Engenharia Civil

Materiais de Construção

Propriedades dos Materiais

Prof. João Carlos Jânio Gigolotti
Propriedades Mecânicas
O comportamento mecânico
dos materiais tem direta
correlação com:
A natureza dos elementos
químicos constituintes;
 As ligações químicas;
A microestrutura dos
materiais.
 Ligações químicas
primárias
1. Ligações covalentes.
covalentes.
2. Ligações metálicas
metálicas..
3. Ligações iônicas.
iônicas.
São FORTES e formadas quando os
elétrons do orbital mais externo são
transferidos ou compartilhados entre
os átomos.
Ligações químicas secundárias
- Ligações de Van der Waals.
 ALOTROPIA DO CARBONO
(a) Ligações no grafite puramente covalentes na estrutura
laminar e fracas entre as lâminas (lubrificante).
(b) Comparação com a estrutura rígida do diamante.
(a)
 LIGAÇÕES NOS POLÍMEROS
- Covalentes (forte) intracadeia.
- Van der Waals (fraca) intercadeia.

H
_ + _
_+ _ Cl
+ +

Ligação dipolar entre duas cadeias de PVC

LIGAÇÕES nos CERÂMICOS
Misto caráter iônico e covalente
Exemplo – sílica (usada no vidro)
- Óxidos
4-
SiO4 + - Alumínio
- Magnésio
- Carbonatos
- etc.
etc.
 Microestrutura da Cristobalita
(SiO2)

Estrutura cfc com 24 íons (8 Si4+

mais 16 O2–) por célula unitária.
 Ligações Metálicas

+ + + + Caroço
positivo
+ + + +
Gás de
+ + + + elétrons

+ + + +
 e - e- e- e- e- e-
- - - - e - e- e- e- e- e-
e e e e e e
- -

e - e- e- e- e- e-
- e -
e - e- e- e-
- - -
e e e e e e
- - - e
Nuvem - de e- e- e- e-- e-- e-- - - -
e e e e e e
e- e e- e- e- e-
Elétrons e- e- e-- e-- e-- - - -
e-
e- e- e- e- e- e- e e e e e e
e- e- e- e-- e-- e-- e- - -
e- e- e- e- e- e- e e e e e
e - e- e- e- e- e-
- e - e- e- e- e- e-
e e e e e e
- - - - -
Principais ensaios mecânicos
Ensaio de tração
Ensaios de dureza
Ensaio de flexão
 ensaio de impacto
Ensaio de fluência
Ensaio de fadiga
Ensaio de tração Máquina de ensaio
Esquematicamente
 DEFORMAÇÃO ESTRICÇÃO
PLÁSTICA

RUPTURA

DEFORMAÇÃO
ELÁSTICA

14
TENSÃO () Elementos da curva σ x ε
Limite de Resistência à Tração
LRT

LE Limite de Escoamento
LR Limite
de
Módulo de Ruptura
resiliência = ʃ  dϵ

Módulo de
elasticidade
E = Δ / Δ

Ductibilidade
DEFORMAÇÃO
(ϵ)
 Elementos da curva σ x ε
Módulo de elasticidade
ou
módulo de Young (E)

Representa a rigidez do
material ou sua resistência à
deformação elástica.
 RIGIDEZ
X
ELASTICIDADE

Exemplo - telha de cerâmica Exemplo – asfalto

DEFORMAÇÃO ELÁSTICA LINEAR

18
 Elasticidade linear
A Lei de Hooke:
Hooke: quando as
deformações são pequenas são
proporcionais à tensão (deformações
elásticas lineares);

Módulo de Young (E):

Δσ
E = tgө
E = Δσ/Δϵ ө
Δϵ
Elasticidade não-
não-linear

Elastômeros (borrachas)
Alguns valores para E
Material E (GPa) Material E (GPa) Material E (GPa)
Diamante 1000 Alumínio 69 Epóxi 2,6-3
3
Ósmio 551 Granito 62 Madeira 62
SiC 445 Concreto 30-50 Concreto 30-50
1 1
W 411 GFRP 7-45 GFRP 7-45
2 2
Cr 290 Madeira 9-16 Madeira 9-16
Aços 190-207 Chumbo 16 Borracha 0,01-0,1
U 172 Poliamida 3-5 Cortiça ~0,02
-3 -2
Vidro 69-94 Náilon 2-4 Espumas 10 -10

1- Polímero + fibra de vidro

2- Na direção paralela à fibra
3- Na direção perpendicular à fibra
 Elementos da curva σ x ϵ
b) Limite de escoamento (LE):
(LE)
- σ que separa o comportamento
elástico do plástico (ϵ permanente de
0,2%);
- indica a resistência do material à
deformação permanente;
- indica a facilidade com que o metal
pode ser moldado por operações de
laminação e estiramento.
Limite de escoamento (LE)

0,002 23
 Elementos da curva σ x ε

c) Limite de resistência à tração

tração:
é a tensão (σ) máxima de
engenharia que o corpo de prova
resiste à deformação plástica.
LRT

25
 Elementos da curva σ x ε
d) Tensão de ruptura:
ruptura
é a σ de engenharia em que
ocorre ruptura; muito variável.
d) Ductibilidade
Ductibilidade:
indica a capacidade geral de o
metal ser deformado plasticamente;
indica a conformabilidade durante
a fabricação.
 27
Fonte: www.passeidireto.com/arquivo/24857760/concreto-armado-sistemas-estruturais
 28
Fonte: www.passeidireto.com/arquivo/24857760/concreto-armado-sistemas-estruturais
 29
Fonte: www.passeidireto.com/arquivo/24857760/concreto-armado-sistemas-estruturais
 30
Fonte: www.passeidireto.com/arquivo/24857760/concreto-armado-sistemas-estruturais
 31
Fonte: www.passeidireto.com/arquivo/24857760/concreto-armado-sistemas-estruturais
 Propriedades Plásticas
a) Plasticidade
b) Ductibilidade
c) Dureza
d) Maleabilidade
e) Tenacidade
 Plasticidade
É a propriedade que o material
apresenta de ser deformado de
maneira permanente.
permanente.
- Metais apresentam plasticidade
plasticidade..
- Há polímeros que apresentam
plasticidade quando aquecidos
(termoplásticos)..
(termoplásticos)
- Cerâmicas não apresentam
plasticidade..
plasticidade
DUCTIBILIDADE X FRAGILIDADE / DUREZA
Exemplo - cerâmicas
Exemplo - metais
Elementos da curva σ x ε

Tenacidade  Módulo de resiliência = ʃ  d

 FORMAS DE FRATURAS (esquema)

DÚCTIL
DÚCTIL MODERADA FRÁGIL
Exemplo - polímeros Exemplo - metais Exemplo - cerâmicas
 Polímeros

Figura – Comportamento tensão-deformação para polímeros frágeis (curva A), plásticos

(curva B) e altamente elásticos (curva C). 37
Fonte: CALLISTER JR, 2007.
Curvas de um polímero conforme a temperatura
 Dureza
O conceito de dureza pode ter diferentes
significados, dependendo da área de
aplicação. Entre os conceitos mais
conhecidos destacam-se:
• Resistência à deformação plástica
permanente (metalurgia);
• Resistência ao risco (mineralogia);
• Resistência à penetração de um corpo
duro (mecânica).
 DUREZA
X
PASTICIDADE

Exemplo - telha de cerâmica Exemplo – telha de metal

Ensaios de dureza
Muitos tipos.
Escala Mohs (1822):
→ o mais antigo;
→ para minerais.
Tipos e adequabilidade dos
ensaios de dureza:
Dureza Materiais
Brinell Metais
Rockwell Metais
Meyer Metais
Vickers Metais, cerâmicas
Knoop Metais, Cerâmicas
Shore Polímeros
Barcol Alumínio, Borrachas, Couro, Resinas
IRHD Borrachas
Ensaio de dureza Mohs
Escala de dureza Mohs
 Alguns valores para
dureza Mohs
Naturais Sintéticos
Diamante 10,0 Zircônia 8,8
Rubi 9,0 Água marinha 8,0
Safira 9,0 Espinélio azul 8,0
Topázio 8,0 Rubi 9,0
Esmeralda 7,5-8,0 Safira branca 9,0
Turmalina 7,0-7,5 Vidro 5,0
Ametista 7,0
Ágata 6,5-7,0
Dureza Brinell
- Uma esfera de aço
com diâmetro (Ф) D é
lentamente comprimida
sob pressão P contra o
material a analisar,
gerando uma calota
permanente Фd . Durômetro Brinell
Modelo HB -3000
 Cálculo de dureza
Brinell:

Escala de dureza
Brinell:
Kg/mm2
Dureza Rockwell
- Um penetrador
esférico de aço (Ф =
1,59 mm) ou cônico
(120º de conicidade) de
diamante é comprimido
sob 100 kg / 150 kg de
carga contra o material Durômetro HBRV-
187,5 para ensaio
a analisar. Rockwell
Cálculo de dureza
Rockwell :
Dureza Vickers (microdureza)
Dureza de polímeros
Escala Shore

Durômetro Shore para borracha Instrutherm

 Fadiga
A falha por fadiga ocorre
quando um material é
submetido a carregamento
cíclico por longo tempo;
Geralmente ocorre de
forma repentina e
catastrófica.
FADIGA - forma de falha que ocorre em estruturas sujeitas a
tensões dinâmicas oscilantes.

TENSÃO CÍCLICA

54
A falha por fadiga é de
natureza frágil, mesmo
em metais dúcteis;
As trincas de fadiga
iniciam-se em defeitos
superficiais ou próximos
da superfície.
Ruptura de parafuso por fadiga:
 Conclusão
O conhecimento da
natureza e das propriedades
dos materiais de construção
permite uma seleção
adequada e é garantia de
qualidade, segurança e
economia..
economia