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PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO

(1ª AULA – INTRODUÇÃO/PROGRAMA/BIBLIOGRAFIA)


TENSÃO E DEFORMAÇÃO

Prof. M.Sc. Antonio Fernando de Carvalho Mota


PROGRAMA
Fundamentos Metalúrgicos na Conformação Mecânica dos Metais.
Principais Sistemas de Escorregamento nos Reticulados CFC, CCC e HC.
Tensões e Deformações.Tensões Principais. Deformação por
Cisalhamento. Aplicações do Círculo de Mohr.
Elasticidade e Plasticidade. Componente Hidrostática e Componente
Desviadora. Critérios de Escoamento.
Influência da Temperatura em Processos de Conformação Mecânica de
Metais.
Influência da Velocidade de Deformação em Processos de Conformação
Mecânica de Metais.
Influência do Tamanho de Grão. Refino de Grão.
Laminação, Forjamento. Extrusão. Trefilação.
Ferramentas de Conformação de Chapas.
CLC (Continuos on Line Control), sistema patenteado pela NIPON STEEL
Co, de produção de chapas grossas pelo processo TMPP, laminação
termo-mecânica controlada combinada com o resfriamento  acelerado.
Chapa grossa micro-ligada, refinada, alta tenacidade e melhor
soldabilidade para a indústria naval.
Práticas: Seminários.
2
Bibliografia Básica
HELMAN H. e CETLIN P. R., Fundamentos da Conformação Mecânica
dos Metais, Ed. Guanabara Dois.
JORGE RODRIGUES.FERREIRA.Tecnologia Mecânica, Tecnologia da
deformação Vol. I. Aplicações Industriais Vol.II.
Ricardo Artur Sanguinetti.Fundamentos Metalúrgicos e
Mecânicos.Recife: Editora Universitária UFPE.
CALLISTER, Jr.,William D. Ciência e Engenharia de Materiais:Uma Introdução. Rio de
Janeiro, LTC, 2008.
DIETER, G.E. Metalurgia Mecânica. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1981.
Sites da Internet.

3
HOMEPAGE DA DISCIPLINA

afcm.poli.br
Note bem, a leitura destes apontamentos não dispensa
de modo algum a leitura atenta da bibliografia principal
da cadeira.

Data limite do primeiro exercício: 04 de maio de 2017


Data limite do segundo exercício: 29 de junho de 2017
Final: 06 de julho de 2017
Prof. Antonio Fernando de Carvalho Mota, M.Sc. Eng

4
Conformação dos metais
Conformação por Laminação
deformação plástica Trefilação
( LE    LR ) Extrusão
(sem perda de material) Forjamento
Processos mecânicos
Estampagem
(aplicações de tensões)
() Conformação por
Usinagem Torneamento
(   LR) Fresamento
(com retirada de cavaco) Planamento
Retifícação

laminação usinagem
Conformação dos metais
Conformação por Fundição
solidificação Lingotamento
(T  Tfusão) Soldagem
Processos metalúrgicos
(aplicação de temperaturas)
(T)
Conformação por
sinterização Metalurgia do pó
(T Tfusão)
PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA

LAMINAÇÃO
FORJAMENTO
TREFILAÇÃO

EXTRUSÃO

7
PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO MECÂNICA

Dobramento Repuxo

Matriz

Estiramento Corte por


cisalhamento
Calandragem
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO

FUNDIÇÃO LAMINAÇÃO FORJAMENTO

ESTAMPAGEM EXTRUSÃO PEÇA FORJADA


TENSÃO AXIAL E TENSÃO DE CISALHAMENTO

s= E  it ud
in al

=G
g
o lon
eix

s = tensão axial
 = tensão de cisalhamento

eixo transversal
TENSÃO DE CISALHAMENTO

Teste de cisalhamento duplo em uma barra.

Círculo de Mohr

Tensão de Cisalhamento
t = Fc/Sc
máx. = 1/2

11
Coeficiente de Poisson ()

z z

(a) Não tracionado (b) Tracionado


 = - x = - y
z z

ex = - n ez

O coeficiente de Poisson () caracteriza a contração perpendicular


à extensão longitudinal causada por uma tensão de tração
PROPRIEDADES MECÂNICAS
Tensão axial Tensão de cisalhamento
 = E  = F/Ao

Deformação Deformação de cisalhamento


 = l/lo  = tg 

Módulo de elasticidade Módulo de cisalhamento G = F/A0 = /


E = /  = G  G = /
x/h 
Avaliação: Coeficiente de Poisson, 
Qual a relação entre G e E?
 = - x = - y
z
G = E / 2(1 + n) z z z
DEMONSTRAÇÃO

G = E / 2(1 + n)
A Metalurgia da deformação – Sistemas de deslizamento
(cisalhamento)

Rede CFC:
4 Planos {1 1 1} e 3 direções <1 1
0>

12 sistemas de deslizamento
(fácil).
A Metalurgia da deformação – Sistemas de deslizamento
(cisalhamento)

Rede CCC:

6 Planos {1 1 0} e 2 direções <1 1


1>

12 sistemas de deslizamento fácil.


A Metalurgia da deformação – Sistemas de deslizamento
(cisalhamento)

Rede HC:
1 Plano {0 0 0 1} e 3 direções <1 1 -2 0>

3 sistemas de deslizamento fácil.


ENGENHEIRO (ENSAIO DE MATERIAIS,
SOLDAGEM, TRATAMENTO TÉRMICO)

O deslizamento de discordâncias é o mecanismo de


deformação plástica mais comum nos materiais metálicos.
Os sistemas primários de deslizamento de cada estrutura
cristalina consistem nos planos mais compactos e direções
mais compactas pertencentes a estes planos. Nos metais
cúbicos de faces centradas o número de sistemas
primários de deslizamento é:
(A) 24
(B) 48
(C) 3
(D) 12
(E) 10
Tração :

Cisalhamento:
Compressão:

Torção: Flexão:

Avaliação: Quais os tipos de solicitações que


dependem do Momento de Inércia?
ESTRUTURAS TUBULARES – MOMENTO DE INÉRCIA
Momento de Inércia:

Jx = y2dA
Jy = x2dA
Ligações em sistemas treliçados
com perfis tubulares
(aumento do Momento de Inércia)

O tubo tem a mesma


área da barra, mas maior
Perfis I
Momento Inércia.
Aeroporto Internacional dos Guararapes - PE
20
O MOMENTO DE INÉRCIA
APLICADO NA FLEXÃO É O
MESMO PLICADO NA TORÇÃO?

VAMOS PENSAR UM POUCO!


Momento de Inércia Polar e Áxial
Momento de Inércia Áxial (Flexão)

Momento de Inércia Polar (Torção)

J0 =r2ds =(x2 +y2)ds


r 2 = x2 + y2

J0 = Jx + Jy y dA
r
se Jx = J y
x
J0 = 2Jx 22
MÁQUINA DE ENSAIO DE TRAÇÃO DA PUC MINAS
OBTENÇÃO DA CURVA TENSÃO X DEFORMAÇÃO ( CURVA DE ENGENHARIA)

 = Q/So  = l/lo


Avaliação: O gráfico carga x deflexão obtido da máquina
de tração é o mesmo de tensão x deformação
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA E PLÁSTICA

Te nsã o Def.
Elástica Deformação Plástica
Tensão máxima

Te nsão de rutura
R utura

Tensão de escoam ento E scoa m en to

R egião de de form ação plástica


R egião de
deform ação elástica

D e form a ção
Limite de resistência à tração = Tensão máxima
DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO
Tensão
Limite de ResistênciaB
Sut Limite de Ruptura

Sy C
A’
A Escoamento
Limite de Elasticidade

Limite de Proporcionalidade

Fase Elástica Fase Plástica ε


Deformação
DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE ESCOAMENTO

LE= Qesc.
So

Aço de baixo carbono Laminado a quente

DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO 27


TENSÃO DE ESCOAMENTO OU LIMITE DE ESCOAMENTO
É o valor de tensão para a qual o material inicia a deformação plástica

Aços de baixo carbono laminado a quente


Aços de médio carbono

AVALIAÇÃO: TODOS OS METAIS APRESENTAM PATAMAR DE ESCOAMENTO?


CURVA TENSÃO X DEFORMAÇÃO

Tensões  Deformações
 = E
REGIÃO PLÁSTICA: DEF. ELÁSTICA + DEF. PLÁSTICA
Comportamento  x :

Avaliação: Para a tensão F


Qual a deformação elástica e plástica?
Calculo:
Deformação elástica máxima sem deformação plástica no aço ASTM A36
(adm = LE)
 = E ;  = /E: Dados: LE = 250MPa; E = 210.000MPa

LE = LE/E = 250MPa/210.000MPa = 0,00119  0,12% ou 1,2mm/m


HELMAN H. e CETLIN P. R., Fundamentos da Conformação
Mecânica dos Metais, Ed. Guanabara Dois.
TENSÃO X DEFORMAÇÃO - ENSAIO DE TRAÇÃO

Estricção

Região entre B e C:
Instabilidade
Estricção
Concentração de tensão
Micro poros
Não utilizada
ENSAIO DE TRAÇÃO - DUCTILIDADE
 A ductilidade é a propriedade física dos materiais de
suportar a deformação plástica, sob a ação de cargas,
sem se romper ou fraturar.
• Cálculo da Ductilidade:
Pelo Alongamento
Pela Redução de Área

Obs.: Um material pouco dúctil é dito frágil.


APLICAÇÃO DO ALONGAMENTO
Alongamento: A deformação plástica após a ruptura.
Calcular o alongamento sofrido por um CP de12 mm que,
submetido a uma força axial de tração, ficou com 13,2 mm
de comprimento.
A = l f - l o = 13,2mm – 12mm = 0,1 mm/mm ou 10%
lo 12mm
0,1mm/mm indica que ocorreu uma deformação
de 0,1mm por 1mm de dimensão do material.

33
CÁLCULO DA DUCTILIDADE PELO ALONGAMENTO “A”

A % = 100[comprimento final (lf) – comprimento inicial (l0)]


comprimento inicial (l0)

A = 2 ½” – 2” =1/2” = 0,5” = 0,25pol/pol ou 25%


2” 2” 2”
Cálculo da ductilidade pela Redução de Área ou Estricção

R.A.(%) = (S0 – Sf )100


S0
No caso de corpos de prova cilíndricos

S0 = d02 e S f = df2
4 4
R.A. (%) = /4 (d02 –df2)100 = (d02 – df2)100 REDUÇÃO DA ÁREA DA SEÇÃO
/4.d02 d02
Cálculo da ductilidade pela Redução de Área ou Estricção
Para corpos de prova retangulares, a estricção é medida pela variação
das dimensões transversais

Método de determinação da estricção em corpos de prova retangulares

j = (So – Sf) 100


So

36
CÁLCULOS NO VERGALHÃO CONSTRUÇÃO CIVIL:“lo” E “SO”

lo = 10 x bitola

Cálculo de Smédia (mm2) = Peso (g) x103 (kg/dm3/g/mm3)

comprimento (mm) 7,85kg/dm3

Peso específico :  = 7,85kg/dm3 = 7,85g/cm3 = 7.85t/m3 = 7850kg/m3

37
ENSAIO DE TRAÇÃO
Variação das Propriedades Mecânicas com o teor de carbono

38
ENSAIO DE TRAÇÃO E TRATAMENTOS TERMICOS

Tem perado

Tensão
Revenido

Recozido

Deform ação

39
MATRIAIS DÚCTEIS E FRÁGEIS

Concreto
Ferros fundidos
Alumínio Dúctil – alta estricção)
Cobre
Aços de baixo carbono

Frágil – sem estricção)

Dúctil Frágil CONCRETO (Frágil)


CURVA TENSÃO X DEFORMAÇÃO
ENSAIO DE TRAÇÃO- AÇO ESTRUTURAL ASTM A 36

LR
400-550
LE
Min. 250 RUP.
Tensão,  (MPa)

escoamento

(instabilidade)
Patamar de

Encruamento

Estricção
A min. 20% em 200mm

Fase Fase Fase de Deformação,  (%)


elástica plástica ruptura

ASTM = American Society for Testing and Materials


AVALIAÇÃO
a- Como se determina a Resistência?
b- Como se determina a Rigidez?
c- Como se determina a Ductilidade?
LR

LE

A
Resp. a) LE = Q/So e LR = Qmáx./So.
b) E = /; onde:  = Q/So e  = l/lo.
c) Alongamento, A(%) = (lf – lo) 100/lo.

42
Ensaio de Tração dos aços conforme a ASTM
Quais os Ensaios de Rotina ?
( ) Limite de Elasticidade
( ) Limite de Proporcionalidade
( ) Limite de Escoamento
( ) Limite de Resistência à Tração
( ) Limite de Ruptura
( ) Alongamento
( ) Rigidez
( ) Resiliência
( ) Tenacidade

ASTM = American Society for Testing and Materials


Máquina de Tração - Ensaios de Rotina
( ) Limite de Elasticidade
( ) Limite de Proporcionalidade
( x ) Limite de Escoamento
( x ) Limite de Resistência à Tração
( ) Limite de Ruptura
( x ) Alongamento
( ) Rigidez
( ) Resiliência
( ) Tenacidade
AVALIAÇÃO
Qual é a propriedade mecânica no ensaio de
tração mais fácil de determinar e a mais precisa?

45
Máquina de Tração Universal

A Propriedade Mecânica mais rápida,


mais simples e mais precisa de ser
obtida é o Limite de Resistência à
Tração

LR = Carga máxima
Área inicial
Por que?

LR


Engineering Stress-Strain Curve
DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS À
TRAÇÃO DE MATERIAIS METALICOS NBR- 6152
NA PRÁTICA INGLÊS NBR- 6152

Deslocamento (l) - Alongamento

Deformação(l/l0) Deformation Alongamento Percentual

Alongamento (A) Elongation Alongamento Percentual após a


ruptura
Limite de Escoamento (LE) ou r Yield Strength Limite de Escoamento

Limite de Resistência (LR) ou t Tensile Strength Limite de Resistência à Tração

48
DIMENSIONAMENTO
adm = Tensão admissível (que se admite possível)
PARA ESTRUTURAS METÁLICAS:
ABNT-NBR-8800 Cálculo e execução de estruturas de aço
adm = LE/CS, onde CS (coeficiente de segurança) vale 1,7
adm = LE/1,7 p/ o aço ASTM A36   adm = 250MPa/1,7 = 147MPa
trabalho   adm

49
TENSÃO ADMISSÍVEL
Para Vasos de Pressão, código ASME-American Society
of Mechenical Engineens, materiais dúcteis e
temperaturas dentro da faixa de fluência
Temp. de trabalho ≥ ½ Temp. de fusão do material, o
menor dos seguintes valores:
 LR/4
 LE/1,6
 Tensão que causa uma deformação de 1% em 100.000 h

Turbina a vapor Esfera


QUALIDADE ESTRUTURAL NAVAL
SHIPBUILDING STRUCTURAL QUALITY
Aplicadas em estruturas de navios, são chapas de aço especificadas pelo American Bureau
of Shipping, Bureau Veritas, Lloyd’s Register, Germanisgher Lloyd e Det Norke Veritas.

ESPECIFICAÇÃO FAIXA DE PROPRIEDADESMECÂNICAS / MECHANICAL PROPERTIES


SPECIFICATION ESPESSURA AL –Elongation Dobramento (F)
THICKNESS LE LR Valor Bend Test
RANGE Yield Tensile Espessura Medida Min.
(mm) Strenght Strenght Thickness Gauge Value Diâmetro
(N/mm2) (N/mm2) (mm) Length (%)

A-607 50 2,0 < E < 5,0 > 34O > 450 E < 2,46 50 20 2E (T)
E > 2,46 22
Aplicação de tensão acima do LE (deformação plástica)

Efeito do encruamento no limite de


escoamento de um material metálico

HELMAN H. e CETLIN P. R., Fundamentos da Conformação


Mecânica dos Metais, Ed. Guanabara Dois.
Tensão de Escoamento nos Processos de Conformação

Pag. 63

Diagrama tensão versus


deformação
com carregamento e
descarregamento = ?

Efeito do encruamento no limite de


escoamento de um material metálico
Você é uma pessoa resiliente?
Você já se questionou a respeito do seu nível de
resiliência?
Já observou atentamente a sua reação e o seu padrão de
comportamento diante das dificuldades e das coisas que
não saem exatamente do jeito que você planejou?
Talvez essa seja uma boa oportunidade
GRAFÍCO TENSÃO DEFORMAÇÃO

(RESILIÊNCIA) (TENACIDA)

(a) (b)

Detalhe da curva tensão-deformação.


(a) evidenciando o campo elástico e (b) evidenciando o campo plástico
Avaliação: Qual o melhor material?
CRASH TEST
48 km/h contra um contâiner de 70 toneladas, o que
equivale a uma batida a 100 km/h em outro veículo.
O modelo alemão suportou bem ao impacto: o
habitáculo e os bonecos (dummies) continuaram
intactos.

57
Dummies (Estúpidos)
 O dummy de carne e osso:

 O primeiro dummy tinha sangue


baiano, John Stapp, viveu no
Brasil até os 12 anos e depois se
tornou médico da Força Aérea
dos Estados Unidos.
 Aplicando testes contra se
mesmo, Stapp desenvolveu
cintos de Segurança e bancos Custa entre US$ 60 000 e US$ 80 000
ejetáveis para aviões.
 Em 1947, o dummy de carne e
osso chegou a bater contra
postes para ver o que acontecia
TENSÃO EFETIVA DE CISALHAMENTO – LEI DE SCHMID
 = FA0 = Tensão Axial
F
f = Fcos  = Força de Cisalhamento

en no
 

am pla
to
n
Di co

A0 = A.Cos  = Seção Transversal

co o
es l a
re am
es

a
çã e

de rm
o nt

No
de o

A = ACos 
A Plano de
= f
f

 escoamento
A
A0  = f = F . Cos  = F . Cos  . Cos 
A A0  Cos  A0

F  =  . Cos  . Cos 
(Lei de Schmid)

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TENSÃO EFETIVA DE CISALHAMENTO

 resolvida = Fresolvida = F cos  cos  =  cos  cos 


A resolvida Ao
 A Tensão de Cisalhamento, , varia de 0 a ½ da Tensão Axial, 
 Quando a Tensão de Cisalhamento é máxima, a Tensão Axial é
mínima.
 máx. = 1/2  quando  =  = 45º

 Casos especiais:  = 0  quando  = 90° ou  = 90°

NÃO DESLIZA QUANDO


cos . Cos = 0
=0
APLICAÇÃO DO CÍRCULO DE MOHR
ESTADO TRIAXIAL: x y Z  x  y  Z

Representação:
Eixos principais: a,b e c
b
b

a
a

c Tensões principais:a b c
c

www.uff.br/resmatcivil/Downloads/ResMatII/ Disciplina: Resistência dos Materiais II


estado_triaxial_de - - Professora Orientadora: Eliane Maria
CÍRCULO DE MOHR

 MAX = a - c
2
c b a
0 

c

b

a
CÍRCULO DE MOHR PARA O ESTADO TRIPLO DE TENSÃO

1  2  3

máx. = -mín. = 1 - 2 = raio


2
1 
2 máx
(a) 1
2 =3=0 Tração pura

1  A adição de 2 não altera a  máx.


(a resistência a deformação plástica
2 máx fica inalterada)
(b) 2 1
3=0

1

2 máx A adição de 3 diminui a  máx.
(c)
3 3
2  1
1  máx Já a adição de uma tensão 3 de
compressão aumenta drasticamente
(d) 2  máx.

3 3 1
2

Exemplos de círculo de Mohr para diferentes estados de tensão


Trefilação de arames  Aprendi com meu gato que..

Qual a diferença?
O estado de tensão

Tração pura
1 máx 
máx.
2
3
 1
2=3=0 1
3
(d)
2
REPRESENTE NO CÍRCULO DE MOHR:
a)
a) TRAÇÃO PURA
b) COMPRESSÃO PURA
c) CORTE PURO
TRAÇÃO PURA

Resposta: b)

COMPRESSÃO PURA

c)

CORTE PURO
AVALIAÇÃO:a- Quais os processos de conformação direta?
b- Quais os processos de conformação indireta?

67
ENSAIO DE TRAÇÃO REAL

Fig. 4

TENSÕES E DEFORMAÇÕES REAIS


APLICAÇÃO
1º) Um arame de comprimento inicial 200,0mm
é estirado de 20mm; após esta operação, sofre
outro estiramento adicional de 50mm, obtendo-se
um valor total de 70mm.
Calcular  e R para cada etapa de deformação,
sua soma, e comparar esta soma com valores
obtidos para a deformação total.

Nomenclatura:
 = Deformação convencional
R = Deformação Real
conv.  Real l (lo = 200mm)
1 l1 = 20mm
 = l /lo
1 1 
R1 = ln l/lo

 =20/200
1 
R1 = ln 220/200
 = 0,10
1 
R1 = ln 1,22 = 0,0953
l 2 = 50mm

l total = 70mm
conv.  Real l (lo = 200mm)
1 l1 = 20mm
 = l /lo
1 1 
R1 = ln l/lo

 =20/200
1 
R1 = ln 220/200
 = 0,10
1 
R1 = ln 1,22 = 0,0953
2 l 2 = 50mm
 2 = l2/lo +l1 
R2 = ln l/l2 =ln l/lo+l1
 2 = 50/220 
R2 = ln 270/220
 2 = 0,22 
R2 = ln 1,2272 = 0,2047
l total = 70mm
conv.  Real l (lo = 200mm)
1 l1 = 20mm
 = l /lo
1 1 
R1 = ln l/lo

 =20/200
1 
R1 = ln 220/200
 = 0,10
1 
R1 = ln 1,22 = 0,0953
2 l 2 = 50mm
 2 = l2/lo +l1 
R2 = ln l/l2 =ln l/lo+l1
 2 = 50/220 
R2 = ln 270/220
 2 = 0,22 
R2 = ln 1,2272 = 0,2047
Total l total = 70mm
 total = l total/lo 
R total = ln l/lo
 total = 70/200 
R total = ln 270/200
 total = 0,35 
R total = ln 1,35 = 0,300
conv.  Real l (lo = 200mm)
1 l1 = 20mm
 = l /lo
1 1 
R1 = ln l/lo

 =20/200
1 
R1 = ln 220/200
 = 0,10
1 
R1 = ln 1,22 = 0,0953
2 l 2 = 50mm
 2 = l2/lo +l1 
R2 = ln l/l2 =ln l/lo+l1
 2 = 50/220 
R2 = ln 270/220
 2 = 0,22 
R2 = ln 1,2272 = 0,2047
Total l total = 70mm
 total = l total/lo 
R total = ln l/lo
 total = 70/200 
R total = ln 270/200
 total = 0,35 
R total = ln 1,35 = 0,300

  t 1 + 2  R total = 
R1 +  R2
0,35  0,1 + 0,22 0,300 = 0,0953 + 0,2047
0,35  0,32 0,300 = 0,300
TENSÕES E DEFORMAÇÕES REAIS

Real = ln ( + 1)
Real =  ( + 1)

Demonstrações em anexo
?
CALCULO DA TENSÃO VERDADEIRA NA REGIÃO PLÁSTICA

Equação de Hollomon
 = k. n
k= coeficiente de resistência
n = coeficiente de encruamento
Equação de Ludwink
 = 0 + k. n
EXERCÍCIOS
1º) Uma barra de aço e uma barra de alumínio suportam uma carga
de 453 kg. Se a área da seção transversal da barra de aço é de 645
mm2.
Qual deve ser a área da seção transversal da barra de alumínio
para que a deformação elástica seja igual em ambos?
Dados:
E aço = 21.000 kg/mm2
E alumínio = 7.500 kg/mm2.

Alumínio
Exigência:
Aço
Alumínio =  Aço

77
EXERCÍCIOS
2°) As duas barras abaixo são submetidas a F= 30.000kg, sofrendo o
mesmo Alongamento. As áreas de suas seções transversais são
iguais. Qual parte da carga é suportada pelo Cu e qual pelo Al?

Dados:
ECu = 11.000kg/mm2
EAl = 7.0000kg/mm2
F = 30.000kg Cu Al

Dado construtivo:
 Cu = 
Al
F
ENSAIOS EM JUNTAS SOLDADAS

ENSAIO TRANSVERSAL ENSAIO LONGITUDINAL


ENSAIOS EM JUNTAS SOLDADAS
AVALIAÇÃO:
QUAIS AS PROPRIEDADES MECÂNICAS
DETERMINADAS EM JUNTAS SOLDADAS?

( ) Limite de Escoamento
( ) Limite de Resistência à Tração
( ) Alongamento
INFORMAÇÃO IMPORTANTE Rompeu
O LOCAL DA RUPTURA: ZTA, ZF OU MB fora da solda:

Preparação do CP tração:

Rompeu fora da solda:

Rompeu na solda:
EFICÊNCIA DE JUNTA
Eficiência de junta é a relação entre a resistência de
uma junta e a resistência do metal de base:

EJ = Resistência da junta (ZF+ZL+ZAT+MB)


Resistência do Metal de Base (MB)

AVALIAÇÃO: COMPROVE QUE EJ  1


ARQUITETURA EM AÇO – PERFIS PARAFUSADOS OU SOLDADOS?

Lajes Stell-Deck
83
DEVER DE CASA: QUAL O PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE PORCAS E PARAFUSOS?
EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS
Para a realização do ensaio de tração são
necessários os seguintes equipamentos:
a) Célula de carga de 600kgf analógica ou digital

À esquerda célula de carga analógica e a direita a célula de carga


com indicador digital usada no ensaio de tração mecânica

85
ENSAIO DE TRAÇÃO

• Máquina Eletro-Mecânica • Máquina Servo-Hidráulica


Máquina e software de ensaio de tração

Máquina e software de ensaio de tração


Cortesia Gerdau Aços Longos S.A.
ANISOTROPIA

Para obter o coeficiente de anisotropia do material utilizado foi


realizado ensaio de tração em seis corpos de prova, sendo dois
coletados em cada direção de laminação: 0º, 45º e 90º.

3- Ensaio de Tração;
4- Medição dos comprimentos e
larguras finais;
5- Cálculo das deformações no
comprimento e na largura dos
corpos de prova; e
6- Cálculo dos coeficientes de
anisotropia ().

Medidor ótico Mitutoyo TM do laboratório de metrologia do Departamento


de Engenharia Mecânica da UFMG, equipado com micrômetro digital com
resolução 0,001 mm.
MESTRADO: ANÁLISE DA FORMAÇÃO DE BANDAS DE CISALHAMENTO POR MEIO DE
CORPOS DE PROVA DE TRAÇÃO ESPECIAIS - Árisson Carvalho de Araújo - UFMG
ENSAIO DE TRAÇÃO INSTRUMENTADO – PESQUISA DE MATERIAIS

OBRIGADO
TENSÕES E DEFORMAÇÕES REAIS
Correlação entre deformações reais e convencionais:
 = l/lo
Ou
 = l –lo/lo
l/lo = 1 + 
 = l/lo - 1
Aplicando o ln :
ln l/lo = ln (1 + )

Observando a (eq. 4), vem: R = ln l/lo (eq. 4)

R = ln (1+ ) (eq. 5)
Correlação Tensão real e Tensão convencional
Considerando o volume constante durante a deformação plástica
So x lo = Si x l
Ou l/lo = So/Si
Obs. A eq. 4  R = ln l/lo (eq. 4)
R = ln l/lo = ln So/Si
Obs. A eq. 5: R = ln (1 +) (eq. 5)
ln So/Si = ln (1 +) ln So/Si = ln (1 +)
Ou
Da eq. 2: R = Q/Si Si = So/(1 + )
R = Q/So/(1+)
Mas,  = Q/So
R =  (1+) (eq. 6)

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