C. Enquanto a água não aquecia até esta
temperatura, pegou-se um béquer de 100 mL, e adicionou-se a balança semi-analítica,
pesou-se sua massa e foi tarado o seu valor, após isso com o auxílio de uma proveta de 100
mL, mediu-se esta quantidade de água destilada, e a mesma foi adicionada ao béquer já
tarado, com isso esperou-se a balança estabilizar, e foi anotado a massa da água fria. Como
foi realizado em triplicata (com a turma dividida em três equipes), onde cada grupo
realizou o mesmo procedimento, anotando os valores obtidos, obtiveram-se os valores das
massas de água fria, correspondente à 98,8420g; 99,6052g e 72,8675 g. Em seguida, esta,
foi adicionada ao sistema que foi montado com o béquer, o recipiente de isopor e o
termômetro de mercúrio, aguardou-se cerca de 5 minutos, até que a temperatura se
estabiliza-se, e aferiu-se a sua temperatura, onde, obteve-se, respectivamente, 26°C , 26° C
e 25°C.
No momento em que a água atingiu a temperatura ideal para realização do
experimento, sendo de 75ºC, retirou-se o béquer da placa de aquecimento, com o auxílio
das luvas de algodão, e mediu-se 100mL da água com uma proveta, em seguida
transferiu-se a mesma para um béquer já tarado, assim pesou-se a massa da água, contudo,
percebeu-se que o béquer que estava dentro do isopor, não possuía capacidade suficiente
para adição de mais aproximadamente 100mL de água, então, esta descartou-se parte dessa
água pesada, e pesou-se novamente sua massa, o que resultou em 82,4004 g, 71,6822 g e
72,8675 g feito isso levou-se o béquer, para a bancada e aferiu-se a temperatura, anotou-se
os valores, que foram respectivamente 64°C, 62°C e 56°C.
Após, cada grupo adicionou-se a água quente que pesaram no sistema que já estava
com a água fria. Adicionou-se outro termômetro e aguardou-se até que atingisse uma
temperatura de equilíbrio, ou seja, que os dois termômetros mostrassem a mesma
temperatura. A temperatura de equilíbrio correspondente de cada um, está sendo
apresentada na tabela 1.
Após realizar toda essa parte experimental, foi possível determinar a calibração do
calorímetro, através do cálculo de capacidade calorífica, apresentada na equação 1.
Concluída a primeira parte do experimento e com o calorímetro já montado,
descartou-se a água utilizada, secou-se o béquer que estava na parte interna do
equipamento, e utilizando uma proveta, mediu-se 100 mL de peróxido de hidrogênio a 10
vol. Foi realizada a pesagem deste na balança semi-analítica, e com a balança estabilizada
anotou-se a sua massa, que foram, 101,1462 g, 101,4333 g e 95,9914 g. Assim prosseguiu
o experimento transferindo o líquido para o sistema, encaixando o termômetro de
mercúrio, no qual o mesmo estava com a temperatura de 24°C, 24ºC e 25ºC,
respectivamente. Após esse processo, com o auxílio de uma espátula foi adicionado uma
pequena quantidade de permanganato de potássio (KMnO₄), servindo como catalisador
para acelerar a reação. Fechou-se rapidamente o sistema, e encaixou na cavidade do
equipamento o termômetro de álcool e agitou-se suavemente o calorímetro para que o
peróxido de hidrogênio e o permanganato de potássio se misturassem.
Como a decomposição do peróxido de hidrogênio com o catalisador permanganato
de potássio ocorre um comportamento exotérmico, esperou-se atingir um valor constante
da temperatura, que sabe-se que mesmo com a adição de um catalisador, não ocorre
nenhuma reação. Então anotou-se a temperatura final da mistura que em triplicata situou-se
na devida ordem 35°C, 35°C e 37°C.
Observa-se os valores de temperatura inicial e final, com suas respectivas massas,
na tabela 03, presente nos resultados e discussão.
Após o resultado foi possível calcular o calor liberado, por meio da equação:
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
807,57
₵𝑐𝑎𝑙 = 14
Ccal = 1.260,77 / 16
Através dos cálculos realizados (utilizando da equação 1), foram obtidos valores que
representam a capacidade calorífica(capacidade térmica) do calorímetro. Essa grandeza é a
relação que se tem entre a quantidade de calor fornecida a um corpo com a variação de
temperatura que pode ser observada. (JÚNIOR, 2020). Foi realizado um cálculo de média
simples com os valores encontrados na realização dos três experimentos, e o valor encontrado
que representa a constante do calorímetro foi 98,24 Cal/°C.
A determinação da capacidade térmica do equipamento foi de extrema importância
para calcular a quantidade de calor liberada na decomposição do peróxido de hidrogênio,
uma vez que o calorímetro também faz parte do sistema e participa do processo absorvendo
um pouco do calor.
O procedimento realizado para a determinação do calor liberado pela reação de
decomposição do peróxido de hidrogênio, foram feitos em triplicata, e os resultados obtidos
estão plotados na tabela 03
Como já citado anteriormente, por WOLF, et al. (2011, p. 71) em geral as reações
químicas estão acompanhadas da liberação ou absorção de energia. Quando a energia dos
produtos for menor que a energia dos reagentes, o sistema libera energia em forma de
calor, ocasionando aumento na temperatura do meio, sendo então essa reação caracterizada
como exotérmica.
A energia de qualquer sistema pode ser expressa em calor, e segundo Atkins
(2012), no capítulo referente a primeira lei da termodinâmica, diz que a energia transferida
a pressão constante como calor é igual a variação de entalpia de um sistema. Ainda
segundo Atkins (2012, p.46), variações de entalpia são medidas em um calorímetro a
pressão constante.
Sabe-se que parte desse calor liberado pela reação possivelmente foi absorvido pelo
calorímetro. Portanto esse valor relacionado a capacidade térmica do calorímetro foi
adicionado durante a realização dos cálculos para determinar o calor liberado pela reação
de decomposição do H2O2. De acordo com a primeira lei da termodinâmica calor trocado a
pressão constante pode ser descrita como variação de entalpia (HELERBROCK, 2022).
1° 2° 3° Média
𝑛
99, 5236𝑔 −−−−−− 100% 𝑛= 𝑀𝑀
2,9857
𝑋 −−−−−− 3% 𝑛= 34,0147
𝑚.𝑐.∆𝑇
𝑞𝑙𝑖𝑏 =− 𝑛
+ 𝐶𝑐𝑎𝑙 . ∆𝑇
(99,5236).(4,18).(36−24)
𝑞𝑙𝑖𝑏 =− 0,0878
+ 98, 23 . (36 − 24)
(416,0086).(12)
𝑞𝑙𝑖𝑏 =− 0,0878
+ 98, 23 . (12)
4.992,10 + 1.178,76
𝑞𝑙𝑖𝑏 =− 0,0878
6. CONCLUSÃO
educação básica, levando em consideração que pode ser efetuada com materiais
alternativos, como isopor e termômetro.
7. REFERÊNCIAS
RUSSEL, J.B. Química Geral. ed.2 Trad. M. A. Brotto et al, São Paulo: Makron Books do
Brasil Editora Ltda, 1994.