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Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ

Faculdade de Engenharia Mecânica – FEN

Título: Hidrocarbonetos Naftênicos


Integrantes: Brunno Marques
Diogo Prado
Mariana Gurjão
Mo#vação
Plano de Aulado Trabalho

O segmento Midstream da
indústria de Óleo e Gás é o principal
responsável pela abordagem química dos
derivados obtidos pela exploração do
petróleo.
O trabalho realizado pelas
refinarias e laboratórios da área busca uma
constante evolução no entendimento e
otimização da produção uso correto de cada
modalidade de hidrocarboneto.
Dessa forma, estudos a respeito do
dessas modalidades, para este trabalho, os
Naftênicos, são importantes para um
desenvolvimento da indústria química.
Apresentação
Plano de Aula do Tema

Este trabalho tem por objetivo


realizar uma abordagem de forma
geral a respeito de Hidrocarbonetos
Naftênicos, através de sua introdução,
definição e apresentação dos
principais exemplos e suas aplicações
mais relevantes na indústria.
Introdução
Plano de Aula

Antes de se abordar
propriamente a respeito dos
Hidrocarbonetos Naftênicos, é
importante também que se introduza o
contexto da sua aplicação mais
relevante para esta disciplina, a
lubrificação.
Lubrificação pode ser definida
como a separação de dois elementos
mecânicos em movimento. Isso vale
também para uniões sob pressão
(parafusos), que mesmo paradas,
sofrem micro movimentos (vibrações),
gerando assim, atrito e desgaste.
Introdução
Plano de Aula

Todos e quaisquer desgastes pelo contato físico decorrentes de


algum tipo de movimento relativo entre componentes pode ser tratado
como um problema de lubrificação. Na indústria, de maneira geral, é mais
comum utilizar a lubrificação com o propósito de prevenir o contato
metálico direto entre os corpos rolantes e as pistas (rolamentos). Isto se
consegue através da formação de uma película fina de óleo ou graxa
sobre as superfícies de contato. Entretanto para os
rolamentos/engrenagens a lubrificação tem as seguintes vantagens:
ü Redução do atrito e do desgaste;
ü Dissipação do calor por atrito;
ü Aumento da vida útil;
ü Prevenção da oxidação;
ü Proteção contra elementos nocivos.

Para alcançar os efeitos mencionados acima, deve ser


selecionado o método de lubrificação mais eficiente para as condições de
funcionamento.
Introdução
Plano de Aula

Os principais óleos básicos minerais usados em


lubrificantes podem ser divididos em 2 tipos químicos principais: os
Parafínicos, de forma molecular linear; e os Naftênicos, com
estrutura molecular de anel.
Ou seja, a respeito dos hidrocarbonetos, em muitos deles
os átomos de carbono são dispostos na forma de anéis. Podem
apresentar radicais parafínicos normais ou ramificados ligados ao
anel ou outro hidrocarboneto cíclico.
Na indústria do petróleo, estes são conhecidos como
Naftênicos, ou também como Ciclanos ou Cicloalcanos.
Conceitos
Plano de Aula

Ainda sobre esta abordagem


de classificação de hidrocarbonetos, a
figura ao lado ilustra esquematicamente
como os Naftênicos estão dentro dos
conjuntos e sub conjuntos de Alifáticos
e cadeia fechada respectivamente.
É importante se citar também
que os Naftênicos possuem uma
nomenclatura utilizada similar aos
parafínicos, porém agora com o prefixo
ciclo.
Sua fórmula geral é CnH2n.
Conceitos
Plano de Aula

Para um óleo ser considerado como de classe naftênica,


ele deve ser composto por no mínimo 70% de hidrocarbonetos
naftênicos.
É importante se citar que nesta classe enquadra-se um
número muito pequeno de óleos. Um caso que reforça este
conceito é o de que 90% dos lubrificantes na indústria possuem
base parafínica.
Os óleos naftênicos apresentam baixo teor de enxofre e se
originam da alteração bioquímica de óleos parafínicos e parafínico-
naftênicos. Alguns óleos da América do Sul, da Rússia e do Mar do
Norte pertencem a esta classe.
Uma outra característica é a de que o óleo de base
Naftênica possui grau API entre 22,3 e 31,1, ou seja, possui
densidade intermediária.
Conceitos
Plano de Aula

Quando existe predominância de


hidrocarbonetos naftênicos. O petróleo do tipo naftênico produz
subprodutos com as seguintes propriedades principais:
ü Gasolina de alto índice de octonagem.
ü Óleos lubrificantes de baixo resíduo de carbono.
ü Resíduos asfálticos na refinação.
ü Possuem cadeias em forma de anel.

As diferenças principais entre os óleos parafínicos e


naftênicos podem ser observadas, de acordo com o
comportamento destes quando submetidos a alguns ensaios físico-
químicos. Por exemplo, os naftênicos possuem maior densidade
quando comparados aos parafínicos
Vantagens
Plano de Aula

Uma maneira adequada de se citar as vantagens de um


óleo naftênico é através da comparação de propriedades com
óleos de base parafínica. Logo tem-se:
ü Baixo ponto de fluidez
ü Alta oleosidade
ü Baixo índice de resíduos de carbono
ü Grande poder solvente
ü Ponto de congelação muito baixo

Os naftênicos em geral são usados, quando necessitamos


produzir lubrificantes para baixas temperaturas.
Desvantagens
Plano de Aula

Analogamente, também é possível extrair as desvantagens


do uso de óleos de base naftênica, as quais podem explicar o uso
muito menor quando comparado às parafínicas.
ü Baixo índice de viscosidade
ü Baixa resistência à corrosão
ü Grande emulsibilidade
ü Baixa estabilidade

Além disso, uma desvantagem dos naftênicos é sua


incompatibilidade com materiais sintéticos e elastômeros.
Exemplos,
Plano vídeos,
de Aula aplicações

Aplicações do óleo básico Naftênico

• Óleo básico mineral largamente utilizado como óleo isolante em


transformadores elétricos;
• É empregado como base na formulação de grande parte
dos lubrificantes minerais para utilização em baixas temperaturas;
• Grande parte dos óleos solúveis minerais e dos óleos de corte
mineral é formulada com óleo de base naftênica;
• O lubrificante básico naftênico é muito utilizado na produção
de lubrificante para compressor de refrigeração;
• Usado na fabricação de óleo antiespumante;
• O óleo mineral é utilizado na produção de tintas à base de óleo;
• Tem aplicação na fabricação de pesticidas e defensivos agrícolas;
• Largamente utilizado na fabricação de graxa, cera e vaselina
industrial.
Exemplos,
Plano de Aula vídeos

Óleos para transformadores

Os transformadores são, na maioria das vezes, preenchidos por


óleo isolante, derivado do petróleo. A popularidade desse tipo de óleo
mineral (óleo de transformador), se deve, nessa aplicação, à
disponibilidade, ao custo reduzido e às suas excelentes propriedades
dielétricas e refrigerantes.

Os principais objetivos do óleo de transformador são garantir o


arrefecimento das espiras das máquinas e isolar o núcleo condutor do
sistema.

Normalmente, dois tipos de óleo são mais utilizados como


isolante. O óleo islante tipo A (naftênico) é voltado a todos os
equipamentos, de qualquer classe de tensão. Já o óleo isolante tipo B
(parafínico) é indicado para transformadores de tensão de até 145 KV.
Exemplos,
Plano de Aula vídeos

Apesar do óleo de
transformador naftênico oxidar-se mais
facilmente que o óleo para
transformador parafínico, os produtos
da oxidação, como a borra, são mais
solúveis nos óleos naftênicos do que
nos parafínicos.
Assim, a borra formada
pelos óleos isolantes naftênicos não se
deposita no fundo do tanque dos
transformadores, não provocando a
obstrução da circulação de fluido por
convecção, o que acaba preservando,
então, o bom funcionamento do
sistema de arrefecimento das espiras.
Exemplos,
Plano vídeos,
de Aula aplicações

Os óleos lubrificantes utilizados em compressores de


refrigeração devem possuir as seguintes qualificações:

Estabilidade química: para resistir à oxidação a elevadas


temperaturas de descarga do compressor o óleo lubrificante
deve ter conteúdo bastante baixo de hidrocarbonetos
insaturados de forma a evitar a precipitação de vernizes nas
válvulas de expansão.

Baixo ponto de fluidez: é importante que o conteúdo de


cristais parafínicos seja suficientemente reduzido de forma
que o óleo lubrificante não venha a se tornar gelatinoso e
congelar nas regiões de baixa temperatura do sistema de
refrigeração.

Baixo ponto de floculação: estar livre de cristais de parafina


ou qualquer outro tipo de material, como resíduos de carbono,
que possa se separar da massa de óleo lubrificante e obstruir
filtros de óleo lubrificante, válvulas e tubos capilares.
Exemplos,
Plano vídeos,
de Aula aplicações

Elevada rigidez dielétrica: especialmente importante para unidades de


refrigeração hermeticamente seladas em que a umidade presente no óleo
lubrificante não pode ser removida.

Grau de viscosidade adequado: característica fundamental do óleo lubrificante


para satisfazer às condições mecânicas do compressor de refrigeração após se
considerar a questão da miscibilidade ou imiscibilidade entre o óleo lubrificante e o
gás refrigerante.

Baixa volatilidade: com vistas a se reduzir a vaporização do óleo lubrificante, a


contaminação do gás refrigerante às elevadas temperaturas e pressões de
descarga e a formação de depósitos carbonosos em placas de válvulas de sucção
e descarga de compressores recíprocos.

Boa característica antiespumante: a capacidade de liberar fácil e rapidamente


gás refrigerante dissolvido no óleo lubrificante de forma a evitar excessiva
formação de espuma que possa provocar cavitação na bomba de óleo lubrificante
e lubrificação deficiente entre os componentes móveis do compressor.
Exemplos,
Plano vídeos,
de Aula aplicações

Usar um óleo inadequado pode resultar em problemas graves, como:


• Formação de ácidos; • Carbonização do óleo;
• Corrosão; • Danos ao compressor;
• Lubrificação insuficiente;
Conclusões
Plano de Aula

• Os óleos de base naftênica são alifático de cadeia fechada e de


densidade API intermediária.
• Devido as suas características mais específicas, os óleos de base
naftênica são destinados a aplicações menos comuns do que quando
comparados aos óleos de base parafínica. Estes últimos representam
cerca de 90% da base de lubrificantes industriais.
• Os derivados de petróleo de origem naftênica têm a qualidade de
possuir um menor teor de enxofre. Gera como produtos da destilação
uma gasolina com alto índice de octanagem e óleo lubrificante mineral
com baixo resíduo de carbono.
• Este baixo resíduo de carbono é o principal fator que viabiliza a
aplicação como óleo isolante transformadores e de lubrificante
compressores de refrigeração.
• Portanto é de suma importância verificar se o tipo de lubrificante a ser
utilizado é recomendado para a aplicação na qual ira ser utilizado.
Referências
PlanoBibliográficas
de Aula

• BELMIRO, Pedro ; CARRETEIRO, Ronald. Lubrificantes e Lubrificação Industrial. Livros Técnicos e Científicos
LTDA. Rio de Janeiro. 2006.

• SINDIPESA. Tipos de Lubrificantes – óleo*.


Disponível em: < http://www.sindipesa.com.br/noticia.php?id=32837 >. Acesso em 29 ago. 2021.

• CADIUM, A SOLUÇÃO EM LUBRIFICAÇÃO. Como saber diferenciar um óleo parafínico e de um óleo naftênico?
Disponível em: < https://cadium.com.br/como-saber-diferenciar-um-oleo-parafinico-e-de-um-oleo-naftenico/ >.
Acesso em 29 ago de 2021.

• CADIUM, A SOLUÇÃO EM LUBRIFICAÇÃO. Óleo de transformador: pode misturar parafínico e naftênico?.


Disponível em: < https://cadium.com.br/oleo-de-transformador-pode-misturar-parafinico-e-naftenico/ >. Acesso em
29 ago de 2021.

• COLA DA WEB. Hidrocarbonetos


Disponível em: < https://www.coladaweb.com/quimica/quimica-organica/hidrocarbonetos >. Acesso em 29 ago de
2021.

• SENAI/RJ - PROMINP. Sistemas De Produção, Refino E Transporte De Petróleo. Disponível em: <
https://www.coladaweb.com/quimica/quimica-organica/hidrocarbonetos >. Acesso em 29 ago de 2021.

• PORTAL LUBES. Requisitos para lubrificação de compressores de refrigeração. Disponível em: <
https://portallubes.com.br/2019/04/compressores-de-refrigeracao/ >. Acesso em 29 ago de 2021.

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