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Combustível, Lubrificantes e Limpeza de tanques

FORMADOR: ADÃO KIMONHA


O QUE É LUBRIFICAÇÃO?
Lubrificar é aplicar uma substância (lubrificante) entre duas superfícies em movimento relativo,
formando uma película que evita o contacto directo entre as superfícies, promovendo
diminuição do atrito e, consequentemente, do desgaste e da geração de calor.
Os primeiros lubrificantes eram de origem animal. Com o passar do tempo o homem foi
aperfeiçoando e criando novos inventos e, por necessidade, os lubrificantes evoluíram e
passaram a ter bases de origem vegetal, mineral e sintética.
Os modernos lubrificantes automotivos são uma composição de óleos básicos - que podem ser
minerais ou sintéticos, com aditivos. Grande parte dos lubrificantes automotivos utilizados
actualmente são obtidos a partir do Petróleo (mineral), ou produzidos em Usinas de Química
Fina (sintético). Às matérias-primas com características lubrificantes obtidas através do
refinamento do Petróleo ou das Usinas Químicas, damos o nome de Bases Lubrificantes.
Bases Lubrificantes
As Bases Lubrificantes são seleccionadas de acordo com sua capacidade de: formar um filme
deslizante protector das partes móveis; resistir às constantes tentativas do calor e do oxigénio
de alterarem suas propriedades; resistir a choques e cargas mecânicas sem alterar seu poder
lubrificante; remover calor dos componentes internos do equipamento. Para oferecer outras
características de desempenho e protecção, são adicionados às bases lubrificantes alguns
componentes químicos que são chamados de Aditivos.
Base Lubrificante Mineral: é obtida através do refinamento do petróleo.
•Exploração
•Refinaria
Bases Lubrificantes
Base Lubrificante Sintética: é obtida através de reacções químicas realizadas em Laboratórios.
•Sintético
Lubrificar: a função primária do lubrificante é formar uma película delgada entre duas
superfícies móveis, reduzindo o atrito e suas consequências, que podem levar à quebra dos
componentes.
Refrigerar: o óleo lubrificante representa um meio de transferência de calor, "roubando" calor
gerado por contacto entre superfícies em movimento relativo. Nos motores de combustão
interna, o calor é transferido para o óleo através de contactos com vários componentes e, em
seguida, para o sistema de arrefecimento de óleo.
Bases Lubrificantes
Limpar e manter limpo: em motores de combustão interna uma das principais funções do
lubrificante é retirar as partículas resultantes do processo de combustão e manter estas
partículas em suspensão no óleo, evitando que se depositem no fundo do Carter e provoquem
incrustações.
Proteger contra a corrosão: a corrosão e o desgaste podem resultar na remoção de metais do
motor, por isso a importância dos aditivos anticorrosivo e antidesgaste.
Vedação da câmara de combustão: o lubrificante lubrifica e refrigera, além de agir como agente
de vedação, impedindo a saída de lubrificante e a entrada de contaminantes externos ao
compartimento.
VISCOSIDADE
Outros aspectos importantes que caracterizam um óleo lubrificante são a sua viscosidade e seu
nível de desempenho. Viscosidade é definida como a resistência que um fluido oferece ao seu
próprio movimento. Quanto menor for a sua viscosidade, maior será a sua capacidade de escoar
(fluir).
A temperatura do teste deve ser constante, pois a viscosidade é uma propriedade que se altera
de acordo com a variação da temperatura. Quanto maior for a temperatura, maior será a
facilidade de escoamento, e quando em temperaturas baixas, o fluido oferece maior maior
resistência ao escoamento devido ao aumento da viscosidade.
Viscosidade x Temperatura

Assim, quanto mais quente estiver o óleo, menos viscoso ele fica e o contrário também vale. Quanto
mais frio estiver o óleo, maior será sua viscosidade e ele fluirá mais lentamente. Todo óleo passa por
esse comportamento, mas dependendo do tipo de óleo básico, esse comportamento será um pouco
diferente:
Alta e Baixa viscosidade

Alta viscosidade
Um óleo de viscosidade alta teria maior resistência para fluir, portanto demoraria mais tempo para circular
dentro do motor. Também aumentaria o consumo de combustível, já que exige mais energia para fazer
circular o óleo. A película ou filme lubrificante seria maior, gerando maior proteção.
Baixa viscosidade
Um óleo de baixa viscosidade teria mais fluidez, portanto demoraria menos tempo para circular dentro do
motor principalmente na partida a frio. Da mesma maneira, economiza mais combustível pois exige menos
esforço do motor para se movimentar. No entanto, a baixa viscosidade produz uma película ou filme
lubrificante menor, gerando menor proteção se comparado ao caso acima.
Aqui já é possível entender que a viscosidade, entre outros fatores, é definida pelo fabricante de acordo com
o projeto do motor (ou transmissão, diferencial, etc.) levando em consideração muitos fatores, experimentos
e cálculos, de maneira que não cabe uma mudança sem que se saiba muito bem o que está fazendo. Existem
pontos e contrapontos importantes com os quais só o fabricante poderia decidir qual a viscosidade adequada,
exceto em raros casos.
Classificação SAE para óleos de motor

A classificação SAE divide os óleos lubrificantes em dois grupos: óleos de "grau de inverno" -
óleos que possibilitem uma fácil e rápida movimentação, tanto do mecanismo quanto do próprio
óleo, mesmo em condições de frio rigoroso ou na partida a frio do motor, e cuja viscosidade é
medida a baixas temperaturas e tem a letra W acompanhando o número de classificação. Os
testes para óleos de grau de inverno levam em consideração a resistência que o mesmo oferecerá
na partida a frio do motor e a facilidade de bombeamento e circulação em baixas temperaturas.

 Óleos de "grau de verão" - óleos que trabalhem em altas temperaturas, sem o rompimento de
sua película lubrificante, pois quanto mais quente o óleo, menos viscoso ele se apresenta. Os
óleos de grau de verão têm sua viscosidade medida em altas temperaturas e não possuem a letra
W- óleos que trabalhem em altas temperaturas. Os testes dos óleos de grau de verão verificam a
operabilidade do lubrificante em altas temperaturas, ou seja, a sua capacidade de oferecer
protecção em regimes extremos.
Classificação SAE para óleos de motor

Existem óleos que, ao mesmo tempo, atendem a estas duas exigências, é o caso dos Óleos
Multiviscosos, cuja classificação reúne graus de óleos de inverno e de verão.
Classificação de Serviço API
Esta classificação está relacionada ao nível de desempenho do lubrificante - é a avaliação da qualidade da proteção
fornecida pelo lubrificante ao mecanismo que está sendo lubrificado.
O elevado grau de desenvolvimento da indústria automobilística mundial requer normas e padrões internacionais
para a avaliação e homologação de produtos.
No caso de lubrificantes, o Instituto Americano do Petróleo estabelece os parâmetros de desempenho, através de
uma sequência de testes complexos e específicos, de acordo com metodologias padronizadas pela ASTM
(American Society for Testing and Materials).
O API não é o único orgão que homologa e testa lubrificantes, temos também:

- ACEA: Association of Constructors of European Automobiles;


- ILSAC: International Lubricant Standardisation & Approval Committee,
- Montadoras: os fabricantes de veículos e de motores também têm desenvolvido testes e especificações próprias
para lubrificantes.
Avaliação de desempenho dos lubrificantes

Uma sequência de testes de campo e em laboratórios de motores é definida e recebe um nome,


por exemplo: API SJ
Os motores são abastecidos com o lubrificante a ser avaliado e colocados em funcionamento em
condições rigidamente controladas, refletindo o trabalho de vários modelos nas mais variadas
aplicações.
A sequência de testes determina os padrões de condições que os componentes internos do
motor devem apresentar após rodar com o lubrificante em teste. Estes padrões levam em conta
o nível de proteção, desgaste dos componentes, limpeza, contaminação, etc.
Classificação API para óleos de motor
Momento da troca de oleo do motor
Quem define o período para a troca de óleo não é o fabricante do óleo e sim a montadora do
veículo. As montadoras definem a periodicidade para a troca de óleo baseada em ensaios de
durabilidade efetuados em campo e em laboratórios.
Esta periodicidade é válida tanto para óleo mineral, quanto para os sintéticos e a mesma varia
de acordo com o regime de utilização do veículo. No momento de se realizar a troca, é muito
importante levar em consideração, além da recomendação do fabricante, as condições de
operação do veículo, pois as mesmas é que definirão o período correto para a próxima troca. Por
isso, alguns veículos necessitam de trocas de óleo mais frequentes, pois operam em condições
que exigem mais dos motores. Veja algumas dessas condições
*
Momento da troca de oleo do motor
Dirigir predominantemente em trânsito urbano ou intenso;
Dirigir em altas velocidades;
Períodos longos com o carro parado (ex.: utilizar somente em fins de semana);
Períodos com o carro parado seguidos por avanços em alta velocidade (como taxis, carros de
polícia / bombeiros);
 Viajar distâncias curtas frequentemente, abaixo de 6 km, e parar o veículo;
Dirigir frequentemente sob neblina, chuva ou ar poluído;
Operar o veículo como reboque (trailers, carretas, etc.);
Operar o veículo sem a manutenção regular recomendada pelo fabricante (motor desregulado,
filtros sujos ou parcialmente entupidos, etc.)
Lubrificantes - Porque precisam ser trocados

Os elementos aditivos são consumidos:


Com o tempo de uso, os elementos aditivos do óleo são destruídos fisicamente ou ficam presos a outras substâncias
químicas.
Enquanto efetuam a proteção do motor, eles são mudados quimicamente, alterando suas características.
O óleo é contaminado:
As substâncias químicas extras formadas durante sua vida dentro do motor, acabam se tornando parte dele,
contaminando-o e alterando suas propriedades lubrificantes. Isso ocorre porque:
- o combustível queimado e o não queimado fica em circulação no sistema de lubrificação, diminuindo a capacidade
do óleo de suportar altas temperaturas
- são formadas partículas de fuligem oriundas da combustão e também da queima de alguma porção de lubrificante
quando este atinge as partes mais quentes do motor.
- devido a alta variação de temperatura (quando um motor aquece e esfria) a umidade do ar é atraida para dentro do
motor. Esta umidade se condensa formando gotas de água que se misturam ao óleo, criando ácidos moderados.
Tipos de Lubrificantes
SÍNTESE
Viscosidade
Descarga de Combustível
Objetivo Geral:
No final da sessão o formando será capaz de recepcionar mercadoria na placa
Objetivo especifico
No final desta sessão o formando deverá ser capaz de:
Recepcionar o cliente
Confrontar selos, guias e facturas do produto
Suspender as vendas de combustível
Sondar níveis de combustível
Fazer controlo de qualidade
Ligar o fio terra antes da descarga de combustível
Verificar os respiradores dos tanques
Confirmar esvaziamento da cisterna após descarga
O produto deve entrar nos tanques de acordo as especificações recomendadas
Não derramar combustível
Descarga de combustível
Descarga de combustível
Recepcionar o Fornecedor
Receber o fornecedor com cortesia
saber do percurso ate ao posto
e outras situações pontuais
Confrontar selos, guias e facturas do produto

Selos
Os selos nos permitem saber se durante o percurso do camionista houve ou não retirada de
produto na cisterna, são geralmente colocados nas bocas de cargas e nas tampas das cisternas,
devendo o numero dos selos constar na factura.

Guias e Facturas
As Guias e Facturas nos dão a informação do produto, quantidade e valor, nos permitem ainda
comparar com o pedido feito pelo posto e também se o produto pertence ao posto.
Suspender as vendas de combustível

Os combustíveis são produtos inflamáveis, há toda necessidade de paralisar as vendas e aplicar


as normas de HST usar os EPI`s e os EPC´s de forma a evitar acidentes.
O aquecimento dos motores automóveis, uso dos telemóveis, o uso de cigarros... acabam por
representar perigo, o aconselhável é que durante a descarga as vendas estejam suspensas.
Sondar níveis de combustível
Sondar os tanques nos permite ter informação do volume de produto existente nos tanques.
Este procedimento deve ser feito no inicio e no final da descarga.
Sondagem dos tanques do posto
faz-se de forma manual, usando a vareta
e de forma eletrônica, através de equipamentos electónicos.
Sondar níveis de combustível

No camião cisterna
No camião cisterna a sondagem é feita através de varetas.
Podendo ser fixa ou móvel
A vareta deve conter a descrição do tanque e a matricula da cisterna

Obs.: Cada vareta deve ser usado apenas num tanque, contendo as descrições do mesmo, quer
na cisterna quer nos tanques do posto.
Fazer controlo de qualidade

O produto deve chegar ao consumidor, com a qualidade desejada, cumprindo-se os padrões


recomendados.
Especificações da densidade:
GA 700g/l á 800g/l
GO 800g/l á 900g/l
t° 15

Para garantir a qualidade do produto, também deve ser feito o teste de agua, para verificar se o
produto que está nos tanques e o da cisterna contêm indícios de contaminação.
Ligar o fio terra antes da descarga de combustível

Existe um tipo de eletrização que se chama eletrização por atrito. O fio utilizado, serve para fazer
com que esta carga acumulada, escoe para a Terra. Assim, elimina-se a possibilidade de
centelhas, ou seja, descargas elétricas. Isso poderia causar uma explosão quando em contato
com o combustível ou gases liberados pelo mesmo.
Verificar os respiradores dos tanques

A verificação dos respiradores deve ser feita antes e ao longo da descarga, quando estão com
problemas, tornam a descarga mais lenta. d
Confirmar esvaziamento da cisterna após descarga

A confirmação do esvaziamento da cisterna é muito importante, nos permite ter certeza que o
produto terminou, quando isto não acontece os prejuízos são grandes, porque o camião leva o
produto que sobra.
Síntese
Óleo diesel contaminado
Óleo diesel contaminado: É comum ouvirmos de técnicos e mecânicos que muitos problemas de
uma máquina em manutenção foram gerados por uso contínuo de óleo diesel contaminado.

Veja abaixo os problemas que podem ocorrer com equipamento que contém óleo contaminado:
1-) Danos ao tanque de combustível.
Ao ser colocado em uma máquina, o diesel contaminado danificará as paredes internas do
tanque de combustível, contribuindo para a proliferação de bactérias, fungos e ferrugem.
Óleo diesel contaminado
2-) Dificuldades no fluxo do combustível.
Ao passar pelos filtros primário e secundários, estes serão saturados antes do tempo previsto,
deixando passar excesso de contaminação para o sistema. Isto dificultará o fluxo correto do
combustível.
3-) Desgaste da bomba injetora.
Ao entrar na bomba injetora, as partículas de contaminação provocarão desgaste interno
deixando a bomba desregulada. O aumento no consumo de combustível e o excesso de fumaça
podem indicar possíveis avarias no sistema.
Óleo diesel contaminado
4-) Desgaste dos bicos de injeção.
Os bicos de injeção também sofrerão desgastes fazendo com que o combustível passe a ser
esguichado ao invés de pulverizado. Isso pode ser identificado quando a máquina começa a
falhar e a perder desempenho.

5-) Desgaste prematuro dos componentes do motor.


A fumaça gerada pela queima de diesel contaminado provocará desgaste em outros
componentes do motor como válvulas de admissão, camisa do cilindro, anéis do pistão, e pistão.
Óleo diesel contaminado
6-) Contaminação do óleo do cárter.
E não para por aí, a queima do diesel poluído acaba por contaminar também o óleo lubrificante
em todo o cárter, que, por sua vez irá prejudicar todos os componentes que são lubrificados, tais
como: virabrequins, biela e tuchos.

7-) Carbonização das partes superiores do motor.


Quando os anéis, pistões, e cilindros ficarem desgastados, o óleo lubrificante irá em excesso
para as partes superiores do motor e começará a ser carbonizado pelas altas temperaturas.
Limpeza dos reservatórios de armazenamento
Limpeza de tanques de combustível
O conceito e as características de um
espaço confinado
Espaços confinados basicamente são todos os locais que não foram projetados para a
permanência humana, apresentando, em sua grande maioria, limitados meios de entrada, saída
e mobilidade em geral. Desse modo, um ambiente de trabalho com espaço confinado
comumente tem as seguintes características:

pouca concentração de gás oxigênio;


alta concentração de gases tóxicos, como sulfeto de hidrogênio, metano e monóxido de
carbono;
precária ventilação natural;
baixa visibilidade;
escassa mobilidade, com ambientes apertados e sem vias de escape.
Exemplos de espaços confinados

São muitas as ocasiões nas quais um colaborador necessita realizar tarefas (principalmente as
que envolvem serviços de manutenção preventiva e corretiva) em um espaço confinado. Os
principais exemplos são:

vasos de pressão;
reservatórios e silos;
tubulações, galerias e instalações de saneamento básico em geral;
tanques de combustível.
Os riscos de trabalhar em um espaço
confinado
Um dos principais riscos aos quais um colaborador é exposto nesse local, sem dúvidas, é o de
intoxicação e sufocamento, visto que o ambiente em questão não tem ventilação natural e há
presença de gases tóxicos. Além desse risco químico, há também a presença de risco físico
(quedas, escorregões e impactos), uma vez que a visibilidade é baixa devido à pouca ou à
inexistência de luz.

Outro risco a ser destacado é o risco de explosão, pois como, em alguns locais, há a
possibilidade de haver elevada concentração de gases inflamáveis (combinada com a baixa
circulação de ar), as chances de uma explosão são consideráveis.
Espaços confinados
Espaços confinados
Espaços confinados
Espaços confinados
Espaços confinados
Espaços confinados

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