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N-1802 REV.

A DEZ / 93

ÁGUA – DETERMINAÇÃO DE
SULFETO

Método de Ensaio
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

Toda esta Norma foi alterada em relação à revisão anterior.

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto


desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela
adoção e aplicação dos itens da mesma.
Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser
CONTEC utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de não
Comissão de Normas seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-gerenciais
Técnicas e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É
caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas


condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A alternativa
adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta
Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar”
(verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].
SC - 20
Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir
Técnicas Analíticas
para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão
de Laboratório
Autora.
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão
Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a
proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas
durante os trabalhos para alteração desta Norma.
“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO
S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação

As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho –


GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos
Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,
Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por
técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e
aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos
Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para
informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas
PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 21 páginas


N-1802 REV. A DEZ / 93

1 OBJETIVO

Esta Norma prescreve uns métodos para determinação titulométrica e colorimétrica de sulfeto
total e sulfeto dissolvido em águas naturais, de abastecimento, industriais e residuais.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

2.1 O método titulométrico aplica-se para determinações de sulfeto em concentrações acima


de 1 mg/L, desde que sejam eliminados os interferentes e evitada a perda de sulfeto.

2.2 O método colorimétrico do azul de metileno aplica-se para determinações de sulfeto entre
0,1 e 20 mg/L.

3 RESUMO DOS MÉTODOS

3.1 Método Titulométrico

O sulfeto, presente na amostra, reage com o iodo em ácido, sendo oxidado a enxofre. O iodo
remanescente é determinado por titulação com tiossulfato de sódio, em presença de amido.

3.2 Método Colorimétrico do Azul de Metileno

O sulfeto, presente na amostra, reage com a solução de ácido amino-sulfúrico, na presença de


cloreto férrico, fornecendo uma coloração azul devido à formação do azul de metileno. A
intensidade da cor, proporcional à concentração de sulfeto, é medida por espectrofotometria.

4 DEFINIÇÕES

Para efeito desta Norma são adotadas as seguintes definições:

4.1 Sulfetos Totais

Sulfetos constituídos por H2S dissolvido, HS- dissolvido e sulfetos metálicos do material em
suspensão, solúveis em meio ácido. O íon S2- é desprezível, constituindo menos do que 0,5%
dos sulfetos solúveis em pH 12, e menos do que 0,05% em pH 11. Os sulfetos de cobre e de
prata são tão insolúveis que não são detectados pelos procedimentos analíticos e podem ser
desprezados para efeito prático.

4.2 Sulfetos Dissolvidos

Sulfetos que Permanecem na amostra após remoção do material em suspensão, por floculação
e sedimentação.

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5 SIGNIFICADO E USO

5.1 O sulfeto está freqüentemente presente em águas subterrâneas, especialmente em fontes


quentes, sendo comum em águas residuais, como resultado da decomposição da matéria
orgânica, algumas vezes de despejos industriais, principalmente pela redução bacteriológica
do sulfato.

5.2 Despejos aquosos contendo sulfetos contaminam a atmosfera com gás sulfídrico,
causando odores desagradáveis. O gás sulfídrico é muito tóxico e tem causado a morte de
operadores em decantadores de esgotos. Ataca diretamente os metais e, indiretamente,
provoca severa corrosão no concreto dos decantadores de esgotos, pois é oxidado
biologicamente a ácido sulfúrico nas paredes das tubulações.

6 INTERFERENTES

6.1 Método Titulométrico

6.1.1 O método iodimétrico sofre interferência de quaisquer substâncias redutoras que reajam
com o iodo, incluindo tiossulfato, sulfito e diversos compostos orgânicos, tanto sólidos como
dissolvidos.

6.1.2 Sulfetos insolúveis em meio ácido não são determinados.

6.2 Método Colorimétrico do Azul de Metileno

6.2.1 Agentes redutores fortes interferem nos ensaios colorimétricos, por inibição da cor azul.
O tiossulfato, em concentrações acima de 10 mg/L, pode retardar a formação da cor ou
impedi-la totalmente. O iodeto, normalmente presente em águas produzidas junto com o
petróleo, pode diminuir a cor desenvolvida, se sua concentração exceder a 2 mg/L. Estes
agentes redutores podem ser removidos por precipitação do sulfeto como sulfeto de zinco e
separação do sobrenadante que contém os interferentes.

6.2.2 O sulfeto, por si só, impede a reação, quando em concentração na faixa de algumas
centenas de mg/L. Ensaiar qualitativamente, pelo método do antimônio (item 11.2.1), os
despejos industriais que provavelmente contenham sulfeto, mas não desenvolvem a coloração
azul, para evitar resultados falso—negativos. Amostras com concentrações de sulfeto
superiores a 100 mg/L, devem sofrer diluição, de modo a eliminar esta interferência.

6.2.3 Ferrocianetos produzem coloração azul, interferindo, portanto, positivamente.

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6.2.4 Sulfetos insolúveis em, ácido, tais como, o sulfeto de cobre e o sulfeto de prata, não são
determinados.

6.3 Pré-Tratamento da Amostra para Remover Interferentes ou Concentrar Sulfetos

Para concentrar sulfetos ou para remover sulfitos, tiossulfatos, iodetos e alguns interferentes
solúveis, precipitar os sulfetos como sulfeto de zinco, acidificar com ácido sulfúrico
concentrado e, com auxílio de um gás de arraste, fixar o sulfeto em um outro frasco contendo
acetato de zinco, conforme item 11.3.

7 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

7.1 Foi baseada no Standard Methods - 16th Edition - 1985.

7.2 Na aplicação desta Norma é necessário consultar:

PETROBRAS N-1351a - Água Reagente;


PETROBRAS N-2350 - Classificação, Armazenamento Temporário e Transporte de
Resíduos Industriais e Comerciais;
ACS - American Chemical society Specifications - COMMITTEE ON ANALYTICAL
REAGENTS.

8 PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA E COM O MEIO AMBIENTE

8.1 Antes de iniciar qualquer manuseio com reagentes, materiais e equipamentos, consultar e
aplicar os procedimentos apropriados de segurança e de operação dos equipamentos e das
aparelhagens.

8.2 O descarte de produtos de laboratórios deve seguir a legislação ambiental vigente e a


norma PETROBRAS N-2350.

8.3 O ANEXO A contém algumas informações de segurança referentes aos reagentes a serem
utilizados pelos métodos.

9 APARELHAGENS E MATERIAIS

9.1 Método Titulométrico

9.1.1 Frascos de vidro, com rolha esmerilhada, de 100, 300, 500 e 1000 mL de capacidade.

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9.1.2 Frascos lavadores de gás de forma alta, com junta esmerilhada e com capacidade de 250
ou 500 mL.

9.1.3 Balões volumétricos de 500 e de 1000 mL de capacidade.

9.1.4 Funil de separação de 100 mL de capacidade.

9.1.5 Tubo de látex com diâmetro interno de aproximadamente 5 mm.

9.1.6 Erlenmeyer de 500 mL de capacidade.

9.1.7 Bureta graduada de vidro neutro, com torneira de politetrafluoretileno (TEFLON) e


50 mL de capacidade.

9.1.8 Balão de fundo chato com capacidade de 500 mL.

9.1.9 Funil de filtração.

9.1.10 Papel de filtração rápida.

9.1.11 Frasco Kitasato.

9.1.12 Vácuo.

9.2 Método Colorimétrico

9.2.1 Frascos de vidro, com rolha esmerilhada, de 100, 300, 500 e 1000 mL de capacidade.

9.2.2 Frascos lavadores de gás de forma alta, com junta esmerilhada e com capacidade de
250 ou 500 mL.

9.2.3 Balões volumétricos de 500 e de 1000 mL de capacidade.

9.2.4 Funil de separação de l00 mL de capacidade.

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9.2.5 Tubo de látex com diâmetro interno de aproximadamente 5 mm.

9.2.6 Espectrofotômetro de absorção molecular, para operar em 625 ηm, provido de cubetas
de 10 mm de caminho ótico (NOTA 1).

Nota 1: Alternativamente, pode-se usar um fotômetro de filtro adequado para leituras na faixa
de 600 e 700 ηm.

9.2.7 Balão de fundo chato com capacidade de 500 mL.

9.2.8 Funil de filtração.

9.2.9 Papel de filtração rápida.

9.2.10 Frasco Kitasato.

9.2.11 Vácuo.

9.2.12 Balão volumétrico de 100 mL.

10 REAGENTES, SOLVENTES e SOLUÇÕES

Todos os reagentes devem ser de grau p.a., equivalente à especificação ACS. Qualquer
referência a água deve ser entendida como água reagente tipo II, conforme norma
PETROBRAS N-1351a.

10.1 Método Titulométrico

10.1.1 Solução de Hidróxido de Sódio 6 N

Dissolver 240 g de hidróxido de sódio (NaOH) em água e diluir a 1000 mL.

10.1.2 Solução de Cloreto de Alumínio 6 N

Dissolver 100 g de cloreto de alumínio hexahidratado (AlCl3.6H2O) em 144 mL de água


(NOTA 2).

Nota 2: Devido ao cloreto de alumínio ser higroscópico, recomenda-se que o conteúdo do


frasco deste reagente seja totalmente utilizado.

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10.1.3 Solução de Acetato de Zinco 2 N

Dissolver 220 g de acetato de zinco dihidratado (Zn(C2H3O2)2.2H2O) em aproximadamente


870 mL de água e avolumar para 1000 mL.

10.1.4 Ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado.

10.1.5 Gás de Arraste

Utilizar nitrogênio (N2).

10.1.6 Solução de Dicromato de Potássio 0,025 N

Dissolver 1.226g de dicromato de potássio (K2Cr2O7), previamente seco a 105 ± 5°C por 2 h,
em água e avolumar a 1000 mL.

10.1.7 Solução de ácido salicílico a 1,25 g/L ou tolueno.

10.1.8 Iodeto de potássio (KI).

10.1.9 Iodo (I2).

10.1.10 Solução de Iodo 0,025 N

Dissolver 20 a 25 g de iodeto de potássio (KI) em cerca de 100 mL de água e adicionar 3,2 g


de iodo. Após dissolução, avolumar a 1000 mL com água. Padronizar por titulação com
solução de tiossulfato de sódio, utilizando solução indicadora de amido.

10.1.11 Solução Indicadora de Amido

Preparar uma pasta com 5 g de amido solúvel em quantidade mínima de água e adicioná-la a
800 mL de água fervendo, agitando sempre. Diluir a 1000 mL, deixar ferver por alguns
minutos e manter em repouso por uma noite, coberto. Usar o sobrenadante, preservando-o
com algumas gotas de solução de ácido salicílico a 1,25 g/L ou tolueno.

10.1.12 Solução-Estoque de Tiossulfato de Sódio 0,10 N

Dissolver 24,82 g de tiossulfato de sódio pentahidratado (Na2S2O3.5H2O) em água


recentemente fervida e resfriada. Preservar pela adição de 5 mL de clorofórmio ou 1,5 mL de
solução de hidróxido de sódio 6 N e avolumar a 1000 mL.

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10.1.13 Solução de Tiossulfato de Sódio 0,025 N

Diluir 250 mL da solução-estoque de tiossulfato de sódio para 1000 mL, usando água
recentemente fervida e resfriada. Padronizar com solução de dicromato de potássio a 0,025 N.

10.1.14 Solução de ácido Clorídrico 6 N

Adicionar, lentamente, 250 mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado a 250 mL de água.

10.2 Método Colorimétrico

10.2.1 Solução de Hidróxido de Sódio 6 N

Dissolver 240 g de hidróxido de sódio (NaOH) em água e diluir a 1000 mL.

10.2.2 Solução de Cloreto de Alumínio 6 N

Dissolver 100 g de cloreto de alumínio hexahidratado (AlCl3.6H2O) em 144 mL de água


(NOTA 2).

10.2.3 Solução de Acetato de Zinco 2 N

Dissolver 220 g de acetato de zinco dihidratado (Zn(C2H302)2.2H2O) em aproximadamente


870 mL de água e avolumar para 1000 mL.

10.2.4 Ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado.

10.2.5 Gás de Arraste

Utilizar nitrogênio (N2).

10.2.6 Solução de ácido Clorídrico 6 N

Adicionar, lentamente, 250 mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado a 250 mL de água.

10.2.7 Solução de ácido Sulfúrico 1:1

Adicionar, lentamente, com agitação e resfriamento, 500 mL de ácido sulfúrico (H2SO4)


concentrado a 500 mL de água.

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10.2.8 Solução-Estoque de Ácido Amino-Sulfúrico

Dissolver 27 g de oxalato de N,N-dimetil p-fenilenodiamina, também chamado oxalato de p-


aminodimetilanilina, ou 25 g de cloridrato de N,N-dirmetil p-fenilenodiamina em uma mistura
fria de 50 mL de ácido sulfúrico concentrado e 20 mL de água. Resfriar e diluir a l00 mL, com
água. Guardar em frasco escuro. (NOTA 3).

Nota 3: O oxalato de amina deve ser recente, pois se estocado pode ficar oxidado e
descolorido, de modo a interferir no ensaio. A solução-estoque diluída deve ficar
incolor quando adicionada na amostra isenta de sulfeto.

10.2.9 Solução Reagente de Ácido Amino-Sulfúrico

Diluir 25 mL da sulução-estoque de ácido amino-sulfúrico com 975 mL de solução de ácido


sulfúrico 1:1. Guardar em frasco escuro.

10.2.10 Solução de Cloreto Férrico

Dissolver 100 g de cloreto férrico hexahidratado (FeCl3.6H2O) em 40 mL de água.

10.2.11 Solução de Fosfato Monoácido de Amônio

Dissolver 400 g de fosfato monoácido de amônio ((NH4)2HPO4) em 800 mL de água.

10.2.12 Solução-Estoque de Sulfeto

Colocar, em um bécher, aproximadamente 1 g de cristais de sulfeto de sódio nonohidratado


(Na2S.9H2O) e avolumar a 1000 mL com água recentemente fervida e esfriada. Padronizar
esta solução, toda vez que for feita a curva de calibração, com solução de tiossulfato de sódio
0,025 N, utilizando solução indicadora de amido.

10.2.13 Solução Intermediária de Sulfeto

Diluir 10.0 mL da sulução-estoque de sulfeto (item 10.2.12) a 100 mL com água. Preparar esta
solução toda vez que for feita a curva de calibração.

11 PROCEDIMENTO

11.1 Amostragem e Preservação da Amostra

As amostras devem ser coletadas em frascos de vidro de boca estreita, com rolha esmerilhada,
tendo-se o cuidado para se obter amostras com mínima aeração, ou seja, frasco cheio, fechado
e sem bolhas de ar. As amostras devem ser analisadas no período máximo de 4 horas quando
mantidas à temperatura de 4ºC. Para períodos mais longos e, no máximo, por até 7 dias, as
amostras devem ser preservadas, aplicando-se os seguintes procedimentos:

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11.1.1 Amostras para Determinação de Sulfeto Total

11.1.1.1 Adicionar 0,2 mL de solução de acetato de zinco 2 N para cada 100 mL de amostra
no frasco de amostragem, enchendo-o completamente com a amostra, sem reter ar. Fechar o
frasco caso desejar transportá-lo.

11.1.1.2 Acertar o pH entre 6 e 9 com solução de hidróxido de sódio 6 N. Fechar o frasco e


agitar por 1 minuto. No precipitado obtido deve ser determinado o teor de sulfeto total.

11.1.2 Amostras para Determinação de Sulfetos Dissolvidos

11.1.2.1 Adicionar 0,6 mL de solução de hidróxido de sódio 6 N para cada 300 mL de


amostra no frasco de amostragem, enchendo-o completamente com a amostra, sem reter ar.
Fechar o frasco caso desejar transportá-lo.

11.1.2.2 Adicionar 0,6 mL de solução de cloreto de alumínio 6 N para cada 300 mL de


amostra e fechar o frasco, evitando reter ar.

11.1.2.3 Agitar vigorosamente, com movimentos para frente e para trás em torno do eixo
transversal do frasco, por uns 3 minutos, para flocular. Deixar decantar por uns 15 minutos.

11.1.2.4 Transferir, por sifonação, o subrenadante clarificado para outro frasco de


amostragem de l00 mL, contendo 0,2 mL de solução de acetato de zinco, enchendo-o
completamente, sem reter ar (NOTA 4).

Nota 4: Para se obter uma melhor clarificação da amostra, pode-se usar maiores quantidades
das soluções de hidróxido de sódio 6 N e de cloreto de alumínio 6N, porém
mantendo-se as proporcionalidade.

11.2 Ensaios Qualitativos

Um ensaio qualitativo para sulfeto é útil e aconselhável no exame de determinados rejeitos


contendo substâncias interferentes, que podem dar resultados falso-negativos, pelo
procedimento com azul de metileno.

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11.2.1 Ensaio com Antimônio

Adicionar 0,5 mL de solução saturada de tartarato de antimônio e potássio e cerca de 200 mL


de amostra num frasco e, em seguida, 0,5 mL de HCl 6N, para neutralização à fenolftaleína. O
sulfeto de antimônio (Sb2S3) é um precipitado amarelo, perceptível em uma concentração de
sulfeto de 0,5 mg/L. Comparações com amostras de concentrações conhecidas de sulfetos
tornam a técnica grosseiramente quantitativa. Os únicos interferentes conhecidos são íons
metálicos como o chumbo, que se combinam com o íon sulfeto, impedindo a formação de
sulfeto de antimônio, e o (S2O4)-2 que se decompõe em solução ácida para produzir sulfeto.

11.2.2 Ensaio com Eletrodo de Prata - Sulfeto de Prata

O potencial do eletrodo prata - sulfeto de prata, em relação ao eletrodo de referência, varia


com a atividade do íon sulfeto em solução. A correlação do coeficiente da atividade de íon
com o pH permite uma estimativa da concentração do sulfeto. Padronizar freqüentemente o
eletrodo, sempre contra uma solução de sulfeto com concentração conhecida. Um eletrodo
deste tipo pode ser usado como indicador de ponto final para titulação de sulfeto dissolvido
com uma solução-padrão de sal de prata ou chumbo.

11.2.3 Ensaio com Papel de Acetato de Chumbo

Odores atribuídos ao gás sulfídrico podem ser confirmados com papel de acetato de chumbo.
Na exposição ao vapor da amostra ligeiramente acidificada, o papel torna-se enegrecido, pela
formação de sulfeto de chumbo.

11.3 Tratamento para Eliminar Interferentes

11.3.1 Amostra Original

11.3.1.1 Transferir 250 mL da amostra não preservada para balão de fundo chato.

11.3.1.2 Colocar, em cada um dos frascos lavadores, 5 mL da solução de acetato de zinco 2N


e 95 mL de água.

11.3.1.3 Montar a aparelhagem, conforme esquema do ANEXO B.

11.3.1.4 Com a aparelhagem conectada através de rolhas de borracha e de mangueiras de


látex, adicionar, lentamente, 10 mL de ácido sulfúrico concentrado, contido no funil de
separação, ao balão que contém a amostra. Fechar imediatamente a torneira do funil de
decantação.

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11.3.1.5 Passar o gás de arraste através da amostra, por 1 hora, para que todo o gás sulfídrico
formado seja arrastado para o primeiro frasco lavador. Apenas uma pequena parte do sulfeto é
fixada no segundo frasco lavador.

11.3.2 Amostra Preservada

11.3.2.1 Filtrar, a vácuo, todo o conteúdo do frasco do item 11.1 (NOTA 5).

Nota 5: Para amostras com baixo teor de sulfeto, a filtração não é recomendada. Proceder
conforme item 11.3.1.

11.3.2.2 Medir o volume do filtrado, descartando-o a seguir.

11.3.2.3 Lavar o frasco da amostra com água, filtrando a seguir.

11.3.2.4 Transferir o papel de filtro para o balão de fundo chato e adicionar 250 mL de água.

11.3.2.5 Proceder conforme itens 11.3.1.2 a 11.3.1.5.

11.4 Execução do Ensaio

11.4.1 Método Titulométrico

11.4.1.1 Em um frasco de iodo de 500 mL, transferir quantitativamente os conteúdos dos dois
frascos lavadores obtidos conforme o item 11.3 (NOTA 6).

Nota 6: Caso a concentração de sulfeto seja alta, pode-se tomar apenas uma alíquota da
mistura dos conteúdos dos frascos lavadores, desde que se quantifique esta alíquota
em relação ao total.

11.4.1.2 Adicionar solução de iodo, em excesso, até a amostra apresentar uma leve coloração
da solução de iodo, anotando o seu volume.

11.4.1.3 Adicionar 5 mL de ácido clorídrico 6 N, fechar o frasco e agitar.

11.4.1.4 Titular, em seguida, com tiossulfato de sódio 0,025 N, usando solução de ácido
como indicador, adicionando o titulante lentamente, próximo ao ponto de viragem.

11.4.1.5 Fazer um ensaio em branco, conforme os itens 11.4.1.1 a 11.4.1.4.

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11.4.2 Método Colorimétrico

11.4.2.1 Preparar a curva de calibração conforme ANEXO C.

11.4.2.2 Em um balão volumétrico de 250 mL, transferir quantitativamente os conteúdos dos


dois frascos lavadores obtidos conforme o itens 11.3 (NOTA 6) e avolumar com água.

11.4.2.3 Transferir 50,0 mL do balão (item 11.4.2.2) para um balão volumétrico de 100 mL.

11.4.2.4 Adicionar 5,0 mL da solução reagente de ácido amino-sulfúrico e 1,0 mL da solução


de cloreto férrico. Homogeneizar imediatamente, por inversão lenta, somente uma vez.

11.4.2.5 Aguardar de 3 a 5 minutos e adicionar 10 mL de fosfato monoácido de amônio.

11.4.2.6 Homogeneizar, avolumar com água e aguardar de 10 a 15 minutos na ausência de


luz.

11.4.2.7 Ler a intensidade da cor em espectrofotômetro a 625 ηm, utilizando cubeta de 10


mm de caminho ótico.

11.4.2.8 Efetuar um, ensaio em branco, utilizando água no lugar da amostra, 2 mL da solução
de acetato de zinco 2 N e substituindo a solução reagente de ácido amino-sulfúrico pela
solução de ácido sulfúrico 1:1. Proceder conforme itens 11.4.2.5 a 11.4.2.7.

12 RESULTADOS

12.1 Cálculos

12.1.1 Método Titulométrico

Calcular o teor de sulfeto, em mg/L, conforme a seguinte equação:

( ( f 1 V 1 - f t V 2 ) - ( f 1 V 3 - f t V 4 ) ) x 0,025 x 16.000
Sulfeto (mg/L) = ----------------------------------------------------------------------------------------
Va

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Onde:

V1 = volume gasto da solução de iodo 0,025 N para titular a amostra, em mL.


V2 = volume gasto da solução de tiossulfato 0,025 N para titular a amostra, em mL.
V3 = volume gasto da solução de iodo 0,025 N para titular o branco, em mL.
V4 = volume gasto da solução de tiossulfato 0,025 N para titular o branco, em mL.
f1 = fator de padronização da solução de iodo 0,025 N.
ft = fator de padronização da solução de tiossulfato 0,025 N.
Va = volume tomado da amostra, em mL.

12.1.2 Método Colorimétrico

Calcular o sulfeto, em mg/L, conforme a seguinte equação:

L x 250 x 100
Sulfeto (mg/L) = ----------------------
Va x A

Onde:

L = leitura da concentração de sulfeto obtida na curva de calibração, em mg/L.


Va = volume original da amostra, em mL.
A = alíquota para o desenvolvimento (item 11.4.2.3), em mL.

12.2 Precisão

A precisão não foi determinada.

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/ANEXO A

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ANEXO A - INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA

A-1 ÁCIDO SULFÚRICO

- ATENÇÃO: Venenoso, corrosivo e oxidante forte.


- Em contato com matéria orgânica pode causar incêndio.
- Pode ser fatal se ingerido.
- Líquido e vapores causam queimaduras severas.
- Nocivo se inalado. Pode causar doença pulmonar.
- Mantê-lo sob temperatura fria.
- Em contato com a água, libera grande quantidade de calor.
- Não adicionar água no frasco.
- Derramamento pode provocar incêndio e/ou liberar gases tóxicos.
- Evitar contato com a pele, olhos e vestimentas.
- Não respirar vapores e névoas.
- Diluir pela adição do ácido na água.
- Guardar o frasco bem fechado em capelas resistentes ao ácido.
- Afrouxar a tampa do frasco cuidadosamente, quando for abri-lo.
- Usar com ventilação adequada.
- Não estocar próximo a materiais combustíveis.
- Manter o frasco fechado, quando não estiver em uso.
- Usar óculos e roupas de proteção, quando manusear com o ácido.
- Lavar as mãos após o manuseio.

A-2 HIDRÓXIDO DE SÓDIO

- ATENÇÃO: Corrosivo. Pode causar severas queimaduras e cegueira.


- Mistura rápida com a água causa uma violenta reação com evolução de calor.
- Antes de usar, assegurar-se das informações sobre procedimentos e medidas de
segurança.
- Não manter contato do reagente com a pele, olhos e vestimentas.
- Evitar respirar a poeira ou névoa.
- Não ingerir.
- Quando manusear com o regente, usar os Equipamentos de proteção Individuais
(EPI’s) apropriados.
- Quando misturar com água, adicionar vagarosamente na superfície da solução, para
evitar respingos violentos. Na preparação de soluções, não usar água quente, limitar
a elevação de temperatura, com agitação, a l0ºC/min ou limitar a temperatura
máxima da solução a 90°C.

A-3 ÁCIDO CLORÍDRICO

- ATENÇÃO: Venenoso e corrosivo.


- Pode ser fatal se ingerido.
- Líquido e vapor causam severas queimaduras.
- Nocivo se inalado.
- Evitar contato com olhos, pele e vestimentas.
- Não respirar vapores e névoas.

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- Diluir pela adição do ácido na água.


- Estocar, com o frasco bem fechado, em capelas resistentes ao ácido.
- Mantê-lo sob temperatura fria.
- Usar com ventilação adequada.
- Usar óculos e roupas de proteção, quando manusear com o ácido.
- Manter o frasco fechado, quando não estiver em uso.
- Lavar as mãos após o manuseio.

A-4 NITROGÊNIO

- Gás comprimido sob alta pressão.


- O nitrogênio reduz a quantidade de oxigênio necessária à respiração.
- Manter a válvula do cilindro fechada, quando não estiver em uso.
- Não estocar cilindros em locais que não tenham ventilação adequada.
- Usar sempre uma válvula reguladora de pressão.
- Manter a válvula redutora fechada antes de abrir a válvula do cilindro.
- Não transferir o gás de um cilindro para outro.
- Não fazer mistura de gases no cilindro.
- Nunca deixar o cilindro cair.
- Assegurar de que o cilindro está preso no suporte.
- Não ficar na frente da saída da válvula do cilindro durante manuseio.
- Não expor o cilindro aos raios solares e manter longe do calor.
- Manter o cilindro longe de ambiente corrosivo.
- Não usar cilindros que não estejam identificados.
- Não usar cilindros amassados ou danificados.
- Não usar para inalação.

A-5 DIÓXIDO DE CARBONO

- Líquido comprimido sob alta pressão.


- Usar sempre com válvula redutora de pressão.
- Manter a válvula do cilindro fechada, quando não estiver em uso.
- Não estocar cilindros em locais que não tenham ventilação adequada.
- Não transferir o líquido pressurizado de um cilindro para outro.
- Nunca deixar o cilindro cair.
- Não ficar na frente da saída da válvula do cilindro durante o manuseio.
- Manter o cilindro afastado de raios solares ou fonte de calor.
- Não usar cilindros que não estejam identificados.
- A liberação do gás pode causar asfixia.
- O vapor reduz a quantidade de oxigênio do ar.

A-6 DICROMATO DE POTÁSSIO

- Altamente tóxico. um carcinogênico reconhecido;


- Agente oxidante forte;
- Estocar em local seco e frio, longe de substâncias facilmente oxidáveis e orgânicas;
- Usar EPI’s apropriados quando manusear o produto;
- Usar com ventilação adequada.

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A-7 TIOSSULFATO DE SÓDIO

- Pouco tóxico para o homem.


- Se ingerido em grande quantidade pode ocasionar diarréia.

- DERRAMAMENTO OU RESPINGOS

Cubra com carbonato ou bicarbonato de sódio.


Remover em um frasco grande.
Adicionar igual quantidade de hipoclorito de cálcio com cuidado.
Colocar mais água com agitação.
Após uma hora, diluir e neutralizar.

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ANEXO C - PREPARAÇÃO DA CURVA DE CALIBRAÇÃO

C-1 Preparar suluções-padrão de sulfeto de 0,1 a 1,5 mg/L, em balões volumétricos de 100
mL, a partir de diluições da solução intermediária de sulfeto, conforme item 10.2.13, e
adicionar 50 mL de água.

C-2 Adicionar nesses balões volumétricos de 100 mL, 5,0 mL de reagente ácido amino-
sulfúrico e 1,0 mL de sulução de cloreto férrico. Homogeneizar imediatamente por
inversão lenta, somente uma vez.

C-3 Aguardar de 3 a 5 minutos e adicionar 10 mL de solução de fosfato monoácido de


amônio. Homogeneizar, diluir a 100 mL com água e aguardar de 10 a 15 minutos na
ausência de luz.

C-4 Ler a intensidade da cor em espectrofotômetro, a 625 ηm, utilizando cubeta de 10 mm de


caminho ótico.

C-5 Efetuar um ensaio em branco.

C-6 Construir a curva de calibração, absorvância concentração de sulfeto em mg/L.

Nota: Construir nova curva de calibração toda vez que forem utilizados novos reagentes ou
outro equipamento.

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