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Cracking Catalítico

Bibliografia
1.Fundamentals of Petroleum Refining, Mohamed A.Fahim, Taher A.Al-Sahhaf, Amal, Elkila, Elsevier, 2010

1.Fundamentals of Petroleum Refining, Mohamed A.Fahim, Taher A.Al-Sahhaf,


2.Handbook of Petroleum Processing, DAVID S. J. STAN JONES and PETER R. PUJAD´O, Springer, 2006
Amal, Elkila, Elsevier, 2010
3.Handbook of refining Petroleum processes, Robert A Meyer
2.Handbook of Petroleum Processing, DAVID S. J. STAN JONES and PETER R.
4.Hydrocarbon processes, Refining processes, 2004
PUJAD´O, Springer, 2006
5.Refining processes Handbook, Surinder Parkash, Elsevier, 2003
3.Handbook of refining Petroleum processes, Robert A Meyer
6.Petroleum refining, Conversion processes vol. 3, Pierre Leprince, IFP, editions Tecnip, 2001

4.Hydrocarbon processes,
7.Chemical Process Technology Refining
, J.A. processes, Van
Moulijn,M:Makkee,A.E. 2004
Diepen,Wiley,2013

5.Refining processes Handbook, Surinder Parkash, Elsevier, 2003


• Acetatos do curso de refinação, profª Filipa Ribeiro, IST
• Acetatos do Curso de refinação, Universidade Federal do rio 3,
Grande do Norte, Prof. Dr. Afonso Avelino
6.Petroleum refining, Conversion processes vol. Pierre Leprince, IFP, editions
Dantas Neto , Alexandre Gurgel, Ph.D.
Tecnip,
• 2001
curso Prof. Gilvan Júnior(Engenharia Química - UFS)(Tecnologia em Petróleo e Gás - UNIT)
• Acetatos Eduardo Falabellla ( Petrobras,CENPES; UFRJ,Escola de Quimica)
• Sebenta Prof .Pedro Brito Correia (UNL,FCT, 2011)
Unidade de FCC
Objectivo
Produção de gasolinas (50%) a partir de fracções pesadas de petróleo
( gasóleo de vácuo e resíduos, Teb>344ºC).

Incentivo para produzir grandes quantidades de alcenos ( C3 eC4, zeólito


ZSM5/Y) que são usados na industria petroquímica.

• Cracking Térmico (1ª guerra mundial)

Tem baixo rendimento em gasolinas ( elevada % C1e C2)

• Cracking catalítico ( 2ª guerra mundial)

• Produção de gasolinas com elevado IO

• A Unidade de craqueamento catalítico(FCC) é o coração da refinaria.


Cracking catalítico
• O craqueamento catalítico é um processo químico de
transformação de fracções de petróleo pesadas noutras
mais leves, através da quebra (cracking) das moléculas
que constituem as fracções pesadas.

• A carga é constituída por uma mistura de gasóleos de


vácuo que são produzidos na unidade de destilação.

• Pode-se usar ainda como carga adicional o óleo


desasfaltado formado a partir do resíduo de vácuo, caso a
refinaria possua uma unidade de desasfaltação.
As cargas de residuo de vácuo, têm muito enxofre e metais , estes
deve ser préviamento eliminado por Hidrotramento.

VIP

O H2S deve ser removido por absorção e convertido


no processo Claus
• 1936 Cracking catalítico usando reactores de leito fixo (vasos múltiplos que
alternam entre o cracking, stripping, regeneração e ciclos de purga). Melhoria
do rendimento e melhores propriedades do produto

• Até 1960, substituição por reactores de leito móvel com um regenerador em


separado, elevador pneumático para transporte de catalisadores.

• Durante 60 anos foram desenvolvidos várias configurações de FCC


• Existem mais de 350 unidades espalhadas mundo

• Capacidade total de processamento de ~15 milhões bpd

Licenciadores
• UOP
• Shell Oil Company
• SWEC/IFPABB Lummus Gloabal
• Exxon Research and Engineering
• Kellogg Brown & Root – KBR
• O cracking catalítico sofreu uma grande
revolução com a utilização de zeólitos como
catalisadores de cracking.
• A actividades catalítica aumentou e houve
necessidade de redesenhar as unidades
aproveitando as vantagens de usar esta
tecnologia.
• O reactor é de leito fluidizado, dando –se a
reacção num reactor de transporte pneumático
ascendente (riser) onde circula o catalisador e a
alimentação. Foram desenhados vários
regeneradores de catalisadores.
• A unidade de FCC depende principalmente do zeólito que
circula com a alimentação (vapor) num reactor de
transporte pneumático ascendente (riser) durante alguns
segundos .

• Os produtos de cracking são separados do sólido


(stripping) e são alimentados e separados numa coluna de
destilação.

• O catalisador circula para o regenerador onde o coque é


queimado sendo regenerado.

• A combustão do coque gera calor que é aproveitado


para a reacção endotérmica que ocorre no riser.
A unidade de FCC é constituída por:
• Secção de Reacção ou Conversão: Constituída pelo
reactor(riser) e o reactor de regeneração de catalisador
• Secção de Fraccionamento: Promove a separação da
corrente de saída do reactor em vários produtos, e
recupera e recicla parte dos gasóleos não-convertidos.
• Secção de Recuperação de Gases: Promove a
separação de fracções leves convertidas: gasolina, GLP
e gás combustível.
• Secção de Tratamentos: Promove o tratamento da
gasolina, GLP e gás combustível de modo a fazer a
comercialização ou transformação posterior noutros
produtos, com um teor de enxofre muito reduzido.
• Recentemente foram desenvolvidos novos processos de
FCC, tais como FCC Petroquímico (UOPpetro FCC), FCC de
resíduo e a produção de olefinas.
• Para maximizar a produção de propileno foi desenvolvido
o processo de cracking catalítico profundo (DFCC).
• Na maioria das refinarias o FCC é usado para produzir
gasolinas e olefinas (C4 e C5) e LPG. As olefinas podem ser
usadas na alquilação (alquilados C7 e C8) e na produção de
MTBE.
• A pirólise catalítica (2002) em condições mais severas de
cracking, permite obter produtos petroquímicos tais como
etileno, propileno, tenobus e aromáticos, Este processo
veio substituir o “steam cracking” na produção do etileno.
Permite usar cargas mais baratas e variar a razão de
etileno /propileno
Catalitic cracking pyrolisis (CCP) e “steam cracking”
produção de C3 e C2 .
Aumentar o rendimento em etileno
Condições severas de operação e catalisadores específicos
Rendimento elevado de propileno, olefinas leves e
aromáticos para petroquímica (UOP.Petro.FCC)
Alimentação
• A carga do FCC varia consoante a qualidade do
crude.
• É constituída tipicamente por VGO (gasóleo de
vácuo) (250-566ºC) e pode ter eventualmente
resíduos da coluna de destilação atmosférica .
• Pode conter destilados atmosféricos, resíduos de
vácuo, destilados de visbreaking e destilados de
coking.
• A carga é introduzida usando injectores de vapor,
de modo a ficar pulverizada sob a forma de gotas.
Produtos do FCC
• O catalisador quente, entra em contacto com
o óleo na base do reactor( Riser) .
• Virtualmente as reacções de cracking ocorrem
no Riser, este está ligado ao separador
(catalisador /vapor).
• O catalisador quente é descarregado num
stripper , enquanto o vapor é direccionado
para ciclones secundários de modo a remover
restos de catalisador.
• A corrente gasosa vai para o fraccionamento
principal e para a unidades de gás de modo a
separar os produtos.
• O catalisador desactivado entra num stripping com chicanas
onde os HC adsorvidos são deslocados pelo vapor e saiem com
os produtos na parte superior do reactor .
Isto previne a entrada destes compostos no regenerador, causando
um consumo mais elevado de ar e desactivando o catalisador. Esta
operação é semelhante à destilação com tabuleiros múltiplos.
• O catalisador entra no regenerador onde o coque é queimado
e é regenerado.
• O calor gerado na combustão fornece a energia necessária
para o processo.
• Havendo excesso de calor este pode ser removido por
arrefecedores externos.
• O catalisador regenerado flui de novo para a base do Riser,
sendo o ciclo completado.
• Durante um dia efectuam-se entre 100-400 ciclos.
Riser
• É um reactor de transporte pneumático ascendente(pistão
ideal), Diâmetro (60-180cm) e comprimento (25-30m)
• O vapor dispersa a carga em gotas muito pequenas
• P=2-3 bar
• T entrada =560-600ºC
Talimentação(260-370ºC) ; T catalisador (680-780ºC)
• T saida = 490-540ºC( reacções endotérmicas)
• Tempo de contacto 1-4s
• Caudal de vapor 3-6 kg/t de carga
• Coque < 0,05% ( p/p)
• Razão catalisador /carga 4:1 ,9-1 (p/p)
Reactor
• Separa apenas os produtos do cracking do
catalisador.
• A separação deve ser muito rápida para
evitar cracking térmico e catalítico
• Hoje em dia a separação é feita com
ciclones, seguida de stripping.
Stripping
• Injecção com vapor de água
• T-490-540ºc
• Caudal de vapor (2-5 Kg/t catalisador)
• Velocidade do vapor(0,23m/s)
• Fluxo de catalisador (2,4-3,4 kg/min m2)
• Stripping de enchimento, tabuleiros ou pratos o tempo de
contacto deve ser muito curto para evitar a transformação
dos produtos ( diminuir alcenos) e evitar a formação de
coque e desactivação do catalisador por sinterização.
• No stripper existe um válvula que controla o nível de
catalisador que é introduzido no regenerador
Regenerador
• O coque é queimado no regenerador e o catalisador deve sair com um teor em
coque <0,05%(p/p).
• P-3-4 bar
• Tentrada~500-550ºC
• Tsaida ~ 690-760ºC

• Operação é efectuada em leito fluidizado com Oxigénio que vem do ar e é


alimentado por compressores.
• Tempo de contacto 5-10 min
• Velocidade do ar 0,6-1,2m/s
• A combustão parcial ou total depende do tipo de cargas usadas. Normalmente
quando as cargas são pesadas a combustão é parcial, podendo realizar-se em duas
etapas e ou usando permutadores de calor.

• Pretende-se que a combustão seja total (704-732ºC). Por vezes adicionam-se


promotores da combustão de CO.
• Make up do catalisador (2-3% é feito a montante do regenerador e permite
aquecê-lo. O catalisador é mudado ao fim de 30-40 dias.
Standpipe
• O standpipe é o local de transferência de
catalisador regenerado que sai do
regenerador e vai para o riser.
• Os gases que saem da combustão mantêm o
catalisador fluidizado, mas também se pode
introduzir um gás inerte , ar ou vapor.
• A alimentação no Riser é regulada por uma
válvula que é controlada pela Temperatura
do reactor.
Gases de combustão

• Tem um quantidade apreciável de energia


(P 3-4 bar; T= 715ºC) e podem ser aproveitados
sendo usados numa turbina que por expansão
fornece energia eléctrica.
VIP
VIP
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Reaccções principais que ocorrem no FCC
Distribuição dos produtos de acordo com o tipo de catalisadores
Catalisadores de Craqueamento:
Divisão Cronológica
• CATALISADORES NATURAIS - argilas, como a
montmorillonita, sofriam tratamento ácido para a remoção
de sódio e magnésio
• CATALISADORES AMORFOS - géis de sílica e alumina,
produtos da reação de Na22SiO33 e Al22(SO44)33. Dividiam-se em
catalisadores de baixa alumina (10 a 15% de Al22O33) e alta
alumina (20 a 30% de Al22O33)
• CATALISADORES CRISTALINOS - Micro-esferas de 40
150 micra que têm como principal componente um
ZEÓLITO (aluminossilicato cristalino)
Catalisadores de Craqueamento:
Divisão Cronológica
CATALISADORES ZEOLÍTICOS
• aumento no rendimento em gasolina
• menor formação de coque e gás
• redução na octanagem RON da gasolina
• redução no RON deveu-se à redução no teor de
olefinas
• Catalisadores zeolíticos promovem a reacção de
TRANSFERÊNCIA DE HIDROGÉNIO
Catalisadores de Craqueamento:
Divisão Cronológica
Actualmente, os catalisadores têm sido continuamente
modificados com o objetivo de processar melhor resíduos.
Para tal, devem:
• Desfavorecer a formação de coque
• Promover conversão de fundos
• Apresentar resistência a metais (V, Ni e Fe)
• Face ao controle de chumbo, apresentar bom desempenho
em termos de OCTANAGEM
Catalisador de FCC: Componentes
De um modo geral, os componentes do catalisador de
craqueamento são classificados de acordo com a função
que desempenham no processo.
[a] COMPONENTE ATIVO
[b] MATRIZES
• Matriz ativa
• Matriz inerte
• Matriz sintética
[d] INGREDIENTES FUNCIONAIS
VIP
Catalisador de FCC: Componentes

COMPONENTE ATIVO
• Responsável pela maior actividade do catalisador
• São zeólitos faujasitas (50% do volume vazio),
aluminossilicatos muito ácidos
• Atualmente, outro zeólito (ZSM-5) tem sido usado
como promotor de octanagem
• ZSM-5 apresenta seletividade de forma,
craqueando preferencialmente parafinas lineares
Catalisador de FCC: O zeólito

Moléculas pequenas penetram


são transformadas
Moléculas grandes não penetram
Catalisador de FCC: o Zeólito

• Sintetizado na forma sódica (NaY), necessita de


ser activado (geração de centros ácidos H++)
• Tal activação é feita em duas etapas
(a) troca com sais de NH44++ ou de terras raras
(b) calcinação na presença de vapor de água
• A calcinação é extremamente complexa,
produzindo, além dos centros de Broensted,
várias modificações estruturais
Catalisador de FCC: o Zeólito

CALCINAÇÃO
Catalisador de FCC: Componentes
MATRIZES
• Promovem conversão de fundos
• Aumentam a actividade global do catalisador
• Devem apresentar tolerância a V e Ni e a compostos
nitrogenados
• Devem apresentar algum efeito DESOX
• Devem possuir características ligantes
https://youtu.be/Qt5QoD8oJdM FCC
https://youtu.be/JplAKJrgyew explosão FCC
https://youtu.be/9zmH856Ri6s FCC

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