Processos Industriais II

Refinaria de Petróleo:
Alquilação

Bianca Cogo, Bruno Siqueira, Gabriel Lopes, Geovanna Chaves, Greice Alvarenga, Isis Lima, Nathã Tavares e
Vitória Bona.
 ● Refinarias - Processos de Conversão
● Introdução
● Agente de alquilação
Sumário ●
●
Tipos de alquilação
Tecnologia para as reações
● Exemplo de reações
● Estudo na área
 1ª Etapa: Classificação do petróleo

- Grau de API;
- Teor de Enxofre;
- Tipo de hidrocarbonetos;
- Viscosidade;
- Teor de metais;
- Ponto de fluidez;

Refinarias 2ª Etapa: Dessalgador

de Petróleo Equipamento destinado a remoção de sais inorgânicos, água e sedimentos que

estão dissolvidos no petróleo.

- Aquece o petróleo;
- Adiciona-se água para dissolução dos sais;
- Adiciona-se coagulante da água;
- Campo elétrico para favorecer a coagulação;
- Decantador para separar as fases formadas.
 3ª Etapa: Refino
Processo de separação (fraciona e separa os constituintes do petróleo,
baseando-se na volatilidade de cada componente).
- Seção atmosférica: separa frações até 360 ºC

- Seção a vácuo: reduz a pressão sobre o

Refinarias líquido, reduzindo assim a temperatura de
ebulição e separando as frações restantes.

de Petróleo Processo de transformação

- Conversões químicas dos derivados do
petróleo;

Processos de acabamento
- Remoção de impurezas por processos
físicos ou químicos para acabamentos
necessários ao produto.
 ● A matéria-prima é proveniente do processo de refino do petróleo,
onde se obtém seus derivados, podendo assim realizar as
conversões químicas;

● Qual o objetivo de realizar os processos de conversões?

Processos Modificar a composição molecular de uma fração, com o intuito de

valorizá-la economicamente, obtendo uma ampla faixa de produtos;

de ● Através de reações de quebra, reagrupamento ou reestruturação

molecular;
Conversão ● Dentre os processos, temos a síntese de rearranjo molecular, como a
alquilação, que consiste em formar hidrocarbonetos de cadeias
ramificadas mais longas.
 Processo de alquilação é definido como
introdução de grupos alquil ou aril (-R) por
Introdução substituição ou adição, em compostos
orgânicos.
 Consiste na reação de adição de duas
moléculas leves para a síntese de uma
terceira de maior peso molecular,
catalisada por um agente de forte caráter
ácido.
Obtém-se cadeias ramificadas a partir de
olefinas leves, constituindo a rota utilizada
Introdução na produção de gasolina de alta
octanagem, a partir de componentes do
GLP, utilizando como catalisador o HF ou o
H2SO4
Octanagem é a capacidade que o combustível tem, em
mistura com o ar, de resistir a altas temperaturas na câmara
de combustão, sem sofrer detonação.
 São considerados três tipos de processos,
segundo a forma de ligação que se efetua:

- O-alquilação: substituição de um
hidrogênio em um grupo hidroxi de
álcoois ou fenóis;
Introdução - N-alquilação: substituição de um
hidrogênio ligado a um átomo de
nitrogênio;
- C-alquilação: substituição de um
hidrogênio em hidrocarbonetos.
 Na indústria do petróleo obtêm-se
primeiro a gasolina por destilação
Introdução fracionada e posteriormente prepara-se
por cracking as frações mais pesadas.
 Atualmente, grande parte da gasolina
é obtida por procedimentos
sintéticos.
Neste sentido, o método de
fabricação tem como base a
Introdução alquilação de olefinas, com o
emprego de catalisadores.
Olefinas: são hidrocarbonetos com um par de
átomos de carbono que se unem por uma ligação
dupla. Geralmente, são derivados de constituintes
de petróleo de baixo peso molecular.
Ex: etileno e propileno.
 No geral, os haletos de alquila, como
brometos, fluoretos ou iodetos, são
utilizados como agentes de alquilação.

Agente No contexto do refino de petróleo,

alquilação refere-se a particular alquilação
de de isobutano com olefinas (alcenos).
Alquilação
 As reações de alquilação podem ser nucleofílicas ou eletrofílicas e
ocorrer por adição ou substituição. A alquilação formará prontamente
ligações de carbono entre átomos de nitrogênio, fósforo, oxigênio e
enxofre em compostos orgânicos.

Tipos Exemplos conhecidos

de ● Alquilação de um aldeído ou cetona para formar ligações C-C
Alquilação ●
(Reação de Grignard)
Reação de acoplamento de um haleto de alquila e um
organometálico para formar uma ligação C-C (reação de Wurtz)
● Alquilação de anéis aromáticos por meio de haleto de alquila
(reação de alquilação de Friedel-Crafts)
● Alquilação de haletos de alquila (reação de acoplamento
cruzado de Suzuki)
Alquilação
catalítica
Consiste na reação de
adição de duas moléculas
leves para a síntese de uma
terceira de maior peso
molecular, catalisada por
um agente de forte caráter
ácido.
 Alquilação em química orgânica compreende
muitas classes de reação, mecanismos e condições
de reação, exigindo que os parâmetros de controle
do reator e a capacidade de análise sejam
igualmente versáteis.
Tecnologia
para as O rendimento e a seletividade da reação são
função do substrato, do reagente alquilante e das
Reações variáveis da reação. Essa combinação de requisitos
torna a necessidade de análise in situ e controle
preciso de variáveis um objetivo importante na
otimização das reações de alquilação.
Tecnologia
para as
Reações
● Reatores químicos e calorímetros de reação cumprem funções
importantes para garantir que a energia da reação seja bem
compreendida e que o efeito das variáveis no desempenho da reação
seja adequadamente modelado.
Tecnologia
para as
Reações
● FTIR in situ e espectrômetros Raman são úteis para rastrear e
monitorar as espécies da reação principal, fornecendo informações
cinéticas e mecanísticas.
 ● Quando se requer uma análise off-line das amostras da reação, o EasySampler
permite a remoção de amostras in situ totalmente automatizada e
reprodutível.

Tecnologia
para as
Reações
Essas três tecnologias in situ usadas em conjunto com reatores
automatizados oferecem ao químico uma compreensão completa de
como as condições e as variáveis da reação estão relacionadas ao
desempenho geral da reação.
 ● Processo do Cumeno (ou Processo de Hock)
○ O cumeno (isopropilbenzeno) é formado via alquilação de
Friedel-Crafts em fase gasosa do benzeno pelo propileno.
Exemplo ○ Estes são comprimidos em conjunto a 30 atm e 250°C, na
presença de um ácido de Lewis, geralmente ácido
de fosfórico.
○ A partir do cumeno pode-se obter o fenol.
Reações
 ● O Cumeno é oxidado, levando a remoção do hidrogênio
benzílico terciário e formando um radical.

Exemplo
de ● O Cumeno radicalar liga-se a uma molécula de oxigênio,
Reações originando um radical peróxido.
 ● Em seguida forma-se um hidroperóxido pela captura de
um hidrogênio benzílico de outra molécula de Cumeno.

Exemplo
de
Reações ● Essa captura regenera o radical do Cumeno que irá
alimentar posteriores reações de formação de
hidroperóxidos.
● O hidroperóxido de cumeno é hidrolisado em meio ácido
originando fenol e acetona.
 ● No primeiro passo, o átomo de oxigênio terminal do
hidroperóxido é protonado, e então o grupo fenila migra
para o oxigênio adjacente, liberando uma molécula de
água e originando um carbocátion terciário estabilizado
por ressonância.
Exemplo
de
Reações
 ● Este carbocátion é atacado por uma molécula de água.
● Um próton é transferido para o oxigênio da ligação éter,
● e o íon final quebra formando acetona e fenol.

Exemplo
de
Reações
Estudo na ●
área

(SALGADO, 2016)
 - Alquilação do isobutano → produção de alquilato (alta
octanagem para preparo de gasolina premium);

- Produção do alquilato → se utiliza de catalisadores de caráter

ácido (líquido) HF ou H2SO4;
PROBLEMAS DE
SEGURANÇA E
MEIO AMBIENTE
Estudo na JUSTIFICATIVA :

área - Uso de um catalisador sólido → para evitar o uso de ácidos

líquidos tóxicos e corrosivos;

- Facilita as etapas de separação (evitando a formação de

emulsões fortes hidrocarboneto-ácido);

OBJETIVO: criar um sistema de reação para alquilação do

isobutano usando um catalisador sólido.
 - Além da preocupação com SEGURANÇA e o PROBLEMAS
AMBIENTAIS relatados com o uso de catalisador líquido:

● Problemas de corrosão nos equipamentos e alta demanda

por materiais sofisticados para construção;
● Separação e a regeneração dos ácidos em diferentes
Estudo na equipamentos necessários;
●
área Problemas relacionados com a estabilidade da emulsão
 - MELHORIAS DESEJADAS E NECESSIDADES:

● Evitar o uso de catalisador ácido;

● Minimizar reações de oligomerização;
●
Estudo na Assegurar um curto tempo de contato das olefinas como
catalisador (operar sobre controle cinético).

área
 - TÓPICOS AVALIADOS:

● Cinética e modelagem das reações de alquilação;

● Design do catalisador;
● Estratégia de injeção e dispersão;
● Hidrodinâmica e regime do escoamento;
Estudo na ● Comparação com o processo de alquilação convencional

área
 ● Proposto um catalisador
ácido sólido zeolítico
para substituição
● Zeólita ꞵ obteve o
melhor resultado;

Estudo na ● Catalisadores com alta

concentração de sítios
de Bronsted foram mais
área adequados para a
alquilação do isobutano;
● Essa concentração pode
ser aumentada
diminuindo a razão Si/Al;
 CONCLUSÃO:

● Mais pesquisas experimentais foram recomendadas para

obter dados mais robustos acerca do estudo teórico;

Estudo na ● Obtenção de dados relacionados aos aspectos operacionais,

como tempo de condições de processo e regeneração do
área catalisador;

● Outro aspecto a ser avaliado é o custo de fabricação do

catalisador sólido e a dificuldade em relação ao seu formato.
 ● BARCZA, M. V. Etil Benzeno, Isopropil Benzeno, Metil Benzeno e Terc
Butil éter. Escola de Engenharia de Lorena - USP. 2018.
● RODRIGUES, J. Processo do Cumeno. Laboratório Online. 2019.
Disponível em:

Referências <https://www.fciencias.com/2019/05/23/processo-do-cumeno-laborator
io-online/> Acesso em: 29 de março de 2023.
● SALGADO, H. Preliminar concept of a reaction system for alkylation of
isobutane on a solid catalyst. Journal of oil, gas and alternative energy
sources, v.6, n. 3, p. 91-104, 2016.