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Santos,28 de Abril de 2019 20:00 hs.

Engenharia da Confiabilidade
Tribologia e Lubrificação
Prof. Alexandre Jusis Blanco.

1) Qual a causa do atrito direto entre duas superfícies?


Desgaste de ambas as superfícies.

2) Quando um lubrificante é mais viscoso que outro?


Ele escoa mais lentamente que o outro através de um orifício
graduado, sob a ação da gravidade, a uma determinada
temperatura.

3) Quais os tipos mais comuns de ensaios de viscosidade


executados em laboratório?
Engler e Saybolt.

4) No caso das graxas, qual o ensaio que poderia ser


considerado análogo à viscosidade dos óleos lubrificantes?
Ponto de Gota Indica a temperatura em que a graxa passa do
estado sólido ou semi-sólido para o líquido. Na prática, esta medida
serve como orientação para a mais alta temperatura a que certa
graxa pode ser submetida durante o trabalho.

5) Quais as classificações API com melhor desempenho na


atualidade?
Classificação SAE: estabelecida pela Sociedade dos Engenheiros
Automotivos dos Estados Unidos, classifica os óleos lubrificantes
pela sua viscosidade, que é indicada por um número. Quanto maior
este número, mais viscoso é o lubrificante e são divididos em três
categorias:
§ Óleos de verão: SAE 20, 30, 40, 50, 60;
§ Óleos de inverno: SAE 0W, 5W, 10W, 15W, 20W, 25W;
§ Óleos multiviscosos (inverno e verão): SAE 20W-40, 20W-50,
15W-50.
6)Classificação API: desenvolvida pelo Instituto Americano do
Petróleo, também dos Estados Unidos da América, baseia-se em
níveis de desempenho dos óleos lubrificantes, isto é, no tipo de
serviço do qual a máquina estará sujeita. São classificados por duas
letras, a primeira indica o tipo de combustível do motor e a segunda
o tipo de serviço.
CI-4 e SL
A letra “S” seguida de outra letra (por exemplo, SL) refere-se a óleo
adequado para motores a gasolina. Segundo a API, “S” é uma
categoria para serviço de uso pessoal (service). A segunda letra é
atribuída alfabeticamente na ordem de desenvolvimento. A letra “C”
seguida de outra letra (por exemplo CF) refere-se a óleo adequado
para motores diesel. Segundo a API, “C” é uma categoria para uso
comercial (commercial).
Por coincidência, a letra “C” representa “Compression Ignition”
(ignição por compressão), que é a forma de
ignição dos motores diesel. A segunda letra também é atribuída
alfabeticamente na ordem de desenvolvimento.

6) O que é um óleo multiviscoso?


É o que se enquadra em duas faixas da classificação SAE, uma a
baixa e outra a alta temperatura. são largamente usados porque
são fluidos o bastante em baixas temperaturas, para permitir uma
partida mais fácil do motor, e suficientemente espessos a altas
temperaturas, para terem um desempenho satisfatório.
7) Qual a principal função dos óleos para transformador?
Isolar, impedindo a formação de arcos voltaicos e dissipar o calor
gerado na operação do transformador.

Os óleos isolantes, também conhecidos como óleos de


transformador, são fluidos, estáveis a alta temperatura, dotado de
elevadas características isolantes. São empregados em certos tipos
de transformadores elétricos, reatores de potência, capacitores de
alta tensão, chaves e comutadores e outros equipamentos elétricos.
Suas principais funções são garantir o isolamento elétrico, extinguir
descargas elétricas parciais e arcos elétricos e servir como meio de
troca térmica para a refrigeração do equipamento.

8) Quais os tipos de óleos isolantes mais usados?


Parafínico e naftênico
Atualmente, no mercado brasileiro, encontramos 2 tipos de óleos
isolantes minerais classificados como Parafínico e naftênicos. Esta
classificação diz respeito ao petróleo básico do qual foi refinado.
Para fins de manutenção e operação convencional em
transformadores podemos considerar igualmente os dois tipos, sem
necessidade de diferenciação. A estrutura básica dos
Hidrocarbonetos saturados, chamados Alcanos, é dada a seguir e
será utilizada neste trabalho para descrever o comportamento em
serviço deste produto.

9) Quais os componentes essenciais de uma graxa?


GRAXA = FLUIDOS LUBRIFICANTES + ESPESSANTE + ADITIVO
10) Quais os tipos de lubrificantes?

01. MINERAIS DE PETRÓLEO:


Mistura complexa de hidrocarbonetos e compostos contendo
heteroátomos (Enxofre, Oxigênio e Nitrogênio) obtida a partir do
processamento de crus de petróleos selecionado.

02. SINTÉTICOS:
Materiais poliméricos produzidos sinteticamente, derivados
principalmente das indústrias petroquímica e oleoquímica.

03. RERREFINADOS:
Composição idêntica aos minerais de petróleo, obtidos a partir do
processamento de óleos lubrificantes usados.

11) Engenheiro de Confiabilidade Proponha a aditivação de um óleo


para motor a explosão, em função do serviço abaixo discriminado:

a) Carga intermitente superficial sob pressão moderada Agentes


de Extrema Pressão (EP)
b) Contaminação/deterioração do óleo/acidez Antioxidantes
c) Altas temperaturas de operação Melhoradores do Índice de
Viscosidade (MIVs)
d) Baixas temperaturas/rápida circulação nas partidas
Abaixadores de Ponto de Fluidez
e) Aeração Antiespumantes
f) Umidade Antiferrugem
Proposta do Engenheiro de Confiabilidade:
Dispersantes Conservar a limpeza do equipamento, mantendo os
materiais insolúveis em suspensão no óleo.

Detergentes Mesma dos dispersantes + ação de limpeza.

Detergentes Alcalinos Neutralizar os gases ácidos da combustão,


reduzindo a formação de depósitos carbonosos, lacas e vernizes,
evitando problemas de agarramento de anéis em condições de
operação a alta temperatura.

Antioxidantes Retardar a decomposição por oxidação do


lubrificante, retardando o espessamento do óleo e a formação de
compostos ácidos, borras, lodos e vernizes.
Passivadores de Metais Evitar a ação catalítica dos metais
dispersos e das superfícies metálicas em contato com o óleo,
inibindo e retardando a oxidação.
Antiespumantes Prevenir e reduzir a formação de espuma estável.
Redução da tensão interfacial Ar-Óleo, dificultando a formação de
bolhas (tendência a espumar) e enfraquecendo a película que será
as bolhas de ar do ar-ambiente (estabilidade da espuma)

Anticorrosivos Prevenir o ataque dos contaminantes corrosivos do


lubrificante às superfícies metálicas do equipamento, principalmente
aos mancais.

Antiferrugem Prevenir a formação de ferrugem nas partes ferrosas


do equipamento, principalmente por contato com a água ou pela
presença de umidade ácida ou salina.
Agentes de Oleosidade Elevar a resistência do filme de óleos,
evitando o contato metal-metal e reduzindo o desgaste.
Agentes Antidesgaste Reduzir o desgaste das partes metálicas.

Agentes de Extrema Pressão (EP) Reduzir o desgaste das partes


metálicas.
Modificadores de Fricção Diminuir o coeficiente de atrito entre as
peças em movimento, reduzindo o desgaste, o consumo de energia,
a geração de calor e a ocorrência de ruídos durante o
funcionamento do equipamento.

Agentes de Adesividade Permitir que o lubrificante se fixe às


superfícies.
Emulsificantes Permitir a formação de emulsões estáveis de tipo
água-em-óleo ou óleo-em-água, nas quais o óleo mantém as suas
propriedades lubrificantes e a água atua como fluido de
refrigeração.
Biocidas Reduzir o crescimento de microorganismos (bactérias,
fungos e leveduras) em emulsões lubrificantes, evitando:
A rápida degradação do fluido
A quebra da emulsão
A formação de subprodutos corrosivos
A ocorrência de efeitos maléficos pelo contato do homem com as
emulsões contaminadas (dermatite, pneumonia, etc)

Demulsificantes Evitar a formação de emulsões ou separá-las mais


rapidamente.
Abaixadores de Ponto de Fluidez Abaixar o Ponto de Fluidez
(temperatura em que o óleo deixar de fluir), garantindo o fluxo do
lubrificante a baixas temperaturas.

Melhoradores do Índice de Viscosidade (MIVs) Diminuir a variação


da viscosidade do lubrificante com a temperatura, elevando, desta
forma, o Índice de Viscosidade (IV) do óleo acabado.
Corantes Possibilitar a identificação visual do lubrificante.

Antimanchas Evitar colorações estranhas às peças metálicas.

Aromatizantes Melhorar a aceitação dos lubrificantes que


apresentam odores desagradáveis pelas pessoas que trabalham ou
têm contato com o produto.

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