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OPERAÇÃO DE

COKING/HYDROCRACKING
Heloisa, Iris e Matheus
Hydroskimming e Cracking

Hydroskimming Cracking

• Destilação atmosférica + • Hydroskimming + destilação a


unidade de isomerização + reforma vácuo + FCC + alquilação + unidade
catalítica + unidades de tratamento de MTBE + viscorredução
• Configuração típica mais • São otimizadas para a produção
simples de gasolina (maior octanagem)
• Produz nafta, querosene, • A destilação a vácuo permanece
gasóleo (diesel) e resíduos na configuração Hydrocracking
Esquemas de refino anteriores

Cracking

Hydroskimming
Fluxograma Coking / Hydrocracking
Coking / Hydrocracking

Hydroskimming + destilação a vácuo + geração de hidrogênio + coqueamento


retardado + hidrocraqueamento catalítico (HCC)
Nem sempre o coqueamento retardado e o HCC operam em uma mesma
refinaria
Maior conversão do resíduo da destilação atmosférica
Otimiza a produção de diesel de alta qualidade
Tratamento da nafta
O que é nafta?

A nafta petroquímica é caracterizada como


um produto especial, ou seja, derivado de
petróleo cuja demanda é reduzida em relação
aos combustíveis, porém, com alto valor
agregado

Obs. Produto altamente inflamável


TIPOS

● Parafínica, composta por teor de hidrocarbonetos parafínicos superior a 75


% em massa.
● Naftênica, constituída por não mais que 65 % em massa de hidrocarbonetos
parafínicos.
Utilidade

A nafta petroquímica parafínica é


utilizada como carga em um processo
de pirólise para a produção de olefinas
leves (eteno, propeno).

Já a nafta petroquímica naftênica,


através de reforma catalítica, gera
hidrocarbonetos aromáticos (benzeno,
tolueno, xilenos).
Onde é produzido na refinaria de petróleo?

● Unidade de destilação atmosférica, (Maior parte)


● HCC
● Unidade de coqueamento retardado
Como é tratado a nafta?

Quanto mais parafínica for a nafta, melhor será para a pirólise, e quanto mais
naftênica, melhor para a reforma catalítica
nafta Separação Reforma Isomerização
estabilizada da nafta catalítica

remoção de compostos Nafta leve e nafta transformada em empregada para o


de enxofre, nitrogênio, pesada compostos aromáticos rearranjo molecular sem
oxigênio e metais por um conjunto de adição ou remoção de
pesados dos extratos reações de átomos da molécula
do petróleo em resposta desidrogenação e origem
à hidrogenação. ciclização
Hidrotratamento-HDT

O hidrotratamento (HDT) inclui processos de hidrogenação catalítica que são


utilizados para saturar hidrocarbonetos e remover heteroátomos como S, N e O,
bem como metais de uma ampla variedade de fluxos de petróleo dentro de uma
refinaria de petróleo (PEREIRA; SILVA; MELLO, 2017)
Hidrotratamento-HDT

Hidrodessulfurização: Compostos de enxofre são convertidos em sulfeto de


hidrogênio;

Hidrodenitrogenação: compostos de nitrogênio são convertidos em amônia;

Hidrodesoxigenação: compostos vivos contendo oxigênio são convertidos


em água

Hidrodesmetalização: compostos organometálicos são convertidos em seu


sulfeto metálico
Hidrotratamento-HDT

Saturação de olefinas: compostos com ligações duplas são convertidos em


seus próprios compostos homólogos

Hidrodesaromatização: outros compostos aromáticos são convertidos em


naftalenos; e remoção de haletos, em que haletos orgânicos são convertidos em
haletos de hidrogênio
HIDRODESSULFURIZAÇÃO (HDS)
Remoção do enxofre
Os catalisadores HDS são geralmente obtidos pela incorporação de um catalisador
precursor de sulfidação na forma de óxido. Para fixar este precursor, há a incorporação
de uma solução salina adequada ao volume de poros da gama-alumina.
Durante a sulfetação, o óxido é convertido em sulfeto pela injeção de alimentos
ricos em enxofre quente na presença de hidrogênio. A sulfetação tem sido
extensivamente processada por catalisadores baseados em ou sob condições
simuladas, ou seja, a razão H2/H2S em pressão de ar em temperaturas de até 400ºC.
HIDRODESSULFURIZAÇÃO (HDS)

Quando o óleo contém compostos de enxofre, eles são queimados, e o


enxofre é oxidado para o dióxido de enxofre (SO2), um poluente que pode causar
problemas respiratórios e é um contribuinte importante para a chuva ácida. A
queima de combustíveis fósseis é a principal fonte de poluição de SO2.
Reforma catalítica

Nafta estabilizada é transformada em compostos aromáticos por um


conjunto de reações de desidrogenação e ciclização, ocorrendo um ligeiro
craqueamento que conduz à produção de propano e butano, gases que formam o
GLP

O processo pode ter dois objetivos: a produção de gasolina de elevado


número de octano ou a produção de hidrocarbonetos aromáticos leves (benzeno,
tolueno e xilenos).
Reforma catalítica

O principal produto do processo é a nafta rica em hidrocarbonetos


aromáticos (nafta reformada), mas o processo gera também em menores
quantidades, gás combustível, GLP, coque e uma corrente rica em hidrogênio
(insumo para as unidades de hidrotratamento).
Reforma catalítica

Nafta reformada, de alto número de octano, permite que a refinaria formule


gasolina com baixo teores de enxofre e de olefinas, mantendo-se o número de
octano requerido para os motores do ciclo Otto (motores a gasolina e etanol)
Reforma catalítica

A especificação de gasolina no mundo tem crescentemente limitado o teor


de aromáticos da mesma, especialmente benzeno, o uso de unidades de reforma
para aumentar o índice de octanagem tem sido revisto em vários países.
Ademais, o catalisador usado é muito caro (altos teores de platina), o que
aumenta as precauções quanto à perda de catalisador durante o processo
Isomerização

A isomerização é empregada para o rearranjo molecular sem adição ou


remoção de átomos da molécula original.

● parafinas são convertidas em isoparafinas, produzindo gasolina de alta


qualidade, ou com alto índice de octanagem e baixo teor de contaminantes

Assim, a unidade de isomerização pode ser uma boa resposta a


especificações de qualidade ambiental mais rígidas para a gasolina,
especialmente em relação à emissão de aromáticos.
Isomerização

O hidrogênio não é produzido nem consumido no processo, mas é


empregado para inibir reações colaterais indesejáveis. A etapa do reator é
geralmente seguida por extração por peneira molecular e destilação
Geração de hidrogênio
Geração de hidrogênio

Alto consumo de hidrogênio para os processos de hidrocraqueamento e


hidrotratamento

Quando o hidrogênio produzido pela reforma catalítica da nafta não é


suficiente, se faz necessária uma planta de produção de hidrogênio para consumo
na refinaria, a partir dos resíduos do refino
Geração de hidrogênio

A produção de hidrogênio pode ocorrer de duas formas:

● Reforma a vapor de hidrocarbonetos leves (gás natural, nafta)


○ Alta temperatura na presença de catalisador

● Oxidação parcial dos hidrocarbonetos (carvão, coque, biomassa)


○ Oxidação parcial de um fluxo rico em hidrogênio – oxigênio no lugar
do vapor d'água
Geração de hidrogênio

Reforma a vapor de hidrocarbonetos leves:

● Pré tratamento
● Reforma (geração de hidrogênio)
● Absorção de CO2
Geração de hidrogênio
Pré tratamento

A nafta passa por um


pré tratamento para
evitar a contaminação
do catalisador presente
na etapa de reforma
Reforma
Forno reformador: possui
catalisador e opera a 700 - 900°C

Reforma secundária: catalisador


mais caro
Absorção de CO2

MEA:
monoetanolamina -
absorve o CO2
Coqueamento retardado
Coqueamento retardado
Coqueamento retardado

Objetivo

Alimentação

Unidade de coqueamento

Queima controlada

Coque esponja e coque agulha


Coqueamento retardado

Fonte: EIPPCB (2003).


Hidrocraqueamento catalítico
(HCC)
Hidrocraqueamento (HCC)
Hidrocraqueamento (HCC)

Quebra das moléculas do gasóleo, com ação de catalisador, em altas


temperaturas e pressões, e na presença de hidrogênio (em grande quantidade).
Acontece de forma simultânea a quebra das moléculas e a hidrogenação do
produto

As condições de alta temperatura e pressão do processo reduz a quantidade


de impurezas presentes. Entretanto, o custo operacional aumenta
Hidrocraqueamento (HCC)

Fonte: EPA (1995).


Tratamentos Químicos

Compostos sulfurados: cujos impactos incluem a corrosão de equipamentos,


a emissão de poluentes na refinaria, o envenenamento de catalisadores e a perda
de qualidade dos derivados; a sua concentração tende a aumentar com o peso
molecular do corte de hidrocarbonetos obtidos no refino de petróleo
Tratamentos Químicos

Compostos nitrogenados: levam, principalmente, ao escurecimento dos


produtos e à redução da atividade de catalisadores; concentram-se em
intermediários pesados.

Compostos oxigenados (ácidos naftênicos, resinas, etc.): responsáveis pelo


aumento da acidez do petróleo e seus cortes e por problemas de corrosão na
planta industrial; concentram-se em frações pesadas de hidrocarbonetos.
Tratamentos Químicos

Compostos organometálicos: causam o envenenamento de catalisadores e a


corrosão de equipamentos a altas temperaturas. Também geram impactos
ambientais importantes.
Sais/sedimentos/água: causam depósitos nos dutos e equipamentos,
aumentando a demanda energética para movimentação de produtos e insumos e
favorecendo processos corrosivos, tanto por modificação do pH do meio quanto
por aeração diferencial.
Uso de Energia

Calor e eletricidade são consumidos em uma refinaria, em uma proporção


mais térmica do que elétrica. Calor é empregado diretamente (nos fornos) ou
indiretamente (como vapor). Eletricidade, por sua vez, pode ser parcialmente
suprida por unidades de cogeração

O principal combustível requerido para a produção de vapor e eletricidade


deriva dos próprios resíduos de processo: especialmente, o gás de refinaria.
Questões ambientais

Emissões atmosféricas: queima de combustível fóssil e reações químicas


(remoção de carbono das moléculas de grande peso molecular e produção de
hidrogênio)

O aumento da complexidade de uma refinaria também aumenta o seu


consumo de energia

Emissões indiretas oriundas da produção da eletricidade adquirida pelas


refinarias.
Questões ambientais

Conforme Clarke (2003) e Murtishaw et alii (2001), a maior parte das


emissões de CO2 das refinarias é proveniente da queima de combustíveis, quase
70 % do CO2 a partir dessa fonte de emissões. Entre 16 e 20 % do total são
emissões não energéticas associadas às reações químicas de produção de
hidrogênio e de craqueamento da carga do FCC. Já entre 13 e 15 % das emissões
de CO2 são emissões indiretas, geradas pela produção da energia elétrica
adquirida pelo refino
Referências
Hydrocracking is an important source of diesel and jet fuel. Eia.gov. Disponível em:
<https://www.eia.gov/todayinenergy/detail.php?id=9650#:~:text=A%20hydrocracking%20unit%2
C%20or%20hydrocracker,of%20hydrogen%20and%20a%20catalyst.>. Acesso em: 12 jun. 2023.

FUNDAMENTOS DO REFINO DE PETRÓLEO Tecnologia e Economia. Alexandre Salem Szklo,


Victor Cohen Uller, Marcio Henrique P. Bonfá 2012

OLAYA, Manuela. Processos de hidrotratamento no petróleo: revisão de literatura. Revista


Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, v. 04, n. 03, p. 159–172, 2022. Disponível
em: <https://www.nucleodoconhecimento.com.br/quimica/processos-de-hidrotratamento>.
Acesso em: 09 jun. 2023.

Brasil, N. I., Araújo, M.A.S, Sousa, E.C.M.; Processamento de Petróleo e Gás; Rio de Janeiro: LTC,
2011.

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