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MECÂNICO DE MANUTENÇÃO
Lubrificantes pastosos
À base de alumínio
À base de cálcio
À base de sódio
À base de lítio
À base de bário
À base de graxa mista.
• Ponto de gota
• Classificação
• Aplicação
• Armazenamento, transporte, manuseio e descarte
• Contaminação
• Folgas
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O que é um lubrificante?
Quando as superfícies dos componentes de algum tipo de máquina se movem em
contato umas com as outras, produzem a fricção ou atrito, e esta gera calor e causa
desgaste. O lubrificante é uma substância colocada entre estes componentes em
movimento para reduzir a fricção e proporcionar o deslizamento suave e fácil, um
contra o outro, com o mínimo desgaste e mantendo a temperatura normal.
Como os lubrificantes pastosos (ou graxas) se diferem dos lubrificantes líquidos (ou
óleos)?
A graxa é um importante componente no plano de lubrificação, constituída por uma
mistura de óleo básico de origem mineral ou sintético com a adição de espessante e
aditivos. O agente espessante é responsável pela retenção do óleo e elevação das
propriedades da graxa lubrificante, enquanto que o óleo retido realiza o processo de
lubrificação das peças em contato. O tipo de graxa e suas características estão
relacionadas ao seu respectivo agente espessante.
A principal vantagem das graxas lubrificantes é a retenção no local aplicado, ao
contrário dos óleos lubrificantes que escorrem por serem viscosos. Com isso, há uma
redução no custo de lubrificação, além de realizar processo de vedação de impurezas
e repelindo o ingresso da água em algumas aplicações. Em máquinas agrícolas a
graxa lubrificante é aplicada em diversos pontos onde é necessário que o lubrificante
não escorra como grades, estrias de acoplamento de cardan, mancais de arado,
enxadas rotativas, fusos de colheitadeiras. Para garantia no processo de lubrificação
é importante atentar-se para regularidade na aplicação prevenindo excesso ou falta
de graxa lubrificante.
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- Copo Stauffer:
Nesse método os copos são enchidos com graxa e, ao se girar a tampa a graxa é
impelida pelo orifício, localizada na parte inferior do copo.
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-Por enchimento:
A graxa é aplicada manualmente até a metade da capacidade do depósito, esse
método de lubrificação é usado em mancais de rolamento.
O produto costuma agir na diluição da graxa, além de facilitar a sua remoção com o
auxílio de um pincel. Ele também possui uma alta ação protetora e um impressionante
poder de limpeza. Além disso, é inodoro e não irrita a pele de seu operador. É
importante destacar, ainda, que os restos desse material não podem ser jogados
diretamente na natureza. Eles precisam ser entregues a coletores autorizados.
São indicadas para uso onde o principal requisito seja a característica de aderência
da graxa, proporcionando boa proteção contra a ferrugem e resistência à lavagem por
água, tais como mancais de rolamento de baixa velocidade, chassis e possuem ótimo
rendimento em equipamentos que sofrem atuação de altas cargas, como os dentes
de engrenagem na indústria de cimento.
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Apesar de tudo isso, esse tipo de graxa conta com uma constante diminuição de sua
lubrificação, por conta da sua proteção contra corrosão e da falta de resistência à
água.
A classificação gira em torno de uma tabela desenvolvida pela NLGI, quanto mais
macia a graxa, menor o número. Geralmente, as graxas para rolamentos são NLGI 1,
2 ou 3. O teste mede a profundidade atingida por um cone em uma amostra de graxa,
em décimos de mm.
Basicamente é uma medida da rigidez da graxa. A consistência correta deve
assegurar que a graxa permaneça no rolamento, sem gerar muito atrito.
sistema DIN (Deutsches Institut für Normung) e o ISO (International Organization for
Standardization).
Ambos os sistemas, mediante o uso de uma nomenclatura combinada, nos
oferecem um vasto conteúdo de informações sobre os aspetos mais relevantes da
massa: consistência, composição, temperaturas de trabalho, aplicação recomendada,
propriedades de extrema pressão, etc.
A norma DIN 51825 nos oferece identificar uma determinada graxa, suas aplicações,
formulação e características através do uso de siglas. Estas siglas podem ser
etiquetadas nos equipamentos para que possam ser correlacionadas ao lubrificante
com esta mesma sigla em seu código no sistema e na prateleira onde é armazenado.
Apesar desta norma ser simples, o uso de cores para identificação dos lubrificantes
ainda tem um impacto mais significativo, por ser mais direto e simples.
-Gravidade:
Lubrificação manual
A lubrificação é feita por almotolias e não é muito eficiente pois não produz uma
camada homogênea de lubrificante.
Copo com agulha ou vareta
Este dispositivo possui uma agulha que passa por um orifício e cuja ponta repousa
sobre o eixo. Quando o eixo gira, imprime um movimento alternativo à agulha,
liberando o fluxo de lubrificante, que continua fluindo enquanto dura o movimento do
eixo.
Copo conta gotas
Esse é o tipo de copo mais usado na lubrificação industrial, sua vantagem está na
possibilidade de regular a quantidade de óleo aplicado sobre o ponto a ser lubrificado.
-Imersão:
Lubrificação por banho de óleo
Nesse método, as peças a serem lubrificadas mergulham total ou parcialmente num
recipiente de óleo. O excesso de lubrificante é distribuído por meio de ranhuras a
outras peças. O nível do óleo deve ser constantemente controlado porque, além de
lubrificar, ele tem a função de resfriar a peça.
-Por perda:
Em um sistema de lubrificação por Perda, também conhecido como sistema por
Perda Total, o lubrificante, que abastece o ponto de atrito ou fricção, é sempre
consumido, ou seja, sempre será aplicado um novo lubrificante nos pontos de atrito.
O sistema por perdas deverá abastecer todos os pontos em intervalos regulares
durante o ciclo pré estabelecido. Com o passar do tempo, o lubrificante é
parcialmente utilizado nos pontos, e isso ocorre por diferentes motivos:
envelhecimento, evaporação, purgas, gotejamento e vazamentos. É importante
salientar que através do sistema por perda não é possível dissipar calor.
Os lubrificantes usados em um sistema por perda podem ser óleo, graxa ou graxa
fluida
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-Sistema selado:
Os mais simples sistemas selados de lubrificação dependem das propriedades do
óleo: viscosidade e untuosidade. Assim, o óleo lubrifica as superfícies das peças por
meio de rodas dentadas, de anéis ou correntes. No primeiro caso, por exemplo, uma
ou mais rodas puxam o óleo para a parte inferior do depósito. O óleo é projetado em
volta da peça, e lubrifica também os mancais devido à força da projeção. Além da
função de lubrificante, o óleo tem ação refrigerante.
-Sistema centralizado:
O sistema centralizado é um método de lubrificação a graxa ou óleo que tem a
finalidade de lubrificar um elevado número de pontos, independentemente de sua
localização. Trata-se de um sistema de aplicação simultânea de lubrificante em todos
os pontos de uma máquina, nas quantidades, pressões e frequências corretas, a partir
de um reservatório central, podendo ser um sistema automático ou manual.
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• Armazenamento
-O LOCAL DE ARMAZENAMENTO
O local adequado para o armazenamento para lubrificantes deve ser amplo,
permitindo fácil acesso, manobras e circulação de pessoas; bem ventilado, e longe de
fontes de contaminação tais como poeira, adubos e produtos químicos. Deve também
estar distante de fontes de excesso de frio ou calor.
O piso deve ser firme e resistente a choques e não absorvente. Deve ser de fácil
limpeza, que não solte poeira e ainda ter proteção contra escorregamento,
principalmente em rampas de acesso para evitar acidentes.
É importante que neste local exista um sistema de proteção contra incêndio, uma vez
que este tipo de material é altamente inflamável. E também que o local seja mantido
limpo sem lubrificantes derramados no chão, estopa ou pano sujos de óleo ou graxa.
-CUIDADOS NA ARMAZENAGEM
Caso os óleos lubrificantes sejam armazenados em tambores, estes devem ser
colocados sobre estrados de madeira, evitando-se assim o contato direto com o chão.
Para se armazenar elevado número de tambores pode-se usá-los tambores deitados
sobre ripas de madeira, bem calçados para impedir seu movimento e com os bujões
em posição horizontal abaixo do nível do lubrificante.
É importante fazer inspeções periódicas, para verificar se há qualquer tipo de
vazamento e se as marcas dos tambores estão legíveis.
É fundamental fazer um controle dos produtos armazenados, afim de evitar confusões,
trocas e garantir a reposição adequada dos estoques. Deve-se evitar a armazenagem
de lubrificantes ao ar livre, caso isto não seja possível, deve-se armazenar os
tambores deitados. Se eles precisarem ficar em pé, deve-se cobri-los com um
encerado ou colocá-los numa posição inclinada, sendo que os bujões não devem ficar
no lado mais baixo da tampa onde pode haver acúmulo de água.
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• Transporte
Para o transporte do lubrificante, ele deve estar selado em um barril adequado de
acordo com as especificações do fabricante. Normalmente eles são transportados em
caminhões
O responsável pelo recebimento deve fazer as seguintes verificações ao recebe r um
estoque de lubrificantes:
*Verificar se o produto que está sendo entregue está de acordo com o pedido feito e
a nota fiscal;
*Verificar se os lacres dos tambores e baldes não foram violados;
*Verificar as condições da embalagem quanto a sua estrutura e identificação do
produto
Após o recebimento, a mercadoria deve ser retirada do transporte por meio de
empilhadeiras, guinchos, talhas, etc. Plataformas de descarga ao mesmo nível dos
veículos de transporte facilitam o manuseio dos volumes e diminuem o risco de
avarias.
• Descarte
Após o uso, o óleo deve ser descartado. O óleo, por ser um resíduo químico, não é
simplesmente jogado no lixo, por causa disso a Resolução nº 362/2005 do Conselho
Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, trata o refino como destino obrigatório dos
óleos lubrificantes usados ou contaminados.
O produtor e o importador de óleo lubrificante devem coletar, ou garantir a coleta, e
dar destinação final ao óleo lubrificante usado ou contaminado, respeitando a
proporção do óleo lubrificante acabado que colocarem no mercado.
-Torneira: é utilizada para retirar óleo do tambor e é aplicada nos orifícios dos bujões
de enchimento.
-Enchedores de pistola de graxa: são úteis para evitar contaminações, podendo ser
manuais ou a ar comprimido.
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-Talha: serve para mover os tambores de lubrificantes e pode ser manual ou elétrica.
• Contaminação
Contaminação dos lubrificantes é uma das situações mais criticas nos processos de
lubrificação de maquinas e equipamentos. Independente do tipo de lubrificante, se
óleo ou graxa. Em razão do tamanho das folgas agentes contaminantes do óleo como
umidade e micropartículas podem dar início a desgastes prematuros e a perda de
eficiência, mesmo em pequena quantidade.
Para um bom desempenho existem algumas normas, por exemplo:
A ISO 4406 (International Standards Organization), nível padrão de limpeza, tem
obtido uma vasta aceitação em muitas indústrias. Uma versão modificada, vastamente
utilizada deste padrão, refere-se ao número de partículas maior que 4, 6 e 14 mícrons*
em um certo volume, geralmente 1 mililitro ou 100 mililitros. O número de partículas
4+ e 6+ mícrons é usado como ponto de referência para partículas sedimentadas. O
tamanho 14+ indica a quantidade de partículas maiores presentes, que contribuem
para uma possível falha catastrófica do componente.
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Ou a norma NAS é um padrão mais antigo, desenvolvido em 1964 para definir a classe
de contaminação em componentes de aeronaves e fluidos hidráulicos. Ela determina
o nível de contaminação pela contagem das partículas por 100 ml, em 5 faixas de
tamanho.
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• Folgas
-Engrenagens:
Os flancos (dentes) de engrenagens operam em três diferentes condições de
lubrificação, são elas: Plena, mista e limite. Lubrificação limite: O ocorre no momento
da partida e na parada durante o equipamento, para isso temos que nos atentar às
propriedades químicas do lubrificante, por exemplo, o aditivo EP. Este é de extrema
importância para a prevenção do arrastamento do material que é proporcionado pelo
esforço do conato metal-metal.
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-Rolamentos:
O rolamento é um componente mecânico encontrado em uma gama enorme de
aplicações, em 99% dos processos produtivos existe pelo menos um rolamento em
operação e eles são itens cruciais na grande maioria das plantas industriais. Os
rolamentos são itens confiáveis, mesmo quando submetidos a condições severas de
uso e funcionamento. A vida útil de um rolamento pode alcançar números
incrivelmente satisfatórios.
Lubrificante certo: O lubrificante (graxa ou óleo) deve ser escolhido de acordo com os
principais fatores
falhas em rolamentos de operação: Velocidade de Trabalho (RPM), Temperatura de
Operação e Carga de Trabalho.
Quantidade Certa: A quantidade de lubrificante (nesse caso a graxa) para relubrificar
os rolamentos deve ser calculada através da fórmula: G = 0,005 x D x B. Onde:
G = Gramas;
D = Diâmetro Externo do Rolamento (em milímetros);
B = Altura do Rolamento (em milímetros).
Intervalo de Relubrificação: Esse ponto também é definido com base nos seguintes
fatores de operação: Velocidade de Trabalho, Temperatura, Carga de Trabalho,
Condições Ambientais (Poeira ou Umidade), Condições operacionais (vibrações,
choques, etc).
Apesar de ser algo comumente negligenciado a contaminação do lubrificante é algo
extremamente prejudicial a vida útil dos rolamentos, e deve ser algo a ser prevenido
e não remediado, como é feito na grande maioria dos casos.
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Considerando que esse tipo de falha representa um total de 19% no total de falhas
em rolamentos, vale a pena investir em sistemas de blindagem, filtros especiais,
sistemas de filtragem de lubrificante off-line e outros componentes que protejam a vida
útil do lubrificante e consequentemente do rolamento.
-Mancais de deslizamento:
A principal função dos mancais de deslizamento, existentes em máquinas e
equipamentos, é servir de apoio e guia para os eixos girantes.
• Bibliografia
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