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LUBRIFICANTES

LUBRIFICAÇÃO

Lubrificar é aplicar uma substância lubrificante entre


duas superfícies em movimento relativo, formando uma
película que evita o contato direto entre as superfícies.
Os lubrificantes são geralmente aplicados entre duas
superfícies sólidas, na maioria dos casos metálicas.

Película lubrificante Superfícies sólidas


DEFINIÇÃO DE LUBRIFICANTE

 São substancias que aplicadas entre duas superfícies


moveis ou uma móvel e outra fixa forma uma película
protetora que tem a função principal de reduzir o
atrito entre as mesmas.
 O que é atrito?
 Atrito é uma força natural que atua apenas quando um objeto
está em contato com outro e sobre ação de outra força que tende a
colocá-lo em movimento.
Funções da
Lubrificação
• Redução do atrito;
• Vedação;
• Proteção Anticorrosiva;
• Limpeza;
• Refrigeração;
• Transmissão de força;
LUBRIFICAÇÃO

 Além de proporcionar a separação de dois


elementos de atrito, a lubrificação também tem a
tarefa de garantir o resfriamento do local. Para
que se conseguir isso, muitas vezes o lubrificante
é transportado ao local sob condições de alta
pressão para garantir uma rápida circulação do
mesmo.
DESTILAÇÃO DO PETRÓLEO
 Petróleo é uma mistura de diversos
hidrocarbonetos com características diferentes
por isso tem pouca utilidade.
 Por destilação tem-se a separação dos
hidrocarbonetos. Os principais produtos da
destilação são:
 * Asfalto
 * Diesel / óleo diesel
 * Nafta
 * Óleo combustível
 * Gasolina
 * Querosene e querosene de aviação
 * Gás liquefeito de petróleo
 * Óleos lubrificantes
 * Ceras de parafinas
 * Coque
ESPECIFICAÇÃO DE LUBRIFICANTES

 A especificação descreve as exigências mínimas e métodos de


teste para produtos que foram determinados pelo fabricante
de maquinas.
A especificação mais conhecida para fabricantes de graxas e
óleos é por exemplo a especificação MIL do exército dos
Estados Unido.
Um outro exemplo são as especificações AGMA “American-
Gear-Manufactures-Assotiation” que incluem recomendações
para óleos de câmbios em 9 faixas de viscosidade.
A principal ferramenta para determinar estes exigências e
métodos de teste são as normas de ensaios, como por exemplo
normas DIN, ASTM, ISO, VG, etc.
Estas normas facilitam a escolha mais correto possível do
lubrificante a ser usado e assim pode ser obtida um bom
funcionamento do elemento de maquina durante a sua vida
útil esperada.
ESPECIFICAÇÃO DE LUBRIFICANTES
 DIN é a norma Alemã de Industrias: Deutsche
Industrie Norm.

ASTM ( American Society for Testing Materials ) é a


associação de profissionais nos Estados Unidos para a
normatização de métodos de testes e determinações
para especificações de lubrificantes.

Para determinar a consistência de graxas usa-se na


maioria dos casos a especificação NLGI = National
Lubrication Grease Institute (USA). Exemplo:
Molykote BR-2 plus, onde o numero 2 indica a
consistência da graxa.
TIPOS DE LUBRIFICANTES

 De modo geral podemos escolher entre 4 tipos de


lubrificantes:

- lubrificantes oleosos, líquidos e


fluidos lubro-refrigerantes (emulsões)
- lubrificantes graxosos
- lubrificante pastoso
- lubrificante seco (pó ou verniz)
CLASSIFICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES
 SAE: Society of Automotive Engineers
(Associação dos Engenheiros Automotivos)-
define a classificação do lubrificante conforme a
necessidade, normalmente está relacionada a
viscosidade do óleo.
 API: American Petroleum Institute (Instituto
Americano de Petróleo)- desenvolve a linguagem
para o consumidor em termos de serviços dos
óleos lubrificantes.
 ASTM: American Society for Testing of
Materials (Associação Americana para Prova de
Materiais)- Define os métodos de ensaios e
limites de desempenho do lubrificante.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A VISCOSIDADE

 Quando um fluido muda do estado de repouso para o de


movimento, ocorre uma resistência ao fluir, devido ao atrito
interno do mesmo. A viscosidade é uma medida desse atrito
interno.

 Sua classificação se dá pela norma SAE seguido por


números com dois algarismos (para lubrificantes de
motores a explosão). Quanto maior for esse número, maior
será a viscosidade do óleo. Em termos mais vulgar, digamos
"mais grosso". Assim temos: SAE 5, SAE 10, SAE 20, SAE
30, SAE 40, etc. Esses lubrificantes também são chamados
de monograu ou monoviscoso, pois independente da
temperatura.
 Temos também os óleos multigrau ou multiviscosos. Esses
óleos possuem dois números, sendo o primeiro
acompanhado pela letra W (winter) que significa inverno
em inglês, lembrando baixas temperaturas. Sendo assim,
sua viscosidade pode variar de acordo com a temperatura,
atendendo melhor o motor. Ex: SAE 20W 40, SAE 20W 50,
etc.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO
SERVIÇO

 A norma API classifica o óleo lubrificante quanto ao serviço


prestado por eles (motores que atendem). Sua classificação se dá
sempre pela sigla API seguida da letra S (service) e outra que vai
de A até L atualmente. Quanto mais avançado for a segundo
letra, melhor é o lubrificante em termos de serviço, ou seja,
atendem a todos os motores fabricados até hoje. Ex: API SA, SB,
SC, SD, SE, SF, SG, SH, SI, SJ e SL.
 Os óleos SA não possuem aditivação e atendem apenas aos
motores muito antigos, fabricados antes da década de 50. Os óleos
SL são indicados a todos os motores fabricados até hoje. Lembre-
se, quanto maior o avanço da segunda letra, mais caro é o óleo.
 Se você tem um carro da década de 80 por exemplo, não necessita
utilizar óleos SJ ou SL. Logicamente não trarão problemas, mas
seria como se quisesse colocar uma tachinha com uma marreta.
Veja abaixo algumas das classificações:
 SF: De 1980 a 1989;
SG: De 1989 a 1994;
SH: De 1994 a 1996;
SI: De 1996 a 1998;
SJ: De 1998 a 2000;
SL: De 2000 aos dias atuais.
ÓLEOS

 Já os velhos Egípcios usaram produtos para facilitar o


transporte de estatuas em 2400 a.C. Como naquela
época não eram conhecidos óleos minerais e nem
sintéticos, usava-se aceite de olivas.
Com o descobrimento de petróleo e o inicio da
revolução industrial começou o uso do óleo mineral
como lubrificante. O óleo mineral é hoje praticamente
a base de todos os tipos de lubrificantes, sejam
eles hidráulicos, de motores, de engrenagens, de
redutores ou graxas de diversos espessantes ( sabões
metálicos, bentonita, poliureia etc.) Os óleos sintéticos
como por exemplo glicóis, ésteres ou silicones tem a
mesma função como o óleo mineral, porém são
quimicamente mais estáveis e resistem melhor a
temperaturas elevadas ou muito baixas.
ÓLEOS
 Devido as pesquisas e esforços da industria química, os
lubrificantes minerais tem aumentadas nos últimos
anos suas propriedades através de aditivos modernos e
cada vez mais eficientes.
Fora dos aditivos modernos usados nos fluidos
minerais, melhoraram também nos últimos anos os
processos de refinação e fabricação.
 ÓLEOS com hidro-craqueamento
 Um destes processos é o hidro-craqueamento. Com este
processo
consegue-se tirar todos os hidrocarbonetos não-
saturados dos óleos minerais,
deixando-os assim mais estável e resistente ao
envelhecimento (oxidação), menos vulnerável a
formação de emulsão em caso de influencia de umidade
ou água e a formação de vernizes em temperaturas
mais elevadas.
Óleos Minerais

• Os óleos minerais se dividem em:


Parafínicos
Naftênicos
Óleos Minerais
• Óleo mineral de base Parafinicos
• Enquanto os hidrocarbonetos parafínicos formam em sua estrutura
molecular linear, os naftênicos formam em sua maioria ciclos.
• Óleo minerais de base naftênicos
• Os naftênicos em geral são usados para produzir lubrificantes para
baixas temperaturas.
Desvantagem dos naftênicos é sua incompatibilidade com materiais
sintéticos e elastômeros.

• Óleo mineral de base misto


• Para atender as características de lubrificantes conforme
necessidade e campo de aplicação a maioria dos óleos minerais é
misturada com base naftêncio ou parafínico em quantidades
variados.
Naftênicos X Parafínicos

Naftênicos Parafínicos

• Cadeia fechada; • Cadeia aberta;


• Incompatibilidade com • Resistentes a oxidação;
materiais sintéticos e • Utilizado para altas
elastômeros; temperaturas.
• Utilizado para baixas
temperaturas.
ÓLEOS SINTÉTICOS
 São, ao contrário dos óleos minerais, produzidos artificialmente.
Eles possuem, na maioria das vezes, um bom comportamento de
viscosidade-temperatura com pouca tendência de coqueificação
em temperaturas elevadas, baixo ponto de solidificação em
baixas temperaturas, alta resistência contra temperatura e
influências químicas. Quando falamos em óleos sintéticos temos
de distinguir cinco tipos diferentes:
 1. Hidrocarbonetos sintéticos
 Entre os hidrocarbonetos sintéticos destacam-se hoje com maior
importância de um lado os polialfaoleofinas (PAO) e os óleos
hidrocraqueados. Estes óleos são fabricados a partir de óleos
minerais, porém levam um processo de sintetização, o qual
elimina os radicais livres e impurezas, deixando-os assim mais
estável a oxidação. Também consegue-se através desde processo
um comportamento excelente em ralação a viscosidade-
temperatura. Estes hidrocarbonetos ¨semi-sintéticos¨ atingem IV
(Indices de Viscosidade) até 150.
 2. Poliol ésteres
 Para a fabricação de lubrificantes especiais, fluidos de freios,
óleos hidraúlicos e fluidos de corte
os poli-alquileno-glicois, miscível ou não miscível em água tem
hoje cada vez mais importância.
ÓLEOS SINTÉTICOS
 3. Diésteres
 São ligações entre ácidos e álcoois através da perda de água.
Certos grupos formam óleos de ésteres que são usados para a
lubrificação e, também, fabricação de graxas lubrificantes.Os di
ésteres estão hoje aplicados em grande escala em todas as
turbinas da aviação civil por resistir melhor a altas e baixas
temperaturas e rotações elevadíssimas. Dos óleos sintéticos eles
tem o maior consumo mundial
 4. Óleos de silicone
 Os silicones destacam-se pela altíssima resistência contra
temperaturas baixas, altas e envelhecimento, como também pelo
seu comportamento favorável quanto ao índice de viscosidade.
Para a produção de lubrificantes destacam-se os Fenil-
polisiloxanes e Methil-polisiloxanes.Grande importância tem os
Fluorsilicones na elaboração de lubrificantes resistentes à
produtos químicos, tais como solventes, ácidos, etc.
 5. Poliésteres Perfluorados
 Óleos de flúor- e flúor-cloro-carbonos tem uma estabilidade
extraordinária contra influência química. Eles são quimicamente
inertes, porém em temperaturas acima de 260°C tendem a
craquear e liberar vapores tóxicos.
Características dos
óleos lubrificantes
• Viscosidade;
• Densidade;
• Ponto de fulgor e inflamação;
• Ponto de fluidez;
• Propriedades antidesgaste;
• Acidez e alcalinidade;
• Demulsibilidade e emulsibilidade.
Viscosidade
• É a resistência de um fluido ao
escoamento.

Principal influenciador: temperatura


Óleos multiviscosos X
monoviscosos
Índice de viscosidade
• Expressão numérica da variação da
viscosidade com a variação da temperatura.
Densidade
• É a relação da massa de um óleo e o volume por ele
ocupado.
Densidade 20/4° C= Densidade do óleo a 20° C
Densidade da água a 4° C

Densidade 60/60° F= Densidade do óleo a 60° F


Densidade da água a 60° F

• Densidade API:

ºAPI = 141,5 131,5


Densidade 60/60º F
Ponto de fulgor e
inflamação
• Ponto de Fulgor: É a
temperatura a que o produto
deve ser aquecido, sob
condições do método, para
produzir suficiente vapor,
para formar, com o ar, uma
mistura capaz de se inflamar
momentaneamente pela
presença de uma chama
piloto;
• Ponto de inflamação: quase
idêntico ao ponto de
fulgor,mas a diferença e que
a inflamação é continua.
Ponto de fluidez
• É a mais baixa temperatura na qual o
óleo ainda flui, nas condições normais do
teste.

Ponto de névoaé a temperatura na qual


começa ser formado os cristais, tornando o
óleo turvo.
Propriedades
antidesgaste
• Extrema pressão: Evitar contato metálico entre as
superfícies, especialmente quando as pressões são
extremamente elevadas.
Propriedades
antidesgaste
Acidez e alcalinidade
Aditivos
Principais funções
dos aditivos
• Aprimorar uma característica já existente
no óleo
Ex: Aumento da resistência à oxidação e do
Índice de Viscosidade.

• Fornecer ao lubrificante nova característica


não existente naturalmente
Ex: Reserva alcalina e proteção antimicrobiana.
Principais aditivos
• Aditivos de Extrema Pressão;
• Aditivos Detergentes e Dispersantes;
• Aditivos de Adesividade;
• Aumentadores do Índice de Viscosidade;
• Inibidores de Oxidação e Corrosão.
Aditivos de Extrema
Pressão e Antidesgaste
• Sua função básica é reduzir o desgaste das partes
lubrificadas e protegê-las contra pressões elevadas
decorrentes da operação dos equipamentos.

• As principais substâncias utilizadas para tal fim são:


 Carbonato de Cálcio;
 Óxido de Zinco;
 Betonita(mica);
 Grafite;
 Parafinas cloradas;
 Diesteres sulfurados;
 Bissulfeto de Molibdênio;
 Naftenatos metálicos (chumbo e alumínio).
Aditivos Detergentes
e Dispersantes
• A principal função destes aditivos é manter
limpas as superfícies metálicas que estão
sendo lubrificadas.

• Compostos orgânicos de alto peso


molecular.
Aditivos de
Adesividade
• Destinam-se a melhorar as características de
adesividade de um óleo ou graxa lubrificante.
• Muito desejada em lubrificantes destinados a
engrenagens abertas, peças sujeitas à força
centrípeta, etc.
• Destacam-se as seguintes substâncias:
 Polímeros de hidrocarbonetos de alto peso molecular;
 Sabões de alumínio;
 Estereato de potássio;
 Ceras de origem animal ou vegetal. (abelha, carnaúba,
etc.)
Aumentadores do
Índice de Viscosidade
• Têm como finalidade principal fornecer aos
óleos lubrificantes características tais, que
a variação de temperatura não acarrete
acentuadas variações na sua viscosidade.
Inibidores de
Oxidação e Corrosão
• A principal função destes aditivos é minimizar a
formação de vernizes e borras, protegendo as
superfícies metálicas contra a corrosão e
oxidação, evitando, por outro lado, a formação de
substâncias ácidas que acarretam a deterioração
do lubrificante, através de sua oxidação.
• Os principais aditivos são:
 Substâncias Fenólicas;
 Aminas Aromáticas;
 Sulfetos Orgânicos;
 Fosfitos.
Oxidação de óleos
GRAXAS
 São lubrificantes com propriedades de redução de
atrito e desgaste, com consistência graxosa, compostos
de óleo, engrossadas através de espessantes.
Os espessantes das graxas são, sabões metálicos ou
agentes orgânicos ou inorgânicos.
Os principais objetivos são:
- redução de desgaste
- redução de atrito
- proteção contra corrosão
- diminuir ruídos
- reduzir as vibrações
GRAXAS

 Menos : Eliminar o calor gerado


Mais : Vedação contra o meio ambiente (poeira,
água, etc.).
Evitar fugas do lubrificante (do óleo).
A maioria dos mancais de rolamentos é
lubrificada com graxa, especialmente devido aos
problemas de vedação dos rolamentos.
Graxas com lubrificantes sólidos são, na sua
maioria, previstas para condições de atritos
mistos em baixas velocidades ou elevadas cargas.
Estas massas com lubrificantes sólidos, como por
exemplo graxas grafitadas ou com bissulfêto de
molibdênio, podem aumentar a vida útil dos
rolamentos consideravelmente.
CONSISTÊNCIA DAS GRAXAS
 O primeiro passo para escolher a graxa adequada é a
informação da velocidade (rpm) e o diâmetro médio do
rolamento para poder calcular o fator DN que é um fator de
rotação calculado multiplicando o diâmetro médio do
rolamento pelo numero de rotações por minuto.
Tendo esta informação podemos indicar a consistência
adequada: Consistência de Graxa
 Classe- NLGI Descrição DN (mm/min)
00 graxa fluida 1 até 1,2 x 106 (Max.
1,5 x
106)
0a1 rotação elevada até Max. 1x 106
2 normal até Max. 800.000
3 normal até Max. 400.000
4 graxa vedante até Max. 50.000
Penetração (ASTM D217 / IP 50)

Consistência é uma medida de qualidade de graxas lubrificantes. O aparelho de


ensaio para medir a consistência de uma graxa é o penômetro.
Para medir a consistência usa-se um cone, um copo com o material a ser analisada e uma escala em
1/10 mm. O ensaio é feito com 25°C e mede-se, quantos mm o cone penetra na massa.
CONSISTÊNCIA DA GRAXA
 A consistência é indicada conforme tabela NLGI ( National
Lubricating Grease Institute ).
A classificação mais simples de consistência de graxa
lubrificante é dividida em 9 classes e medida como
penetração trabalhada ( 60 ciclos ) como por exemplo:
 Consistência de graxas
 Classe de consistência Penetração
trabalhada
(1/10 mm)
00 400 – 430
0 355 – 385
1 310 – 340
2 265 – 295
3 235 – 255
 Responsável pelo grau de consistência é mais a quantidade
de espessante usado na fabricação do que a viscosidade do
óleo básico.
GRAXAS COM SABÃO DE CÁLCIO
 As graxas fabricadas com sabão de cálcio, óleo mineral e
aditivos são lubrificantes cada vez menos encontrados nas
linhas de produtos ofertadas pelos fabricantes. Em geral
estes produtos estão hoje sendo substituídos na maioria
dos casos pela graxa a base de sabão de lítio.
A grande vantagem da graxa com sabão de cálcio é a sua
facilidade de fabricação e seu custo final ao usuário.
As vezes estes lubrificantes ainda encontram campos de
aplicação onde podemos lubrificar freqüentemente e onde
queremos uma boa resistência à água.
Um destes pontos de aplicação são cabos de aço, chassis e
molas de veículos pesados.
Nestes casos ainda encontramos graxa grafitada com
sabão de cálcio.
GRAXAS COM SABÃO DE CÁLCIO
A grande desvantagem das massas com
sabão de cálcio é o seu baixo ponto de
gota: estas graxas tem uma faixa de uso
muito limitada com relação a
temperaturas mais elevadas.
Com temperaturas acima de 80 °C o sabão
de cálcio começa a se fundir e sendo assim
o óleo básico começa a sair do ponto de
lubrificação.
Faria por exemplo pouco sentido fabricar
uma graxa com sabão de cálcio e óleo
básico sintético.
GRAXAS DE SABÃO DE LÍTIO

 Os lubrificantes mais usadas são as graxas de sabão de lítio. São


massas lubrificantes de óleo mineral ou sintético que foram
espessadas através de sabão de lítio e ácido orgânico (resistente a
água).
O ponto de fusão do sabão de lítio é de 180 °C, o que permite usar o
produto até uma faixa de temperatura de 140 °C por curtos períodos.
A maioria das graxas de sabão de lítio são aditivadas com
antioxidantes, aditivos EP (Extrema Pressão), anticorrosivos,
melhoradores de índice de viscosidade e aditivos de adesividade
(tacking agent). Além destes aditivos existem massas de sabão de lítio
com aditivação de lubrificantes sólidos como Bissulfêto de
Molibdênio grafite ou lubrificantes sólidos brancos como PTFE
(Politetrafluoretileno).
GRAXAS DE SABÃO DE LÍTIO

 Óleos sintéticos, como alquilenoglicoís ou ésteres


são usados em graxa de sabão de lítio semi-fluido
para a lubrificação de pequenos moto-redutores.
Polialphaoleofinas (PAO) são usadas como óleo
básico para graxa especialmente desenvolvida
para a lubrificação de materiais plásticos ou
sintéticos.
Em casos para temperaturas extremamente
baixas existem graxas de sabão de lítio com óleo
de silicone ( - 75 °C). Graxas de lítio com óleos
sintéticos a base de ésteres podem ser usadas até
– 60 °C.
GRAXA DE SILICONE

 Devido a ampla faixa de temperatura de uso, a graxa de


silicone destaca-se das outras graxas sintéticas. Dependendo
do tipo de graxa de silicone, esta faixa de temperatura de uso
pode variar de -75ºC até +290ºC
Enquanto as graxas para baixas temperaturas até -75ºC usam
em geral sabão de lítio como espessante os produtos até
+290ºC são espessados com fuligem, Azul Indanthren,
Phthalocyanine(pigmento azul), sabão complexo de alumínio
ou Aril ureias.
Graças à sua inércia química, o silicone esta sendo usado
cada vez mais na indústria de alimentos. Existem hoje
Compostos de silicone que possuem liberação FDA e NSF,
órgãos regulamentares de uso de produtos em contato com
alimentos.
GRAXA DE SILICONE

 Em estufas de secagem de pinturas, aonde também temos


altas temperaturas, a graxa de silicone não está sendo mais
recomendada, devido ao fato que o silicone pode impedir a
fixação da tinta.
Neste caso recomenda-se de usar produtos com base de
outros óleos sintéticos indicados para altas temperaturas.
Graxa de silicone
 Demais vantagens de graxa de silicone:
- Excelente estabilidade a oxidação
- Resistência a produtos químicos
- Resistente a radiação
- Não ataca ou incha elastômeros, materiais
plásticos(recomendamos testar antes!)
- Em alguns casos serve como lubrificante
permanente
GRAXAS GRAFITADAS

 A graxa grafitada com lubrificantes sólidos , na


sua maioria,é prevista para condições de atritos
mistos em baixas velocidades ou elevadas cargas.
Estes produtos com lubrificantes sólidos, como
por exemplo graxas grafitadas ou com bissulfêto
de molibdênio, podem aumentar a vida útil dos
rolamentos consideravelmente.
Geralmente a graxa com bissulfêto de molidênio é
indicada para mancais lisos e mancais de
rolamentos, enquanto a com grafite é mais
indicada para a
lubrificação de cabos de aço e engrenagens
abertas.
GRAXAS GRAFITADAS
 Desvantagem dos dois lubrificantes sólidos acima
citados é sua cor preta e sendo assim eles tem
sua aplicação restrita em diversos segmentos da
indústria como por exemplo na indústria têxtil,
alimentícia, farmacêutica etc.
Para estes casos de aplicação foram
desenvolvidos produtos com lubrificantes sólidos
brancos a base de PTFE (politetrafluoretileno),
oxido de zinco etc.
Quando encontramos massas com cobre,
alumínio, zinco ou outros lubrificantes sólidos em
geral não são graxas, mas sim pastas de
montagem.
GRAXAS ALIMENTÍCIAS
 Todos os lubrificantes alimentícios são produtos que podem
entrar, acidentalmente,em contato com alimentos, medicamentos
ou produtos cosméticos. Essencial para as graxas alimentícias é
que elas não tenham influência sobre o sabor, cheiro ou cor dos
alimentos ou produtos médicos e que igualmente não haja ameaça
à saúde do consumidor.
Consequentemente, a fabricação e distribuição de graxas atóxicas
precisa estar de acordo com os regulamentos adequados, e
procedimentos aprovados.
Nos E.U.A. dois órgãos regulamentadores estão envolvidos nesta
área:
1. FDA (Food and Drug Administration - Administração de
alimentos e medicamentos)
2. NSF (National Science Foundation - Fundação Nacional de
Ciencias) A marca de NSF é mundialmente reconhecida para a
identificação de produtos.
No Brasil o órgão regulamentador é o DIPOA(Departamento de
Inspeção de Produtos de Origem Animal) subordinado ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
GRAXAS ALIMENTÍCIAS

 A maioria das graxas alimentícias é fabricada com óleo


mineral branco e aditivos aprovados pelos órgãos
regulamentadores.
Outras exigências para graxa alimentícia:
- sem odor ou gosto
- grande resistência à lavagem por água
- excelente adesividade
- resistência a grandes cargas
- repelir a umidade
Como o sabão de lítio é um sabão metálico, este espessante
não pode ser usado em lubrificantes para a industria
alimentícia. Neste caso são indicadas graxas a base de
sabão de alumínio ou alumínio-complexo.
Natureza de Espessante

Lítio Cálcio Sódio Aluminio

Temp. Fusão
180 - 260 90 - 110 150 - 200 110 - 120
Ponto de gota
Temp. Máx.
140-180 70 120 60
aplicação
Estabilidade Má a Má a Má a
Boa
mecânica excelente boa boa
Resistência
Boa Excelente Má Excelente
à água

Adesividade Boa Má Excelente Excelente

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