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Usinagem – P2

1) Cite as causas e as ações para minimizar as seguintes avarias e desgastes da


ferramenta de corte:
- Desgaste de flanco: Causas: velocidade de corte muito alta, resistência ao desgaste
insuficiente da ferramenta. Solução: redução da velocidade de corte, seleção de classe de
ferramenta mais resistente ao desgaste.
- Desgaste de entalhe: Causas: oxidação. Solução: seleção de fluido de corte com agentes
antioxidantes.
- Desgaste de cratera: Causas: difusão. Solução: seleção de classe de ferramenta que possua
cobertura de óxido de alumínio.
- Deformação plástica: Causas: altas temperaturas combinadas com altas pressões na região
de corte. Solução: seleção de classe de ferramenta com maior dureza a quente, redução da
velocidade corte.
- Trincas: Causas: variação excessiva de esforço na aresta de corte, excessiva variação de
temperatura. Solução: seleção de uma classe de ferramenta mais tenaz.
- Lascamento: Causas: classe de ferramenta muito frágil. Solução: seleção de uma classe de
ferramenta mais tenaz.

2) Descreva os mecanismos causadores do desgaste da ferramenta:


- Aresta postiça de corte: formação de uma camada de cavaco na superfície de contato entre
o cavaco e a superfície de saída da ferramenta, que modifica o comportamento em relação à
força de corte.
- Abrasão mecânica (atrito): é uma das principais causas de desgaste da ferramenta. O
desgaste gerado pela abrasão é incentivado pela presença de partículas duras no material da
peça e pela temperatura de corte, que reduz a dureza da ferramenta.
- Aderência: superfícies metálicas sobre baixa velocidade de corte e cargas moderadas formam
um extrato metálico, que possui resistência a ponto que ocorre ruptura em um dos metais na
tentativa de separar as superfícies. Apesar de ser considerado um fenômeno que ocorre
principalmente em baixas velocidades de corte, ele pode acontecer em velocidades maiores
desde que o fluxo irregular de cavaco aconteça. Quando o desgasta ocorre devido à aderência,
a região tem aspecto áspero.
- Difusão: a difusão entre ferramenta e cavaco é um fenômeno microscópico ativado pela
temperatura na zona de corte. Consiste na transferência de átomos de um metal a outro.
Depende da temperatura, da duração de contato e da afinidade dos dois metais envolvidos na
zona de fluxo.
- Oxidação: altas temperaturas e presença de ar e água geram oxidação para a maioria dos
metais. Por isso, a maioria dos fluidos de corte contém elementos antioxidantes.

3) O que é vida da ferramenta? Fatores que podem ser adotados como critério de fim
de vida da ferramenta.
A vida da ferramenta é o tempo em que a mesma trabalha efetivamente até perder sua
capacidade de corte, dentro de um critério previamente estabelecido. Atingindo esse tempo, a
ferramenta deve ser reafiada ou substituída.
A ferramenta deve ser retirada de uso quando os desgastes atingirem proporções tão elevadas
que se receia a quebra da aresta de corte; quando não é mais possível a obtenção de
tolerâncias apertadas ou bons acabamentos superficiais da peça; quando os desgastes crescem
muito fazendo com que a temperatura da aresta ultrapasse a temperatura na qual a
ferramenta perde o fio de corte; quando o aumento da força de usinagem interfere no
funcionamento da máquina.
4) Fatores que influenciam na rugosidade da peça.
O aumento do raio de ponta torna a ponta da ferramenta mais resistente, mas também
aumenta a vibração da ferramenta devido ao aumento do atrito causado pela maior área de
contato entre a ferramenta e a peça. O acabamento da superfície depende muito da relação
entre avanço e raio de ponta.

5) Curva de vida de uma ferramenta? Como é obtida?


É um ábaco que fornece a vida da ferramenta em função da velocidade de corte. Para a
execução desta curva deve-se geralmente construir gráficos auxiliares que forneçam os
desgastes da ferramenta para diferentes velocidades e tempos de trabalho, em determinadas
condições de usinagem do par ferramenta-peça (condições de avanço, profundidade de
usinagem, geometria da ferramenta, etc)

6) Intervalo de Máxima Eficiência (IME)? Gráfico do tempo de fabricação e custo por


peça em função da velocidade de corte e mostre o intervalo de máxima eficiência.
Intervalo compreendido entre as velocidades de mínimo custo e de máxima produção.

7) Escolha da velocidade de corte para os seguintes casos, considerando o IME:


A – período de alta produção com prazo de entrega apertado.
A velocidade deve se aproximar da Vcmxp (velocidade máxima de produção) e nunca
ultrapassá-la.
B – período de baixa produção.
A velocidade de corte deve se aproximar de Vco (velocidade de mínimo custo) e nunca ser
menor que ela.

C – uma determinada máquina pertencente à uma célula de manufatura em que a


mesma é gargalo da produção.
Máquina gargalo é aquela que tem o maior tempo padrão da linha, deve trabalhar próxima à
condição de máxima produção (pois se deseja otimizar o tempo de produção nesta máquina),
enquanto que as demais devem trabalhar próxima à condição de mínimo custo.

8) Usinabilidade? Fatores que influem na usinabilidade.


É uma grandeza tecnológica que expressa, por meio de um valor numérico comparativo, um
conjunto de propriedades de usinagem de um material em relação a outro tomado como
padrão. É o grau de dificuldade de se usinar um determinado material. A usinabilidade
depende do estado metalúrgico da peça, da dureza, das propriedades mecânicas do material
(dureza e resistência mecânica, ductilidade, condutividade térmica, taxa de encruamento), de
sua composição química, das operações anteriores efetuadas sobre o material (sejam a frio ou
a quente) e do eventual encruamento.

9) Funções do fluido de corte.


Lubrificação (redução do coeficiente de atrito entre cavaco e ferramenta) e refrigeração
(retirada de calor da peça) para minimizar o desgaste, a dilatação térmica e o dano térmico à
estrutura superficial da peça.

10) Tipos de fluido de corte e quando devem ser usados?


Podem ser aquosos ou óleos puros (integrais) minerais ou vegetais. Os óleos tem calor
específico de cerca de metade da água – capacidade menor de refrigeração, mas suas
qualidades lubrificantes são bem melhores, o que resulta em menor calor gerado. Quanto mais
baixa a viscosidade desses óleos, maior é seu poder de refrigeração. O fluido de corte depende
do material da peça e da ferramenta, da condição e operação de usinagem.

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