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Lubrificação: Parte IIC_2_ Aplicações_Seleção

Tipos de Lubricantes: Óleo; Graxa; Sólidos ( Grafita/Talco para aplicações específicas )

COMPARATIVO: Óleo x Graxa

Graxa ( Consistência ):
Óleo ( Viscosidade ):  Fácil Instalação
 Melhor Troca de Calor
 Veda contra pó e contaminantes
 Fácil Remoção
 Retenção e menor vazamento
 Filtrabilidade e qualidade
 Lubrifica 80% de todos mancais
 Maior custo do Sistema
Fatores de seleção de um lubrificante:
Viscosidade x Condição Operacional ( Carga x Temperatura x Velocidade )

CONDIÇÃO X VISCOSIDADE
OPERACIONAL NECESSÁRIA

ALTA CARGA

ALTA TEMPERATURA

AUMENTO DE VELOCIDADE
Seleção da Viscosidade

Baixa Viscosidade
Baixa velocidade Alta velocidade

Alta Viscosidade

Baixa viscosidade
Alta carga Baixa carga

Baixa Temperatura

Alta Temperatura
 CARACTERÍSTICAS DOS LUBRIFICANTES:

Entre as análises realizadas com os lubrificantes temos:

Densidade; Diluição;
Viscosidade; Cor;
Índice de viscosidade; Cinzas;
Ponto de fulgor; Corrosão;
Pontos de fluidez; Acidez e Alcalinidade;
Água por destilação; Oxidação;
Água e sedimentos; Espuma;
Demulsibilidade; Ponto de Anilina
Extrema pressão;
5. Características físicas dos lubrificantes

 5.1. Óleos

Viscosidade : É a medida do “atrito interno” de um óleo ao seu


escoamento ( “medida da resistência a escoamento” ). É medido em
um viscosímetro em unidades sempre relacionada com a temperatura (
inversamente proporcional )

 Por ex: 400 Cp a 37ºC


 Índice de viscosidade : Indica a variação de viscosidade do óleo em
relação à temperatura

 Ponto de fulgor : É a menor temperatura que o óleo aquecido vaporiza

 Ponto de fluidez : Menor temperatura que o óleo flui livremente


Aditivo Melhorador do IV - Índice de Viscosidade
No gráfico abaixo, Qual o óleo de melhor I.V?
Grau de viscosidade x Normas de classificação dos lubrificantes
 Classifica as viscosidades dos lubrificantes de acordo com os prefixos e
seus respectivos graus de viscosidade
 Principais normas : SAE; ISO VG; AGMA; ABNT; ASTM; etc

Exemplo :
 Óleo Marbrax TR 68
 Graus de viscosidade :
- Ponto fulgor ( 232 ºC );
- Ponto de fluidez ( -9 ºC )
- Viscosidade a 37,8 ºC ( 334 SSU )
- Índice de viscosidade ( 101 )
Prefixos e Sufixos de óleos e graxas

Prefixos :

Óleos
 Automotivos : MG ( motor a gás ); MD ( motor a diesel ); etc
 Industrial : TR; SP; etc

Graxas
GBA; ( base asfáltica ); GBC ( base de cálcio ); etc

Sulfixos :

Óleo e graxa
EP ( alta pressão ); EM ( aditivo para emulsão ); PS ( aditivo para enxofre )
Graxas – Principais Características
 Consistência ( resistência à penetração/dureza )
 Aderência ( capacidade de aderir )
 Cor ( textura/coloração )
 Ponto de fusão ou gotejo ( temperatura que a graxa passa
para estado líquido )
 Teor de sabão
 Teor de óleo mineral
 Teor de água
 Cargas
Graxas: Graus de Consistência x Aplicações
Automotiva ( Norma SAE – “Óleos Multiviscosos”) : W ( winter/”inverso”
); OW – 25W ( viscosidade cinemática do óleo na partida do motor,
em“cSt”/temperatura ambiente - baixa temperatura: Quanto mais baixa
menor será “esforço” do motor na partida );
W20 – 60 - viscosidade do óleo do motor à 100ºC /alta temperatura )

LUBRIFICAÇÃO_Norma SAE

O que significam os números (20W/40, 50, etc.) que aparecem nas


embalagens de óleo dos motores dos automóveis?

Estes números que aparecem nas embalagens dos óleos lubrificantes


automotivos (30, 40, 20W/40, etc.) correspondem à classificação da SAE
(Society of Automotive Engineers), que se baseia na viscosidade dos
óleos a 100 ºC, apresentando duas escalas: uma de baixa
temperatura (de 0W até 25W) e outra de alta temperatura (de 20 a 60).
A letra "W" significa "Winter" (inverno, em inglês) e ela faz parte do
primeiro número, como complemento para identificação. Quanto maior
o número, maior a viscosidade, para o óleo suportar maiores
temperaturas. Graus menores suportam baixas temperaturas sem se
solidificar ou prejudicar a bombeabilidade.
Aplicações ( SAE ): Comparativo de Graus de Viscosidade – cSt a 100ºC

Motores Automotivos: 5W30 ( sintético - $ 40/L – troca até 10.000 Km ); 10W40 ( semi-
sintético - $ 35/L - troca até 10.000 Km ); 15W40 ( mineral - $ 23/L - troca até 5.000 Km)
Obs: Comparação Óleo Sintético 5W30 ( Onix ) x 0W20 ( City )
Tabela de SIMILARIDADE X NORMAS

42 40 38 36 34 32 30 28 26 24 22 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 cSt a 100°C

SAE
Motores
60 50 40 30 20 10w 0w e 5w

SAE
Engrenagens
75w
140 90 85w 80w
70w

AGMA
7 6 5 4 3 2 1

ISO VG
460 320 220 150 100 68 46
32 22

850 700 450 365 280 205 140 85 40 10 cSt a 40°C


775 625 500 400 315 240 175 115 60 20
7.2 . Sistemas de lubrificação
 A) Por gravidade :
 - Manual ( almotolia )
 - Copo de nível

 B) Por banho
 - Peças parcialmente submersas e em baixa rotação

 C) Sistema forçado
 - Bomba ( manual ou pneumática )
 - Spray

 D) Permanentes
 “Tendência” atual ( substituição por período definidos pela aplicação >
cápsulas de gás inerte pressurizado )

 E) Outros
 - Pincel
 - Espátula
Forçada ( bomba de graxa )
Lubrificação manual
Permanente
ARMAZENAGEM DE
LUBRIFICANTES

SKF Reliability
Systems
8. Cuidados gerais na lubrificação (armazenamento / manuseio x aplicação e
acessórios ) – BOAS PRÁTICAS LUBRIFICAÇÃO

Armazenamento e Manuseio :
 Evitar presença de água ; umidade; areia e poeiras para evitar contaminações .
Temperaturas elevadas ( decomposição, em especial as graxas )
 Manter os recipientes em recinto fechado e ventilado ( deitados sobre pallets
de madeira para evitar corrosão e contaminações, em caso de vazamentos )
 Tambores devem ser enfileirados, firmemente escorados por calços de madeiras
com os bujões devem ficar em fila horizontal
 Deve-se adaptar-se torneira ou bujão para retiradas na horizontal ou bomba
manual para retirada na vertical

 Aplicação e acessórios :
 Utilizar luvas e acessórios adequados como bombas; tanque de limpeza;
enchedores de pistola de graxa; torneiras; carrinhos de movimentação; etc
 Evitar riscos de contaminações
 Manter a área sempre limpa e organizada
 Seguir os pilares do bom plano de lubrificação : Tipo de lubrificante x os pontos
de lubrificação x o método e a quantidade de lubrificante x no tempo correto
Armazenamento de lubrificantes
O armazenamento de tambores ao ar livre nunca
é aconselhavel.
Se isto não pode ser evitado, é necessario tomar
certas precauções para minimizar seus
efeitos negativos:
1) Uma cobertura de chapa, madeira ou
qualquer material disponivel protegerá os
tambores da chuva ou neve.
2) Pode-se colocar os tambores em estantes
varios centímetros acima do solo para
prevenir o dano por umidade.
3) Os bujões devem ficar submersos no óleo.
O depósito ou almoxarifado deve conservar no
possivel uma temperatura e umidade estavel
(em torno de 20°C de temperatura e 40% de
umidade).
Ferramentas para a lubrificação
 PARA NÃO CONTAMINAR O
LUBRIFICANTE, É INDISPENSAVEL QUE
O MESMO NÃO ENTRE EM CONTATO EM
NENHUM MOMENTO COM O MEIO
CIRCUNSTANTE.
 O melhor sistema de manipulação é
aquele que não permite ver a cor do
lubrificante e nos mantem as mãos
limpas.
 Para conseguir isso é necessario
manipular o lubrificante exclusivamente
con ferramentas para tal fim.
 A correta seleção da ferramenta
dependerá do punto a lubrificar.
Equipamentos de lubrificação SKF
 BOMBA DE GRAXA 1077600
- Se pode carregar com graxa
solta ou com cartuchos tipo
tubo.
- Pressão máxima de operação
40 Mpa.
- Vazão costante de 1,5
cm3/curso
- Fornecida com tubo rígido e
adaptador para bicos de graxa.
Equipamentos de lubrificação SKF
 PISTOLA DE GRAXA DE UMA MAÕ
MODELO LAGH 400.
- Pode ser operada com apenas uma
mão.
- Pode ser carregada com graxa solta
ou com cartuchos tipo tubo.
- Pressão máxima de operação 30
Mpa.
- Vazão costante de 0,8 cm3/curso.
- Provida de tubo flexivel com
adaptador para bicos de graxa.
Equipamentos de lubrificação SKF
BOMBAS DE GRAXA PNEUMATICAS LAGG 18A, LAGG 180A E
LAGT180.
- Trabalham com pressão de alimentação entre 7 e 8 bar.
- Pressão máxima de operação 40 Mpa (saida).
- Vem com mangueira flexivel de 3,5 m com adaptador para
bicos de graxa.
Acessorios para a lubrificação por graxa
 MEDIDOR de LUBRIFICAÇÃO
LAGM 1000
- Se adapta à saida (rosqueada
M10) de qualquer equipamento.
- Mede a vazão do lubrificante em
cm3 (a densidade da maioria das
graxas é de 0,9 kg/cm3).
- Trabalha com graxas de NLGI 0 à
2.
- Fluxo máximo 1000 cm3/min.
- Pressão máxima 70 Mpa.
Aplicação - Fatores para Especificação de Lubrificante de um
Rolamento : Dimensões(Di;DE); Velocidade(rpm); Fator de
Carga(leve;pesada); Tempertura
Vídeo

 O Fator de Velocidade de um Rolamento (DmN ) é a Média da Largura do


Rolamento (ID+OD/2) Multiplicado pela RPM (N).
 O Valor (DmN) é o Fator de Velocidade ou o Limite de Velocidade (LS)

DmN = RPM x (ID+OD)/2


CALCULO DAS QUANTIDADES DE
GRAXA NA LUBRIFICAÇÃO INICIAL
RPM FATOR DE VELOCIDADE QUANTIDADE ORIENTATIVA
N x dm DE UMA GRAXA EM %
DE VOLUME DO ESPAÇO
LIVRE DO ROLAMENTO

BAIXAS  90.000 100 %

MEDIAS 90.000 - 350.000 30 %

ALTAS 350.000 - 500.000 15 %

MUITO ALTAS 500.000 - 1.500.000 15 % (*)

(*) Dispersão de
N = r.p.m. Dm = D + d = diámetro medio do rolamento. graxa especial o
lubrificação por névoa
2 de óleo
Diametro del eje [mm]

QUANTIDADE DE GRAXA EM PERCENTUAL


DO VOLUME LIVRE DO ROLAMENTO PARA
20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380 400 420 440 460 480 500 520

200 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30%

400 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30%

600 100% 100% 100% 100% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15%
A LUBRIFICAÇÃO INICIAL
800 100% 100% 100% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15%

1000 100% 100% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15%
V
e 1200 100% 100% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15%

l 1400 100% 100% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15%

o 1600 100% 30% 30% 30% 30% 30% 30% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15%

c 1800 100% 30% 30% 30% 30% 30% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15%

i 2000 100% 30% 30% 30% 30% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15%
d
2200 100% 30% 30% 30% 30% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15%
a
2400 100% 30% 30% 30% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15%
d
2600 100% 30% 30% 30% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15%

r 2800 100% 30% 30% 30% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15%

p 3000 30% 30% 30% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15%

m 3200 30% 30% 30% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15%

3400 30% 30% 30% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15%

3600 30% 30% 30% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15%

3800 30% 30% 30% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15%

4000 30% 30% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15% 15%
Fatores que influenciam na quantidade e
freqëncia de lubrificação.
 Tipo de rolamento.
- Código.
- D = diámetro externo em mm.
6204 RS1
- d = diámetro interno em mm.
- B = Largura em mm.

• Velocidade de rotação “N” em RPM.


 Temperatura de trabalho “t” em °C.
 Carga que suporta.
Cálculo das quantidades ( INICIAL ) de graxa na
relubrificação – Regra Prática

Exemplo: Rolamento 6326

Ggr   0,005  Dmm Bmm


G  0,005  280  58
G  81,2gr  80gr
9

A lubrificação e os indicadores de desempenho da manutenção


Desgaste: Modos e Ocorrências
Impacto do desgaste no Equipamento

Perda de
Produtividade
Impacto do
Lubrificante
Obsolência Degradação da Acidentes
15% Superfície 70% 15%

Desgaste
Corrosão
Mecânico
20%
50%

Adesão Fatiga Abrasão


Fatos sobre os Rolamentos x Lubrificação

 78% de Todos os Problemas com Rolamentos são Resultado das Condições de Movimento

 01 de cada 05 Rolamentos é Instalado ou Manupilado Incorretamente

 Quando um Rolamento é Removido, é Muito Importante que ele seja bem Instalado

 38% do Tempo Ocioso é Resultado do Rolamento Correto, no Ambiente Equivocado

 A Lubrificação Inadequada é Responsável por 36% das Falhas em Rolamentos

 Falhas em Máquinas Giratórias são frequentemente Causadas por Desalinhamento do Eixo do Rolamento

 Análises de Especialistas Frequentemente Revelam uma Solução Simples para os Repetidos Problemas
com Rolamentos

 Dentro das Maiores Indústrias, um Treinamento sobre Rolamentos é a maneira mais Eficiente de
Aumentar a Produtividade dos Rolamentos

 Fim

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