Você está na página 1de 10

1

Indice

1. Introdução..........................................................................................................................................2
1.1. Objectivos....................................................................................................................................3
1.1.1. Objectivo Geral.....................................................................................................................3
1.1.2. Objectivos Específicos...........................................................................................................3
1.2. Metodologia................................................................................................................................3
2. Revisão da Literatura..........................................................................................................................4
2.2. O Padrão-Ouro............................................................................................................................4
2.3. Consumo Norte-Americano.........................................................................................................5
2.4. A Crise..........................................................................................................................................6
2.5. A Grande Depressão....................................................................................................................6
2.6. Política Anti-Crise........................................................................................................................7
3. Conclusão...........................................................................................................................................9
4. Referências.......................................................................................................................................10

1
2

1. Introdução

Crise económica, também chamada crash de 1929, que pôs termo ao longo período de
desenvolvimento económico que se iniciou em meados do século XIX e alçou os EUA à
posição de protagonista industrial do mundo. Na ocasião, partindo de um contexto de ampla
prosperidade, a economia americana sofreu o mais forte solavanco de sua história, um
acontecimento de proporções épicas e efeitos duradouros.
A actuação dos governos diante de crises é uma das principais áreas de estudos dos
economistas. De acordo com a crença de cada governante nos diferentes instrumentos de
políticas económicas, pode-se estimular uma ou outra variável da economia, gerando
diferentes resultados para o produto.

2
3

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral


 Estudar a grande depressão de 1929.

1.1.2. Objectivos Específicos


Para viabilizar o alcance do objectivo geral, pretende-se:
 Descrever as causas da grande depressão;
 Identificar as influencia criadas pela crise;
 Justificar a intervenção do Estado na economia, como resposta à crise económica.
Intervencionismo do estado na economia.

1.2. Metodologia
Na realização deste trabalho baseia-se em várias pesquisa feitas de diferentes maneiras, neste
caso usamos método de análise bibliográfica, que este consistiu em leituras de várias obras
recomendadas para o efeito de estudo desta cadeira.

3
4

2. Revisão da Literatura
2.1. Origem da Crise

Durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), enquanto os países da Europa estavam
completamente envoltos no processo da guerra, e portanto com suas indústrias e produções
afectadas, os Estados Unidos passam a suprir a demanda da Europa de produtos como aço,
comida, máquinas, carvão entre outros itens básicos para a manutenção da guerra. Desde a
Guerra de Secessão os Estados Unidos (861 -1865) produziam armas e munições em larga
escala, e estando do outro lado do Oceano Atlântico se beneficiava produzindo para suprir a
necessidade da Guerra, com praticamente nenhum ataque em seu território.

Até aquele momento a Grã-Bretanha era considerada a nação da supremacia económica


mundial, ditando através do valor do ouro toda a economia. Porém é a partir desse contexto da
Primeira Guerra Mundial que a Inglaterra perde sua posição e os EUA passam a ocupar seu
lugar.

A euforia económica nos Estados Unidos começou no início da década de 1920, onde grandes
empresas passam a investir em títulos na bolsa. A economia demonstrava um mar infinito de
possibilidades. O consumo exagerado, altos lucros e toda a cultura do “American Way of Life”
ou Modo de Vida Americano. Toda uma cultura construída sobre os pilares do mercado e do
consumo.

O cinema tornou-se uma febre nessa época. A produção, principalmente de bens de consumo
duráveis como os carros encararam seus melhores índices. Eram os “Loucos anos 20”. Todos
viviam no apogeu do capitalismo. No entanto, desse crescimento se projectou aquela crise que
é considerada como a maior que o Capitalismo já encarou. Uma crise sistémica, onde o
modelo capitalista até ali vencedor entra em decomposição. A economia que em boa parte
girava entorno da especulação na bolsa e, portanto artificial, assim encontrou seu limite e
rompe no momento da “Quebra da Bolsa de Nova York” em 24 de Outubro de 1929.

4
5

2.2. O Padrão-Ouro

Durante a I Guerra Mundial, a Inglaterra se viu forçada a desvalorizar o padrão-ouro, visando


obter maior competitividade no comércio internacional, a fim de captar recursos para
financiar a guerra. Esta manobra arruinou a credibilidade da Inglaterra diante das nações que
deixavam seu ouro em troca de papel-moeda para realizar suas transações comerciais. Tais
nações passaram a buscar uma nova forma de negociar seus papéis no mercado internacional.
Fenómeno que foi um dos factores que permitiram a ascensão do dólar como moeda forte.

2.3. Consumo Norte-Americano

Ao longo da I Guerra Mundial, a economia norte-americana cresceu em ritmo frenético,


devido a venda de armamento, máquinas e mantimentos aos países aliados europeus. Findada
a guerra, o cenário permaneceu o mesmo, com grande exportação de máquinas e alimentos
para os países europeus devastados. A reestruturação da Europa fez com que mantivessem as
importações elevadas, principalmente comprando dos EUA.

Nos anos 1920, a economia norte-americana também foi puxada pelo mercado interno de bens
de consumo. A produção de automóveis representou grande parcela dos postos de trabalho e
promoveu a produção de petróleo, aço, borracha e a construção de estradas, assegurando
elevado ritmo produtivo. Os Estados Unidos, excetuando-se os anos de 1920-22, cresceram
continuamente na década de 1920 até 1929 (REZENDE, 2008, p. 202). O desemprego ficava
na casa dos 2% e os EUA viviam tempos de opulência.

Com o fim da década de 1920 se aproximando, os países europeus já apresentavam


significativa recuperação económica e seus níveis produtivos se equiparavam aos níveis pré-
guerra, ocasionando uma redução expressiva das importações. O que ocasionou relativa
desaceleração da produção estadunidense. Soma-se a isso, a redução do consumo interno
devido a saturação do mercado com a superprodução de bens de consumo e agrícola.

Porém, na contramão do que demonstrava o mercado, em 1928, o comportamento da bolsa de


Nova Iorque foi de grande oferta de papéis, crescendo apenas por especulação. Os
investimentos em papéis não eram mais feitos baseados no crescimento da produção, mas sim,
em projeções futuras meramente baseadas nos precedentes. As cotações de papéis,
principalmente dos fabricantes de automóveis, davam saldos, em detrimento de um

5
6

crescimento gradativo e fundamentado. Havia euforia no mercado de valores mobiliários e a


ideia de enriquecimento rápido se mostrava atrativa ao estadunidense.

Em 1929, os sinais precursores da baixa na bolsa já se manifestavam e as ações se mantinham


apenas pelo tempo em que seus proprietários pudessem mantê-las na alta.

2.4. A Crise

Em 24 de outubro de 1929, data conhecida como Quinta-Feira Negra, houve uma grande
quantidade de acionistas tentando vender seus papéis na Bolsa de Nova Iorque, mas não
encontravam a quem vender, ocasionando forte queda nos preços das ações. Entende-se que
“o crack da Bolsa de Valores foi resultado de uma década de desenvolvimento econômico,
onde as curvas da oferta e da demanda se afastavam cada vez mais, tentando ser aproximadas
por vultosos financiamentos ao consumo” (REZENDE, 2008, p. 208). Mesmo com
intervenção dos bancos, a bolsa voltou a cair na segunda-feira, 28. A tendência se manteve na
terça-feira, 29, dia em que aproximadamente 15 bilhões de dólares viraram pó, ocasionando o
crack da bolsa. Este foi o início da Grande Depressão, que castigou os Estados Unidos e,
consequentemente o mundo capitalista, pelos próximos anos.

2.5. A Grande Depressão

Desemprego e miséria se propagaram pelos EUA. O corte de gastos com medidas


consideradas supérfluas, principalmente programas sociais, pelo governo, e o fechamento de
indústrias e bancos criaram um cenário de desespero. Muitos dos acionistas, especuladores e
empresários cometeram suicídio, por perder tudo o que tinham. Rezende descreve como
sendo as principais consequências imediatas: falências, desemprego, declínio de salários,
declínios nos preços dos produtos (deflação), pobreza que gera subalimentação, construção de
favelas ao redor dos centros industriais, agitação social, recuo da produção, do comércio e das
finanças em nível mundial (REZENDE, 2008, p. 209 – 210). Os níveis de produção caíram
para próximo da metade. Era comum que massas de trabalhadores vagassem de cidade em
cidade, em trens de carga, em busca de trabalhos que pagavam pouco ou, até mesmo, apenas
uma refeição. Favelas formadas por desempregados sem-teto se espalharam pelos EUA. As
Hoovervilles (como ficaram conhecidas as favelas), uma sátira com o nome do então
presidente norte-americano Hebert Hoover, ao qual os cidadãos atribuíam a culpa pela crise,
eram caracterizadas por condições precárias de higiene, saúde e segurança.
6
7

Hebert Hoover, presidente republicano, adotou uma política econômica protecionista,


acreditando na recuperação da economia pelas forças de auto-regulação do mercado. A lei
tarifária Smoot-Hawley foi aplicada. Como consequência, o comércio mundial, entre 1929 e
1934, caiu para dois terços (PARKER, 2009, p.194 e 195). Tal atitude contribuiu para a piora
do cenário interno. Em 1930, um quarto da força de trabalho dos EUA estava desempregada,
totalizando quinze milhões de pessoas (SCIRICA, 2009 p.171).

2.6. Política Anti-Crise


Apenas com as eleições norte-americanas de 1933, e com a vitória do democrata Franklin
Delano Roosevelt, políticas anti-crise foram iniciadas. O plano econômico New Deal foi
implementado, permitindo larga intervenção do Estado na economia, visando superar a crise
de 1929, implicando no fim, mesmo que temporário, do capitalismo liberal (REZENDE,
2008, p.212).

O New Deal se baseava na teoria proposta pelo economista inglês John Maynard Keynes, que
reformulava a política de livre mercado e via o Estado como agente indispensável controlador
da  economia, o que era entendido quase como heresia pelos liberais norte-americanos. Ao
Estado, era atribuído direito e dever de criar benefícios sociais como salário mínimo, seguro-
desemprego, redução da jornada de trabalho e aposentadoria, para garantir condições mínimas
para o Estado de Bem-Estar Social, dessa forma, os indivíduos podiam reverter esse valor
gasto pelo governo, que seria gasto suprindo necessidades básicas, em consumo (FRIEDEN,
2008, p. 210).

O governo, agora, podia controlar os preços e o entesouramento de estoques. Foi realizado


pesado investimento em obras públicas de infraestrutura, como a construção de estradas,
aeroportos, pontes, ferrovias, etc, estimulando mercados como petróleo e aço, que, junto com
a redução da jornada de trabalho de doze para oito horas, diminuiu significativamente o
desemprego. Também foi aplicada uma nova política fiscal, o que permitiu a sobrevivência de
Wall Street. No início da década de 1940 a economia dos EUA já se via como normalizada.
Porém, a Grande Depressão só teve seu desfecho real com o advento da II Grande Guerra.

A política de intervenção estatal começou a ser adotada primeiro nos Estados Unidos, com o
anúncio pelo presidente Franklin Roosevelt de uma série de medidas, que ficaram conhecidas
como New Deal(novo acordo) e que passaram a ser concretizadas em 1933. Dentre elas:

 Controle sobre bancos e instituições financeiras;


7
8

 Construção de obras de infra-estrutura para a geração de empregos e aumento do


mercado consumidor;
 Concessão de subsídios e crédito agrícola a pequenos produtores familiares;
 riação de Previdência Social, que estipulou um salário mínimo, além de garantias a
idosos, desempregados e inválidos;
 Controle da corrupção no governo;
 Incentivo á criação de sindicatos para aumentar o poder de negociação dos
trabalhadores e facilitar a defesa dos novos direitos instiuídos.

No setor industrial, a principal medida foi a redução da jornada do trabalho. Percebendo que o
fator básico que gerou a crise econômica havia sido a superprodução, Henry Ford estabeleceu
a jornada de oito horas. Além disso, foi responsável por uma importantíssima inovação
técnica -- a linha de montagem. Essa inovação permitiu a redução dos custos e, sobretudo,
aumento da produtividade. Isto é, o rendimento do trabalho e dos demais agentes da produção.
A aplicação das técnicas fordistas em várias indústrias de bens de consumo gerou uma queda
de preços em todo o país, fator que é tido, juntamente com New Deal, como primordial para a
recuperação da economia norte-americana.

8
9

3. Conclusão

A I Guerra Mundial e, consequentemente, a queda do padrão-ouro tiveram forte influência no


desenvolvimento do ambiente que viria a ser a ascensão da economia estadunidense. Fator
esse que fomentou o padrão de consumo dos anos 1920, condição para o crack de Wall Street.

O consumo exacerbado dos anos 1920 favoreceu a emissão de ações por parte da indústria.
Nesse momento, havia grande demanda pelos papéis que se valorizavam desenfreadamente
através de especulação, mesmo quando as importações europeias estavam diminuindo. A
iminente volatilidade das ações foi ignorada pelos acionistas.

O crack da bolsa de valores de Nova Iorque foi apenas uma consequência do modelo de
mercado completamente liberalista. Foi o evento que deu início à pior crise econômica já
vivida pelos EUA.

Os efeitos da quebra da bolsa foram devastadores. A falência em massa gerou ambiente de


miséria e desespero. A Grande Depressão.

Por sua vez, o plano econômico New Deal, adotado pelo presidente democrata estadunidense
Franklin Delano Roosevelt, implementou medidas anti-crise baseadas na teoria econômica de
Keynes. Com um Estado intervencionista, finalmente os EUA saíram, no final da década de
1930, da Grande Depressão.

9
10

4. Referências

FRIEDEN, Jeffry A. Capitalismo Global: história económica e política do século XX. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008
PARKER, Selwyn. O Crash de 1929: As lições que ficaram da grande depressão. São Paulo:
Globo, 2009.
REZENDE FILHO, Cyro de Barros. História económica geral. 9º ed. São Paulo: Contexto,
2008.
KUPFER, David. Economia Industrial: Fundamentos Teóricos e Práticos no Brasil. Rio de
Janeiro: Campus, 2002.

MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia: Princípios de micro e macroeconomia. Rio


de Janeiro: Campus, 2005.

VASCONCELLOS, Marco Antônio S. e GARCIA, Manuel E. Fundamentos de economia.


São Paulo: Saraiva, 2004.

WAGNER, Roberto Machado. Economia I – Apostila. Edição própria. 2007.

10

Você também pode gostar