Você está na página 1de 14

www.academiadomecanico.com.

br

7. Classificações de desempenho

Os fabricantes de equipamentos e a indústria petrolífera vêm desenvolvendo várias maneiras de classificar


e descrever os lubrificantes, tentando atender as evoluções dos equipamentos, as condições operacionais,
qualidade e tipos de combustíveis empregados e, mais recentemente, legislações ambientais (atuais e
futuras), principalmente relativas a emissões.
Na área automotiva, as classificações são:
• por tipo de ciclo de motor: Otto (gasolina, álcool, gás natural) e diesel
• por tipo de veículo: leve (automóveis, pick-ups e utilitários) e pesados (caminhões, ônibus e equipamentos
pesados)
• por revoluções de funcionamento: 2 tempos e 4 tempos
• por área geográfica: americanas, europeias e asiáticas.

7.1 Classificações americanas


7.1.1 Classificação API para óleos de motores a gasolina
A letra “S” seguida de outra letra (por exemplo, SL) refere-se a óleo adequado para motores a gasolina.
Segundo a API, “S” é uma categoria para serviço de uso pessoal (service).
Por coincidência, “S” pode representar “spark ignition” (ignição por centelha), que é a forma da combustão
nos motores a gasolina.
A segunda letra é atribuída alfabeticamente na ordem de desenvolvimento.

Abaixo um comparativo entre as classificações mais recentes:


www.academiadomecanico.com.br

7.1.2 Classificação ILSAC para óleos de motores a gasolina


A API criou também um sistema de certificação de fácil visualização (apenas os produtos que atendem a
última especificação podem receber o símbolo conhecido como “Starburst” nas suas embalagens). Os óleos
têm correlação direta com os óleos da classificação API, mas atendem a testes de performance mais
severos, entre eles o de economia de combustível. As classificações são na seqüência histórica GF-1(SH),
GF-2(SJ), GF-3(SL), GF-4(SM).
A ILSAC (International Lubricant Standardization and Approval Committee) compreende os fabricantes
americanos (AAMA) e japoneses (JAMA).

7.1.3 Classificação API para óleos de motores a diesel


www.academiadomecanico.com.br

A letra “C” seguida de outra letra (por exemplo CF) refere-se a óleo adequado para motores diesel. Segundo
a API, “C” é uma categoria para uso comercial (commercial).
Por coincidência, a letra “C” representa “Compression Ignition” (ignição por compressão), que é a forma de
ignição dos motores diesel.
A segunda letra também é atribuída alfabeticamente na ordem de desenvolvimento.
Como pode ser visto no gráfico, há uma subdivisão na categoria API para motores a diesel para atender os
segmentos de motores diesel de dois tempos (principalmente ferroviários), motores diesel grandes (com
foco nos motores marítimos que consomem combustíveis de alto teor de enxofre) e motores “rodoviários”
(onde estão incluídas as especificações mais modernas para motores de caminhões e ônibus).

Abaixo um comparativo entre as classificações mais recentes:


www.academiadomecanico.com.br

7.1.4 Programa de certificação da API

Este programa define, certifica e monitora o desempenho do óleo de motor que os fabricantes de veículos e
motores consideram necessário para a vida e o desempenho satisfatórios do equipamento. O sistema inclui
um processo de auditoria anual para verificar se os produtos licenciados no mercado cumprem os termos
do acordo de licenciamento da API.

7.2 Classificações Européias


7.2.1 Classificação ACEA para óleos de motores a gasolina e diesel
leve

Em 2004 a ACEA unificou as duas classificações que historicamente eram distintas: A classificação ACEA
A”X” para motores a gasolina e a classificação ACEA B”X” para motores a diesel de veículos leves. Isto faz
bastante sentido na Europa porque praticamente todos os veículos estão disponíveis nas duas
motorizações.
Em 2004 foi criada uma classificação específica para os veículos equipados com catalizadores especiais
para redução de poluentes. Estes óleos ACEA C”X” têm um nível de desempenho equivalente a um ACEA
A5/B5, mas com limites químicos bastante mais restritivos.
www.academiadomecanico.com.br
www.academiadomecanico.com.br

7.2.2 Classificação ACEA para óleos de motores a diesel pesado

Em 2004 foi criada uma classificação específica para os veículos equipados com catalizadores especiais
para redução de poluentes. Estes óleos ACEA E6 têm um nível de desempenho equivalente a um ACEA
E7, mas limites químicos bastante mais restritivos.
www.academiadomecanico.com.br
www.academiadomecanico.com.br

7.3 Classificação de fabricantes automotivos


7.3.1 Ford

7.3.2 Mercedes

7.3.3 Volkswagen
www.academiadomecanico.com.br

7.3.4 Volvo

7.4 Classificações para Motores 2 tempos refrigerados a ar


www.academiadomecanico.com.br

7.5 Classificações para Motores 2 tempos refrigerados a água

7.6 Classificação API para óleos de transmissões manuais e eixos


www.academiadomecanico.com.br
www.academiadomecanico.com.br

7.7 Classificações de óleos de transmissões automáticas


7.7.1 Dexron (GM)

7.7.2 Allison
www.academiadomecanico.com.br

7.7.3 Caterpillar

7.7.4 ZF
Especificação TE-ML-14
Apenas um exemplo das diversas especificações ZF.
www.academiadomecanico.com.br

7.7.5 Classificações de fluidos para freios

Os fluidos de freio DOT 3, DOT 4 e DOT 5.1 são produtos químicos (normalmente misturas de ésteres de
glicol ou poliglicois) e por isso não podem ser misturados com produtos minerais ou a base de silicone. Os
fluidos DOT 5.0 normalmente são a base de silicone, podem ser utilizados em diversos sistemas de freios
(são compatíveis com os vedadores de borracha), mas nunca devem ser misturados com os fluidos de freio
DOT 3, DOT 4 e DOT 5.1.
Os fluidos de freio tipo LHM são de base mineral e são específicos para algumas aplicações, como sistemas
hidráulicos centrais de veículos Citröen, e não devem ser utilizados em sistemas que requeiram as
especificações DOT 3, DOT 4 e DOT 5.1.
Há também no mercado produtos DOT 3+ e DOT 4+ que são produtos intermediários com maior ponto de
ebulição, mas com os demais limites ou características das especificações DOT 3 e DOT 4, respectivamente.

Você também pode gostar