Você está na página 1de 30

PARTE IIC_1– Lubrificação_Conceitos

BOAS PRATICAS DE
LUBRIFICAÇÃO

SKF Reliability
Systems
LUBRIFICAÇÃO: INTRODUÇÃO E CONCEITOS

1. Introdução
1.1. Conceito e Objetivos da Lubrificação
1.2. Atrito : Conceitos e definições

2. Estados dos Lubrificantes

3. Os tipos de lubrificantes; origens ; aplicações e aditivos


3.1. Óleos
3.2. Graxas
3.3. Lubrificantes
3.4. Aditivos

4. Principais fatores de seleção de um lubrificante

5. Características físicas dos principais lubrificantes


5.1. Óleos
5.2. Graxas
6. Grau de viscosidade x normas de classificação dos lubrificantes

7. Conceitos e aplicações dos sistemas de lubrificação


7.1. Tipos de lubrificação
7.2. Sistemas de lubrificação

8. Cuidados gerais na lubrificação ( armazenamento / manuseio x aplicação e


acessórios ) – BOAS PRÁTICAS DE LUBRIFICAÇÃO

9. A lubrificação x indicadores de desempenho da manutenção ( preventiva x


corretiva x preditiva x pró-ativa/confiabilidade _MCC )
 1. Introdução :

 1.1. Conceitos e objetivos da lubrificação

 A Lubrificação é uma operação que consiste em introduzir uma substância


apropriada entre superfícies sólidas que estejam em contato entre si e que
executem movimentos relativos.
 Essa substância “apropriada” geralmente é um óleo ou uma graxa que tem a
função de impedir o contato direto entre as superfície em movimento (redução de
atrito entre as superfícies )
 Quando recobertos por um lubrificante, os pontos de atritos das superfícies sólidas
transformam o atrito sólido em atrito fluido
Lubrificação: Podemos ver que a lubrificação consiste na redução do
atrito mediante a aplicação de um lubrificante.
Efeitos do atrito

 Positivos : Sem ele não haveria movimento ( mecanismos como


andar; freiar; carro rodar; etc )

 Negativos : Desgastes; perdas de energia ( em forma de calor ); Ruído;


vibração; etc
PARADIGMAS DA LUBRIFICAÇÃO

 “Ha 20 anos que trabalho na lubrificação da planta e


nunca teve nenhum problema.”
 “O funcionario da manutenção que pior faz as coisas o
mandamos a lubrificar”
 “Se voce não se engordura dos pes à cabeça é porque não é
um bom lubrificador”
 “O único requisito que existe para ser lubrificador é de ter
vontade de sujar-se”
Tarefas do lubrificador da atualidade
 Manuseio de ferramentas específicas de
lubrificação.
 Gerenciamento da lubrificação através de
programas de controle e acompanhamento
especializados.
 Utilização de ferramentas eletrónicas
portáteis para o acompanhamento das
rotas de lubrificação/inspeão.
 Recolhimento de amostras de oleo e
análises do mesmo no campo.
 Operação de equipamentos de filtração
fixos e móveis.
 Nunca misturar lubrificantes de fabricantes diferentes;
 Nunca misturar lubrificantes diferentes, mesmo sendo do mesmo fabricante, sem
Os Mandamentos
conhecer dodosLubrificador:
a grade de aditivos produtos;
 Nunca misturar óleo com graxa;
 Manter sempre um estoque mínimo dos produtos;
 Seguir sempre as recomendações do fabricante do equipamento;
 Evitar o contato prolongado dos produtos com a pele;
 Sempre manter limpas as embalagens dos produtos;
 Em caso de dúvida, sempre consultar o serviço técnico da Mobil;
 Sempre respeitar os períodos de troca recomendados;
 Sempre utilizar as quantidades recomendadas pelo manual do fabricante.
Objetivos da lubrificação :

 Redução de desgastes ( por menor dissipação de energia na forma de calor )

 Redução da temperatura, pois o lubrificante também refrigera a área de contato

 Redução de ruídos e vibrações

 Redução de corrosão

 Redução das “quebras” / PARADAS por falhas que impactam na QUALIDADE


de todo o sistema ( disponibilidade operacional; satisfação do cliente x entrega
no prazo e qualidade esperadas ; custos de produção; segurança e meio-
ambiente ) > CONFIABILIDADE X COMPETITIVIDADE X SOBREVIVÊNCIA
PLANO DE LUBRIFICAÇÃO – BASE DA MANUTENÇÃO PREVENTIVA

ROTAS DE INSPEÇÕES PREVENTIVA X LUBRIFICAÇÃO – QUEDA DE UM PARADÍGMA

 Para otimizar os resultados da manutenção, devemos obrigatoriamente, definir e


implementar um plano de lubrificação como ferramenta fundamental e básica
correlacionada com métodos preventivos e preditivos ( ROTAS DE INSPEÇÕES
PREVENTIVAS ) para se obter uma produção dentro de um padrão compatível
com as exigências do mercado. Todos esses aspectos mostram a importância que se
deve dar a lubrificação industrial;
 Dados CRÍTICOS DE UMA PLANO DE LUBRICAÇÃO ( dados de
catálogos/fabricantes )
- Definir os PONTOS a serem lubrificados ( mancais/rolamentos/outros )
- Definir o TIPO e a QUANTIDADE de lubrificante a ser usado
- Definir a FREQUÊNCIA de lubrificação a ser adotada
- Gerar ROTA semanal para execução e atualização do plano
Vantagens da Lubrificação SISTEMATIZADA :
Aumenta a vida útil dos equipamentos em até dez vezes ou mais;
Reduz o consumo de energia em até 20%;
Reduz custos de manutenção em até 35%;
Reduz o consumo de lubrificantes em até 50%.
- Estados dos lubrificantes :
. Líquido ( óleos ); Semi-sólido ( graxas ); Sólido ( grafita; talco; etc )
- Os tipos de lubrificantes, origens, aplicações e aditivos

 3.1. Óleos
Podem ser :
 Sintéticos ( Ésteres; silicones; resinas; etc > produzidos em indústrias
químicas ). Custo alto > aplicações específicas ( altas temperatura; criticidade
da aplicação )
 Minerais ( a partir do petróleo podem ser parafínicos ou naftênicos ) > são
os mais usados na indústria ( boa estabailidade )
 Vegetais ( origem soja; mamona; etc ) > Podem ser adicionados aos minerais (
biodiesel; etc ). São usados na alimentação humana
 Animal ( origem baleias; bacalhau; etc ) > Baixa utilização
Composição do Petróleo: O Petróleo é constituído fundamentalmente de Carbono
(C) e Hidrogênio (H) sob forma de Hidrocarbonetos contendo pequenas
quantidades de O, N, S, Cl, V, mais impurezas como água, lama, sal, etc.

 Origem óleo mineral

 01- PLATAFORMA

 02 - CAMADAS ROCHOSAS

 03 - SONDAS

 04 - PETRÓLEO
Processo de Produção de Básicos Minerais
Por destilação à vácuo
O LUBRIFICANTE
Os lubrificantes podem ser divididos em dois grandes
grupos
1) OLEOS LUBRIFICANTES:
O óleo lubrificante é um elemento fluído cuja função principal é separar
duas superficies em movimento relativo. Chamamos esta funcão de
“lubrificar”. O oleo é composto por:
 Oleo base  Quem realmente lubrifica.
 Aditivos  Que agregam ou melhoram propiedades ao oleo base.

2) GRAXAS LUBRIFICANTES:
A graxa lubrificante é um elemento consistente que cumpre uma
função similar a dos oleos mas que é composto por:
 Oleo base  Quem realmente lubrifica.
 Aditivos  Que agregam ou melhoram propriedades ao oleo
base.
 Espessante  Quem lhe proporciona a sua consistencia.
Lubrificante Acabado

Básicos
Minerais e Sintéticos
(80% a 95%)

Aditivos
• Extrema-pressão
• Inibidores de corrosão
• Detergente-dispersante
• Anti-espumantes
• Anti-oxidantes
• Melhoradores do I.V.
• Adesividade
(20% a 5%)
Óleos Básicos
 Óleos Básicos típicos variam a viscosidade de 10 a 1500 cSt

A graxa não pode ser nada melhor que o seu óleo básico!
Viscosidade e Aplicação

Viscosidade Aplicação
Usada para altas velocidades > 3600 rpm, baixas
ISO 100 cargas, baixas temperaturas

Velocidades Moderadas até 3600 rpm, e altas


ISO 150/220
cargas, típica graxa multi-purpose
Maiores cargas que ISO 150/220, maior resistência
ISO 460
a água
Baixas Velocidades < 100 rpm, Altíssimas cargas,
ISO 1500
Resistência a água.
Viscosidade de Operação x RPM x DN
Usando o Método Alternativo SKF: Determinados Velocidade e Dimensões do
Rolamento:

Viscosidade, cSt
n, rpm
2

5
Viscosidade 10
na temp. 20
de operação
50
100
200
500
50000 1000
100000 2000
5000
10000
20000
Diâmetro médio: dm, mm
Viscosidade ISO VG: Função da Temperatura trabalho x RPM Limite x
Carga
3.2. Graxas :
 Estado pastoso ( semi-sólido ) composto de um agente
espessante ( sabão ) + óleo lubrificante ( de grande
aplicação )
Composição da Graxa Lubrificante
Óleo
Mineral ou Sintético
(90%)
Espessante
Sabão Metálico e
Não Sabão
(7%)
Aditivos
Mesmos usados nos
óleos lubrificantes
(3%)

• Óleo Básico:
Lubrificantes com óleos Minerais, Sintéticos ou Naturais, podem compor suas combinações
• Espessante:
São o corpo e a estrutura com componentes de sabão ou não-sabão
• Aditivos:
Melhoram a performance do lubrificante com componentes de óleos solúveis para controlar: extrema
pressão, anti-desgaste, anti-corrosivo/ferruginoso, anti-oxidante e adesividade. Lubrificantes
sólidos podem ser incluídos como: bisulfeto de molibdênio, grafite, polímeros, carbonato cálcio,
entre outros.
Selecionando o Espessante Correto
Alta Resistência Estabilidade Bombeabili- Estabilidade
Tipo a Oxidação Usos Principais
Temp. a água Mecânica dade
Multipurpose Auto &
Lítio* - + + Ind
Complexo Multipurpose Auto &
de Lítio *
+ + + + Ind
Multipurpose Auto &
Poliureia* + + + + Ind
Argila + - + Alta Temp. Industrial

Alumínio - + - - + Lubrificante específico


Complexo de Multipurpose
Alumínio + + + - Industrial
Sódio - - - - - Mancais de Rolamento
Cálcio
(convencional) - + - + Geral (< custo)
Cálcio
(anidro)
- + + + Multipurpose Militar
Complexo Multipurpose Auto &
de Cálcio
+ - - - Ind

* Tecnologia Própria ExxonMobil


Tipos de Aditivos e Funções
Aditivos x Desempenho
Balanço de Propriedades

Consistência

Extrema-Pressão
Resistência a Água Anti-Desgaste (AW)

Baixa Temperatura
Alta Temperatura Bombeabilidade

Proteção
Compatibilidade
a Corrosão

Estabilidade
Mecânica/
Separação/
Retenção de Óleo
Aditivo EP - Extrema Pressão
Óleo com fósforo

Carga pesada

Fosfeto de ferro

Ferro
Aditivo Inibidor de Corrosão (Antiferrugem)

Película lubrificante com aditivo

Água
Água
Água

Água
Água

Superfície
Metálica Água

Água

Água
Aditivo - Detergente/Dispersante

Ação detergente
dispersante

Sem aditivo Com aditivo


Aditivo Anti-espumante
Ação do Aditivo

Bolha de ar
FIM

Você também pode gostar