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Cap.

6- AVARIAS E DESGASTE
DA FERRAMENTA

Professor: Antonio Fernando de Carvalho Mota


Livro: Tecnologia da Usinagem dos Materiais
Anselmo Eduardo Diniz
A USINAGEM NO
CONTEXTO DOS
PROCESSOS DE
FABRICAÇÃO

Prof. Fernando Penteado. 2


Exigências básicas para um material de corte
Elevada dureza a frio e a quente
A dureza da ferramenta deve ser
bem maior que a do material a ser
usinado, porém, dentro de um limite
para que este não se torne muito
quebradiço (frágil).

Material Dúctil Material Duro


Exigências básicas para um material de corte
Tenacidade
O material deve ter uma boa
tenacidade para resistir aos
choques/impactos que ocorrem
durante a usinagem, evitando com
isso o surgimento de trincas e
lascamentos na ferramenta.

Material Dúctil Material Frágil


Exigências básicas para um material de corte
Resistência ao desgaste por abrasão
Na região de contato entre a peça-ferramenta-
cavaco ocorrem elevadas pressões e presença
de partículas muito duras.
Essas partículas, devido ao movimento relativo
entre os componentes (peça-ferramenta-cavaco,
penetram no material da ferramenta.
A subsequente remoção das partículas pode
ocorrer(desgaste), caso a ferramenta não possua
elevada resistência.
Exigências básicas para um material de corte
Estabilidade química
Na usinagem a ferramenta e a peça
apresentam diferentes composições
químicas e estão submetidas a elevadas
temperaturas, formando assim uma
condição favorável para o surgimento
de reações. Estas reações caracterizam-
se pela troca de elementos químicos da
peça para ferramenta e vice-versa,
levando ao desgaste e perdas de
propriedade da ferramenta.
a) Desgaste Frontal ( ou de flanco)
 ocorre na superfície de folga da ferramenta, causado pelo contato
entre ferramenta peça.
É o tipo de desgaste mais comum.
Todo processo de usinagem causa desgaste frontal (figura 6.1)

Figura 6.1 – Desgaste Frontal

Desgaste de flanco na superfície


Desgaste frontal (a) acompanhados de
de saída da ferramenta de corte
entalhes indicados pelas letras (b) e (c) em
uma ferramenta de metal duro
b) Desgaste de Cratera
 É o tipo de desgaste que ocorre na superfície de saída da ferramenta,
causado pelo atrito entre a ferramenta e o cavaco
(figura 6.2)

Figura 6.2 – Desgaste de


Cratera
 Não ocorre em todos os processos de usinagem, como ferramentas
de metal duro recoberto, ferramentas de cerâmica e quando o
material da peça é frágil (gera cavacos curtos).
c) Deformação Plástica da Aresta de Corte
 Muitas vezes, a pressão aplicada à ponta da ferramenta somada à
alta temperatura gera deformação plástica da aresta de corte
(figura 6.3).
 Tais deformações provocam deficiências do controle de cavacos e
deterioração do acabamento superficial da peça.
 O crescimento desta deformação pode gerar a quebra da aresta de
corte.

Fig. 6.3 – Deformação Plástica da Aresta de Corte MEV


Como evitar a Deformação Plástica da Aresta de Corte?
 É evitada pelo emprego de uma ferramenta com maior dureza a
quente e maior resistência à Deformação Plástica,
 ou pela mudança das condições de usinagem e/ou geometria da
ferramenta, visando a diminuição dos esforços e da temperatura de
corte.

Figura 6.3 – Deformação Plástica


da Aresta de Corte
d) Lascamento
 É um tipo de avaria da ferramenta, pois ao contrário dos desgastes
frontal e de cratera que retiram continuamente partículas muito
pequenas da ferramenta, no lascamento (figura 6.4), partículas
maiores são retiradas de uma só vez.

 Ocorrem principalmente em ferramentas com material frágil e/ou


quando a aresta de corte é pouco reforçada.

 Prejudicam o acabamento superficial da peça e, se continuam


crescendo, provocam a quebra da ferramenta.

Fig. 6.4 Lascamento


e) Trincas
 São causadas pela variação da temperatura e/ou pela variação dos
esforços mecânicos.
e)Trincas (continuação)
 Quando tem origem térmica, elas ocorrem perpendicularmente à
aresta de corte (figura 6.5)
 As trincas quando tem origem mecânica são paralelas à aresta
(Figura 6.6)

Fig. 6.5 – Trincas de Origem Térmica Fig. 6.6 Trincas de Origem


Mecânica
f) Quebra
 Como foi visto, todos os desgastes e avarias da ferramenta, ao
crescerem podem gerar a quebra da ferramenta.

Fig.6.7 - Quebra da
ferramenta

Algumas vezes, porém, a quebra (figura 6.7) pode ocorrer


inesperadamente devido à alguns fatores como:

Ferramenta muito dura;


Carga excessiva sobre a ferramenta;
Raio da ponta;
Ângulo de ponta ou ângulo de cunha pequenos;
Corte interrompido;
Parada instantânea do movimento de corte, etc...
f) Quebra (continuação)
 A quebra da ferramenta ocasiona não somente dano na ferramenta,
mas também no porta-ferramenta e na própria peça.

Quebra de uma ferramenta de metal duro


6.2 – Mecanismos Causadores do
Desgaste da Ferramenta
• a) Aresta Postiça de Corte.

Figura 6.9 – Aresta Postiça de Corte

Ferramenta com APC na aresta de corte


Fig. 6.10 – Desgaste Frontal X Velocidade de Corte
Mostrando a região de formação da Aresta Postiça de Corte
b) Abrasão Mecânica
A abrasão ( ou atrito) mecânica é uma das principais
causas de desgaste da ferramenta.
• O desgaste gerado pela abrasão é incentivado pela
presença de partículas duras no material da peça e pela
temperatura de corte, que reduz a dureza da ferramenta.
• Assim, quanto maior a dureza a quente da ferramenta,
maior sua resistência ao desgaste abrasivo.
• As vezes, partículas duras arrancadas de outra região da
ferramenta por aderência ou mesmo por abrasão e
arrastadas pelo movimento da peça, causam o desgaste
abrasivo em uma área adjacente da ferramenta.

Mecanismo de abrasão na
ferramenta de corte
c) Aderência
Se duas superfícies metálicas são postas em contato
sob cargas moderadas, baixas temperaturas e baixas
velocidades de corte, forma-se entre elas um extrato
metálico que provoca aderência.
A resistência deste extrato é elevada a tal ponto que, na
tentativa de separar as superfícies, ocorre ruptura em um
dos metais e não na superfície de contato.
O fenômeno da aderência esta presente na formação da
aresta postiça de corte, mas pode-se ter desgaste por
aderência mesmo sem a formação da aresta postiça.
d) Difusão
A difusão entre ferramenta e cavaco é um fenômeno
microscópico ativado pela temperatura na zona de corte.
A difusão no estado sólido consiste na transferência de
átomos de um metal a outro.
Depende da temperatura, da duração do contato e da
afinidade físico-química dos dois metais envolvidos.

Mecanismo de difusão ocorrido na


superfície de saída da ferramenta
d) Difusão (continuação)
A difusão dos átomos de ferro do aço do cavaco
para a ferramenta, principalmente se esta for de
metal duro, muda as condições de equilíbrio entre
os elementos constituintes da mesma, levando a
uma reação química entre eles.
Estas reações químicas, no caso de metal duro,
provocam a formação de carbonetos complexos
(Fe W C26), que são menos resistentes e são
rapidamente removidos por abrasão.

Mecanismo de difusão ocorrido na


superfície de saída da ferramenta
e) Oxidação
 A oxidação para os metais ocorre a altas temperaturas, com a
presença de ar e água, contida nos fluidos de corte.
 O óxido de Al2O3, é mais duro e resistente.
 Assim, alguns materiais de ferramenta, que não contém óxido de
alumínio, desgastam-se mais facilmente por oxidação.
 O desgaste gerado pela oxidação se forma especialmente nas
extremidades do contato cavaco-ferramenta devido ao acesso do ar
nesta região, sendo esta uma possível explicação para o surgimento
do desgaste de entalhe.

Desgaste por oxidação da aresta de


corte da ferramenta
Mecanismos de desgaste
 A velocidade de corte é de extrema importância no desgaste da ferramenta.
Em velocidades baixas, o desgaste é severo devido ao cisalhamento de
aresta postiça de corte e da aderência.
 Porém, em velocidades altas, a intensificação do desgaste se deve
principalmente a fatores como a temperatura de corte, a abrasão mecânica,
a difusão e a oxidação.

Diagrama esquemático dos mecanismos de desgaste em diferentes temperaturas de


corte
Transição dos mecanismos de desgaste (pesquisa)
 A transição de um mecanismo a outro é mais sensível a velocidade
de corte que ao avanço.
 Os mapas de desgaste fornecem uma visão geral das condições de
usinagem e os respectivos tipos de desgaste. Avanço e velocidade
de corte foram escolhidos como variáveis de entrada, pois são os
mais importantes e mais facilmente controláveis no processo.
 O mapa no torneamento mostrando a taxa de desgaste de flanco do
inserto de aço rápido revestido com TiN está representado na
próxima Figura.
Mapa de desgaste de flanco para inserto de HSS revestido
de TiN durante operação de torneamento a seco.

Velocidade de corte, m/min.


Avarias e Desgastes de Ferramentas de Corte Resumo
MATERIAIS PARA FERRAMENTAS
Para a seleção criteriosa do material da ferramenta,
os seguintes fatores devem ser ponderados:

Material a ser usinado A dureza e o tipo de cavaco

Processo de usinagem Ferramentas rotativas de pequeno


diâmetro que ainda utilizam
materiais mais antigos (como o aço
rápido)

Condição da máquina operatriz Potência, gama de velocidades e


estado de conservação

Forma e dimensão da ferramenta Ferramenta não padronizada

Custo do material da ferramenta A relação custo/benefício;


MATERIAIS PARA FERRAMENTAS
condições de usinagem
 acabamento (alta vel. de corte, baixos avanço e
profundidade de usinagem, em peças que já sofreram
uma operação anterior de usinagem e, portanto, não
apresentam excentricidade, casca endurecida, etc.)
exigem ferramentas mais resistentes ao desgaste.

 Em operações de desbaste (baixa velocidade de corte,


altos avanços e profundidade de usinagem, com peças
que apresentam camada endurecida, excentricidade,
etc.) a ferramenta deve apresentar maior tenacidade,
em detrimento da resistência ao desgaste.
MATERIAIS PARA FERRAMENTAS
Condições de operação

 Se o corte for do tipo interrompido e /ou o sistema


máquina-ferramenta-dispositivo de fixação for
pouco rígido, exige-se uma ferramenta mais tenaz.
MATERIAIS PARA FERRAMENTAS
Outros fatores
 Dureza a quente dependendo do tipo de operação, a
temperatura da ferramenta pode ultrapassar 1000ºC

 Resistência ao desgaste, resistência ao atrito, muito


ligada á dureza a quente do material

 Tenacidade resistência ao choque

 Estabilidade química para evitar o desgaste por difusão


que, como vai ser visto no cap. 6, é bastante importante
em altas velocidades de corte.
MATERIAIS PARA FERRAMENTAS
para o caso de aços para ferramentas, pode-se
acrescentar outras características

 Temperabilidade

 Tamanho de grão

 Resistência aos choques térmicos


(principalmente em processos com corte
interrompido, como o fresamento).
CLASSIFICAÇÃO GERAL
• Aços carbono;
• Aços rápidos comuns;
• Aços rápidos com cobalto;
• Metais duros;
• Cerâmicas;
• Cermetos ou compósitos
• Diamantes;

DUREZA / RESISTÊNCIA
• Nitreto de boro cúbico (CBN).

TENACIDADE
• Coronite
AO DESGASTE

Morfologia do pó de diamante, de
tamanho médio de partícula 20mm, com
um aumento de 925X.
Aço Ferramenta

-Denomina-se de aço ferramenta o material descrito a


seguir (aço não ligado). Há diferenças de nomenclatura
na bibliografia, que pode também denominar aço
ferramenta toda a gama de aços usados para fabricação
de ferramentas.

-Foi o único material (aço) empregado na confecção de


ferramentas de corte até 1900.
Aço Ferramenta
Característica
-Composição: 0.8 a 1.5% de carbono.
Aplicação
Após o surgimento do aço rápido seu uso reduziu-se a aplicações
secundárias, tais como:
- Reparos, uso doméstico e de lazer.
- Ferramentas usadas uma única vez ou para fabricação de poucas
peças.
- Ferramenta de forma.
São ainda atualmente usados pelas seguintes características:
- São os materiais mais baratos.
- Facilidade de obtenção de gumes vivos.
- Tratamento térmico simples.
- Quando bem temperado obtêm-se elevada dureza e resistência ao
desgaste.

Limitação
-Temperatura de trabalho: até 250°C, acima desta
temperatura a ferramenta perde sua dureza.
Aço Rápido
Desenvolvido por Taylor e apresentado publicamente em 1900 na Exposição Mundial de Paris.

Composição
- Elementos de Liga: tungstênio, cromo e vanádio como
elementos básicos de liga e pequena quantidade de manganês
para evitar fragilidade.
- Em 1942 devido a escassez de tungstênio provocada pela
guerra, este foi substituído pelo molibdênio.

Características
- temperatura limite de 520 a 600°C;
- maior resistência à abrasão em relação ao aço-ferrameta;
- preço elevado;
- tratamento térmico complexo.
Aço Rápido
Aço Rápido com Cobalto

O aço rápido ao cobalto, denominado de aço super-


rápido, apareceram pela primeira vez em 1921.

Característica
- maior dureza a quente;
- maior resistência ao desgaste;
- menor tenacidade.
DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS PARA FERRAMENTAS
 Aços Rápidos é um aço ferramenta de alta liga de tungstênio,
cromo, vanádio e nióbio, quando foi desenvolvido em 1905,
era o material de ferramenta que suportava as maiores
velocidades de corte e elevada dureza a quente até 600ºC.

 A estrutura metalográfica do aço rápido no estado temperado


é martensítica com carbonetos encrustados.

Micrografia da amostra A temperada


e duplo revenida. Aumento de 1000X
EFEITO DOS ELEMENTOS DE LIGA NOS AÇOS RÁPIDOS

 Carbono - aumenta a dureza e possibilita a formação de


carbonetos, que são partículas duras resistentes ao desgaste
 Tungstênio e Molibdênio - aumenta a dureza e possibilita a
formação de carbonetos (resistência a brasão)
 Vanádio e Nióbio – A cada 1% de Vanádio acrescentado precisa-se
aumentar o teor de carbono em o,25% para a formação de
carbonetos;
 Aços com alto teor de carbono e vanádio são os que possuem
melhor resistência ao desgaste. O Vanádio tem sido substituído pelo
Nióbio, que tem características semelhantes e, no Brasil, é mais
barato;
 Cromo - juntamente com o carbono é o principal responsável pela
alta temperabilidade;
 Cobalto - aumenta a dureza a quente elevando, em conseqüência,
a eficiência do corte.
Aço Rápido
Aço Rápido com Revestimento TiN
O revestimento de TiN é aplicado pelo processo PVD conferindo
uma aparência dourada a ferramenta.
Aço Rápido
Aço Rápido com Revestimento TiN
Característica
- Redução do desgaste na face e no flanco da ferramenta;
- Proteção do metal de base contra altas temperaturas pelo
baixo coeficiente de transmissão de calor do TiN.

- baixo atrito;
- não há formação de gume postiço.
Aços Rápidos com Cobertura

REVESTIMENTO DE NITRETO DE TITÂNIO (TiN)

 1960, processo CVD (deposição química a vapor)


temperatura da ordem de 1000ºC, acima da
temperatura de revenimento dos aços.
 1980, processo PVD (deposição física a vapor) que
é realizado na faixa de 450 a 500ºC, temperatura
que não prejudica o tratamento térmico já realizado
nos aços rápidos.
 O PVD é realizado em uma câmara de alto vácuo
com a presença de um gás inerte, o argônio.
Aços Rápidos com Cobertura
Tal camada possui as seguintes características
 Alta dureza, da ordem de 2300 HV;
 Elevada ductilidade;
 Redução sensível do caldeamento a frio (evita a
formação da aresta postiça de corte)
 Baixo coeficiente de atrito;
 Quimicamente inerte;
 Espessura de 1 a 4 µm;
 Ótima aparência
A PRESENÇA DA CAMADA DE REVESTIMENTO DE TiN
FAZ COM QUE:
 O corte aconteça com esforços menores, devido ao seu baixo
coeficiente de atrito;
 Devido ao fato desta camada possuir alta dureza (tanto a frio quanto
a quente) e também ao pequeno atrito, os desgastes são menores,
principalmente o desgaste na superfície de folga da ferramenta.
 Existe uma menor tendência à formação da aresta postiça de corte,
porque, uma das características desta camada é a redução do
caldeamento a frio.
 Nas mesmas condições de corte então, a ferramenta revestida tem
uma vida bem maior que a não revestida.
 Além disto, mesmo depois de reafiada, a ferramenta revestida ainda é
ligeiramente mais eficiente que uma não revestida, pois com a
afiação, a ferramenta perde a camada de revestimento somente em
sua superfície de saída (ou de folga, dependendo da fiação),
mantendo a camada na outra superfície.
Influência da Cobertura na Durabilidade da Ferramenta

15,0
15,0

10,0

Profundidade total usinada (m)

TiN reafiado
10,0
Profundidade total usinada (m)

TiN Nova
6,0
6,0

4,0
4,0

aço rápido nitrtado


2,0
2,0

aço rápido
1,0 1,0

0,6 0,6

0,4 0,4
20 40 60 80 100 0,2 0,3 0,5
0,08 0,1
Velocidade de corte (m/min) avanço (mm/volta)
Metal Duro
O Metal Duro (Carbonetos Sinterizados) surgiram em
1927 com o nome de widia (wie diamant - como diamante),
com uma composição de 81% de tungstênio, 6% de
carbono e 13% de cobalto.
Metal Duro
Característica
 
- Elevada dureza;
- Elevada resistência à compressão;
- Elevada resistência ao desgaste;
- Possibilidade de obter propriedades distintas
nos metais duros pela mudança específica dos
carbonetos e das proporções do ligante.
- Controle sobre a distribuição da estrutura.
METAL DURO
MD- INSERTOS REVERSÍVEIS

MD com cobertura
METAL DURO
A Figura abaixo mostra os grupos de aplicação de metais
duros, de acordo com a norma ISO 153/1975.
Classes de ISO Metal Duro
ISO Material
P Aços carbono e
aços ligas
M Aços inoxidáveis

K Ferros fundidos

N Alumínio, bronze
latão
S Ligas resistentes ao
calor - titânio
H Aços endurecidos e
fofo coquilhado
CLASSES DE METAL DURO

24/05/2023 58
Classes de Metal Duro sem Cobertura
Composição e Propriedades
Tenacidade
ISO 513
Dureza a quente Resistência ao desgaste

M40
(Saturação Magnética)

300 P40
mT
CO-Conteúdo

M30
P30 K30
250 M20
P10 P20 P25 K20
150
M10 K10
100 K01
75
10.0 11.0 12.0 13.0 14.0 g/cm3 15.5
10.5 11.5 12.5 13.5 14.5
TiC, TaC Peso específico
APLICAÇÕES

Pastilhas para Moendas

Incertos para usinagem


de Rodeiros de Trens
Centro de Manutenção de Cavaleiro
Torno rodeiro - Este equipamento "alisa" as rodas gastas dos trens do
metrô.
É um torno mecânico , onde a ferramenta fica por baixo e o trem

62
MONTAGEM DAS RODAS NO EIXO

X
A união roda/eixo é forçada a frio
o que dispensa o indesejável
rasgo de chaveta

63
64
Prensa para montagem e desmontagem da
roda no eixo em cavaleiro.cap. 400t

65
66
Prensa de Rodeiros do Horto Florestal

67
Rolamento cartucho que substitui o rolamento
autocompensador que apresentava vazamento

Lado do rolamento sem


o disco de freio

O sistema de frenagem do carro de


passageiro inox (Budd).
68
Veículo Leve Sobre Trihos(VLT)

Motor Diesel Sistema Hidráulico Tração


 Funcionamento diesel-hidráulico
 80% diesel e 20% biodiesel
 Capacidade para transportar 600 passageiros
 Peso máximo por eixo de 12 toneladas
 Velocidade máxima de 80 Km/h
Cerâmica

Inicialmente cerâmica era o nome atribuido a


ferramentas de óxido de alumínio. Na tentativa de
diminuir a fragilidade destas ferramentas, os
insertos passaram por considerável
desenvolvimento, diferindo atualmente dos iniciais.
Hoje encontramos dois tipos básicos de
cerâmica:
Cerâmica
Cerâmica a base de óxido (Puro)
 
Característica: 
- baixa resistência;
- baixa condutividade térmica;
- fratura do gume, caso a condição de corte não seja boa;
- baixa dureza. 

Fabricação:

A cerâmica branca é obtida através de prensagem a frio e a cerâmica cinza


através
de prensagem a quente.
Pequena quantidade de óxido de zircônio pode ser adicionada melhorando
significamente a propriedade da cerâmica.

Cerâmica a base de óxido (mista) 


Característica: 
Devido a adição de novos elementos como carbonetos de titânio e
tungstênio, os insertos passaram a apresentar as seguintes características:
- melhor resistência ao choque térmico;
- melhor condutividade térmica.
Cermet
Composição
Cermet é um composto formado por
cerâmica e metal (CERâmica/Metal).
Quase tão antigo quanto o metal duro à
base de tungstênio/cobalto, o cermet é
um metal duro à base de titânio. Durante
a década de 1930, os primeiros cermets
(Ti/Ni) eram muito frágeis e pouco
resistentes à deformação plástica.
Durante os anos quarenta e cinqüenta, o
metal duro WC/Co desenvolveu-se
consideravelmente, com grandes
avanços em melhoria da performance.
Enquanto isso, os cermets avançaram
marginalmente com a adição de
materiais, provavelmente adicionados de
modo tentativa-e-erro, e com o
aprimoramento da tecnologia de
sinterização.
Cermet
Característica
- baixa tendência a formação de gume postiço;
- boa resistência a corrosão;
- boa resistência ao desgaste;
- resistência a temperatura elevada;
- alta estabilidade química; 

Aplicação
Ao longo da história da usinagem, os cermets ganharam fama de suscetíveis
à repentina e imprevisível falha das pastilhas e, como tal, não têm sido fáceis
de compreender em sua aplicação.
As próprias recomendações dos fornecedores freqüentemente são
contraditórias: alguns especificam o uso somente se os fatores operativos no
torneamento de acabamento estiverem exatamente corretos; outros indicam
uma área ampla de utilização, incluindo o exigente semi-acabamento. Além
disso, os cermets são amplamente usados no fresamento de materiais de
peças duros com êxito. Assim, parece não haver diretrizes bem definidas
sobre onde os cermets se encaixam na usinagem.
Diamante
 
Monocristalino
- Tipos: Carbonos, ballos e Borts.
- Característica marcante: são os materiais que apresentam maior
dureza.
- Materiais que podem ser empregados: usinagem de ligas de
metais, latão, bronze, borracha, vidro, plástico, etc.

Parâmetros de corte permitido para uma ferramenta de corte:

- Velocidade de corte permitida: 100 a 3000m/min;


- Avanço: 0,002 a 0,06 mm;
- Profundidade de corte: 0,01 a 1,0 mm;
Diamante
Limitação

- Ferramentas de diamante não podem ser usadas na usinagem de


materiais ferrosos devido a afinidade do C com o ferro;
- Não pode ser usado em processos com temperaturas acima de
900°C devido a grafitização do diamante.
Aplicação

- Usinagen fina, pois é o único material para ferramenta de corte


que permite graus de afiação do gume até quase o nível de um
raio atômico de carbono.
 
- Usinagem onde é exigido ferramentas com alta dureza, por
exemplo, furação de poços de petróleo.
Diamante
Diamante Policristalino

- Material sintético obtido em


condições de extrema pressão e
temperatura;
- Propriedades semelhante ao
encontrado no diamante
natural, porém mais
homogênio;
- São usados na usinagem de
materiais não ferrosos e
sintéticos;
- Ocorre grafitização para uma
determinada condição de corte.
Nitreto de Boro Cúbico Cristalino
(CBN)
Material relativamente jovem, introduzido nos anos 50 e mais largamente
nos anos 80, devido a exigência de alta estabilidade e potência da máquina-
ferramenta.

Característica:
- São mais estáveis que o diamante, especialmente contra a oxidação;
- Dureza maior que a do diamante;
- Alta resistência à quente;
- Excelente resistência ao desgaste;
- Relativamente quebradiço;
- Alto custo;
- Excelente qualidade superficial da peça usinada;
- Envolve elevada força de corte devido a necessidade de geometria de corte
negativa, alta fricção durante a usinagem e resistência oferecida pelo material da
peça.
Nitreto de Boro Cúbico Cristalino
(CBN)
Aplicação:
- Usinagem de aços duros;
- Usinagem de desbaste e de acabamento;
- Cortes severos e interrompidos;
- Peças fundidas e forjadas;
- Peças de ferro fundido coquilhado;
- Usinagem de aços forjados
- Componentes com superfície endurecida;
- Ligas de alta resistência a quente(heat resistant alloys);
- Materiais duros (98HRC). Se o componente for macio (soft),
maior será o desgaste da ferramenta. 
Nitreto de Boro Cúbico Cristalino (CBN)
Fabricação

- Os cristais de boro cúbico são ligados por cerâmica ou ligante


metálico, através de altas pressões e temperatura.

- As partículas orientadas a esmo, conferem uma densa estrutura


policristalina similar a do diamante sintético.
- As propriedades do CBN podem ser alteradas através do tamanho
do grão, teor e tipo de ligante.

Ligante
- CBN fabricados com ligantes de cerâmica possui melhor
estabilidade química e resistência ao desgaste;
- CBN sobre substrato de metal duro, oferecem melhor
resistência ao choque.
Nitreto de Boro Cúbico Cristalino (CBN)
Recomendações
- Alta velocidade de corte e baixa taxa de avanço (low
feed rates);
- Usinagem a seco para evitar choque térmico. 
Nomes comerciais
- Amborite;
- Sumiboron;
- Borazon.

Usinagens de materiais endurecidos


CORONITE
 O Coronite é um material para ferramenta recente
(desenvolvimento da Sandvik Coromant), utilizado principalmente
em fresas de topo, que são ferramentas de pequeno diâmetro.
PROPRIEDADES DO CORONITE
 Tenacidade similar ao aço rápido (bem maior que a do metal duro);
 Módulo de elasticidade (que tem a ver com a rigidez do material) menor que
o do metal duro, mas maior que o do aço rápido.
 Dureza a quente e resistência ao desgaste bem maior que a do aço rápido;
 Baixa tendência à craterização( formação do desgaste na superfície de
saída da ferramenta), devido ao fato de que o TiN é muito estável
quimicamente;
 Capacidade de produzir superfícies com bons acabamentos maior que a do
aço rápido e do metal duro.
Quadro Comparativo
Evolução da velocidade de corte ao longo dos anos
EXERCÍCIOS CAP. 06

• Os fatores determinantes da fixação de um determinado desgaste e


consequentemente da vida da ferramenta são vários, comente três.
 - O desgaste da superfície de folga da ferramenta torna impossível
manter as tolerâncias exigidas da peça e o acabamento superficial
especificado;
 - O acabamento superficial da peça usinada não é mais satisfatório;
 - O aumento da força de usinagem, proveniente dos desgastes
elevados da ferramenta, interfere no funcionamento da máquina.
Abelardo da Hora recebe título de cidadão recifense
03/11/2011
 Obras do artista plástico pernambucano Abelardo da Hora, 87 anos, 60 anos de arte.
 Escultor, desenhista, gravador e ceramista, Abelardo da Hora nasceu em 1924,
na Usina Tiuma, em São Lourenço da Mata, Pernambuco
Engraxates , 1986 

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