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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL

Instituto de Química e Biotecnologia - IQB


Química Licenciatura

Andréia Leodório Guarino


Déborah Marcela da Silva
Isabelle Alves de Amorim
Núbia Cristiane P. da Silva

PRÁTICA 7: GRUPO 16: OXIGÊNIO, ENXOFRE, SELÊNIO, TELÚRIO E


POLÔNIO

Relatório de aula prática entregue à disciplina de


Química Inorgânica 1, ministrada pelo professor Mário
Meneghetti e pela professora Simoni Meneghetti, como
requisito para obtenção parcial de nota no curso de
Licenciatura em Química da Universidade Federal de
Alagoas.

Maceió
2019
1 - INTRODUÇÃO
Os elementos que compõem o grupo VIA (16) são o oxigênio (O), o enxofre (S), o
selênio (Se), telúrio (Te) e o polônio (Po) que é um elemento radiativo. Todos os elementos
deste grupo tem 6 elétrons de valência e possuem tendência de receber elétrons. O oxigênio, o
enxofre e o selênio possuem características não metálicas, apesar de o selênio apresentar um
brilho metálico. O telúrio e o polônio apresentam algumas propriedades metálicas, ou seja
são semi metais.
O Enxofre é conhecido pelos seus ácidos Sulfúrico e Sulfídrico. O primeiro é um
ácido altamente corrosivo, usado em baterias de automóveis, usado na indústria e muitas
vezes é o ácido escolhido quando uma reação orgânica precisa de catalisadores ácidos. O
ácido sulfídrico é conhecido por ser uma substância volátil e extremamente tóxica quando
inalada.
A princípio possui um odor de ovos podres, mas a medida a quantidade inalada
aumenta, ele afeta o olfato e a pessoa não pode sentir cheiros. Com uma exposição
prolongada ele pode até matar.
Selênio pode ser encontrados em diversas formas de arranjo do sólido, assim como o
enxofre, algumas dessas formas são amorfos, monoclínico vermelho e hexagonal cinza. Na
forma cristalina ele possui propriedades fotocondutoras e pode ser usado e m fotocélulas.
Selênio às vezes é acrescentado ao vidro para retirar a coloração verde dada por algumas
impurezas de ferro.
O Telúrio pode ser encontrado na sua forma pura e m regiões muito específicas dos
Estados Unidos e Bolívia. É mais encontrado na forma de minerais, em ligações com outros
elementos. Os vapores de Telúrio aquecidos podem ser bastante tóxicos.
Polônio é um elemento muito comentado na história da química por ter sido
descoberto pelo famoso casal de químicos Marie e Pierre Curie. Suas propriedades
radioativas foram um dos principais motivos que levaram à morte de Marie. Tem sua
comercialização controlada e é vendido para laboratórios em quantidades muito pequenas
para evitar acidentes de grandes proporções e prevenir a construção de armamentos.

2 - PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
Devido a impossibilidade de realizar todos os experimentos da prática, foram
realizados apenas os de número 3, 4, 5 e 6.

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2.1 - PARTE 3: Propriedades Químicas do Peróxido de Hidrogênio
Dois tubos de ensaio foram numerados. A cada tubo adicionou-se, respectivamente, 1
mL de água, duas gotas de solução de H​2​SO​4​ 6N e 4 gotas de H​2​O​2​ a 3%.
A equação abaixo demonstra o processo reacional.
H​2​SO​4​(aq) + H​2​O​2​(aq) ​→ ​H​2​SO​5​(aq) + H​2​O(l)
O ácido sulfúrico reage com o peróxido de hidrogênio formando o ácido
peroximonossufúrico e água. O H​2​SO​4 é​ um oxidante forte e seu efeito oxidante é aumentado
pela adição do H​2​O​2​.
2.1.1 - Propriedade Oxidante do Peróxido de Hidrogênio
Ao tubo 1, adicionou-se 1 mL de solução o KI 1N.
Após a adição da solução de iodeto de potássio, a reação apresentou mudança de
coloração, obtendo uma cor amarelada. A equação química abaixo representa a reação.
H​2​SO​4​(aq) + H​2​O​2​(aq) + 2KI(aq) ​→ I​2​(aq) + K​2​SO​4​(aq) + 2H​2​O(l)
Na reação temos o ácido sulfúrico reagindo com o peróxido de hidrogênio e o iodeto
de potássio produzindo iodo, sulfato de potássio e água. O iodo como produto da reação pode
explicar a coloração amarelada da solução, uma vez que, na presença de solventes
oxigenados, o iodo se dissolve numa coloração castanha (a solução apresentou um tom
amarelado). O peróxido de hidrogênio é um composto bastante instável e fácil de ser
decomposto. Segundo J. D. Lee (pág. 287), H​2​O​2 é​ decomposto pela maioria dos íons
metálicos e oxida muitos compostos, sendo ele muito muito utilizado como agente oxidante
em laboratórios. Dessa forma, na equação acima, o peróxido de hidrogênio se decompõe e
seu oxigênio sofre uma redução enquanto o iodo que provém do iodeto de potássio é oxidado.
As semi reações abaixo descrevem os processos.
2I​-​ ​→ I​2​ + 2​e-​ semirreação de oxidação

​ 2​e​ → 2O​
-​ 2-
O​2 + semirreação de redução
2.1.2 - Propriedade Redutora do Peróxido de Hidrogênio
Ao tubo 2, foi acrescentado duas gotas de solução de KMnO​4​ 1N.
Após a adição da solução de permanganato de potássio, nada pode ser observado na
solução, ela continuou descorada. A equação a seguir demonstra a reação.
5H​2​O​2​(aq) + 2KMnO​4​(aq) + 3H​2​SO​4​(aq) → 5O​2​(g) + 2MnSO​4​(aq) + K​2​SO​4​(aq) +
8H​2​O(l)

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O ácido sulfúrico reage com o permanganato de potássio e o peróxido de hidrogênio
formando gás oxigênio, sulfato de manganês, sulfato de potássio e água. Além de ser muito
utilizado como agente oxidante, o peróxido de hidrogênio, em algumas reações, também pode
assumir o papel de agente redutor, uma vez que, para a equação acima, o oxigênio gasoso, o
qual provém da decomposição do peróxido de hidrogênio, sofre oxidação enquanto o
manganês é reduzido.
As semi reações abaixo demonstram os processos.
5O​-​ ​→ 5O + 5​e-​ semirreação de oxidação

​ 5​e​ → Mn​
-​
Mn​+7​ ​ + 2+
semirreação de redução
Como pôde ser observado, há oxigênio molecular sendo produzido durante a reação,
no entanto, a liberação do gás não foi observada durante o experimento, pode-se inferir,
portanto, que houve alguma alteração.

2.2 - PARTE 4: Decomposição Catalítica do Peróxido de Hidrogênio


A um tubo de ensaio, adicionou-se 1 mL de solução de H​2​O​2 a 3% e, em seguida, foi
adicionado uma pequena quantidade de MnO​2​(s).
O peróxido de hidrogênio se decompõe espontaneamente segundo a equação:
2H​2​O​2​ → 2H​2​O​(l)​ + O​2 (g)​ ​ ​ (1)
Para a velocidade da reação fosse modificada utilizou-se o ​MnO​2​(s) que funciona na
reação como catalisador.

2H​2​O​2​ MnO2​ → 2H​2​O​(l)​ + O​2 (g)​ (2)
Segundo Atkins (2006), o desproporcionamento é uma reação de oxirredução onde
uma espécie química contendo o elemento formador “X” produz simultaneamente duas
espécies químicas, uma com o número de oxidação do elemento formador aumentado e outra
com o número de oxidação do elemento formador diminuído. Foi calculado o NOX e
montado as semi reações de oxirredução como demonstra abaixo.

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Molécula NOX (elemento O)

2H​2​O​2 -1

2H​2​O​(l) -2

O​2 (g) 0

Fonte: Autores, 2019.

As semi reações abaixo demonstram os processos:


2 H​2​O​2 (l) ​ ​→ ​O​2 (g)​ ​+ 2​e​-​ semi reação de oxidação
2 H​2​O​2(l) +
​ 2​e​- →

2​H​2​O​ semi reação de redução

Logo, neste processo reacional foi observado através do Nox o desproporcionamento do


Oxigênio.

2.3 - PARTE 5: Obtenção de Enxofre Elementar


A um tubo de ensaio, adicionou-se, respectivamente, 1 mL de solução 1N de
tiosulfato de sódio (Na​2​S​2​O​3​), 2 mL de água e 1 mL de solução 6N de H​2​SO​4​. Após o preparo
da solução, o tubo de ensaio foi submetido a aquecimento através de um bico de Bunsen.
Com este ensaio conseguiu-se a obtenção do enxofre, que se formou no fundo do tubo
e apresentando uma coloração amarela turva, e também obtivemos o gás Dióxido de Enxofre
(SO2) que conseguimos distinguí-lo pelo seu odor característico.
H​2​SO​4​ + Na​2​S​2​O​3​ ​→​Na​2​SO​4​ + H​2​O + SO​2​ + S
O enxofre formado, sendo insolúvel em água, provoca uma turvação que permite ver
quando a reação ocorre. Assim podemos medir o tempo de duração da reação. Mantendo fixa
a concentração de ácido e adicionando água à solução de tiossulfato de sódio, verificaremos
como a diminuição da concentração de um dos reagentes influi no tempo da reação, isto é, na
velocidade da reação.

2.4 - PARTE 6: Solubilidade do Enxofre


Uma pequena quantidade de enxofre em pó foi adicionada a um béquer. Em seguida,
adicionou-se 15 mL de acetona; a solução foi agitada com um bastão de vidro e deixada em

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repouso por alguns minutos. Após repousar, foi transferida para um erlenmeyer e recebeu,
aos poucos 8 mL de água.
Segundo Atkins e Jones (pág. 650), o enxofre elementar é um sólido amarelo,
insípido, quase inodoro, insolúvel e de caráter não-metal. O enxofre em pó praticamente não
foi solubilizado na acetona. O enxofre é uma molécula apolar enquanto a acetona é polar. Ele
não se dissolve em água, mas é razoavelmente dissolvido em acetona. Até então, nada havia
sido observado - além da baixa solubilidade do enxofre -, a solução permanecia incolor. Após
sua transferência para o erlenmeyer, à medida em que a água era adicionada à solução, ela
adquiria característica leitosa. Quando água é misturada com acetona, a solução que se forma
é de característica leitosa. Dessa forma, considerando a baixa solubilização do enxofre na
solução, supostamente sua presença não afetou na reação entre a água e a acetona.

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REFERÊNCIAS

BROWN, Theodore L.; LEMAY, H. Eugene Jr.; BURSTEN, Bruce E. ​Química: a ciência
central​. 9 Ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2011.

ATIKINS, Peter; JONES, Lorena. ​Princípios de Química: questionando a vida moderna​.


3 Ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

RUSSEL, J. B. ​Química Geral​. 2 Ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 1994. Vol. 1.

LEE, J.D. ​Química Inorgânica não tão concisa​. 5 Ed. São Paulo: Blucher, 1999.

PERUZZO, Francisco Miragaia; CANTO, Eduardo Leite do. ​Química na abordagem do


cotidiano​. 4 Ed. São Paulo: Moderna, 2006. Vol. 1.

SCIELO. ​Peróxido de hidrogênio: importância e determinação​. Disponível em:


<​http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422003000300015​>.
Acessado em: 11/02/2019.

EDUCAÇÃO.UOU. ​Química - Enxofre​. Disponível em:


<​https://educacao.uol.com.br/planos-de-aula/medio/quimica-enxofre.htm​>. Acessado em:
13/02/2019.

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