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Maceió
2019
1 - INTRODUÇÃO
Os elementos que compõem o grupo VIA (16) são o oxigênio (O), o enxofre (S), o
selênio (Se), telúrio (Te) e o polônio (Po) que é um elemento radiativo. Todos os elementos
deste grupo tem 6 elétrons de valência e possuem tendência de receber elétrons. O oxigênio, o
enxofre e o selênio possuem características não metálicas, apesar de o selênio apresentar um
brilho metálico. O telúrio e o polônio apresentam algumas propriedades metálicas, ou seja
são semi metais.
O Enxofre é conhecido pelos seus ácidos Sulfúrico e Sulfídrico. O primeiro é um
ácido altamente corrosivo, usado em baterias de automóveis, usado na indústria e muitas
vezes é o ácido escolhido quando uma reação orgânica precisa de catalisadores ácidos. O
ácido sulfídrico é conhecido por ser uma substância volátil e extremamente tóxica quando
inalada.
A princípio possui um odor de ovos podres, mas a medida a quantidade inalada
aumenta, ele afeta o olfato e a pessoa não pode sentir cheiros. Com uma exposição
prolongada ele pode até matar.
Selênio pode ser encontrados em diversas formas de arranjo do sólido, assim como o
enxofre, algumas dessas formas são amorfos, monoclínico vermelho e hexagonal cinza. Na
forma cristalina ele possui propriedades fotocondutoras e pode ser usado e m fotocélulas.
Selênio às vezes é acrescentado ao vidro para retirar a coloração verde dada por algumas
impurezas de ferro.
O Telúrio pode ser encontrado na sua forma pura e m regiões muito específicas dos
Estados Unidos e Bolívia. É mais encontrado na forma de minerais, em ligações com outros
elementos. Os vapores de Telúrio aquecidos podem ser bastante tóxicos.
Polônio é um elemento muito comentado na história da química por ter sido
descoberto pelo famoso casal de químicos Marie e Pierre Curie. Suas propriedades
radioativas foram um dos principais motivos que levaram à morte de Marie. Tem sua
comercialização controlada e é vendido para laboratórios em quantidades muito pequenas
para evitar acidentes de grandes proporções e prevenir a construção de armamentos.
2 - PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
Devido a impossibilidade de realizar todos os experimentos da prática, foram
realizados apenas os de número 3, 4, 5 e 6.
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2.1 - PARTE 3: Propriedades Químicas do Peróxido de Hidrogênio
Dois tubos de ensaio foram numerados. A cada tubo adicionou-se, respectivamente, 1
mL de água, duas gotas de solução de H2SO4 6N e 4 gotas de H2O2 a 3%.
A equação abaixo demonstra o processo reacional.
H2SO4(aq) + H2O2(aq) → H2SO5(aq) + H2O(l)
O ácido sulfúrico reage com o peróxido de hidrogênio formando o ácido
peroximonossufúrico e água. O H2SO4 é um oxidante forte e seu efeito oxidante é aumentado
pela adição do H2O2.
2.1.1 - Propriedade Oxidante do Peróxido de Hidrogênio
Ao tubo 1, adicionou-se 1 mL de solução o KI 1N.
Após a adição da solução de iodeto de potássio, a reação apresentou mudança de
coloração, obtendo uma cor amarelada. A equação química abaixo representa a reação.
H2SO4(aq) + H2O2(aq) + 2KI(aq) → I2(aq) + K2SO4(aq) + 2H2O(l)
Na reação temos o ácido sulfúrico reagindo com o peróxido de hidrogênio e o iodeto
de potássio produzindo iodo, sulfato de potássio e água. O iodo como produto da reação pode
explicar a coloração amarelada da solução, uma vez que, na presença de solventes
oxigenados, o iodo se dissolve numa coloração castanha (a solução apresentou um tom
amarelado). O peróxido de hidrogênio é um composto bastante instável e fácil de ser
decomposto. Segundo J. D. Lee (pág. 287), H2O2 é decomposto pela maioria dos íons
metálicos e oxida muitos compostos, sendo ele muito muito utilizado como agente oxidante
em laboratórios. Dessa forma, na equação acima, o peróxido de hidrogênio se decompõe e
seu oxigênio sofre uma redução enquanto o iodo que provém do iodeto de potássio é oxidado.
As semi reações abaixo descrevem os processos.
2I- → I2 + 2e- semirreação de oxidação
2e → 2O
- 2-
O2 + semirreação de redução
2.1.2 - Propriedade Redutora do Peróxido de Hidrogênio
Ao tubo 2, foi acrescentado duas gotas de solução de KMnO4 1N.
Após a adição da solução de permanganato de potássio, nada pode ser observado na
solução, ela continuou descorada. A equação a seguir demonstra a reação.
5H2O2(aq) + 2KMnO4(aq) + 3H2SO4(aq) → 5O2(g) + 2MnSO4(aq) + K2SO4(aq) +
8H2O(l)
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O ácido sulfúrico reage com o permanganato de potássio e o peróxido de hidrogênio
formando gás oxigênio, sulfato de manganês, sulfato de potássio e água. Além de ser muito
utilizado como agente oxidante, o peróxido de hidrogênio, em algumas reações, também pode
assumir o papel de agente redutor, uma vez que, para a equação acima, o oxigênio gasoso, o
qual provém da decomposição do peróxido de hidrogênio, sofre oxidação enquanto o
manganês é reduzido.
As semi reações abaixo demonstram os processos.
5O- → 5O + 5e- semirreação de oxidação
5e → Mn
-
Mn+7 + 2+
semirreação de redução
Como pôde ser observado, há oxigênio molecular sendo produzido durante a reação,
no entanto, a liberação do gás não foi observada durante o experimento, pode-se inferir,
portanto, que houve alguma alteração.
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Molécula NOX (elemento O)
2H2O2 -1
2H2O(l) -2
O2 (g) 0
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repouso por alguns minutos. Após repousar, foi transferida para um erlenmeyer e recebeu,
aos poucos 8 mL de água.
Segundo Atkins e Jones (pág. 650), o enxofre elementar é um sólido amarelo,
insípido, quase inodoro, insolúvel e de caráter não-metal. O enxofre em pó praticamente não
foi solubilizado na acetona. O enxofre é uma molécula apolar enquanto a acetona é polar. Ele
não se dissolve em água, mas é razoavelmente dissolvido em acetona. Até então, nada havia
sido observado - além da baixa solubilidade do enxofre -, a solução permanecia incolor. Após
sua transferência para o erlenmeyer, à medida em que a água era adicionada à solução, ela
adquiria característica leitosa. Quando água é misturada com acetona, a solução que se forma
é de característica leitosa. Dessa forma, considerando a baixa solubilização do enxofre na
solução, supostamente sua presença não afetou na reação entre a água e a acetona.
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REFERÊNCIAS
BROWN, Theodore L.; LEMAY, H. Eugene Jr.; BURSTEN, Bruce E. Química: a ciência
central. 9 Ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2011.
RUSSEL, J. B. Química Geral. 2 Ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 1994. Vol. 1.
LEE, J.D. Química Inorgânica não tão concisa. 5 Ed. São Paulo: Blucher, 1999.