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PROCESSOS DE USINAGEM

Cap. 2 – Geometria da Cunha de Corte

DINIZ, Anselmo Eduardo. Tecnologia da Usinagem dos Materiais. mm


editora, São Paulo

Уn

βn
Gume principal de corte
αa
Prof.: M.Sc. Antonio Fernando de Carvalho Mota
Engenheiro Mecânico e Metalúrgico
TODAS AS FERRAMENTAS DE CORTE SÃO
COMPOSTAS POR UMA MAIS CUNHAS DE CORTES
cunha

cunha
cunha

Lima
Talhadeira Fita de serra
cunha
cunha
cunha

cunha
Ferramenta de torno
Fresa
Rebolo
GEOMETRIA DA FERRAMETA DE CORTE
A geometria da ferramenta de corte exerce influência,
juntamente com outros fatores, a usinagem dos metais.
É necessário, portanto, definir a ferramenta através dos
ângulos da “cunha” para cortar o material

talhadeira serra torno

cunha cunha cunha

Princípio da cunha cortante


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Geometria da Cunha de Corte
PRINCÍPIO DA FERRAMENTA DE CORTE
(CUNHA CORTANTE)

Variação do ângulo da cunha, em função da dureza do material.


Menor dureza → Menor ângulo da cunha
Maior dureza → Maior ângulo da cunha

Ação de Separação Ação de Levantamento Continuo Enrugado Quebradiço

Efeito Cunha Formas do cavaco


DUREZA DO MATERIAL

ÂNGULO DE CUNHA (n)


ORIENTAÇÃO PARA ÂNGULOS DA FERRAMENTA
PRINCIPAIS ÂNGULOS DA FERRAMENTA

Ângulo de cunha ( n )

É o ângulo de cunha da
ferramenta.
As ferramentas de corte,
especialmente as pastilhas de
corte, vêm de fabrica com ângulo
apropriado para usinagem de
Уn materiais pré-estabelecidos em
função do material da pastilha.
Quando a ferramenta é de aço, o
ângulo pode ser modificado
mediante afiação.
βn
αa
PRINCIPAIS ÂNGULOS DA FERRAMENTA

Ângulo de incidência
principal ou de folga ( α )

 A função do ângulo de
incidência é evitar o atrito
entre a peça e o flanco
Уn (superfície de incidência) da
ferramenta e permitir que o
gume penetre no material e
corte-o livremente.

 Se o material da ferramenta
βn é de alta resistência, pode-
se usar ângulos de
αa incidência grandes, sem
perigo de quebra.
PRINCIPAIS ÂNGULOS DA FERRAMENTA
ÂNGULO DE INCIDÊNCIA αa Se o ângulo for muito pequeno
1. O gume não pode penetrar
convenientemente no material e a
ferramenta cega rapidamente;
2. Ocorre atrito contra a peça, gera sobre
aquecimento da ferramenta e
acabamento superficial ruim.

Уn Se o ângulo for muito grande


3. O gume quebra ou solta uma série de
pequenas lascas, em virtude de apoio
deficiente.

βn O tamanho do ângulo de incidência


depende de:
4. Resistência do material da ferramenta;
αa
5. Resistência do material da peça a ser
usinada.
PRINCIPAIS ÂNGULOS DA FERRAMENTA
Ângulo de saída do cavaco ( n )
É um dos ângulos mais importantes da
ferramenta, pois influi decisivamente na
força e na potência de corte, no
acabamento de superfície usinada e no
calor gerado. Sua função é a de facilitar o
escoamento do cavaco. Em princípio,
deve ser o maior possível, pois isto
determina uma retirada mais fácil do
cavaco.
O ângulo de saída depende dos
Уn seguintes fatores:
1. Resistência à compressão e tenacidade
do material da ferramenta de corte;
2. Resistência e dureza do material a
usinar;
3. Quantidade de calor gerado pelo corte;
βn 4. maiores velocidades de avanço, exigem
menores ângulos de saída.
αa
Fatores a serem considerados na escolha
da geometria da ferramenta:

➔ Material da ferramenta
➔ Material da peça
➔ Condições de corte
➔ Tipo de operação
➔ Geometria da peça
Geometria da Cunha de Corte
Para cada par material de ferramenta / material de peça
têm uma geometria de corte apropriada ou ótima.
A geometria da ferramenta influência na:

Formação do cavaco
Saída do cavaco
Forças de corte
Desgaste da ferramenta
Qualidade final do trabalho

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ORIENTAÇÃO PARA ÂNGULOS DA FERRAMENTA
Aço muito macio
Alumínio Bronze Macio Aço Macio
Cobre Macio Ligas de Alumínio Bronze Macio

40º 27º 20º

55º 62º
40º
10º 8º 8º
Aço Fundido
Aço Duro Ferro Fundido Extra Duro
Aço Médio
Latão Médio Aço Manganês
Latão Macio


14º

68º 74º 84º

8º 8º 6º
ORIENTAÇÃO PARA ÂNGULOS DA FERRAMENTA

Alumínio Aço muito macio


Bronze Macio Aço Macio
Cobre Macio Bronze Macio
Ligas de Alumínio

40º 27º 20º

55º 62º
40º
10º 8º 8º
Aço Fundido
Aço Médio Aço Duro Ferro Fundido Extra Duro
Latão Macio Latão Médio Aço Manganês

14º 8º

68º 74º 84º


8º 8º 6º
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QUEBRA CAVACOS
ÂNGULOS DAS FERRAMENTAS
DO TORNO E DA PLAINA

α + β + γ = 90°

Ângulos de folga (α), de cunha (β)


e de saída (γ)

Ângulo de folga (α) e de saída (γ)


para uma ferramenta de corte de plaina.
INFLUÊNCIA DA POSIÇÃO DA CUNHA
EM RELAÇÃO Á SUPERFÍCIE A CORTAR

Ângulo de saída (γ ) para uma ferramenta de torno.

Influência da altura da ferramenta ( fora do centro)


VERIFICAÇÕES DOS ÂNGULOS NA
AFIAÇÃO DAS FERRAMENTAS
AFIADORA DE FERRAMENTAS
ÂNGULOS MEDIDOS NO PLANO DE REFERÊNCIA (Pr)

b a

p

a) Ângulo de posição ( χ ): ângulo entre a aresta de corte e a peca


b) b) Ângulo de ponta (ε)
SUPERFÍCIES DA PEÇA Superfície transitória
Superfície usinada

Gume da ferramenta
Superfície a usinar

- Superfície a usinar: é a superfície da peça a ser removida pela usinagem


- Superfície usinada: é a superfície desejada, produzida pela ação da
ferramenta de corte
- Superfície transitória: é a parte da superfície produzida na peça pelo
gume da ferramenta e removida durante o curso seguinte de corte, durante a
rotação seguinte da peça ou da ferramenta ou pelo gume seguinte.
Cinemática Geral dos Processos de Usinagem
Os processos de usinagem necessitam de um movimento
relativo entre peça e ferramenta.
MOVIMENTOS DA PEÇA E DA FERRAMENTA

Movimento de corte: corresponde ao movimento


principal produzido pela máquina ou manualmente
Movimento de avanço: é o movimento produzido pela
máquina ferramenta ou manualmente, com o objetivo
de provocar um movimento relativo adicional entre a
peça e a ferramenta, o qual somado ao movimento de
corte leva a geração de uma superfície usinada com as
características geométricas desejadas.
MOVIMENTOS DA PEÇA E DA FERRAMENTA
Movimento resultante de corte: é o movimento resultante efetivo
dos movimentos de corte e de avanço.

Velocidade de corte (VC): é a velocidade instantânea do movimento


principal, do gume em relação a peça.
É importante não confundir velocidade de corte com rotação da
peça ou ferramenta. A velocidade de corte é a velocidade
tangencial do gume da ferramenta, em relação à peça, e é
expressa normalmente em m/min. A rotação de peça ou
ferramenta é uma velocidade angular, expressa em RPM.

y
Vr z
Vc

Va x
MOVIMENTOS DA PEÇA E DA FERRAMENTA
Movimento resultante de corte: é o movimento resultante efetivo
dos movimentos de corte e de avanço.

Vc = πdn/1000

Vc em m/min
d em mm
n em RPM

É importante não confundir velocidade de corte com rotação da peça ou


ferramenta.
A velocidade de corte (Vc) é a velocidade tangencial do gume da
ferramenta, em relação à peça, e é expressa normalmente em m/min.
A rotação de peça ou ferramenta é uma velocidade angular,
expressa em RPM.
GEOMETRIA DA FERRAMENTA
REGIÕES DE FORMAÇÃO DO CAVACO
CONSEQUÊNCIA DOS ESFORÇOS NA DE FERRAMENTA
MATERIAIS USADOS PARA FERRAMENTA DE CORTE

As exigências básicas para materiais


usados como ferramenta de corte são:
1. Elevada dureza a frio e a quente, bem superior a da
peça usinada;
2. Tenacidade para resistir a consideráveis esforços de
corte e impacto;
3. Resistência à abrasão;
4. Facilidade de obtenção a preços econômicos;
5. Estabilidade química.
FERRAMENTAS DE CORTE
• Aços carbono;
• Aços rápidos comuns;
• Aços rápidos com cobalto;
• Ligas fundidas;
• Metais duros;
• Cermetos ou compósitos
• Cerâmicas;
• Diamantes;
Brocas de Diamante
• Nitreto de boro cúbico (CBN).

Morfologia do pó de diamante, de tamanho


médio de partícula 20mm, com um aumento
de 925X.
RETÍFICAS

retífica plana ou de superfície

retífica cilíndrica
REBOLO
O rebolo (ou disco de retífica) é, basicamente, constituído de um
aglomerado de partículas duras (abrasivas), unidas por um ligante.
A eficiência do rebolo está diretamente relacionado com o tipo do
abrasivo empregado, o ligante e a porosidade existente.

abrasivos

aglomerante
poros

Componentes do rebolo de retífica. (ERASTEEL)


REBOLO
• Quanto à dureza do rebolo:
Material mole → Rebolo duro
Material duro → Rebolo mole

• Quanto à estrutura
aglomerante
poros

abrasivos

estrutura aberta estrutura densa

Desbaste → Estrutura aberta


Acabamento → Estrutura fechada
FIM
Prof. Mota
CULTURA NORDESTINA

ROSAS NATURAIS

ARTE POPULAR

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