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PROCESSOS CATALÍTICOS DE

REFINO DO PETRÓLEO:
CRAQUEAMENTO, REFORMA E
ALQUILAÇÃO
Componentes:
Antonio Calmon;
Gabriel Tonaco;
Marcos Vinicius;
Ohanna Dominguez

Docente: José Antônio de Carvalho Cunha


REFINO

 O refino do petróleo compreende uma série de operações físicas e


químicas interligadas entre si que garantem o aproveitamento
pleno de seu potencial energético através da geração dos cortes, ou
produtos fracionados derivados, de composição e propriedades
físico-químicas determinadas.

 Refinar petróleo é, portanto, separar suas frações e processálas,


transformando-o em produtos de grande utilidade.
REFINO

 O petróleo bruto é uma complexa mistura líquida de compostos


orgânicos e inorgânicos em que predominam os hidrocarbonetos,
desde os alcanos mais simples até os aromáticos mais complexos.

 O petróleo tem uma composição centesimal com pouca variação, à


base de hidrocarbonetos de série homólogas.

 Os hidrocarbonetos formam cerca de 80% de sua composição


REFINO

 Todos os tipos de petróleos contêm efetivamente os mesmos


hidrocarbonetos, porém em diferentes quantidades.

 A quantidade relativa de cada classe do hidrocarboneto presente é


muito variável de petróleo para petróleo. Como conseqüência, as
características dos tipos de petróleo serão diferentes, de acordo com
essas quantidades.
REFINO

 Uma forma simples de separar os constituintes básicos do petróleo


é promover uma destilação da amostra. Com isso, obtêm-se curvas
de destilação características, que são gráficos de temperatura
versus volume percentual de material evaporado. Determinam-se,
assim, os tipos de hidrocarbonetos presentes na amostra analisada,
em função das faixas de temperatura dos materiais destilados
O PROCESSO DE CRAQUEAMENTO
CATALÍTICO

 É um processo de refino que visa a aumentar a produção de


produtos de maior valor comercial, tais como gasolina e GLP,
através da conversão de cortes pesados provenientes da destilação
do petróleo
O PROCESSO DE CRAQUEAMENTO
CATALÍTICO

 Os processos de craqueamento surgiram da necessidade de


produção de gasolina em quantidade e qualidade suficientes para
atender à crescente demanda desse combustível, nos Estados
Unidos, em face do crescimento da indústria automobilística, no
início do século XX.

 Até 1913, toda a gasolina produzida era obtida por destilação


direta do petróleo.
O PROCESSO DE CRAQUEAMENTO
CATALÍTICO

 O método de craqueamento utilizado no princípio foi o


craqueamento térmico . Porém, este método apresentava algumas
desvantagens, tais como:
 tempos de campanha extremamente reduzidos devido à formação
de coque nos tubos do forno e na câmara de reação;
 altas pressões de operação

 baixas conversões
O PROCESSO DE ALQUILAÇÃO
 Esse processo também chamada de alquilação de Friedel-Crafts,
pois em 1877 um químico francês, Charles Friedel, e seu
colaborador norte-americano, James Mason Crafts, descobriram
esse método com o objetivo de preparar alquilbenzenos.

 As reações de alquilação são aquelas que ocorrem com o objetivo de


se obter alquilbenzeno, isto é, compostos cuja estrutura tenha um
benzeno com um grupo substituinte. Geralmente, ocorrem
entre aromáticos e haletos orgânicos
O PROCESSO DE ALQUILAÇÃO
 gasolina de baixa octanagem (não resiste à compressão) sofre
combustão prematura, pela simples compressão.

 gasolina de alta octanagem (resiste à compresão) sofre combustão


diante de uma faísca produzida pela vela do motor
A REFORMA CATALÍTICA
 reforma catalítica (reforming), em que, como o próprio nome indica,
o objetivo é “reformar ou reestruturar” as moléculas,
transformando cadeias normais de hidrocarbonetos em cadeias
ramificadas, cíclicas e aromáticas.

 É fundamental na produção de gasolina. Seu objetivo é aumentar


a octanagem da nafta pesada obtida na destilação atmosférica do
petróleo cru.
CRAQUEAMENTO CATALÍTICO
 É um processo químico que transforma frações mais pesadas em
outras mais leves através da quebra de moléculas dos compostos
reagentes, fazendo o uso de catalisadores.
 Três formas de catalisador podem ser listadas: baixa alumina,
contendo de 11% a 13% em Al 2 O 3; alta alumina, com 25% em Al
2 O 3; e zeolítico, de estrutura cristalina.
 Esse processo possui algumas limitações : devem possuir faixa de
destilação entre 340ºC a 570ºC, possuir resíduo de carbono baixo
em torno de 1,5% em massa para minimizar-se a formação de
coque;
 baixo teor de metais para que a atividade e a seletividade do
catalisador seja menos afetada, possuir elevado fator de
caracterização, quanto mais parafínica for à carga, mais facilmente
será craqueada.
 queima do coque durante a regeneração do catalisador – promovida
no regenerador – o processo tem energia necessária para o
craqueamento
UNIDADE DE FCC É CONSTITUÍDA DAS SEGUINTES SEÇÕES

Fonte: NUPEG,2018
PROCESSO DE
CRAQUEAMENTO
CATALITICO

Fonte: Rafael Nobrega,2014


HIDROCRAQUEAMENTO
 HCC é um processo de craqueamento catalítico realizado sob
pressões parciais de hidrogênio elevadas, que consiste na quebra de
moléculas existentes na carga de gasóleo por ação complementar de
catalisadores e altas temperaturas e pressões.
REFORMA CATALÍTICA
A reforma catalítica é um importante processo industrial usado para
aumentar o número de octanagem da gasolina e para produzir
aromáticos que servem de matéria-prima para a indústria
petroquímica;produção de benzeno, tolueno e xilenos (BTX);

Além dos reformados, são produzidos hidrogênio e gás liquefeito de


petróleo (GLP), composto por propano e butano;

O hidrogênio é um subproduto da reação de reforma que é reutilizado


nos processos de hidrotratamento, hidrocraqueamento ou como
combustível.
PROCESSO DE REFORMA CATALÍTICA

Fonte: Petrobras 2002 apud Conceição,2010.


PROCESSO SEMI-REGENERATIVO DE UMA UNIDADE DE
REFORMA CATALÍTICA

Fonte: (GARY; HANDWERK, 1994 apud Conceição,2010)


PROCESSO DE REFORMA CÍCLICA

Fonte: Ancheyta,2011 apud Rodrigues,2014


PROCESSO DE REFORMA CATALÍTICA COM REGENERAÇÃO
CONTÍNUA

Fonte: Ancheyta,2011 apud Rodrigues,2014


VARIÁVEIS DE PROCESSO NA REFORMA

Fonte: Rodrigues, 2014


ALQUILAÇÃO CATALÍTICA
 Definição:
 Adição de duas moléculas leves = terceira molécula de maior peso
molecular;
 Catalisador: Agente Ácido .

 GLP + Olefinas leves (Cadeias Ramificadas) = Gasolina de Alta


Octanagem;
ALQUILAÇÃO CATALÍTICA – PROCESSO GASOLINA DE A.O
 Utilização de Isoparafina (Isobutano – presente no GLP) no
processo;
 Olefinas – Propeno, Buteno, Pentenos;

 Catalisador: HF ou H2SO4;

 Resultado – Produção Primária:


 Gasolina sintética empregada como combustível de aviação;
 Gasolina automotiva de alta octanagem

 Resultado – Produção Secundária:


 Nafta pesada;
 N-Butano de alta pureza;
 Propano.
ALQUILAÇÃO CATALÍTICA – PROCESSO
 Síntese de compostos intermediários:
 Etil-benzeno (produção de poliestireno);
 Isopropril-benzeno (produção de fenol e acetona);
 Dodecil-benzeno (matéria-prima de detergentes).
ALQUILAÇÃO CATALÍTICA - SESSÕES
ALQUILAÇÃO CATALÍTICA
 Fatores Influenciadores na reação:
 Relação entre Isobutano/Olefinas;
 Constante em um valor alto;
 Evita a polimerização das olefinas;

 Temperatura:
 Entre 5 °C e 10 °C para o H2SO4;
 Entre 27 °C e 38 °C para o HF;

 Tempo de Reação:
 Tempo de residência da mistura;
 Pressão:
 Desempenho dos Catalisadores;
 Não é uma variável do Processo.
REFERÊNCIAS
http://www.nupeg.ufrn.br/downloads/deq0370/curso_refino_ufrn-
final_1.pdf
Conceição.S.C.K. Efeito do Método de Preparação sobre as Propriedades de
Catalisadores Trimetálicos para a Reforma de Nafta de Petróleo.
UFBA(Universidade Federal da Bahia). Salvador-BA,2010.

Rodrigues.M.C. DESENVOLVIMENTO DE MODELO MATEMATICO DO


SISTEMA REACIONAL DE UMA UNIDADE INDUSTRIAL DE REFORMA
CATALITICA DE NAFTA COM LEITO MÓVEL. Escola Politécnica da
Universidade de São´Paulo,2014.

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