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Reacções Químicas

Índice
1. Introdução ..................................................................................................................... 1
2. Objectivos ..................................................................................................................... 2
2.1. Objectivo geral ....................................................................................................... 2
2.2. Objectivos específicos ........................................................................................... 2
3. Material......................................................................................................................... 3
4. Parte experimental ........................................................................................................ 4
5. Resultados/discussão .................................................................................................... 5
6. Conclusão ..................................................................................................................... 7
7. Referências Bibliográficas ............................................................................................ 8
8. Anexos .......................................................................................................................... 9
8.1. Questionário ........................................................................................................... 9

I
Reacções Químicas

1. Introdução
Reacção química é a transformação da matéria na qual ocorrem mudanças quantitativas
na composição química de uma ou mais substâncias reagentes resultando um ou mais
produtos (OHLWEILER, 1976).
Neste processo as substâncias são transformadas em outras e envolvem mudanças
relacionadas a alteração nas conectividades entre átomos ou iões, na geometria das
moléculas das espécies reagentes ou na conversão do tipo de energia entre dois tipos de
números (OHLWEILER, 1976).
Tradicionalmente, as reações químicas podem ser classificadas de acordo com o número
de reagentes e produtos em cada membro da equação química que apresenta a reacção.
(BENABOU e RAMANOSKI, 2003).
As reações químicas obedecem duas leis ponderais que estudam as reações entre a
massa dos reagentes e a massa dos produtos numa reacção. As leis volumétricas têm
como objectivo o estudo dos volumes das substâncias gasosas que participam de uma
reacção química (BENABOU e RAMANOSKI, 2003).
Reações de análise ou decomposição são reações inversas a combinação neste caso, um
composto é decomposto em duas ou mis substâncias de acordo com o esquema geral
AB→A+B. (WEISS et all, 1993).
Reações com combustão são reações rápidas que produz combustão em uma chama, a
maioria das reações de combustão que observamos envolve oxigénio. (WEISS et all,
1993).
Reações de síntese adição ou composição são reações em que se formam quando dois
ou mais reagentes participam de uma reacção originando um único produto mais
complexo: A+B=AB. (WEISS et all, 1993).
Reações de dupla troca são reações que ocorrem entre duas substâncias compostas, em
que duas substâncias trocam entre si iões. O resultado dessa reacção sempre apresentará
a formação de um produto solúvel (sal ou base) ou um produto gasoso (acido ou base)
ou mesmo produtos menos ionizado (acido ou agua). (WEISS et all, 1993).
São reações que podem ser representados através da equação usando símbolos e
números para descrever, respectivamente, os nomes proporções das diferentes
substâncias presentes numa reacção química. (WEISS et all, 1993).
Titulação acido-base é uma reacção na qual a concentração molar de um ácido em uma
solução aquosa é determinada pela adição vagarosa de uma solução básica de
concentração conhecida na solução do ácido (e vice-versa). (RUSSEL, 1994)
A prática da realização de reações químicas, ressalta observar as características
fundamentais das reações químicas podendo observar e comprovar com o efeito
energético e excesso, a medição da condutibilidade, por determinação de produtos e
mudança de cor das substâncias reagentes.

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2. Objectivos

2.1. Objectivo geral


 Realizar reações químicas.

2.2. Objectivos específicos


 Executar algumas reações químicas;
 Reconhecer reações químicas por determinação de produtos, mudança de cor,
medição de condutibilidade e outras observações;
 Familiarizar-se com conceitos: efeito energético e excesso.

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3. Material
 Manta elétrica;
 Proveta de 100 ml;
 Espátula;
 5 Tubos de ensaios;
 Copo de precipitação de 100 ml;
 Esguicho de água;
 Pipeta volumétrica de 10 ml;
 Solução de CuSO4 (0,01M);
 Conductímetro;
 (NH4)2 Cr2O7 num tubo fechado;
 (NH4) 2CO3 (s);
 Na2SO3(s);
 Solução de fenolftaleína;
 Solução de NaOH (0,01);
 Solução de H2O2 (3%);
 Bureta com solução de HCl (0,2M);
 Solução de I2 (0,01M).

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4. Parte experimental
A. Decomposição do carbonato de amónio

Com a ajuda da espátula, retirou-se uma quantidade suficiente de carbonato de amónio


para um tubo de ensaio seco, aqueceu-se na manta elétrica e foram registadas algumas
observações durante o aquecimento. De seguida, num novo tubo de ensaio, introduziu-
se alguns mililitros de água destilada e acrescentou-se uma pequena porcão do
carbonato de amónio. Foram novamente registadas algumas anotações e adicionou-se
duas gotas de fenolftaleína.

B. Decomposição do dicromato de amónio

Num tubo de ensaio que já se encontrava um pouco de dicromato de amónio. Tirou-se a


rolha e aqueceu-se o tubo na manta eléctrica. Logo que a reacção começou tirou-se o
tubo da chama e foram registadas as observações.

C. Reacção entre as soluções de sulfato de cobre e hidróxido de sódio

Primeiramente, introduziu-se alguns mililitros da solução de CuSO4 num tubo de


ensaio. De seguida, foi adicionada uma pequena quantidade da solução de NaOH,
agitou-se o tubo e foram registadas algumas anotações.

D. Reacção do iodo com sulfito em solução aquosa e a reacção do produto com


uma solução de água oxigenada

Preparou-se uma solução diluída de sulfito de sódio, a partir do sal solido e água
destilada ate uma altura de 2 cm do tubo de ensaio. Introduziu-se num outro tubo
quantidade igual da solução de iodo. Adicionou-se um pouco da solução do sulfito à
solução do iodo ate se dar uma mudança de cor. Acrescentou-se em seguida um pouco
da solução de água oxigenada ao mesmo tubo ate se dar uma mudança de cor.

E. Reacção duma solução de hidróxido de sódio com excesso duma solução de


cloreto de hidrogénio

Pipetou-se 10,0 ml duma solução de hidróxido se sódio (pipeta volumétrica) e transferiu


se a uma proveta de 100 ml. Adicionou-se 40 ml de água destilada e mediu-se a
condutibilidade da solução. Adicionou se 1,0 ml do acido clorídrico que se encontra
numa bureta. Agitou-se bem com o electrodo e mediu-se de novo a condutibilidade.
Continuou- se a adicionar cada vez 1,0 ml do ácido clorídrico ate 10,0 ml em total e a
cada 1,0 ml de ácido clorídrico adicionado foi medida a condutibilidade.

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5. Resultados/discussão
A. Decomposição do carbonato de amónio

Ao aquecermos na manta eléctrica o carbonato de amónio, notou-se uma pequena


diminuição no seu volume e a presença de um cheiro característico e irritante
assemelhando-se a urina.

O carbonato de amónio é produzido pela hidrólise da ureia aplicada ao solo. A ureia é


um composto orgânico que forma-se principalmente no fígado pelos rins e eliminada na
urina ou pelo suor. Contudo, o cheiro é devido a sensações olfáticas desencadeadas pelo
contacto directo das moléculas mensageiras com os neuro-receptores e observamos que
o cheiro característico do carbonato de amónio não é resultado de como as moléculas
odoríferas se ligam as proteínas receptoras, e sim que o cérebro é responsável por
identificarmos o cheiro e isso provoca uma consequência bem interessante na memória.

O carbonato de amónio em água, decompôs-se criando bolhas flutuantes em direção ao


topo do tubo de ensaio e no final da decomposição verificou-se que a base estava
ligeiramente quente.

B. Decomposição do dicromato de amónio

Ao ser aquecido, o dicromato de amónio que apresentava forte coloração laranja, sofreu
decomposição tendo sido aquecido em uma manta eléctrica, em uma reacção violenta
produzindo faíscas dentro do tubo de ensaio e no final da reacção o volume do sistema
aumentou consideravelmente, sendo produzida uma substancia de cor verde, e também
houve formação de gotículas de água e libertação de gás.

A substancia de cor verde é o óxido de cromo Cr3+ que possui tal cor devido a presença
dos iões. O gás desprendido é o nitrogénio e as gotículas que se formaram nas paredes
do tubo são resultados da formação de água na decomposição. Observou-se que ocorreu
a mudança de cor, libertação de gás e alteração de volume que caracteriza uma reacção
química

C. Reacção entre as soluções de sulfato de cobre e hidróxido de sódio

A solução de sulfito de cobre que apresenta uma cor azul ciano ao misturamos com
hidróxido de sódio que era incolor formou-se um sal solúvel de sulfito de sódio e um
precipitado de hidróxido de cobre que aparentemente tinha um aspecto gelatinoso e
apresentava-se azul pálido, constamos que esse precipitado não era solúvel em
hidróxidos por ser uma base fraca, e as bases fracas são insolúveis ou pouco solúveis
em água e acreditamos que a formação deste seja devido a diferença de densidade e a
sua miscibilidade por serem de densidade aproximado (CuSO4-2,28g/cm3 NaOH-
2,13g/cm3).

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D. Reacção do iodo com sulfito em solução aquosa e a reacção do produto com


uma solução de água oxigenada

A solução de iodo apresentava uma cor castanha e ao adicionarmos um pouco de sulfito


de sódio observamos a mudança de cor de solução de iodo. Sendo esta castanha
passando para transparente.

Visto que o sulfito de iodo é usado como um agente descorante em indústrias têxteis na
manufatura de papel e porque oxida prontamente, é largamente usado como um agente
redutor pratico.

Sendo assim, o sulfito de sódio oxida os iões de iodo tornando-os transparentes.

E. Reacção de uma solução de hidróxido de sódio com excesso de uma solução de


cloreto de hidrogénio

O hidróxido de sódio e o cloreto de hidrogénio são, respectivamente, acido e base forte


sendo assim, realizam uma reacção de neutralização ou dupla troca. A mistura das duas
soluções resulta numa solução homogenia não sendo possível diferenciar as fases a olho
nu. Antes da titulação, procedeu-se a lavagem da bureta utilizando o ácido clorídrico
que posteriormente seria colocado na bureta. A realização deste acto realiza-se com o
objectivo de não contaminar ou estragar a composição da substancia a ser colocada na
bureta, a composição e os resultados obtidos através da solução à titular Durante a
titulação, pode se verificar que a condutibilidade da solução variou bastante,
apresentando primeiro um queda acentuada e seguidamente um crescimento gradual
consoante o acréscimo de 10ml do ácido clorídrico.

HCl adicionado 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
(ml)
Condutibilidade 77,1 96,7 2,09 3,39 4,84 6,02 7,27 8,51 9,49 10.50 11,57
(mS)

Pode-se também notar que a condutibilidade da solução variou de maneiras diferentes


durante a titulação: inicialmente a condutibilidade aumentou com a diminuição da
temperatura demonstrando que a solução era condutora e posteriormente a
condutibilidade aumentou com o aumento da temperatura demonstrando que a solução
era semicondutora.

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6. Conclusão
Após a realização desta experiencia, conclui-se que a experiencia foi um sucesso pois
tornou-se possível identificar as reações químicas com base nalgumas características ou
propriedades tais como a determinação de produtos, a mudança de cor e a medição de
condutibilidade. Foi possível também, desenvolver e aperfeiçoar os conhecimentos
sobre o efeito energético e o excesso nas soluções. Conclui-se também que a
condutibilidade de soluções não varia da mesma maneira para todo o tipo de soluções,
há que considerar se a solução é condutora ou semicondutora.

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7. Referências Bibliográficas
 OHLWEILER, Alcides. 1976. Química Analítica. 2a edição. Rio de Janeiro
Editora S.A. Brasil;
 WEISS, G; GREGO, T.G e RICKARD, L. H. 1993. Experiments in General
Chemistry. 6a edição. Prentice-Hal, Inc. Nova Jersia;
 ELIAS, Joseph Benabou e Marcelo, RAMANOSKI. 2003. Química. 1a edição.
Plural Editora. Sem local;
 RUSSEL, John Blair. 1994. Química Geral. 2a edição. Volume 1. Editora
Pearson Makron Books. São Paulo.

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8. Anexos

8.1. Questionário
A. Na decomposição do (NH4)2CO3 formam se três compostos gasosos, dos quais
um condensa na parede do tubo e um outro tem cheiro característico.

1. Escreva a equação da reacção.

(𝑁𝐻4 )2 𝐶𝑂3 (𝑠) ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗


∆/𝑡° 2 𝑁𝐻3(𝑔) + 𝐶𝑂2 (𝑔) + 𝐻2 𝑂(𝑔)

Na decomposição do carbonato de amónio em agua liberta se gás, mas o cheiro por


cima do tubo é muito menor

2. Explique o porque deste facto.

O cheiro por cima do tubo é muito menor porque o ar dificulta a difusão do cheiro. Os
gases se espalham no meio ambiente não sendo carregados pelo ar, mas sim por sua
energia cinética. Como as moléculas responsáveis pelo odor se deslocam no ar, elas
colidem com as moléculas das substâncias que formam o ar, e assim tem maior
dificuldade em avançar. O odor demora se expandir quando existe ar. Soprando a parte
superior do tubo de ensaio são provocados deslocamentos do ar, o que facilita a
deslocação das substâncias que são objectos do cheiro.

3. Qual é o gás que se escapa na forma de bolinhas?

O gás que se escapa na forma de bolinhas é o dióxido de carbono CO2.

4. Explique que a solução depois da reacção é uma solução alcalina.

Sendo que na decomposição do carbonato de amónio o dióxido de carbono evapora,


restando dois produtos no recipiente: o amoníaco e a água. O amoníaco ao reagir com a
agua forma o hidróxido de amónio que é uma base instável.

𝑁𝐻3 + 𝐻2 𝑂 → 𝑁𝐻4 𝑂𝐻

5. Classifique a reacção em relação ao efeito energético e a espontaneidade

A reacção de decomposição do carbonato de amónio é espontânea, isto é, o carbonato


de amónio decompõem-se lentamente quando expostos ao ar livre. Quanto ao efeito
energético a reacção é endotérmica.

B. Na decomposição do (NH4)2Cr2O7 forma se o CrO3, NH3 e H2O

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1. Quais dos três produtos pode se ver no tubo?

No tubo foi possível visualizar a agua na forma de gotículas e o oxido de cromio na


forma solida.

2. A massa do óxido de crómio formado será maior ou menor do que a massa do


dicromato de amónio original? Justifique a resposta

A massa do oxido de cromio formado sera menor. Como o sistema deste experimento é
aberto, houve liberação gasosa, a massa do sistema diminuiu, apesar de parecer que
aumentou. Na verdade, houve aumento do volume que foi provocado pela liberação de
gas.

3. Escreva a equação da reacção.

4. Classifique a reacção

C. Na reacção entre as soluções de sulfato de cobre e hidróxido de sódio

1. Qual é o precipitado que se forma?

2. Escreva a equação iónica da reacção

D. Na reacção do iodo com o iao sulfito e água formam-se o iao iodeto, o iao
hidrogénio e o iao sulfato.

1. Escreva a equação da reacção.

2. O iao iodeto tem cor?

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Na reacção em seguida o H2O2 reage com o iodeto e o iao hidrogénio formando iodo e
agua

3. Escreva a equação da reacção

E. Na reacção entre soluções de hidróxido de sódio e cloreto de hidrogénio forma


se água e condutibilidade diminui.

1. Escreva a equação da reacção.

2. Qual o iao que desaparece da solução e qual o iao que o substitui durante a reacção?

3. Qual deve ser a razão da diminuição da condutibilidade?

A partir de uma certa quantidade adicionada do ácido clorídrico, já não diminui a


condutibilidade, mas aumentou.

4. Faca um gráfico da condutibilidade medida em função do numero de milímetros


adicionados do acido clorídrico

5. Oque significa o ponto mínimo do gráfico?

6. A equação da reacção mostra que os iões do hidróxido e de hidrogénio reagem na


proporção de 1:1. Com tudo, o volume do acido clorídrico adicionado ate o ponto
mínimo, não é igual ao volume da solução do hidróxido de sódio (10,0 ml). Explique
porque não.

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