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Principais características do Steam cracking e seus controles:

O Steam cracking é um método de produção de olefinas leves (eteno e propeno) que


ocorre em fornos de pirólise.

É o método mais utilizado na indústria para a produção de olefinas leves.

As matérias-primas utilizadas são a nafta (fração do petróleo com faixa de destilação


próxima à da gasolina) ou etano e propano provenientes do gás natural.

A reação consiste na quebra das ligações carbono-carbono ou carbono-hidrogênio dos


hidrocarbonetos e suas posteriores recombinações.

É necessário controlar o processo para maximizar a formação de olefinas leves e


minimizar a formação de coque e hidrocarbonetos de cadeias longas.

Os principais aspectos a serem observados são a temperatura, a formação de coque, o


tempo de residência, as características da carga e a pressão em conjunto com a razão
de diluição vapor/hidrocarbonetos.

A temperatura normalmente varia entre 800°C e 880°C.

Uma alta severidade propicia a formação de depósitos de carbono (coque).

A formação de coque ocorre devido às forças de atrito e a alta viscosidade da matéria


prima, resultando em um maior tempo de exposição, com o agravante de estar
localizado em uma região com temperaturas consideravelmente maiores do que a
temperatura média do processo.

Os cuidados com a formação de coque são fundamentais para evitar inúmeras


adversidades ao processo.

Tempo de residência: o tempo de residência do hidrocarboneto no forno é uma


variável importante, pois, quanto maior o tempo de exposição às altas temperaturas,
maior a probabilidade de formação de coque. Além disso, o tempo de residência
influencia diretamente a seletividade do processo, ou seja, a proporção de produtos
formados em relação aos reagentes consumidos. Por isso, é necessário que o tempo
de residência seja cuidadosamente controlado para maximizar a produção de olefinas
leves e minimizar a formação de subprodutos indesejados.

Características da carga: a escolha da carga também é um aspecto importante na


produção de olefinas leves por steam cracking. Como mencionado anteriormente, o
craqueamento de hidrocarbonetos de maior peso molecular ocorre em temperaturas
mais baixas, portanto, a utilização de nafta como carga resulta em temperaturas mais
baixas no forno em comparação com a utilização de etano e propano. Além disso, a
composição da carga também influencia diretamente na seletividade do processo,
sendo que a presença de contaminantes, como enxofre e metais, pode afetar a
atividade do catalisador e prejudicar a formação de produtos desejados.
Pressão e razão de diluição: a pressão e a razão de diluição (relação entre a
quantidade de vapor adicionado à carga e a quantidade de hidrocarboneto) também
são variáveis importantes no steam cracking. A pressão influencia diretamente na taxa
de craqueamento, enquanto a razão de diluição afeta a seletividade do processo. Em
geral, utiliza-se uma razão de diluição mais alta para produzir produtos de cadeia mais
longa e uma razão de diluição mais baixa para produzir olefinas leves.

Para controlar esses aspectos, são utilizados diversos dispositivos, como termopares,
medidores de vazão, analisadores de gases e sistemas de controle automático, que
permitem ajustar as condições do processo em tempo real e garantir a produção
eficiente e segura de olefinas leves por steam cracking.

O controle da formação de coque no processo de steam cracking pode ser feito de


diversas maneiras, como:

Adição de aditivos: a adição de aditivos no fluxo de hidrocarbonetos pode inibir a


formação de coque, melhorando a fluidodinâmica do processo. Alguns exemplos de
aditivos são o cloro, o flúor e o enxofre.

Limpeza mecânica: as serpentinas do forno podem ser limpas periodicamente,


removendo o coque acumulado e evitando que ele prejudique a eficiência do processo.

Controle de fluxo: o controle da velocidade de fluxo dos hidrocarbonetos dentro das


serpentinas pode ajudar a evitar a formação de coque, já que uma velocidade mais
alta pode melhorar a fluidodinâmica e diminuir o tempo de exposição dos
hidrocarbonetos às altas temperaturas.

Utilização de tecnologias de revestimento: o uso de tecnologias de revestimento nas


serpentinas, como a aplicação de cerâmicas de alta resistência ao desgaste, pode
ajudar a reduzir a formação de coque.

Tempo de residência: o tempo de residência dos hidrocarbonetos no interior das


serpentinas é um fator crítico para o processo de steam cracking, pois afeta
diretamente a formação de coque e a eficiência da reação. Em geral, os tempos de
residência devem ser controlados de forma a minimizar a formação de coque e
maximizar o rendimento de olefinas leves.

Características da carga: a escolha da carga utilizada no processo de steam cracking


também é um fator importante para a eficiência da reação. Como mencionado
anteriormente, cargas mais pesadas, como a nafta, tendem a exigir temperaturas mais
baixas de operação e têm maior probabilidade de formar coque do que cargas mais
leves, como o etano e o propano. Além disso, a qualidade da carga, como sua acidez e
impurezas, também pode afetar a formação de coque e a eficiência do processo.
Pressão e razão de diluição vapor/hidrocarbonetos: a pressão e a razão de diluição
vapor/hidrocarbonetos são fatores importantes para a eficiência do processo de steam
cracking. A pressão é geralmente mantida alta para evitar a formação de coque e
maximizar a produção de olefinas leves. Já a razão de diluição vapor/hidrocarbonetos é
controlada de forma a garantir que o vapor seja suficiente para promover o
craqueamento dos hidrocarbonetos, mas não em excesso, para evitar a formação de
coque e maximizar a eficiência da reação.

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