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Tecnologia Mecânica

Prof.ª: Ana Carolina


Técnico em Eletromecânica
IFF – CAMPUS CAMPOS GUARUS
Traçagem e puncionamento de peças;
 Por meio da traçagem são marcadas na peça pré-usinada as linhas e os pontos
que delimitam o formato final da peça após a usinagem.
 A traçagem permite transportar para a peça os desenhos dos planos e outros
pontos ou linhas importantes para a usinagem e o acabamento.

 Isso ajuda a prevenir falhas ou erros de interpretação de desenho na usinagem, o


que pode resultar em perda de trabalho e da peça.
Tipos de traçagem
 Traçagem plana → realizada em superfícies planas de chapas ou peças de
pequena espessura.

 Traçagem no espaço → realizada em peças forjadas e fundidas que não são


planas.
Referências da Traçagem
 Superfície → local no qual a peça se apoia.
 Plano de referência → linha a partir da qual toda a traçagem é orientada.
Instrumentação
 Para a traçagem são necessários: mesa de traçagem ou desempeno, escala,
graminho, riscador, régua de traçar, suta, compasso, esquadros, entre outros.

 Para apoiar utiliza-se a mesa


de traçagem que
dependendo da peça
necessita de calços,
macacos, cantoneiras e/ou
cubo de traçagem.
 Para medir utiliza-se escala ou calibrador.
 Para traçar utiliza-se riscador, compasso, graminho (instrumento para
tirar medidas pequenas de aproximadamente até 10 cm) ou calibrador.
 Para auxiliar na traçagem usa-se régua, esquadros de base, esquadros de
centrar, suta e gabaritos.

 Para marcar usa-se um punção e um martelo.


 Caso seja necessário que o traçado fique mais nítido, pode-se utilizar solução
corante. O tipo dessa solução depende da superfície do material e do controle do
traçado.
Etapas da Traçagem
 1) Limpeza das superfícies (devem estar livre de qualquer sujeira e deve ter sido
previamente rebarbada (retirada de pontas e excessos).
 2) Preparação da superfície → aplicação de uma pintura especial que permita
visualizar os traços do riscador.
 3) Posicionamento da peça sobre a superfície de referência. Se necessário utilizar
macacos, calços.

 4) Preparação do graminho na medida correta.


 5) Traçagem
 Para linhas perpendiculares utilizar esquadro.

 Para linhas oblíquas, usa-se a suta.

Para arcos de circunferência, usa-se o punção para


marcar o centro e o compasso para realizar a
traçagem.

OBS.: Passo a Passo || Como Traçar essa Peça - YouTube


Serragem manual
 O serrar é o corte de um material realizado com uma ferramenta
chamada serrote. Os serrotes classificam-se em:
 Serrotes Manuais
 Serrotes Mecânicos
Serrote manual
 É utilizado para o corte de pequenas peças que não justifiquem a serragem
mecânica.

É uma ferramenta portátil e como tal permite a operação em circunstâncias em que tal
versatilidade se torna importante.
Serrotes Mecânicos
 O corte de um pedaço de barra ou material perfilado de grande secção para
fabricação de uma peça é uma operação que se apresenta com frequência no
trabalho oficinal. Embora se pudesse fazê-lo com o serrote manual, essa operação
seria extremamente demorada e fatigante; por isso se utiliza, na maior parte dos
casos, o serrote mecânico.
 Há vários tipos de serrotes mecânicos: Serrotes alternativos, circulares e de fita.
Limagem
 Qualquer processo de corte tem como resultado mais ou menos a mesma coisa:
arestas, rebarbas, cantos vivos que, se não forem retirados, poderão ocasionar
acidentes, prejudicar o alinhamento.
 Limagem é usada para reparação de máquinas, ajustes diversos e trabalhos de
usinagem na ferramentaria para a confecção de gabaritos, lâminas, matrizes,
guias, chavetas.
 limagem é a operação que retira essa camada extra e indesejável de material.
Para isso, usa-se uma ferramenta chamada lima.
Lima
 Ferramenta geralmente fabricada com aço-carbono temperado e cujas faces
apresentam dentes cortantes chamados de picado.

 Existem vários tipos de lima que são resumidos no quadro abaixo.


 Dicas para a operação de limagem:
1. Aplicar uma força igual nas duas extremidades forçando a ferramenta sobre
a peça a ser trabalhada;
2. Manter a peça bem fixada com o auxílio de uma morsa;
3. Escolher a lima adequada para o tipo de operação;
4. Percorrer toda a peça de maneira uniforme usando todo o comprimento da
ferramenta;
5. Aliviar a lima durante o recuo;
 Uma dica para manter um bom funcionamento da lima é mantê-la limpa
após o término da operação por meio de leves batidas da lima sobre um
pedaço de madeira e/ou com o auxílio de uma escova de aço realizando
movimentos paralelos as ranhuras.
Etapas da Limagem
 1) Fixação da peça na morsa → A superfície a ser limada deve ficar na posição
horizontal, alguns milímetros acima do mordente da morsa

 2) Escolha da lima de acordo com a operação e tamanho da peça.


 3) Execução da limagem observando as seguintes orientações:
 A) Segure a lima conforme a ilustração e verifique se o cabo está bem fixado.
 B) Apoie a lima sobre a peça.
 C) Lime por passes sucessivos, cobrindo toda a superfície a ser limada e usando
todo o comprimento da ferramenta.
 D) Lime a um ritmo entre 30 e 60 golpes por minuto.

OBS.: Como acontece o processo de OBS.: A operação da limagem é artesanal e seu


limagem na prática? | SENAI Play - resultado depende muito da habilidade do
YouTube profissional.
Abertura manual de roscas internas e
externas
 Existem vários tipos de roscas que podem ser classificadas de acordo com o
formato do filete: triangular, quadrado, trapezoidal, redondo e dente-de-serra
 Utiliza-se o torno → Essa operação de abrir rosca consiste em dar forma triangular
ao filete com uma ferramenta de perfil adequado.
 O avanço deve ser igual ao passo da rosca por volta completa do material.
 Com pequenos deslocamentos iguais e laterais da ferramenta.
Etapas da abertura de roscas
 Para exemplificar uma operação de abertura de rosca, vamos descrever as etapas
para a construção de uma rosca triangular externa por penetração perpendicular.
 1) Torneamento do diâmetro: o material é torneado no diâmetro externo (maior) da
rosca. A ferramenta de corte não deve iniciar o trabalho com canto vivo no topo da
peça. O ideal é chanfrar em um ângulo de 45º, ou arredondar com uma ferramenta
própria.
 2) Posicionamento da ferramenta e na altura do eixo da peça: o carro superior
deve estar paralelo ao eixo para posicionar a ferramenta perpendicularmente
(90º) em relação à peça
 3. Verificação do ângulo da ferramenta com escantilhão e fixação.

 4. Preparação do torno → selecionar o avanço.


 5. Verificação da preparação:
• acionar o torno;
• aproximar a ferramenta do material para tomar referência zero no anel
graduado;
• dar uma profundidade de corte de 0,3 mm;
• engatar o carro principal e deixar a ferramenta se deslocar
aproximadamente 10 filetes;
• afastar a ferramenta e desligar o torno;
• verificar o passo com um verificador de rosca.
 6. Retorno ao ponto inicial de corte → Isso é repetido até que faltem alguns
décimos de milímetros para a medida correta do filete.
 7. Término da rosca: Toda a rosca deve ser repassada com a mesma
profundidade de corte.
 8. Verificação com um calibrador de rosca
Outros tipos de rosca
 As roscas internas são geralmente abertas com uma ferramenta de broquear que
avança normalmente na peça. A ferramenta entra na peça em sentido oposto ao
que é comumente utilizado para abrir rosca externa, isto é, penetra no material no
sentido do operador.
 A profundidade de corte deve ser diminuída, pois a ferramenta tende a se flexionar
se for forçada com muita intensidade por causa da distância da ponta de apoio.
 Os filetes quadrados são cortados com ferramentas de lados paralelos, com o
suporte da espera colocado exatamente paralelo ao eixo da peça.

 As roscas com filetes trapezoidais aplicam-se na construção de parafusos e porcas


que resistem a grandes esforços e que transmitem movimentos como os de tornos,
fresadoras e plainas limadoras. Os filetes trapezoidais não padronizados são
cortados com uma ferramenta com um ângulo de 10º.
Operação de Furação
 A furação com o emprego de brocas está entre as operações de usinagem mais
utilizadas na indústria metal mecânica. Em geral são empregadas máquinas
específicas denominadas de furadeiras.

OBS: FURADEIRA RADIAL KONE KR 50 AZUL - YouTube


 Onde da esquerda para a direita temos: – Furadeira manual a bateria – Furadeira
de bancada – Furadeira de coluna – furadeira radial
 A broca é a ferramenta de corte utilizada nos processos de furação na
indústria metalmecânica, usualmente cilíndrica, para furar metal ou outros
materiais. Os constituintes de uma broca helicoidal são apresentados na
figura abaixo.

Requisitos para materiais de


brocas
➔ Tenacidade
➔ Resistência a
compressão
➔ Resistência a abrasão
➔ Resistência térmica
➔ Resistência ao choque e
a fadiga
Principais materiais
➔ Aço rápido
➔ Metal duro
Fixação de ferramentas na furação
 Brocas com haste cilíndricas
 Mandril
Os de três castanhas são os mais utilizados
Aperto manual ou com chave
 Pinças
Bibliografia
 Agostinho, O. L, Rodrigues, A. C. S, Lirani, J. Tolerâncias, ajustes, desvios e
análise de dimensões. Editora Blucher. São Paulo, 1977. 295p.
 Apostila SENAI – Retificação Plana – Aula 56
 Apostila SENAI – Retificação Plana – Aula 57
 PMR 3103 – Rugosidade Superficial (Desvio de Forma Microgeométrica) -
Rugosidade Superficial (usp.br) – Acesso em agosto de 2023.
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6158: Sistema de
tolerâncias e ajustes. Rio de Janeiro, p. 79. 1995.
 Traçagem e puncionamento de peças. Apostila professora Geneyse Cruz
do Curso Técnico de Petróleo e Gás. DISCIPLINA: TECNOLOGIA DA
FABRICAÇÃO - EEEP MARIA ÂNGELA DA SILVEIRA BORGES

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