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MATERIAL DE CONTRUÇÃO MECÂNICA

Turma: MC
Introdução
Objetivos
Programa
Bibliografia
Avaliação

Prof.: M.Sc. Antonio Fernando de Carvalho Mota


Engenheiro Mecânico e Metalúrgico
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PROGRAMA - EMENTA
• 1. Produtos siderúrgicos.
• 2. Fabricação dos aços.
• 3. Tratamentos térmicos e termoquímicos.
• 4. Ferros fundidos.
• 5. Metalografia.
• 6. Aços para construção mecânica.
• 7. Aços para fins especiais.
• 8. Materiais resistentes a corrosão e ao calor.
• 9. Metais não ferrosos.
• 10. Materiais para ferramentas e matrizes.
• 11. Produtos da metalurgia do pó.
• 12. Materiais compósitos.
• 13. Novos materiais usados na engenharia.
• 14. Seleção de materiais.

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BIBLIOGRÁFIA BÁSICA
CHIAVERINI, Vicente. Tecnologia mecânica. vol.III. São Paulo:
McGraw-Hill,1986, 2ª ed.
CHIAVERINI, Vicente. Aços e ferros fundidos.São Paulo: ABM, 1977.
COLPAERT, Hubertus. Metalografia dos produtos siderúrgicos
comuns. São Paulo: Edgar Blücher, 2008,4ª ed.
TELLES, Pedro C. Silva.Materiais para Equipamentos de Processos.
Editora Interciência. 6ª ed.
SITES: www.cimm.com.br
www.brasimet.com.br
www.acesita.com.br
www.villares.com.br
www.comercialgerdau.com.br
 

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BIBLIOGRÁFIA COMPLEMENTAR

Seleção e Especificação de Materiais


Metálicos para Construção Mecânica:
do Cálculo Mecânico ao Tratamento
Térmico
Cod. de Referência: 2119

Associado Associado Junior Não Associdado


R$ 20,00 R$ 20,00 R$ 20,00
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
Peckner, D; Bertein, J. M. Handbook of Stainless Steell.
American Society for Metals. Metals Handbook.
Catálogos e publicações dos fabricantes de materiais.

“O saber a gente aprende com os mestres e os livros.


A sabedoria, se aprende é com a vida e com os humildes”.
Cora Coralina

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HOMEPAGE DA DISCIPLINA


afcm.poli.br
Note bem, a leitura destes apontamentos não dispensa de modo
algum a leitura atenta da bibliografia principal da cadeira.

Prof. Antonio Fernando de Carvalho Mota, M.Sc. Eng.

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Bibliografia

VICENTE CHIAVERINI

Hubertus Colpaert
Metalografia dos Produtos
Siderúrgicos Comuns

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Bibliografia (continuação)

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OBJETIVOS
A Relação da Microestrutura com as propriedades Mecânicas.
Importância e aplicações dos Tratamentos Térmicos.
Trinômio: Matéria-prima, Processo de fabricação e Projeto.
Estabilidade dos Materiais nas Condições de Serviços.
Questões Ambientais.
Segurança.
Seleção de Materiais.
Novos Materiais.
Viabilidade Técnica e Econômica do Projeto.

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DATAS DAS PROVAS

Data limite do primeiro exercício 06 de maio de 2017


Data limite do segundo exercício 01 de julho de 2017
Final: 08 de julho de 2017

NOTA IMPORTANTE:
Os trabalhos e seminários, participação voluntária, não ajuda na avaliação,
serão computados depois da aprovação por média, somente para melhorar a
média.

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A ENGENHARIA DO PRODUTO
E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

BENS INTERMEDIÁRIOS:
(chapas, tubos, perfis)
BENS DE CONSUMO DURÁVEIS: (AGREGAR VALORES)
(automóveis, eletrodomésticos)

Processos de Fabricação

BENS DE CAPITAL:
(navios, turbinas, caldeiras, vasos de pressão, torno
mecânico, máquina de solda, aerogeradores, etc )
O QUE É UMA USINA SIDERÚRGICA?

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A SOLDAGEM EQUIVALE A UMA MINI ACIARIA
Adição de Ferro-Liga: Fe-Mo, Fe-Mn, Fe-Cr, Fe-Ni

ACIARIA SOLDAGEM
(FORNO ELÉTRICO) (ELETRODO REVESTIDO)

Avaliação: Quais as funções do revestimento do eletrodo?


Quando ocorre o sopro magnético?
Processo Siderúrgico – Usina Integrada

Preparação Redução Refino Lingotamento Laminação


da carga

Fonte: http://www.ibs.org.br/siderurgia_usos_fluxo.asp
MECANISMOS DE ENDURECIMENTO
(VARIÁVEIS METALÚRGICAS)
1- Endurecimento por Solução Sólida
(Sólid-Solition Hardening)
2- Endurecimento por Deformação Plástica a Frio
(Strain Hardening)
3- Endurecimento por refino de grão Eq. Hall e Petch:
(Grain Refining) e = 0 + ky.d-1/2

4 – Endurecimento por reação Martensítica


(MARTENSITE REACTIONS)
5- Endurecimento devido a partículas finas ou
Envelhecimento (Precipitation Hardening)
Classificações e Aplicações dos Aços
Diferença entre Classificação e Especificação
Influência dos elementos de Ligas

0,25%  C  0,60%
C 0,25%

0,60%  C  1,40

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SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS
SAE (Society Automotive Engineers) e ABNT
ABNT- NBR 6006 – Classificação por composição química de aços para
construção mecânica. XX = teor de carbono em 0,01%

10XX  Aços-carbono de uso geral


11XX  Aços de fácil usinagem, com enxofre
13XX  Manganês (1,75%)
40XX  Molibdênio (0,25%)
43XX  Níquel(1,8%), Cromo (0,8%) e Molibdênio (0,25%)
51XX  Cromo (0,8-1,05%)
86XX  Níquel (0,55%), Cromo (0,5%) e Molibdênio (0,2%)
98XX  Níquel (1,0%), Cromo (0,8%) e Molibdênio (0,25%)

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INFLUÊNCIA DOS ELEMENTOS DE LIGA
TRATAMENTOS TÉRMICOS

Forno Contínuo

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20
Avaliação
 Quais os tratamentos térmicos que
promovem o amolecimento dos aços?
 Quais os tratamentos térmicos que
promovem o endurecimento dos aços?

21

21
TRATAMENO
FINALIDADE PROCESSO
TÉRMICO

Remoção de tensões deixadas no aço por


Aquecimento seguido de resfriamento no
RECOZIMENTO trabalho a frio. Diminui a dureza e as tensões de
próprio forno (lentamente).
escoamento e ruptura. Amolece o aço.

Homogeneização da microestrutura e alívio de Aquecimento seguido de resfriamento ao


NORMALIZAÇÃO
tensões internas causadoras de empenamento. ar.

Obtenção de uma estrutura que combine com alta


resistência a tração, boa ductilidade (especial Aquecimento seguido de resfriamento em
PATENTEAMENTO
para arames de alta taxa de trefilação), resultando banhos de chumbo líquido a 450C.
em alta tenacidade.

Obtenção de uma micro estrutura interna


extremammente dura (martensita) que aumenta o Aquecimento a alta temperatura seguido
TÊMPERA
limite de resistência a traça e também a sua de resfriamento rápido (em água ou óleo)
dureza.

Acompanha a têmpera, aliviando ou removendo


Aquecimento e permanência em
as tensões internas deixadas por ela, e corrigindo
REVENIMENTO temperatura de 250 a 550 C, seguido de
as excessivas dureza e fragilidade do material,
resfriamento.
melhorando sua ductilidade.

Aumentar a dureza e resistência ao desgaste


Aquecimento em conjunto com uma
superficial (por fricção ou atrito), enquanto
CEMENTAÇÃO substância em carbono permitindo a
mantém o núcleo (miolo) do material ainda
difusão do © para o aço.
dúctil.
Diagrama Fe-Fe3C
Tem pe ra tu ra

  +L 1.500
o
C
L íqu id o (L )
+ 
+ L 1.250
o

 2,0
o
1.000
 +  + C em e ntita
0,8 o
o
750
723 C

o
500

+ C em e ntita

0% 1 2 3 4 5 6
Teo r d e C a rb o no

Avaliação:
Quais os tratamentos Térmicos não
previstos no diagrama de equilíbrio Fe-C?
Resposta: Têmpera (Martensita) e
Austêmpera (Bainita)

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Tratamentos térmicos

Austenita

A U S T E N I T A F E R R I T A

F e r r o  F e r r o 

C F C C C C

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TÊMPERA SEGUIDA DE REVENIMENTO

Operação de têmpera com posterior revenimento

28
QUAL A IMPORTÂNCIA DO REVENIMENTO?

Operação de têmpera com


posterior revenimento

29
TÊMPERA SEGUIDA DE REVENIMENTO

Operação de têmpera com posterior revenimento


AUSTÊMPERA

Forno contínuo para Austêmpera


Principais tratamentos térmicos

Tratamentos Térmicos

Esferoidização ou
Recozimento
Coalescimento
Tempera
Normalização
e Revenido
Reduz a dureza
Confere e facilita a
Aumenta a asinagem de aços
homogeneidade
Resist. Mec. alto carbono
Total ou Pleno e dureza
Isotérmico
Alívio de tensões
Recristalização
32

32
Influência da composição química
e do tratamento térmico

SAE 1040

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Equação de Hall-Petch

Equação de Hall-Petch, “σy” é o limite de escoamento, “d” é o


tamanho médio do grão e “σ0” e “ky” são constantes
particulares do material.
Refino de Grão – segundo mecanismo de endurecimento
(principal variável metalúrgica)
Influência da temperatura e do tempo
sobre o tamanho dos grãos

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Carbono equivalente
Carbono equivalente é um numero empírico que mede a temperabilidade
ou soldabilidade:
CE = C + (Mn)/6 + (Cr+Mo)/5 + (V+Ni+Cu)/15
 Fórmula adotada pelo Welding Institute
Onde:
Símbolo Nome

Mn manganês
Cr Cromo
Mo Molibdênio
  V Vanádio
Análise dos resultados: Ni Níquel
CE < 0,4 não é temperável e de fácilCusoldagem; Cobre
CE > 0,4 é temperável e exige cuidados especiais na soldagem.
Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A - USIMINAS

AÇOS
SINCRON

Especialmente concebidos para conciliar e integrar processos, os aços da


série Sincron permitem que seus usuários ganhem tempo, produtividade e
eficiência na aplicação final do material. As principais características dos
aços Sincron são a alta resistência mecânica e a elevada tenacidade.
Produzidos com a exclusiva tecnologia CLC (Continuous on-Line Control) -
processo de produção de chapas grossas criado pela Nippon Steel, os aços
Sincron podem ser aplicados, principalmente, na indústria de óleo e gás e
em segmentos que requerem desempenho superior na soldagem de
estruturas metálicas.
Ensaio Jominy (temperabilidade)

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Aços Rápidos
TRATAMENTOS PARA
ENDURECIMENTO SUPERFICIAL

Têmpera superficial

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ENDURECIMENTO SUPERFICIAL

Têmpera superficial por chama

Têmpera superficial por indução


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TRATAMENTOS TERMOQUÍMICOS

 - Cementação;
 - Nitretação;
 - Carbonitretação.
Forno Câmara

Macrografia de uma
Engrenagem cementada
Forno com atmosfera controlada
42

42
Têmpera por laser
 O processo é muito preciso em impor
aquecimento seletivo sobre áreas bem específicas.
 Além disto o processo pode ser feito em alta
velocidade, produzindo pouca distorção.

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Tratamentos térmicos especiais

 TRATAMENTO TÉRMICO A VÁCUO

forno a vácuo

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Ponte Maurício de Nassau Âncora, Porto e Navio
Mercado de são José

FERROS FUNDIDOS
(Cast Iron)

Quais os tipos de Ferros Fundidos?


 Ferros Fundidos Brancos
 Ferros Fundidos Cinzentos
 Ferros Fundidos Mesclados
 Ferros Fundidos Maleáveis
Conexões
 Ferros Fundidos Nodulares
Fundição
 Ferros Fundidos Vermiculares
 Fundição contínua TUPY- barras e buchas FUCO

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DIAGRAMAS Fe-C e Fe-Fe3C
Fe-C importante nos ferros fundidos
Por que o Diagrama de FASES Fe-Fe3C é tido como metaestável?

Diagrama metaestável:
Diagrama estável:

46

46
METALOGRAFIA
Macrografia
Micrografia
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MATERIAIS RESISTENTES A CORROSÃO E AO CALOR

Aços Inoxidáveis Ferríticos – não endurecível via trat. térmico


Aços Inoxidáveis Martensíticos - endurecível via trat. térmico
Aços Inoxidáveis Austeníticos - não endurecível via trat. térmico
Aços Inoxidáveis Duplex (Austenita e Ferrita )
Aços Inoxidáveis PH (Precipitation Hardeding)

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SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO
(Shielded Metal Arc Welding – SMAW )

Máquina de solda
Soldagem de aços inoxidáveis
Quais os processos de soldagem mais indicados?

TIG MIG/MAG

51
Soldagem de aços inoxidáveis
Quais as dificuldades na soldagem de aços Inoxidáveis?

Diagrama de Schaeffler
METAIS NÃO FERROSOS
COBRE E SUAS LIGAS
ALUMÍNIO E SUAS LIGAS

Bronzinas

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ALUMÍNIO NA INDÚSTRIA MECÂNICA

Quais as dificuldades da soldagem do Alumínio?

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AÇOS PARA FINS ESPECIAIS
 Aços resistêntes ao desgaste
 Aços para fins elétricos e magnéticos
 Aços grafíticos
 Aços criogênicos – Industria naval e aeroespacial

Naves e Estações Espaciais

55
METALURGIA DO PÓ

Compactação

Sinterização

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CENPES AMPLIA INSTALAÇÕES
O Cenpes (Centro de Pesquisas e
Desenvolvimento da Petrobras) inaugurou, em
outubro, novas instalações na Ilha do Fundão, no
Rio de Janeiro. Sua área construída foi ampliada
de 122 mil para 305 mil m2, com 227 laboratórios
projetados para comportar mais de 3.500
cientistas. Os laboratórios são destinados a
atender as demandas tecnológicas das áreas de
negócio da Petrobras, como biotecnologia, meio
ambiente e gás e energia, e o pré-sal.
Localizado próximo ao Parque Tecnológico da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
o Cenpes figura agora como um dos maiores
centros de pesquisa aplicada do mundo. A
Petrobras é hoje a empresa que mais investe em
ciência e tecnologia no país. Nos últimos três
anos (2007-2009) foram R$ 4,8 bilhões.
RECONHECIMENTO DA IMPORTÂNCIA DO PINGA-FOGO

OBRIGADO
PRAIA PONTA DE PEDRAS – LITORAL PERNAMBUCANO

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