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A DEZ / 93
ÁGUA – DETERMINAÇÃO DE
SULFETO
Método de Ensaio
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.
Apresentação
1 OBJETIVO
Esta Norma prescreve uns métodos para determinação titulométrica e colorimétrica de sulfeto
total e sulfeto dissolvido em águas naturais, de abastecimento, industriais e residuais.
2 CAMPO DE APLICAÇÃO
2.2 O método colorimétrico do azul de metileno aplica-se para determinações de sulfeto entre
0,1 e 20 mg/L.
O sulfeto, presente na amostra, reage com o iodo em ácido, sendo oxidado a enxofre. O iodo
remanescente é determinado por titulação com tiossulfato de sódio, em presença de amido.
4 DEFINIÇÕES
Sulfetos constituídos por H2S dissolvido, HS- dissolvido e sulfetos metálicos do material em
suspensão, solúveis em meio ácido. O íon S2- é desprezível, constituindo menos do que 0,5%
dos sulfetos solúveis em pH 12, e menos do que 0,05% em pH 11. Os sulfetos de cobre e de
prata são tão insolúveis que não são detectados pelos procedimentos analíticos e podem ser
desprezados para efeito prático.
Sulfetos que Permanecem na amostra após remoção do material em suspensão, por floculação
e sedimentação.
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5 SIGNIFICADO E USO
5.2 Despejos aquosos contendo sulfetos contaminam a atmosfera com gás sulfídrico,
causando odores desagradáveis. O gás sulfídrico é muito tóxico e tem causado a morte de
operadores em decantadores de esgotos. Ataca diretamente os metais e, indiretamente,
provoca severa corrosão no concreto dos decantadores de esgotos, pois é oxidado
biologicamente a ácido sulfúrico nas paredes das tubulações.
6 INTERFERENTES
6.1.1 O método iodimétrico sofre interferência de quaisquer substâncias redutoras que reajam
com o iodo, incluindo tiossulfato, sulfito e diversos compostos orgânicos, tanto sólidos como
dissolvidos.
6.2.1 Agentes redutores fortes interferem nos ensaios colorimétricos, por inibição da cor azul.
O tiossulfato, em concentrações acima de 10 mg/L, pode retardar a formação da cor ou
impedi-la totalmente. O iodeto, normalmente presente em águas produzidas junto com o
petróleo, pode diminuir a cor desenvolvida, se sua concentração exceder a 2 mg/L. Estes
agentes redutores podem ser removidos por precipitação do sulfeto como sulfeto de zinco e
separação do sobrenadante que contém os interferentes.
6.2.2 O sulfeto, por si só, impede a reação, quando em concentração na faixa de algumas
centenas de mg/L. Ensaiar qualitativamente, pelo método do antimônio (item 11.2.1), os
despejos industriais que provavelmente contenham sulfeto, mas não desenvolvem a coloração
azul, para evitar resultados falso—negativos. Amostras com concentrações de sulfeto
superiores a 100 mg/L, devem sofrer diluição, de modo a eliminar esta interferência.
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6.2.4 Sulfetos insolúveis em, ácido, tais como, o sulfeto de cobre e o sulfeto de prata, não são
determinados.
Para concentrar sulfetos ou para remover sulfitos, tiossulfatos, iodetos e alguns interferentes
solúveis, precipitar os sulfetos como sulfeto de zinco, acidificar com ácido sulfúrico
concentrado e, com auxílio de um gás de arraste, fixar o sulfeto em um outro frasco contendo
acetato de zinco, conforme item 11.3.
7 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
8.1 Antes de iniciar qualquer manuseio com reagentes, materiais e equipamentos, consultar e
aplicar os procedimentos apropriados de segurança e de operação dos equipamentos e das
aparelhagens.
8.3 O ANEXO A contém algumas informações de segurança referentes aos reagentes a serem
utilizados pelos métodos.
9 APARELHAGENS E MATERIAIS
9.1.1 Frascos de vidro, com rolha esmerilhada, de 100, 300, 500 e 1000 mL de capacidade.
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9.1.2 Frascos lavadores de gás de forma alta, com junta esmerilhada e com capacidade de 250
ou 500 mL.
9.1.12 Vácuo.
9.2.1 Frascos de vidro, com rolha esmerilhada, de 100, 300, 500 e 1000 mL de capacidade.
9.2.2 Frascos lavadores de gás de forma alta, com junta esmerilhada e com capacidade de
250 ou 500 mL.
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9.2.6 Espectrofotômetro de absorção molecular, para operar em 625 ηm, provido de cubetas
de 10 mm de caminho ótico (NOTA 1).
Nota 1: Alternativamente, pode-se usar um fotômetro de filtro adequado para leituras na faixa
de 600 e 700 ηm.
9.2.11 Vácuo.
Todos os reagentes devem ser de grau p.a., equivalente à especificação ACS. Qualquer
referência a água deve ser entendida como água reagente tipo II, conforme norma
PETROBRAS N-1351a.
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Dissolver 1.226g de dicromato de potássio (K2Cr2O7), previamente seco a 105 ± 5°C por 2 h,
em água e avolumar a 1000 mL.
Preparar uma pasta com 5 g de amido solúvel em quantidade mínima de água e adicioná-la a
800 mL de água fervendo, agitando sempre. Diluir a 1000 mL, deixar ferver por alguns
minutos e manter em repouso por uma noite, coberto. Usar o sobrenadante, preservando-o
com algumas gotas de solução de ácido salicílico a 1,25 g/L ou tolueno.
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Diluir 250 mL da solução-estoque de tiossulfato de sódio para 1000 mL, usando água
recentemente fervida e resfriada. Padronizar com solução de dicromato de potássio a 0,025 N.
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Nota 3: O oxalato de amina deve ser recente, pois se estocado pode ficar oxidado e
descolorido, de modo a interferir no ensaio. A solução-estoque diluída deve ficar
incolor quando adicionada na amostra isenta de sulfeto.
Diluir 10.0 mL da sulução-estoque de sulfeto (item 10.2.12) a 100 mL com água. Preparar esta
solução toda vez que for feita a curva de calibração.
11 PROCEDIMENTO
As amostras devem ser coletadas em frascos de vidro de boca estreita, com rolha esmerilhada,
tendo-se o cuidado para se obter amostras com mínima aeração, ou seja, frasco cheio, fechado
e sem bolhas de ar. As amostras devem ser analisadas no período máximo de 4 horas quando
mantidas à temperatura de 4ºC. Para períodos mais longos e, no máximo, por até 7 dias, as
amostras devem ser preservadas, aplicando-se os seguintes procedimentos:
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11.1.1.1 Adicionar 0,2 mL de solução de acetato de zinco 2 N para cada 100 mL de amostra
no frasco de amostragem, enchendo-o completamente com a amostra, sem reter ar. Fechar o
frasco caso desejar transportá-lo.
11.1.2.3 Agitar vigorosamente, com movimentos para frente e para trás em torno do eixo
transversal do frasco, por uns 3 minutos, para flocular. Deixar decantar por uns 15 minutos.
Nota 4: Para se obter uma melhor clarificação da amostra, pode-se usar maiores quantidades
das soluções de hidróxido de sódio 6 N e de cloreto de alumínio 6N, porém
mantendo-se as proporcionalidade.
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Odores atribuídos ao gás sulfídrico podem ser confirmados com papel de acetato de chumbo.
Na exposição ao vapor da amostra ligeiramente acidificada, o papel torna-se enegrecido, pela
formação de sulfeto de chumbo.
11.3.1.1 Transferir 250 mL da amostra não preservada para balão de fundo chato.
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11.3.1.5 Passar o gás de arraste através da amostra, por 1 hora, para que todo o gás sulfídrico
formado seja arrastado para o primeiro frasco lavador. Apenas uma pequena parte do sulfeto é
fixada no segundo frasco lavador.
11.3.2.1 Filtrar, a vácuo, todo o conteúdo do frasco do item 11.1 (NOTA 5).
Nota 5: Para amostras com baixo teor de sulfeto, a filtração não é recomendada. Proceder
conforme item 11.3.1.
11.3.2.4 Transferir o papel de filtro para o balão de fundo chato e adicionar 250 mL de água.
11.4.1.1 Em um frasco de iodo de 500 mL, transferir quantitativamente os conteúdos dos dois
frascos lavadores obtidos conforme o item 11.3 (NOTA 6).
Nota 6: Caso a concentração de sulfeto seja alta, pode-se tomar apenas uma alíquota da
mistura dos conteúdos dos frascos lavadores, desde que se quantifique esta alíquota
em relação ao total.
11.4.1.2 Adicionar solução de iodo, em excesso, até a amostra apresentar uma leve coloração
da solução de iodo, anotando o seu volume.
11.4.1.4 Titular, em seguida, com tiossulfato de sódio 0,025 N, usando solução de ácido
como indicador, adicionando o titulante lentamente, próximo ao ponto de viragem.
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11.4.2.3 Transferir 50,0 mL do balão (item 11.4.2.2) para um balão volumétrico de 100 mL.
11.4.2.8 Efetuar um, ensaio em branco, utilizando água no lugar da amostra, 2 mL da solução
de acetato de zinco 2 N e substituindo a solução reagente de ácido amino-sulfúrico pela
solução de ácido sulfúrico 1:1. Proceder conforme itens 11.4.2.5 a 11.4.2.7.
12 RESULTADOS
12.1 Cálculos
( ( f 1 V 1 - f t V 2 ) - ( f 1 V 3 - f t V 4 ) ) x 0,025 x 16.000
Sulfeto (mg/L) = ----------------------------------------------------------------------------------------
Va
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Onde:
L x 250 x 100
Sulfeto (mg/L) = ----------------------
Va x A
Onde:
12.2 Precisão
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/ANEXO A
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A-4 NITROGÊNIO
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- DERRAMAMENTO OU RESPINGOS
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/ANEXO B
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C-1 Preparar suluções-padrão de sulfeto de 0,1 a 1,5 mg/L, em balões volumétricos de 100
mL, a partir de diluições da solução intermediária de sulfeto, conforme item 10.2.13, e
adicionar 50 mL de água.
C-2 Adicionar nesses balões volumétricos de 100 mL, 5,0 mL de reagente ácido amino-
sulfúrico e 1,0 mL de sulução de cloreto férrico. Homogeneizar imediatamente por
inversão lenta, somente uma vez.
Nota: Construir nova curva de calibração toda vez que forem utilizados novos reagentes ou
outro equipamento.
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