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0. INTRODUÇÃO
Para dominar melhor esta cadeira, consulta alguns documentos e links abaixo mencionados:
1. ALBERTY, R. and SILBEY, R., (1997), Physical Chemistry, 2º ed., John Wiley&Sons
Inc, ATKINS, P., (2001), Princípios de Química Física, Ed. Bockman, Porto Alegre.
2. AZEVEDO, E., G., (2000), Termodinâmica Aplicada, 2ª edição, Escolar editora,
Lisboa.
3. CHANG, R., (1994), Química, 5ª Ed., Mc Graw-Hill, Lisboa.
4. EMSCHWILLER, G., (1992), Introdução à Química-Física, Publicações Europa-
América, Lda.
5. GOMIDE, R., (1965), Problemas de Química e Física-Química, 5ª edição, São Paulo
Editora S.A, São Paulo.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
0. Introdução
1.1.4.Variáveis de estado
o Equações às dimensões
1.1.6. A pressão
1.1.7. A temperatura
2.1. Conceitos
2.1.1. Trabalho W
2.3. Aplicações
3.5.2. Variação de entropia no decurso duma mudança de estado físico de um corpo puro
5.3. Aplicação
6.1. Introdução
6.13. pH e pOH
1.1. TERMODINÁMICA
Neste estudo, pode-se avaliar a energia trocada no decurso de uma reacção química e estudar a
evolução desta reacção.
• O sistema isolado, quando não há nem intercâmbio de energia nem da matéria com a
vizinhança.
Matéria
Energia
Uma fase é uma zona no interior do qual não se verifica qualquer variação abrupta de alguma
grandeza física.
Vizinhança
(meio exterior)
Endoenergético (+)
SISTEMA
Exoenergético (-)
Propriedades do sistema: são atributos físicos percebidos pelos sentidos ou por métodos
experimentais de investigação.
=Σ ; =Σ ; =Σ
o Propriedades não-mensuráveis: São aquelas para as quais não se pode atribuir valores
numéricos.
Nota: O sistema deve estar em equilíbrio a fim de que o ponto mensurado seja representativo
do todo.
INICIAL FINAL
Pi Pf
Vi Vf
Ti Tf
Ciclo: é o caminho que o sistema percorre quando, ao sofrer uma mudança de estado, retorna
ao estado inicial.
Variável de estado: é uma grandeza que não depende do caminho, mas somente dos estados
inicial e final.
Estes conceitos básicos devem ser bem assimilados a fim de que se possa iniciar um estudo
termodinâmico.
A energia trocada por um sistema pode apresentar-se nas formas diferentes seguintes:
‒ Eléctrica,
‒ Química, etc.
Por definição, a caloria é a energia necessária para aumentar de 1°C, 1 grama de água.
1 = 4,1855
⟹ 1 = 0,24
1 = 1000
Quando o sistema recebe ou ganha do exterior, terá carga positiva (+); chama-se SISTEMA
ENDO;
(+)
SISTEMA
(−)
Vizinhança
• Estável: Se ele só puder deixar esse estado por uma influência externa e volta de novo
neste estado inicial quando a influência deixa de actuar.
[Caso de uma esfera que encontra-se na posição energética mais baixa] (a).
• Instável ou lábil: Quando ele passa espontaneamente, isto é, por si próprio, para o estudo
de equilíbrio estável, depois de retirarmos um impedimento eventualmente existente (b).
h
Altura
h
Altura
Coordenada spacial
Coordenada eespacialX Coordenada
Coordenada espacial
espacial X Coordenadaespacial
Coordenada espacialX
(a)X estável
(a) estável (b) instável
X (b) ou ou
instável lábil
lábil (c)Xm(c)
etametastável
stável
Um estado de matéria é a sua constituição que, em dado instante, se pode descrever por meio
de grandezas macroscópicas ou grandezas de estado, ou variáveis de estado.
A temperatura (ºC ou K) ⟹ ou
= ° + 273,15
EQUAÇÕES ÀS DIMENSÕES
As equações às dimensões são relações entre unidades; são fórmulas simbólicas para efectuar
os problemas de mudanças de unidades.
Por exemplo, a unidade do trabalho no sistema internacional (S.I) é definida por três unidades
seguintes:
Os dois sistemas são no mesmo estado, por que têm mesmas variáveis de estado.
Massa m Temperatura
Volume V Pressão
Massa volúmica:
Volume molar:
Volume mássico:
Expressando um valor extensivo por unidade de volume, obtém-se uma grandeza intensiva.
O estado completo é descrito pelas variáveis intensivas e extensivas (m, v). Em quanto o
estado físico-químico é descrito só pelas variáveis intensivas.
Exemplo: Considerando uma mistura de água e gelo a 0ºC e 1 atm (gelo fundante), o estado
completo do sistema será descrito pela massa, volume, temperatura, pressão,
composição (para cada fase); o estado físico-químico do sistema será descrito sem
conhecimento da composição de cada fase, nem da massa ou do volume.
‒ Um equilíbrio térmico, isto quer dizer a temperatura do sistema deve ser uniforme
e constante no tempo.
‒ Um equilíbrio mecânico, isto quer dizer a pressão deve ser uniforme e constante no
tempo.
‒ Um equilíbrio químico, isto quer dizer a composição de cada uma das fases deve
ser uniforme e constante no tempo.
1.2.6. A pressão
Exemplos:
a) 1200 = 1,57
b) 25 = 19.000 = 19.000
1.2.7. A temperatura
Ela representa a sensação quente-frio que temos em contacto com corpo dado.
Para que a sensação quente-frio seja sempre mesma para qualquer indivíduo, tem de se fixar as
referências; essas geralmente utilizadas são gelo e água fervida (ou melhor em fervura).
Gelo Aguaemfervura
Quando dois corpos são em contacto a partir de uma parede, podem trocar-se o calor.
Através de outras (as de um vaso de Dewar, por exemplo), isso acontece muito devagar, essas
são chamadas adiabáticas.
A B A B
Logo, a medida da temperatura num corpo consiste a estabelecer o equilíbrio entre este corpo e
o instrumento de medida.
“Quando dois sistemas (A e B) se encontram em equilíbrio térmico com um terceiro (C), estão
também em equilíbrio térmico mútuo”.
A
C
B
Esses sistemas têm uma propriedade comum: encontram-se à mesma temperatura e devem ser
separados por umas paredes diatérmicas.
A temperatura de um sistema é a propriedade que informa sobre o seu equilíbrio térmico com
outro sistema.
O corpo de referência permitindo a medida de temperatura de outro corpo deve ter uma massa
suficientemente fraca, e o seu calor específico elevado do que o corpo para o qual deseja-se
conhecer a temperatura.
Com:
Na escala centesimal, os pontos de referência são 0ºC (gelo fundente) e 100ºC (água em
fervura) com a temperatura representada por t.
Na escala absoluta, os pontos de referência são 273,15K (água fundente) e 373,15K (água em
fervura) com a temperatura representada por T.
Um sistema em equilíbrio demora neste estado quando não há nada que pode deslocá-lo.
No caso de uma evolução muito lenta, o sistema pode passar por uma série de estados de
equilíbrio caracterizados por umas variações infinitesimais dx que reproduzem-se no sentido
contrário.
Exemplos:
1) Para deslocar uma bola do ponto 1 para o ponto 2, o deslocamento pode ser rápido ∆ ou
lento .
dx dx dx dx dx dx dx dx dx dx dx dx dx dx 2
1
2) Consideramos um cilindro contendo 2 gases e tendo um pistão que pode subir e descer:
P extrev P extirrev
P int
Para transformação reversível, dx, as duas pressões devem estar iguais, mas são variáveis.
Uma reacção que ocorre sob dadas condições é denominada reacção espontânea.
a) Uma queda de água corre espontaneamente pela encosta abaixo, mas nunca pela
encosta acima.
b) O calor flui de um objecto mais quente para outro mais frio, todavia, o inverso
nunca acontece espontaneamente.
Exemplos:
a) Combustão do metano
°
4( ) + 2 2( ) ⟶ 2( ) + 2 2 () ∆ = −890,4 /
Conclusão
O facto de o processo ser exotérmico favorece; porém não garante a espontaneidade de uma
reacção.
Assim como é possível que uma reacção endotérmica seja espontânea, também é possível que
uma reacção exotérmica seja não espontânea.
A equação ou função de estado é uma relação entre variáveis de estado de um sistema. Essas
variáveis permitindo de estabelecer a equação de estado são intensivas.
Seja uma função de estado = ( , , ) passando de um estado 1 para estado 2, cada estado
caracterizado por uns valores, temos:
Estado 1 Estado 2
1, 1, 1, … 2, 2, 2, …
1= ( 1, 1, 1, …) 2= ( 2, 2, 2, …)
=( ) +( )
Derivada parcial
Os sistemas que descrevemos são gasosos. A função de estado para gases perfeitos é:
→ Para n moles: =
No caso de uma mistura de gases, cada um dos gases exerce uma pressão parcial igual à
pressão de um gás considerado sozinho.
=∑ = 1+ 2+ 3+ ⋯+
=1 = 760
A equação de estado para gases reais é dada pela relação de VAN DER WAALS:
EXERICÍCIOS I
1. Converter
c) 96,12 atm = ? mm de Hg
e) 198 K = ? ºC
f) 134 Pa = ? atm
g) 867ºC = ? K
V, o volume.
tempo.
4. Usando as constantes de Van der Waals dadas, define os volumes molares de:
2
a) Criptónio Kr ( / = 2,318 e = 0,03978)
2
b) Etano C2H6 ( / = 5,489 e = 0,0638)
2
c) Mercúrio Hg ( / = 8,093 e = 0,01696)
5. Quantas moles de Oxigénio estão presentes em 120L num vaso cuja pressão é de 8,2 atm e a
temperatura é de 25 °C?
2.1. CONCEITOS
2.1.1. Trabalho W
O trabalho W não é uma função de estado, depende do estado inicial e do estado final.
1 2
Consideramos um cilindro que contém uma massa de um gás sob uma pressão P. Temos
neste cilindro um pistão p tendo uma superfície S.
Pext
Pint
1 2
⟹ = .
⟹ = . .
⟹ = .ℎ= . ⟹ =
⟹− =
⟹ =−
Observações
Assim, corresponde a uma transformação infinitesimal pela qual o trabalho total é igual à
soma do trabalho do estado 1 até o estado 2.
⟹ − −
⟹ −
⟹− − − −
⟹ −
⟹ − −
⟹ − −
⟹ −
não muda
A transformação mecânica dos sistemas condensados não interessa os químicos, mas aquela
dos sistemas gasosos.
2
∆ 1 será sempre a mesma para qualquer caminho seguido.
Considerando dois processos A e B que são utilizados trazendo o sistema do estado 1 para
estado 2, envisageamos:
Processo A: ∆ = + (1)
Processo B: ∆ = + (2)
(1) = (2) ⟹ + = B+ B
≠ e ≠
1 2
Se considerarmos o caso de um sistema isolado (no qual não há troca com o meio externo).
⟹ =0 =0⟹∆ =0
⟹ =
− ).
Ora, ∆ = + , se =0 ⟹ ∆ =
A quantidade de calor trocado no decurso duma reacção à volume constante é igual à variação
da energia interna do sistema no decurso desta reacção.
A variação do volume no decurso de uma reacção química é uma variação do número de moles
(
∆ =
Exemplo:
=− ∆
=− ( 2 − 1)
=− 2 + 1 (1)
A pressão exterior será sempre igual à pressão interior, mas são variáveis todas as duas.
∆ = 2− 1 (2)
Em seguida, ∆ = +
2− 1= +
2− 1= − 2+ 1+
2− 1= 1− 2 +
2+ 2− 1− 1=
2+ 2− ( 1+ 1) =
2− 1=
⟹ ∆ =
Temos uma nova função de estado chamada ENTALPIA H. Depende do estado inicial e do
estado final.
∆ =
1)
2) −
3) −
Nota:
1) A caloria é a energia necessária para levantar de 1ºC, 1 grama de água pura no estado
líquido.
1 = 1000
1 = 1000
∆ = 2− 1= Q
+ +
O calor desta reacção à temperatura T é a energia calorífica trocada com o meio exterior
quando os reagentes reagem nas proporções estequiométricas para formar os produtos; estes
reagentes e produtos sendo tomados à temperatura constante T.
QQQ
Q
A curva com a quantidade de calor, mais a reacção é exotérmica, mais a superfície é grande.
=∆
U
> 0, reacção endotérmica (produtos instáveis)
P
>
<
P´
=∆
H
> 0, reacção endotérmica
P
< 0, reacção exotérmica
P´
O estado padrão é o estado mais estável do elemento (reacção), sob pressão igual a 1 atm e
temperatura igual a 25°C. Aqui, os reagentes são em equilíbrio perfeito. O estado padrão é um
estado físico que corresponde a uma temperatura de 25ºC e uma pressão de 1 atm.
25ºC 298K
É o calor de referência para o qual todos reagentes estão em equilíbrio perfeito para entrar em
reacção.
Exemplo:
Para o carbono, o estado padrão é representado pelo grafite, que é uma forma de C
que entra em reacção, enquanto o diamante é uma forma de carbono que não entra
nas reacções.
‒ Temperatura
‒ Volume
‒ Temperatura
‒ Pressão
OBSERVAÇÃO
Escrevemos:
Escrevemos:
Ora, ⟹
Assim,
Sabendo que
⟹ Com:
A capacidade calorífica molar a pressão constante serve para levantar a temperatura e para
fornecer o trabalho.
⟹ −
Observamos que a temperatura é a mesma para reagentes e produtos, falamos que a reacção é
monotérmica.
, ora
⟹ −
Para moles,
A partir de
⟹ − com −
⟹ −
⟹ −
⟹ − −
Exemplos
a) Na reacção:
− −
−
− − −
⟹ −
b) Na reacção:
c) Na reacção:
− − −
⟹ −
d) Na reacção:
− − −
⟹ −
e) Na reacção:
− − −
⟹ −
− − ⟹
− −
⟹ − conduz a:
Exemplo:
P
P3
P1
P4
T2
P2
T1
V1 V2 V3 V4 V
34 | 3º ANO DE ENSINO DE QUÍMICA/ISCED-UÍGE | Mwalimawski BL
QUÍMICA-FÍSICA 2019
Quando o sistema funciona à temperatura constante, isto quer dizer recebe ou perde o calor
para manter a temperatura constante.
Certos sistemas não perdem nem absorvem o calor, trata-se então de uma transformação
adiabática.
Um sistema adiabático é aquele que não troca o calor com o meio exterior.
Se o sistema fornece o trabalho, ele perde a energia. Logo, a energia interna diminui.
Exemplo: Câmara-de-ar.
⟹ −
⟹ −
−
⟹
−
− ⟹
⟹ −
− − ⟹ −
⟹ −
⟹ ⟹ ⟹
Em anexo nº01 consta a lista dos valores de e de algumas moléculas gasosas e outras.
Esses calores trocados são constantes para uma cada massa de substâncias. Eles servem à
ruptura das forças intermoleculares.
Considerando água que passa de -40ºC para 400ºC, temos a seguinte escala:
1 3
2 4 5
Se temos x moles, ⟹
1 = ( )
= 4 =
2
EXERCÍCIOS II
2. Quando uma bateria eléctrica acciona um tocador de CD, realiza 250 J de trabalho em
um dado período. Enquanto a bateria está operando, 35 J de energia são perdidos como
calor. Qual é a variação na energia interna da bateria?
3. Um sistema foi aquecido usando 300 J de calor, enquanto sua energia interna diminuiu
150 J. Calcular trabalho. Foi realizado trabalho sobre o sistema ou o sistema realizou
trabalho?
4. Um sistema tinha 200 J de trabalho realizado sobre ele, mas sua energia interna
diminuiu somente 40 J. Calcular Q. O sistema ganhou ou perdeu calor no processo?
5. A água expande-se quando congela. Quanto trabalho realiza uma amostra de 100 g de
água quando congela a 0°C e estoura um cano de água quando a pressão externa é igual
a 1,070 atm? As densidades da água e gelo a 0°C são 1,00 e 0,92 g.cm-.
6. Uma amostra de gás é comprimida de um volume inicial de 4,0 l para o final de 1,0 l.
Qual é o trabalho realizado, se a pressão externa foi de 5 atm?
7. Um hidrocarboneto sofre combustão num contentor com um pistão móvel com uma
área de 0.5 m2. Se o pistão é movido a uma distância de 30 cm contra uma pressão de 1
atm, que trabalho será realizado nessa expansão?
8. Uma mulher levanta um saco de carvão vegetal pesando 25 kg até à sua cabeça, para
transportá-lo. Se ela tem 1,6m de altura, que trabalho realize para levantar o saco do
chão até a cabeça?
11. Calcule a capacidade calorífica de uma reacção ocorrendo a pressão constante a uma
temperatura de 5,1ºC, se o seu calor é de 7,6 kJ.
13. Uma amostra de gás se expande a partir de uma pressão e um volume iniciais de 10 Pa
e 1,0 m3 para um volume final de 2,0 m3. Durante a expansão, a pressão e o volume são
obtidos pela equação P = aV2 , onde a = 10 N/m8. Determine o trabalho realizado pelo
gás durante a expansão. O trabalho realizado pela gás na expansão é dado por : dW =
PdV
Geralmente, conhece-se o calor de reacção a uma temperatura dada (H a 25C 298K). Mas
a medida experimental não é sempre possível nesta temperatura, tem que conhecer o calor de
reacção a uma temperatura diferente de 25ºC.
Exemplo: Síntese de
refrescando aquecendo
⟹ − −
Com −
Tem que conhecer as capacidades caloríficas nas quais trabalha-se para calcular .
⟹ − −
2.5. APLICAÇÕES
= . .∆
Os olhares humanos sendo uma fonte de erros da leitura, praticamente, utiliza-se aparelhos de
medida modernos associados ao calorímetro para determinar facilmente a quantidade de calor
de uma reacção. Estes chamam-se Termocasais.
Um termocasal funciona como um termómetro com duas lâminas coladas uma à outra e que
comprimem-se diferentemente.
+ 2( ) → 2( )
=∆ 298,1 = −94,05 /
Temos o mesmo número de moles de gases dos reagentes e produtos, isto quer dizer não há
variação de volume ou de pressão.
=∆ 298,1 = − 94,05 /
Neste caso não pode determinar o calor de reacção directamente, porque é difícil
experimentalmente.
−
− − −
N.B: A quantidade de calor de reacção inversa é idêntica, mas de sinal oposto; porque se a
primeira é endotérmica, a segunda será exotérmica.
Exemplo: − −
Na reacção (P2)
R P
P R
∆ <0 ∆ >0
A LEI DE HESS
Elementos Produtos
1 =−94,05
+ 2( ) 2( )
reagentes
1
( ) + 2 2( )
Elementos
reagentes +
− reagentes
A lei de HESS diz que: “a entalpia de uma reacção depende só da natureza dos produtos e
reagentes, e não depende da maneira de se realizar a reacção (não depende do número de
etapas ou do caminho que vai dos reagentes aos produtos)”.
Os átomos não são, nunca, no estado livre, devem vir da ruptura homolítica das moléculas
preexistentes.
− →2 ° − →2 °
E
e
− e −
(energia de ligação)
Para uma molécula poliatómica, a variação de entalpia no estado gasoso é igual à soma das
energias de ligação formadas.
E
∙ ∙ ° °
− −
Exemplos:
2 ⟶ 2 ° e 2 ⟶ 2 °
2 ( ) + ( ) ⟶ 2 ( ) [ − − ]
∆ 2 = 2∆ ( )
2) Na reacção
Na entalpia de formação, vamos dos elementos no seu estado mais estável (ou estado
padrão).
O elemento no estado padrão sendo molecular, passa no estado gasoso por ruptura da
ligação dos átomos da molécula.
É a partir deste estado gasoso que podemos ter uma energia de ligação para formar uma
molécula.
°− °
1
2 °+2 ° 2 −
2 3
2 + 2
− −
− −
− − −
Exemplo:
− −
− − ⟹ −
3. Combustão de C e H
Calor de combustão de −
Calor de combustão de −
− − −
− − ⟹ −
2 2 +2 2 ⟶ 2 6
Observamos que há formação de 4 ligações C-H e uma ligação simples C-C, e ruptura de uma
tripla ligação C-C e duas ligações H-H.
− − − − −
− −
+ 3 2
Neste caso, há formação de 6 ligações C-H e 3 ligações simples C-C, e ruptura de 3 ligações
H-H e 3 ligações duplas C C.
− − − − −
− −
Observação
− − − − −
EXERCÍCIOS III
a) C3H8(g)
b) C2H6O(l)
c) Na2SO4(s)
d) HNO3(l)
3. São dados:
Qual dos dois combustíveis libertaria maior quantidade de calor por grama? Justifique a sua
resposta por cálculo.
8. A reacção de trimerização cíclica do acetileno, dando benzeno, pode ser representada pela
equação termoquímica: 3C2H2(g) → C
9. A reacção de trimerização cíclica do acetileno, dando benzeno, pode ser representada pela
equação termoquímica:
(II) ( ) + 2( )⟶ 2( )
11. A reacção de síntese da amónia, processo industrial de grande relevância para a indústria
de fertilizantes e de explosivos, é representada pela equação:
12. O gás SO3, importante poluente atmosférico, é formado de acordo com o esquema geral:
Combustível fóssil ar ar
SO2 SO3
contendo enxofre Queima
Todos os processos que se decorrem a volta de nos, podem ser classificados em três grupos:
2) Processos que não pedem uma energia externa e cujo mecanismo não implica nenhum
trabalho oposto às forças externas.
3) Processos espontâneos (ou naturais) que não pedem uma influência externa de energia,
mas que metem em jogo certo trabalho oposto às forças externas.
Observação à
fronteira
IntU exter 1º princípio
Observação à
fronteira
Int U
Observador Ext 2º princípio
Vapores
Água
Aquecida, a lata flutua no outro sentido.
Por isso, imagina-se uma máquina ideal, quer dizer um motor perfeito cujo funcionamento está
descrevido pelo ciclo de Carnot.
Este calor é utilizado para o funcionamento dum motor que fornece um trabalho W.
Fonte fria
Trabalho
O motor é um fluido caloportador (exemplo: numa arca, o fluído é o freonio, num reactor
nuclear o fluído caloportador pode ser o hidrogénio).
2ª fase (B-C)
No decurso desta fase, o sistema vai sofrer uma desentesa (relaxo) adiabática reversível. Não
há troca de calor .
3ª fase (C-D)
4a fase (D-A)
Regresso ao ponto inicial, o volume diminui ainda. Logo, temos uma compressão adiabática
reversível .
“O trabalho fornecido pelo motor é igual à soma de todos os trabalhos trocados”. O sistema
tendo perdido o trabalho, temos:
⟹ − −
⟹ −
Quando o sistema recebe muito calor perdendo muito pouco calor , o trabalho é grande
(Caso da locomotiva que anda com grande velocidade).
Quando o sistema recebe uma quantidade de calor perdendo o calor , o trabalho é menor
(Caso da locomotiva que anda com pequena velocidade).
O rendimento será: −
Quando faz-se girar o princípio de CARNOT no sentido inverso (fonte fria para fonte quente),
caso de uma máquina frigorífica que recebe o trabalho e cede o calor à fonte quente.
com −
⟹ − ⟹ −
Dentre as duas leis da termodinâmica, a segunda é a que tem maior aplicação na construção de
máquinas e utilização na indústria, pois trata diretamente do rendimento das máquinas
térmicas.
Enunciado de Clausius:
O calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo de temperatura menor, para um
outro corpo de temperatura mais alta.
Tendo como consequência que o sentido natural do fluxo de calor é da temperatura mais alta
para a mais baixa, e que para que o fluxo seja inverso é necessário que um agente externo
realize um trabalho sobre este sistema.
Enunciado de Kelvin-Planck:
Este enunciado implica que, não é possível que um dispositivo térmico tenha um rendimento
de 100%, ou seja, por menor que seja, sempre há uma quantidade de calor que não se
transforma em trabalho efetivo.
EXERCÍCIOS IV
2. Uma máquina térmica cíclica recebe 5000 J de calor de uma fonte quente e realiza trabalho
de 3500 J. Calcule o rendimento dessa máquina térmica.
3. Uma máquina térmica recebe 800 J de calor de uma fonte quente, em uma temperatura de
400 K, e rejeita 300 J para uma fonte fria. Calcule a temperatura da fonte fria e o trabalho
realizado pela máquina.
4. Uma máquina térmica opera segundo o ciclo de Carnot entre as temperaturas de 500K e
300K, recebendo 2 000J de calor da fonte quente. Calcule (em kJ):
5. Um motor de Carnot, cujo reservatório perde o calor equivalente a 238 calorias, apresenta
um rendimento de 57,5%. Calcule o trabalho (em Cal) fornecido pelo este motor.
O calor que é recebido por um sistema serve para aumentar uma grandeza S chamada
ENTROPIA.
⟹ = ⟹ = .
S é uma função de estado, o seu valor depende de dois estados final e inicial do
sistema.
S sendo constante,
Considerando que ∆ = 2− 1 e∆ = 2− 1
Não há troca de calor, mas a entropia aumentou; isto é devido brutalidade ou à espontaneidade
no processo irreversível.
A entropia de um sistema isolado não pode descrecer, nunca; seja é constante, seja aumenta.
Para um qualquer outro sistema a entropia pode decrescer (caso de uma panela de água em
ebulição retirada da fonte de calor).
O estado microscópico será definido pelos detalhos relativos a cada uma das partículas
constitutivas.
Estado 1→ 1
Estado 2→ 2
⟹ 1 > 2
Exemplos
1)2 3 2 + 3 2
2 moles 1 mole 3 moles
1 4 moles 2 > 1
2) Pedaço de açúcar num copo de café tem tendência de ocupar o maior volume.
Assim, nos sólidos, a ordem sendo perfeita, a entropia é nula, porque temos só um micro-
estado, logo = 1.
Neste caso, = 1⇒ = 0.
Seja um sistema que tem uma energia total E; esse sistema contém n partículas idênticas que
ocupam diferentes níveis de energia permitidos.
As n partículas não são discerníveis e idênticas. O número de maneiras para efectuar uma
distribuição de BOLTZMANN é n! (número de todas permutações das partículas) a dividir elo
número de permutações no interior de cada nível (ineficazes).
Exemplos:
= 15 partículas
2) Temos 4 partículas a, b, c, d.
= = = =
a,b === c d
a,b === d c
a,c === b d
a,c === d b
a,d === b c
a,d === c b
b,c === a d
b,c === d a
b,d === a c
b,d === c a
c,d === a b
c,d === b a
, , ,
= = = =
a b c d
a b d c
a c b d
a c d b
a d b c
a d c b
b a c d
b a d c
b c a d
b c d a
b d c a
b d a c
c a b d
c a d b
c b a d
c b d a
c d a b
c d b a
d a b c
d a c b
d b c a
d b a c
d c a b
d c b a
= = = =
a, b, c === === d
a, b, d === === c
a, c, d === === b
b, a, c === === d
b, a, d === === c
b, c, d === === a
c, a, b === === d
c, a, d === === b
c, b, d === === a
d, a, b === === c
d, a, c === === b
d, b, c === === a
Temos 12 permutações, mas as que são eficazes:
Consideramos 1 mole de gás perfeito que vai do estado 1 (T, V1, P1) para o estado 2 (T, V2, P2)
observamos que a temperatura é constante. A energia interna depende só da temperatura e
sendo constante, ∆ = 0
∆ = + = 0
para uma mole
Ora,
2 2
⟹ = ⟹ =
1 1
2
Para n moles, =
1
A variação de entropia é dada pela razão entre o calor latente ∆H e a temperatura a qual
efectua-se a mudança de estado físico.
Exemplos:
1) Para 1 mole de gelo a 1atm, o calor latente de fusão é 1436 cal.mol-1. A temperatura de 0
(273,15K), a variação de entropia será:
= 5,26 .
2) Quando considera-se 1 mole de água sob 1 atm, o calor latente de vaporização é de 9717
cal.mol-1. A temperatura de ebulição de água é 100ºC (373,15K), a variação de entropia
será:
Observações:
⟹ =
=
=
Assim,
⟹ =
2
( 1 ) ⟹ =
2 (Para n moles, com =
1 1
).
⟹ =
=
=
Assim,
⟹ =
2
( 1 ) ⟹ =
2 (Para n moles, com =
1 1
).
Exemplo:
Calcular a entropia ∆S de uma transformação do estado 1 com 1= 250 para estado 2 com
2= 350 sabendo que 3,5 são transformadas com = 1,75.
∆ = 6,125 ln 1,4
∆ = 2,0215 .
“À temperatura absoluta (0 absoluto), a entropia dos corpos puros sob forma de cristais perfeitos
é nula”.
Consideremos um corpo que vai de 0 absoluto aumentando a sua temperatura até uma
temperatura T onde o corpo está no estado gasoso.
Essa passagem do estado sólido para o estado gasoso faz-se por uma série de etapas:
= 25,60 2( ) = 53,23
= 1,37 2( ) = 49,00
= 0,57 2( ) = 31,21
2( ) = 51,10 2 ( )= 45,1
4( ) = 44,4 ( )= 44,6
2 6( ) = 54,85
Nota: Existe uma diferença entre entropia absoluta de uma substância e sua entropia de
formação.
A sua entropia de formação é aquela que vai dos reagentes para obtê-la. Logo, faz-se as reacções
a partir dos reagentes que têm a sua própria entropia absoluta.
+ → +
A variação da entropia (∆ ) à temperatura T será igual à diferença entre a soma das entropias
absolutas dos produtos e a soma das entropias absolutas dos reagentes.
∆ =( ( ) + ( )) −( ( ) + ( ))
∆ =∑ ( )− ∑ ( )
Exemplos
1)
Sistema gasoso: ⟶
1 =1
= 2,4 .
2) Decomposição térmica de 3
Vamos do estado sólido para estado gasoso, quer dizer há aumento da desordem.
Nota: Já notamos que a entropia de um sistema isolado não pode decrescer, mas aquela de um
qualquer sistema pode decrescer.
É o caso de: 2 ( ) + 3 2( ) → 2 6( )
0 3 moles 1mol
Este sistema tem 3 moles de gás dos reagentes e 1 mole de gás do produto; o estado de desordem
decresce.
∆ = 41,52 .
Numa reacção, quando o número de moles aumenta no segundo membro, a entropia aumenta que
significa que a desordem também aumenta.
Nestas condições a sua entropia não muda mais, porque atingiu um valor máximo.
= − com = ⟹ = −
Ora = + ⟹ = + −
Ou = + – ⟹ = − + (1)
Com − = ⟹ ou − = (2)
(1) = − + e
(2) = − ou
= – ⟹ = +
⟹ = −
Observamos que:
= ( , ) e = ( , )
G e A são funções de estado (como PV, U, H, e S) mas, dentro de todas essas 6 funções de
estado, uma só está ligada; é PV.
U PV
TS A PV
TS G
N.B: O calor H será a função mais importante porque a temperatura é a variável importante
↑ ↑ ↑
que permite a produção do trabalho num sistema. ⟹ quando .
= − −
= U+ + − −
Ora, U− − =
⟹ = + +
⟹ = − −
Nestas condições =0
Com = − − onde =0
= −
⟹ = − − −
⟹ = U+ + − − −
= U−
∆ =∆ − ∆
∆ =∆ − ∆
⟹ − =0
⟹ − ∆ =0 ora =∆
⟹∆ − ∆ =0=∆
Logo; = − =0
⟹ =0⟹∆ =0
Se a transformação é irreversível
⟹− + > 0 (−1)
⟹ − < 0
Ora = ⟹ – < 0
⟹ < 0 ⟹ ∆ < 0
Transformação Transformação
infinitesimal finitesimal
Se a transformação é reversível
− = 0 ora = U
⟹ U − = 0
Logo, = U − = 0
⟹ =0 ⟹∆ = 0
Se a transformação é irreversível
⟹− + > 0 (−1)
⟹ − < 0 ora = U
⟹ U − < 0
⟹ < 0 ⟹ ∆ < 0
Transformação Transformação
infinitesimal finitesimal
∆ = 0 T é constante
∆ = 0 P, T constantes
∆ = 0 V, T constantes
∆ > 0
∆ < 0
∆ <0
Nestas condições A e G tendem aos valores mínimos, enquanto S tende ao seu valor máximo.
Devem-se cumprir as três condições numa reacção para dizer que há espontaneidade.
reagentes
produtos
equilíbrio
0 % , 100 % 100 % , 0 %
%
5.3. APLICAÇÃO
a) ∆ < 0 e ∆ > 0
⟹ ∆ =∆ − ∆ ⟹ ∆ < 0
Exemplo
A reacção 2 2 2( ) ⟶ 2 2 ( ) + 2( )
−1
∆ = −50,5 / a = 298
∆ = 31 . = 31. 10−3 e =1
∆ = −59,738
Logo; ∆ > 0
Exemplo
A reacção 2( ) + 2 2( ) → 2 2( )
∆ = 16,2
298 e 1
c) ∆ < 0 ∆ < 0 ⟹ ∆ =∆ − ∆
↑
O sinal de ∆ dependerá da temperatura (T); Se então ∆ > ∆ e ∆ < 0, há
espontaneidade.
Exemplo
2( ) + 3 2( ) → 2 3( )
e = 298 , =1
∆ = −22 + 14,006
∆ = −7,994 ≅ −8
O sinal de ∆ depende de
Quando
Exemplo
2 4( ) → 2 2( )
∆ = 1,3 , 298
∆ < 0, 398
=4 2
4 2
↑
↓ , ↓ , ↓⟹
∆ =∆ − ∆ (1)
= +
⟹ =− ∆ + (2)
⟹∆ =∆ + ∆ − ∆ na qual ∆ = +
⟹∆ = + + ∆ − ∆
Com = ∆ ⟹∆ = + ∆ + ∆ − ∆
⟹∆ = + ∆ (4)
∆ =
∆ =− ∆
∆ = ∑∆ ( ) = ∑∆ ( )
A entalpia livre padrão de formação de uma substância a temperatura (T) será notada:
sabendo que para os elementos;
°
São elementos ⟹ =0
Considerando uma mole dum corpo puro, trata-se pois de entalpia livre molar que é a entalpia
livre de uma mole dum corpo puro.
= – ⟹ = − −
Ora = U+ +
= U+ + − −
Ora U = +
⟹ = + + + − −
Com = =−
escrevemos = − + + − −
⟹ = −
É a expressão diferencial reduzida de
Se a temperatura é constante ⟹ =0
Logo,
Estado 1: 1, 1,
Estado 2: 2, 2,
⟹ =
2 ∆ com P que varia e T constante
1
Se 1= ⟹ ∆ = ln
Nestas condições:
2 ° °
⟹ ln = − ⟹ = + ln
1
A 298K e sob 2 atm, a entalpia livre de uma mole de gás perfeito é dada por:
É a variação da entalpia livre quando a pressão passa de 1 atm para 2 atm. Quando passamos
de 2 atm para 1 atm, o sinal muda, há diminuição.
° °
= + ln ⟹ = ( + ln )
= − , a constante ⟹ =0
=−
⟹ −
6.1. Introdução
As reações químicas se deslocam para um equilíbrio dinâmico no qual reagentes e produtos estão
presentes, e continuam até que a composição da mistura de reação corresponda a um mínimo de
energia livre.
É toda reação em que os produtos também reagem entre si, regenerando os reagentes. Portanto,
uma reação reversível pressupõe a existência de duas reações, que se verificam simultaneamente,
porém, em sentidos opostos.
Exemplo:
Síntese da amônia:
Quanto à reação inversa, no início, ela não existe (V2 = 0), porém, à medida que as concentrações
de C e D vão aumentando, os valores de V2 também aumentam.
O grau de equilíbrio, simbolizado por “α”, é usado em equilíbrios químicos para indicar a relação
entre a quantidade de matéria (número de mol) depois que determinado reagente foi consumido e
a quantidade de matéria inicial.
Assim, o grau de equilíbrio pode ser calculado por meio da seguinte expressão:
Vai-se admitir que a reação seja elementar (sem etapas intermediárias) e aplicar as equações de
velocidade para e (Lei de Ação das Massas):
k1[A]a.[B]b = k2[C]c.[D]d
Substituindo a relação das duas constantes de velocidade por uma só, chamada constante de
equilíbrio (Kc), tem-se:
Unidade de
Neste caso, não usaremos a concentração e sim a pressão parcial, que é a pressão que um
componente teria se, sozinho, ocupasse o volume total da mistura, à mesma temperatura.
Considere um recipiente contendo uma mistura de dois gases A e B, com as variáveis de estado P,
V e T, e o número de moles nA + nB.
Imaginemos que o gás B seja retirado do recipiente, permanecendo apenas o gás A. A nova
pressão, indicada no manômetro ( ), chama-se, por definição, pressão parcial do gás A, na sua
mistura original com B.
Onde:
T (K) = t + 273,15
R = 0,082 atm.L / mol.K = 62,3 mmHg.L / mol.K (constante universal dos gases).
Por definição, a constante de equilíbrio em função das pressões parciais de cada componente do
sistema é dada por:
Unidade de , onde −
T (K) = t + 273,15
∆n = (c + d) – (a + b)
(deslocamento →).
←).
São equilíbrios em que os componentes se encontram em estados físicos diferentes (duas ou mais
fases). A concentração dos sólidos é considerada constante.
Exemplos:
Outros exemplos:
Quando se exerce uma ação sobre um sistema em equilíbrio, ele se desloca no sentido que produz
a minimização da ação exercida.
4 moles 2 moles
Exemplo:
Diminuição da pressão
1 mol 2 moles
1 mol
Aumento de pressão
Observação: a variação de p não tem influência nos equilíbrios não gasosos, nem nos equilíbrios
gasosos que ocorrem sem variação de volume.
2 moles 2 moles
Elevação da temperatura
o Influência da concentração
Exemplo:
o Influência do catalisador
O catalisador aumenta igualmente a velocidade das reações direta e inversa. O catalisador não
altera o estado final do equilíbrio, ou seja, não o desloca.
Sabemos que a ionização de um ácido em água é uma reação reversível, na qual se estabelece um
equilíbrio com participação de iões (equilíbrio iônico).
De maneira simplificada:
A constante só depende da temperatura e, quanto mais alto for o seu valor, maior é a
concentração do catião hidrogênio, indicando maior grau de ionização do ácido (eletrólito).
Como a intensidade de ionização (ou concentração de H+) indica a força de um ácido, tem-se a
seguinte convenção:
− e −
Vai-se supor que n moles de HA sejam dissolvidos em água, produzindo V litros de solução.
Supondo que, dos n moles de HA introduzidos na água, apenas n1 moles de HA se ionizem; tem-
se então:
n 0 0
Início
Ionizado αn αn αn
Equilíbrio (n – αn) αn αn
ou
Observações:
K = α2 . [eletrólito]inicial
3. (eletrólito fraco)
Pelo fato de as moléculas de água serem eletricamente polares, elas sofrem pequena ionização.
Em n = 55,5 moles de H2O → 10–7 mol de H+ e 10–7 mol de OH– estão ionizados.
Por meio da condutividade eléctrica da água, determinou-se o produto das concentrações molares
dos dois iões:
6.13. pH e pOH
Por convenção, o potencial hidrogeniónico (pH) de uma solução é o logaritmo, com sinal trocado,
da concentração hidrogeniónica molar:
Em meio neutro → pH = 7
− −
pH 0 7 14 Aumenta a acidez
É uma solução que tem o efeito de manter o pH do meio aproximadamente constante quando nele
são introduzidos iões H+ ou OH– (efeito tampão).
Exemplo:
‒ Uma solução de CH3COOH 0,1N e CH3COONa 0,1N tem pH = 4,8 (é um tampão ácido).
‒ Uma solução de NH4OH 0,1N e NH4Cl 0,1N tem pH 9,3 (é um tampão básico).
− − −
− −
Reação de hidrólise de um sal é a reação entre sal e água que produz o ácido e a base
correspondentes.
Observação: a hidrólise é apenas do anião; a solução aquosa é básica (pH > 7).
Observação: a hidrólise é apenas do catião; a solução aquosa é ácida (pH < 7).
Constante de hidrólise (Kh): a constante de hidrólise de um sal é a constante de hidrólise dos iões
hidrolisados.
Exemplo:
As constantes de hidrólise podem ser calculadas em função do produto iônico da água (Kw) e das
constantes de ionização dos eletrólitos fracos HA e/ou BOH.
Com Kw = 10-14
Qualitativamente, há uma relação entre ∆G° para uma reação e a posição de equilíbrio.
A direção na qual uma reação caminha para o equilíbrio é determinada pela posição do sistema
com relação ao mínimo de energia livre.
Q → representa a expressão de ação das massas para a reação; para gases, Q é escrito com as
pressões parciais; para as reações em solução, são usadas as concentrações molares.
No equilíbrio, os produtos e os reagentes têm a mesma energia livre total e ∆G = 0. Então tem-se:
A equação acima se aplica a todas as reações envolvendo gases. Para reações em solução,
Que é uma relação quantitativa entre ∆G° e a constante de equilíbrio. A constante K é, algumas
vezes, chamada de constante de equilíbrio termodinâmico.