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5 - ESTUDO DOS SELANTES DE JUNTAS

5.1 - Objetivos da Selagem de Juntas

A selagem das juntas de um pavimento de concreto – transversais ou


longitudinais, serradas ou moldadas – é uma prática que pretende impedir a
infiltração de água e de materiais sólidos (como areia, pequenos pedregulhos e
outros corpos estranhos) através delas.

A infiltração de água, mesmo quando do projeto consta uma sub-base


adequada, não-bombeável, traz conseqüências danosas à durabilidade do
pavimento como um todo, pois, ao mover-se entre a sub-base e a placa de
concreto pode produzir a erosão da primeira e prejudicar a continuidade de
suporte requerida para o bom desempenho do pavimento; atingindo os
acostamentos, pode passar ao subleito e provocar afundamento deste, seja por
bombeamento, seja por amolecimento da camada. Já a presença de materiais
sólidos impede que a junta se movimente livremente, fato que, em tempo
quente, quando a abertura da junta se estreita, desenvolverá tensões de
compressão imprevistas; estas, dependendo da magnitude da temperatura, da
abertura da junta, da distância entre as juntas, do volume de tráfego e do tipo
de sub-base, podem atingir valores seriamente prejudiciais à integridade
estrutural da junta e, conseqüentemente, da placa de concreto. A Figura 1
ilustra o fato.

Resta pouca ou nenhuma dúvida, na época atual, quanto à necessidade de


prover essa vedação, posto que apenas em casos muito raros os fenômenos de
infiltração – seja de água ou de sólidos incompressíveis – deixam de ter os
efeitos descritos. Pavimentos que dispõem de sub-base estabilizada com
cimento, por exemplo, mostram maior resistência às infiltrações na ranhura.
Por seu turno, em pavimentos de concreto construídos em regiões muito secas,
a penetração de água é tão reduzida que, somada à natureza normalmente
arenosa dos solos dessas áreas, é insuficiente para provocar o bombeamento.
Na maior parte dos casos que o nosso meio técnico rodoviário terá de
enfrentar, a selagem das juntas parece imprescindível, restando determinar,
para cada situação específica, o tipo de material selante técnica e
economicamente mais viável.
5.2 - Requisitos Necessários aos Materiais Selantes

A definição de quais sejam os requisitos que um selante deva apresentar, para


garantia de um comportamento apropriado ao longo do tempo, depende do
conhecimento dos estados de tensões a que ficarão submetidos quando em
serviço e dos principais tipos de falhas que podem ocorrer devido a essas
solicitações.

Um material selante de juntas de pavimentos de concreto pode estar sujeito a


uma das três seguintes situações:

- alternação das tensões de tração e de compressão, caracterizando um ciclo


de solicitações opostas;

- sempre sob compressão;

- sempre sob tração.

O último caso é, presentemente, apenas teórico, pois é flagrante a


impraticabilidade de tracionar o selante previamente à sua aposição dentro da
junta e mantê-lo nessa condição. A segunda hipótese corresponde a uma
condição em que o selante é colocado na junta quando comprimido e,
qualquer que seja a abertura da junta ante a variação ambiental, permanece
sob compressão, o que traz a vantagem de garantir a ligação entre a parede da
junta e a lateral do selante. Este, por seu lado, deve ser de natureza elástica,
sem sofrer deformações irrecuperáveis. Na verdade, o mais comum em
pavimentos de concreto simples é o primeiro estado de tensões mencionado,
em que o selante, vazado na junta sob a forma líquida ou pastosa, adquire
consistência sólida e, por sua aderência às paredes da junta, acompanha as
movimentações desta, permanecendo ora tracionado – quando a junta abre,
pela retração da placa – ora comprimido, quando ela fecha, pela dilatação da
placa – de acordo com a temperatura predominante no momento.
Sujeitos aos tipos de solicitações descritos, principalmente aos ciclos
alternados de tração e compressão, os materiais selantes – que compõem com
as paredes verticais da junta um conjunto, mantido unido pela aderência entre
o selante e a parede – podem apresentar defeitos causados por fenômenos
ocorridos no próprio selante, ou nas paredes da junta, ou na superfície de
ligação entre os dois componentes. As falhas devidas ao comportamento do
selante ocorrem:

a) por falta de coesão, que permite o dilaceramento do material quando


tracionado (Figura 2a);

b) por intrusão, quando o selante não impede que o tráfego empurre para o
seu interior corpos sólidos que eventualmente estejam sobre a junta
(Figura 2d);

c) por extrusão, quando o estado de compressão leva o selante a derramar-se


na superfície da placa contígua à junta (Figura 2b).

As paredes da junta podem sofrer quebra ou esborcinamento, cuja razão


principal é o mau acabamento do local, que não resiste aos esforços de tração
gerados no selante pela retração do concreto das placas em tempo frio
(Figura 2c). O conjunto parede-selante falha, geralmente, pela perda de adesão
entre os dois componentes da junta, quando esta se encontra muito aberta
(Figura 2e), e pode configurar um segundo estágio da ruptura por
esborcinamento.
Um material selante de funcionamento apropriado deverá, portanto, possuir
propriedades físico-químicas e mecânicas que lhe propiciem longa vida de
serviço e resistência às solicitações e situações causadoras dos defeitos e
falhas mencionadas. Essas características são: fluidez; período de cura;
adesividade, elasticidade, resistência à fissuração e coesão.

Os selantes de juntas em pavimentos de concreto podem ser divididos em dois


grupos, a saber:

a) selantes vazados no local;

b) selantes pré-moldados.

O primeiro grupo tem duas subdivisões: selantes vazados a quente e selantes


vazados a frio.

Os selantes a quente são alcatrões, asfaltos e compostos de asfalto e borracha,


conhecidos também como termoplásticos, e os mástiques, associação entre um
líquido viscoso (por exemplo, emulsões, óleos não secativos, asfaltos de baixa
penetração) e um fíler (como fibras de amianto, cimento portland, cal apagada,
areia fina), em proporções variáveis.

Os mástiques a quente têm sido largamente utilizados em nosso País, sob a


forma de produtos industrializados ou não. Em geral, os termoplásticos não
são recomendáveis em selagem de juntas de pavimentos modernos de
concreto, pelas dificuldades de aplicação e sua pequena durabilidade.

Em favor dos selantes a quente, coloque-se o seu geralmente baixo custo


inicial; a desvantagem maior é sua baixa resistência ao calor, a óleos e
combustíveis, que os amolecem e, quase sempre, fazem com que extravasem
da junta. As altas temperaturas de aplicação exigem, sobretudo, muito cuidado
quanto à segurança do operador. É comum, quando da aplicação, o
esfriamento do material e seu posterior reaquecimento, o que perturba a
estrutura química do selante. Além disso, exigem manutenção pesada cada 2 –
4 anos, cujo montante pesa no custo final do pavimento.

Os selantes vazados a frio incluem como bases resinas epóxicas, polissulfetos


orgânicos, uretanos, silicones e polimercaptanos. Compõem-se, em regra, da
mistura de uma dessas bases e de um agente de cura, os quais reagem de modo
a formar o selante propriamente dito, um elastômero, ou polímero. São todos
produtos industrializados, aplicáveis à temperatura ambiente e necessitam
quase sempre de um produto acessório de imprimação da junta, que deverá
estar limpa e seca antes da vedação. Em nossas condições atuais, levam a
desvantagem aparente do custo inicial, se bem que tenham baixíssima
necessidade de manutenção e, conseqüentemente, mínimo custo de
conservação ao longo da vida de serviço do pavimento. As bases de
polissulfetos são as utilizadas há maior tempo, no exterior, enquanto que os
uretanos são de um tempo de uso menor. Os silicones e os polimercaptanos
encontram-se sob pesquisa intensa, já existindo no mercado brasileiro alguns
tipos de selantes com essas bases.

Além da associação base-agente de cura, certos produtos contêm, ainda,


fíleres e plastificantes, e podem ser de natureza asfáltica.

Os polissulfetos – usados desde os anos 50 – são de grande capacidade de


relaxação de tensões, ou seja, atingem rapidamente a condição de equilíbrio de
forma após submetidos a períodos longos de compressão. Os uretanos são
elásticos, e somente chegam à estabilidade de forma quando retornam à
posição original de colocação.

De custo muito mais elevado, bem como vida de serviço maior do que a dos
outros materiais, os selantes pré-moldados são, positivamente, o tipo mais
requintado de material de selagem de juntas. Existem diversas espécies de pré-
fabricados, como o poliuretano, o polietileno e as cortiças, por exemplo.

São excelentes para evitar a penetração de sólidos e, por serem altamente


compressíveis e elásticos, têm uma atuação excepcional em juntas de
expansão. Quanto à sua estanqueidade, depende fortemente da rugosidade das
paredes da junta e da aderência entre o selante e as paredes verticais, exigindo
que estas sejam o mais lisas e uniformes possível. Outro fato – este, curioso –
que tem sido observado em nosso País, é o arrancamento desse tipo de
material, quando não aderente, por vandalismo ou furto.

Os pré-moldados podem apresentar dois tipos peculiares de falhas:

a) por compressão, na qual o selante pós-comprimido não consegue voltar à


forma original e deixa um espaço vazio entre um de seus lados e a junta
(Figura 3a);

b) por extrusão mecânica, caracterizada pela expulsão do material por efeito


da passagem dos veículos (Figura 3b).
Quanto às especificações dos materiais selantes, a situação do nosso meio
técnico é precária. A não ser especificações particulares para obras
determinadas, principalmente de aeroportos ou grandes rodovias, inexistem,
no momento, normas brasileiras da ABNT abrangentes sobre o assunto, e é de
vital importância a instalação de grupo de trabalho para a solução do
problema. O maior desenvolvimento de pesquisas a respeito dos materiais
selantes tem-se dado nos E.U.A., e as diversas agências e entidades ligadas ao
assunto dispõem de especificações bastante completas e comprovadas.

Em geral, os ensaios exigidos referem-se à determinação das características


físico-químicas e mecânicas já mencionadas aqui, com predominância dos
valores de resistência à penetração, de aderência e de recuperação da forma
original. São executados, ainda, dependendo do tipo de selante, ensaios de
distorção ou deformação, de fragilidade, de compressão, de absorção de água,
de fluidez, de fusão, de extrusão e de solubilidade em óleo. Em todas as
especificações, a importância do intemperismo é ressaltada, quanto à
influência que exercerá sobre o comportamento do selante quanto em uso.

O Quadro 1 relaciona algumas especificações americanas típicas, e menciona


o tipo de material, sua composição e as características exigidas por cada uma
delas.

5.3 - Dimensionamento do Reservatório do Selante - Fator de Forma

O principal dado geométrico que governa o comportamento global de um


sistema junta-selante é a relação entre a profundidade do selante e a largura da
junta, o fator de forma. Há uma sensível influência dessa relação numérica no
grau de deformação do selante, o que está mostrado nas Figuras 4a, 4b e 5.

A deformação é diretamente proporcional ao fator de forma, o que torna claro


ser conveniente projetar juntas com a menor relação possível entre a
profundidade do selante e a abertura da junta, o que garante o comportamento
ótimo do selante quando sob tensão. A experiência ensina que é fundamental,
ainda, para o bom funcionamento do material selante e por motivos práticos,
limitar o valor mínimo da profundidade de sua aplicação, o que implica a
necessidade de se construir um reservatório capaz de manter o fator de forma
numa faixa de valores pequenos, no máximo igual a 2.

Recomenda-se adotar o reservatório do selante em todas as juntas transversais


(no caso de placas muito pequenas, com 4,5 m de comprimento ou menos,
pode-se, a critério do projetista, dispensar o reservatório) e em todas as juntas
longitudinais sem barras de ligação. A Portland Cement Association (PCA)
aconselha a manutenção da forma quadrada para o selante (ou seja, fator de
forma igual a 1), sempre que possível. A Figura 6 define duas maneiras de se
construir o reservatório. Tanto na primeira como na segunda, o reservatório é
formado por alargamento da ranhura primitiva, de modo a propiciar a relação
profundidade/abertura preconizada, dentro dos valores mínimos práticos;
diferem os materiais que irão evitar a aderência do selante ao fundo do
reservatório. Na Figura 6a, a quebra de aderência é favorecida pela introdução
de uma tira ou fita plástica, ou mesmo de madeira impermeabilizada, delgada;
já no segundo tipo, mostrado na Figura 6b, o reservatório deverá ser um pouco
mais profundo, posto que o material usado é um cordão de seção circular, de
sisal ou similar ou, ainda melhor, de plástico.
Quadro 1 - Especificações típicas americanas sobre materiais selantes de
juntas em pavimentos de concreto
Norma Tipo de selante Composição Características exigidas
A frio Qualquer 1- Penetração a 25ºc  235 dmm
2- Fluidez pós-curado  5 mm
ASTM D-1850
3- Extensão após 5 ciclos: não deve
causar ruptura do selante
A quente Material elástico 1- Ponto de fluidez  temperatura de
segurança menos 20ºc
2- Penetração a 25ºc  90 dmm
ASTM D-1190
3- Fluidez a 60ºc  5 mm
4- Extensão após 5 ciclos: não deve
mostrar ruptura do selante
A quente Material elástico 1- Penetração não imerso  130 dmm
resistente a óleo a 25ºc
2- Penetração imerso  155 dmm a
25ºc
3- Diferença entre os valores
determinados em (1) e (2) 
25 dmm
ASTM D-1854 4- Solubilidade em óleo   2% em
massa
5- Fluidez a 60ºc  30 mm
6- Extensão após 3 ciclos: ruptura
em apenas 1 dos 3 corpos-de-
prova
7- Extensão após 3 ciclos, imerso em
óleo - conforme item 6
Pré-moldado Gaxeta celular 1- Força de compressão para causar
(elastômero) 25% de deformação : variável de
15 kPa até 167 kPa
2- Relaxação de tensões, 56 dias a
70ºc e 25% de deformação  35%
ASTM C-509 da deformação original
3- Estabilidade dimensional : a forma
original, após (1) e (2), não deve
variar em mais de 4% da largura
ou comprimento originais
4- Absorção de água  5%
Na Tabela 1 relacionam-se os valores recomendados para a profundidade dos
selantes, a frio ou a quente, e a abertura ou largura do reservatório, em função
do espaçamento entre as juntas. Saiba-se, no entanto, que existem hoje no
mercado selantes cujos fatores de forma ideais diferem dos da Tabela.

Tabela 1 - Profundidade do selante e abertura do reservatório, para selantes


vazados a frio ou a quente (adaptado da Ref. 6)

Dimensões do reservatório do selante


Espaçamento
Largura (W) Profundidade (D)
entre juntas (m) D/W
(mm) (mm)
6,0 ou menor 6,0 12,0 (mínimo) 2,0
7,5 9,0 12,0 (mínimo) 1,3
9,0 9,0 12,0 (mínimo) 1,3
12,0 12,5 12,5 1,0
15,0 16,0 16,0 1,0
18,0 19,0 19,0 1,0
NOTAS:

1 - Os espaçamentos entre juntas superiores a 7,5 m referem-se a pavimentos


de concreto dotados de armadura distribuída descontínua.

2 - No caso de profundidade superiores às indicadas, a largura do reservatório


deverá ser também aumentada, de modo a diminuir ou manter o fator de
forma recomendado.

Para os selantes pré-moldados, o importante é garantir que, para qualquer


abertura de trinca - e, conseqüentemente, qualquer abertura de junta - o selante
esteja sempre sob esforço de compressão, e nunca sob tração; então, é preciso
determinar as larguras originais do selante e da junta, face o espaçamento
entre as juntas do pavimento, o que é facilitado pela Tabela 2.

Tabela 2 - Larguras originais da ranhura e do selante pré-moldado, em


função do espaçamento entre juntas (adaptado da Ref. 6)

Espaçamento entre Largura da ranhura Largura do selante pré-


juntas (m) (mm) moldado (mm)
7,5 ou menor 6,0 14,5
9,0 9,0 20,5
15,0 12,5 25,5
21,0 19,0 38,0

NOTA: Ver Nota 1 da Tabela 1.

5.4 - Conclusão

É de vital importância impedir a infiltração de água e a penetração de sólidos


através das juntas de um pavimento de concreto. A maneira mais adequada de
fazê-lo é a vedação da ranhura artificial de forma a tornar a seção estanque,
devendo o material de vedação ser, além do mais, capaz de repelir as
partículas sólidas que o tráfego, porventura, forçar contra ele. Os selantes,
divididos em dois grupos e dois subgrupos, têm de ser escolhidos de modo a
proporcionar um equilíbrio razoável entre o comportamento que deles se
deseja e o seu custo inicial. A obediência ao fator de forma é prática que
incrementa sensivelmente a qualidade da resposta do material às solicitações
ao longo do tempo de utilização.

5.5 - Normas

Os materiais selantes deverão atender às condições apresentadas na norma


DNER 4 - Materiais Selantes para Juntas - Especificação, e ser
qualificados em função dos resultados apresentados em ensaios
específicos, de acordo com as normas DNER 5 a DNER 14, apresentadas a
seguir.
DNER 4

MATERIAIS SELANTES PARA JUNTAS - ESPECIFICAÇAO

1 - OBJETIVO

Fixar os requisitos exigidos para materiais destinados à selagem de juntas de


pavimento de concreto de cimento portland.

2 - NORMAS A CONSULTAR

DNER 5 - Mástiques Moldados a Quente - Procedimentos para Determinação


da Fluidez;

DNER 6 - Selantes de Juntas - Ensaio de Tração;

DNER 7 - Selantes de Juntas - Ensaio de Aderência Selante x Substrato;

DNER 8 - Selantes de Juntas - Ensaio de Deformação Permanente à


Compressão;

DNER 9 - Selantes de Juntas - Ensaio de Deformação Permanente na Tração


com Alongamento Constante;

DNER 10 - Selantes de Juntas - Ensaio de Rasgamento;

DNER 11 - Selantes de Juntas - Ensaio de Puncionamento Estático;

DNER 12 - Selantes de Juntas - Ensaio de Absorção de Água

DNER 13 - Selantes de Juntas - Procedimento para Envelhecimento Acelerado


em Estufa;

DNER 14 - Selantes de Juntas - Procedimento para Envelhecimento por


Intemperismo.
3 - REQUISITOS EXIGÍVEIS PARA OS MATERIAIS SELANTES

3.1 - Em Função do Tipo de Junta

3.1.1 - Juntas de retração

As juntas transversais de retração, executadas no concreto fresco ou semi-


endurecido, devem ser preenchidas com selantes que atendam
primordialmente às propriedades de boa aderência ao substrato de concreto
das bordas, para impedir a penetração de sólidos, capacidade de alongamento
na tração de, no mínimo, 100 % - após serem submetidos ao envelhecimento
por intemperismo - e deformação permanente à compressão inferior a 50 %.

3.1.2 - Juntas de articulação

As juntas longitudinais de articulação visam, entre outras, impedir a


penetração de água nas camadas abaixo das placas de concreto.

Para cumprir esta finalidade é imprescindível que o selante elástico escolhido


para o preenchimento da junta apresente absorção de água inferior a 5 %, após
envelhecimento.

É também importante que o material não apresente perda de aderência na


tração superior a 10 %, quando envelhecido, para garantia das propriedades de
vedação e impermeabilidade da junta.

3.1.3 - Juntas de expansão

As juntas transversais de expansão, localizadas nas descontinuidades das


placas de concreto, devem absorver as tensões, permitindo a livre
movimentação do pavimento.

O selante elástico para preenchimento das juntas de expansão deverá


apresentar excelente estanqueidade, com absorção porcentual inferior a 4 %;
ser altamente elástico, com alongamento após envelhecimento superior a
300 %; ser compressível, com deformação permanente na compressão inferior
a 20 %; aderente ao concreto das bordas, com alongamento no ensaio de
aderência superior a 200 %; deve também apresentar carga de rasgamento
superior a 4 N/mm, para suportar eventuais degraus entre as placas e
resistência ao puncionamento estático, não apresentando perfuração quando
submetido a carga.

3.2 - Requisitos Exigíveis em Função das Solicitações Químicas

Para locais do pavimento onde o selante elástico estiver sujeito a contato com
óleos, solventes, graxas ou quaisquer outros produtos agressivos, deverá ser
dada especial atenção à capacidade de resistência do selante escolhido ao
ataque químico provocado pelo agente agressivo.

3.3 - Requisitos Exigíveis em Função das Solicitações de Abrasão

Nos trechos onde o selante elástico ficar sujeito a abrasão intensa, o material a
ser colocado na junta deve apresentar perda de massa, por ciclo, inferior a
0,25 % e não apresentar, no ensaio, perda de massa, influenciada pela
consistência "pegajosa" ou por destacamento do material.

3.4 - Requisitos quanto à Aplicabilidade

A maior ou menor facilidade de aplicação do produto na junta deve ser levada


em conta, por influir de forma significativa não só no custo total da aplicação
mas, principalmente, na qualidade da execução da selagem.

Os produtos monocomponentes levam vantagem sobre os bicomponentes por


dispensarem as operações de mistura e homogeneização, evitando erros de
proporção e minimizando o tempo gasto nos serviços de selagem.
Os selantes que dispensam o uso de "primer" para obtenção de uma boa
aderência às bordas de concreto das placas também apresentam vantagens de
uso.

A aplicabilidade assume papel importante quando é levada em conta a


abertura da maioria das juntas em pavimentos de concreto, da ordem de 5 mm.

4 - ENSAIOS DE QUALIFICAÇÃO

Na qualificação dos materiais selantes devem ser realizados os seguintes


ensaios, nas condições de recebimento e após processos de
envelhecimento (*):

DNER 5 - Mástiques Moldados a Quente - Procedimento para Determinação


da Fluidez;

DNER 6 - Selantes de Juntas - Ensaio de Tração;

DNER 7 - Selantes de Juntas - Ensaio de Aderência Selante x Substrato;

DNER 8 - Selantes de Juntas - Ensaio de Deformação Permanente à


Compressão;

DNER 9 - Selantes de Juntas - Ensaio de Deformação Permanente na Tração


com Alongamento Constante;

DNER 10 - Selantes de Juntas - Ensaio de Rasgamento;

DNER 11 - Selantes de Juntas - Ensaio de Puncionamento Estático;

DNER 12 - Selantes de Juntas - Ensaio de Absorção de Água.

(*) Os procedimentos para envelhecimento devem obedecer às normas:


- DNER 13 - Selantes de Juntas - Procedimento para Envelhecimento
Acelerado em Estufa;

- DNER 14 - Selantes de Juntas - Procedimento para Envelhecimento


Acelerado por Intemperismo.

5 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS SELANTES


EM FUNÇÃO DA COMPOSIÇÃO BÁSICA E TIPO DE
APLICAÇÃO

5.1 - Polissulfetos

Os polissulfetos são usualmente aplicados com cola e têm consistência pouco


fluida, dificultando sua colocação, principalmente em juntas com 5 mm de
abertura.

Esse tipo de material apresenta enrugamento, derretimento e alteração de suas


características, quando submetido a ciclos de envelhecimento por
intemperismo, o que significa uma expectativa de substituição do selante a
cada 4 anos, considerando-se somente as agressões por intemperismo.

O material utilizado como "primer" deteriora-se em presença de raios solares,


provocando no selante aplicado perda de aderência ao substrato de concreto
das paredes da junta, após cerda de 3 anos.

Selantes de polissulfeto apresentam alta absorção de água e baixa resistência à


abrasão, pois perdem massa em função de alterações na consistência.

Seus valores de alongamento máximo utilizável são prejudicados pela perda


de aderência após envelhecimento acelerado. Valores superiores aos obtidos
em corpos-de-prova sem envelhecimento são observados quando a alteração
de consistência do produto é muito significativa.
Não devem ser utilizados em juntas sujeitas a altos valores de compressão,
pois o porcentual de deformação permanente é elevado.

Os selantes de polissulfeto apresentam baixa resistência a óleos, solventes e


graxas, não devendo ser utilizados em locais sujeitos a esse tipo de agente
agressivo.

5.2 - Poliuretanos

Os poliuretanos têm sua grande deficiência na capacidade de aderência ao


substrato de concreto das juntas, mesmo antes de submetidos a
envelhecimento acelerado, quando aplicados, segundo indicação dos
fabricantes, sem a utilização de "primer".

Entretanto, com a utilização de adesivos, a aderência do poliuretano ao


concreto fica aumentada de cerca de 60 %, influenciando no desempenho
deste tipo de selante.

Caso seja de interesse a utilização de selantes à base de poliuretano em juntas


com necessidade de garantia de aderência, eles deverão ser aplicados com
cola.

Este tipo de material apresenta deterioração após ser submetido aos ciclos de
intemperismo, notando-se formação de bolhas com o calor, pequeno
enrijecimento com baixas temperaturas e aparecimento de algumas trincas
após longa exposição aos raios solares (aproximadamente 5 anos).

Resiste moderadamente à abrasão e apresenta valores também moderados de


absorção de água.

O alongamento apresentado pelo material é bom e a aplicabilidade é função do


produto escolhido, sendo oferecidos desde poliuretanos autonivelantes, de
fácil aplicação, até alguns de alta tixotropia, impossíveis de ser colocados nas
juntas de 5 mm.

Os poliuretanos se apresentam nas formas de mono ou bicomponentes, sendo


facilitada a aplicação dos monocomponentes em função de minimizar-se
problemas de homogeneização do material.

Os poliuretanos sem alcatrão apresentam uma boa recuperação após serem


submetidos à compressão, com deformação permanente de somente 10 %,
quando ela ocorre.

Os selantes de poliuretano apresentam baixa resistência a ataques de óleos,


graxas e solventes, não devendo ser utilizados em locais com ocorrência desse
tipo de agressividade.

5.3 - Silicones

Existe uma gama variada de silicones para diversas aplicações, devendo-se


tomar cuidados na escolha do produto, de forma que ele seja indicado para
aplicação em substrato de concreto.

O desempenho de selante de silicone é muito variável, principalmente em


função do seu módulo de elasticidade.

Para juntas que devem absorver grandes tensões e movimentações é indicado


o silicone de baixo módulo, por sua excelente capacidade de alongamento e
compressibilidade, com pequenas deformações permanentes tanto na tração
quanto na compressão.

Os selantes de silicone são geralmente monocomponentes e são aplicados sem


a utilização de adesivo.
Para aplicação em locais de grande movimentação ou necessidade de garantia
de estanqueidade, que é um dos pontos altos do material, recomenda-se a
utilização de "primer", para melhoria da aderência.

Os selantes de silicone apresentam razoável resistência ao ataque de óleos,


graxas e solventes, podendo ser aplicados em locais sujeitos a esse tipo de
agressão.

As propriedades do silicone apresentam alteração não considerável por


envelhecimento, seja por intemperismo, seja por calor.

O silicone de baixo módulo não deve ser utilizado em locais com alta abrasão,
sendo nesses locais preferível a colocação de silicone tipo normal.

5.4 - Acrílico

Os selantes à base de resina acrílica não se mostram adequados à utilização


em juntas de pavimentos de concreto, por apresentarem acentuado
enrijecimento, com aparecimento de trincas, quando submetidos a
envelhecimento por intemperismo.

É também facilmente comprovável a baixa aderência do acrílico ao concreto,


quando tracionado.

Os selantes acrílicos apresentam alteração de volume, com rebaixamento,


durante o período de cura. Há sedimentação do material no interior da
canaleta, com deslocamentos das laterais.

A resistência a óleos e solventes é moderada.

Os selantes à base de resina acrílica, em função de seu enrijecimento,


apresentam alto porcentual de deformação permanente quando comprimidos,
superior a 50 %.

5.5 - Perfis Pré-moldados de Neoprene


Os perfis pré-moldados de neoprene apresentam como única desvantagem seu
alto custo. As propriedades destes selantes atendem a todas as solicitações dos
projetos de pavimentos de concreto.

Apresentam baixas deformações permanentes, tanto quando submetidos à


tração quanto à compressão e não sofrem mudanças de comportamento
quando envelhecidos.

A estanqueidade deste material é boa, com absorção de água inferior a 5 %.

Podem ser colocados em juntas sujeitas à abrasão e ao ataque químico de


óleos, graxas e solventes.

Sua aplicação deve ser cuidadosa, pois eventuais falhas no desempenho das
juntas seladas em perfis pré-moldados certamente estarão relacionadas com
deficiências de aplicação, em função da perda de aderência na interface x
concreto.

Para uma garantia de desempenho é necessário que as bordas da junta estejam


perfeitas e que os procedimentos de aplicação do adesivo, colocação do perfil
e pressão de colagem sejam sincronizados para efetiva aderência.

5.6 - Mástiques moldados a quente

A principal vantagem dos selantes a quente é o seu baixo custo de aplicação.


Por apresentarem pouca resistência ao intemperismo, com variações
volumétricas significativas em temperaturas elevadas, enrijecimento com
trincamento quando resfriados e deterioração quando expostos aos raios
ultravioletas, estes selantes têm pouca durabilidade quando colocados em
juntas de pavimentos de concreto.
O tempo de expectativa de substituição do selante a quente é de
aproximadamente dois anos, sem levar em conta as demais solicitações
atuantes.

Como os selantes de juntas em pavimentos de concreto ficarão,


primordialmente, submetidos ao desgaste causado por variações de
temperatura, molhagem, umidade e raios solares e, levando-se em conta que
neste caso resultados de ensaios em materiais sem envelhecimento acelerado
não traduzem a realidade de utilização do selante, recomenda-se que os
mástiques a quente só sejam colocados em juntas de importância secundária,
com facilidade de manutenção.

Caso se opte por este tipo de material, deve-se exigir somente fáceis condições
de aplicação, controlando-se a fluidez a 60 oC, de acordo com a norma
DNER 5, baseada na ASTM D 1191. A fluidez deve ser de 5 mm.
DNER 5

MÁSTIQUES MOLDADOS A QUENTE - PROCEDIMENTO PARA


DETERMINAÇÃO DA FLUIDEZ (ASTM D 1191)

MÉTODO DE ENSAIO

1 - AMOSTRA

A amostra será constituída de 600 gramas do material

2 - ENSAIO

- aquecer em banho de óleo 200 gramas da amostra, com agitação suave, até a
obtenção da consistência fluida;

- a temperatura do banho deverá ser superior a 30 oC e inferior à temperatura


segura de aquecimento;

- acrescentar os 400 gramas restantes, em quantidades de aproximadamente 50


gramas de cada vez;

- continuar o aquecimento e a agitação até que o conjunto da amostra esteja


com suficiente consistência fluida para ser derramada rapidamente;

- despejar uma porção de amostra num molde de 40 mm de largura, 60 mm de


comprimento e 3,2 mm de profundidade;

- deixar a amostra esfriar à temperatura ambiente, pelo menos meia hora;

- aparar a sobra do material com faca ou espátula aquecida;

- remover o molde e colocar a amostra num recipiente em estufa a (60  2) oC,


por 5 horas;
- o recipiente com a amostra deve ser colocado inclinado, de forma que o eixo
longitudinal da amostra faça um ângulo de 75 graus com a horizontal e que o
eixo transversal fique paralelo ao plano horizontal.

3 - RESULTADO

- Após as 5 horas na estufa, medir o comprimento da amostra, que é o índice


de fluidez.
DNER 6

SELANTES DE JUNTAS - ENSAIO DE TRAÇÃO

MÉTODO DE ENSAIO

A) ENSAIO DE TRAÇÃO

1 - CORPOS-DE-PROVA

1.1 - Material

Placas de apoio para moldagem:

As placas de apoio podem ser de vidro, metálicas ou de outro material, desde


que possuam superfície lisa e plana.

Material antiaderente:

Deve ser usado, com finalidade antiaderente, papel siliconizado ou parafina


derretida, para impedir que o selante fique aderido à placa de moldagem.

Espátula:

A espátula deve ser utilizada para comprimir o material durante a moldagem.

Régua metálica:

A régua metálica será utilizada para dar o acabamento na placa moldada,


mantendo a espessura constante.

Limitador de espessura:

O limitador de espessura deverá encaixar nas bordas da placa de apoio,


ultrapassando a espessura desta em 2 mm, e servir de guia para a régua
metálica de acabamento, conforme Figura 1.

Cunho de aço:
O cunho de aço deverá ter as faces internas perpendiculares ao plano do gume
e polidas até profundidade mínima de 5 mm.
A largura média do cunho na porção paralela central deverá ser de (6,00 
0,50) mm, medida entre as arestas cortantes dos gumes.

As dimensões estão indicadas na Figura 2.

1.2 - Preparo

- moldar as placas do selante, com espessura de (2  0,01) mm, sobre a placa


de apoio com o antiaderente, utilizando a espátula para comprimir o material
e dando o acabamento com a régua metálica;

- observar a placa do selante para verificar a existência de defeitos visíveis. A


placa deve ser isenta de irregularidades como bolhas, protuberâncias,
orifícios ou presença de material estranho, capazes de alterar as
características ou influir nos resultados dos ensaios;

- aguardar 7 (sete) dias para a cunhagem dos corpos-de-prova;

- cortar o corpo-de-prova com um único golpe aplicado sobre o cunho ou


utilizar uma máquina de compressão;

- marcar nos corpos-de-prova, na porção paralela central, com auxílio de


marcador metálico e tinta, dois traços paralelos e normais ao eixo
longitudinal do corpo-de-prova.

1.3 - Tamanho da Amostra

Serão utilizados 9 (nove) CP, assim distribuídos:

- 3 CP para tração normal;

- 3 CP para tração após envelhecimento em estufa;

- 3 CP para tração após envelhecimento por intemperismo acelerado.


No caso de se desejar resultados do comportamento do selante face ao ataque
de óleos ou outras substâncias, acrescentar 3 corpos-de-prova para cada
situação.

2 - APARELHAGEM

2.1 - Marcador Metálico

O marcador metálico deverá ter dois gumes paralelos e lisos, para impressão
no corpo-de-prova de duas marcas paralelas com largura de 0,5 mm,
distanciadas do centro de ( 25  0,5) mm.

2.2 - Máquina de Ensaio

2.2.1 - Deve ser acionada a motor e provida de dinamômetro capaz de


registrar a carga aplicada com precisão de  1 %.

2.2.2 - As garras devem ser capazes de exercer pressão uniformemente


distribuída sobre a largura do corpo-de-prova e impedir o seu escorregamento.

2.2.3 - A velocidade de afastamento das garras deverá ser igual a (50  5)


cm/min.

2.2.4 - O afastamento mínimo do curso das garras deverá ser de 75 cm.

2.2.5 - O dispositivo de medida de alongamento deverá ter capacidade para


leitura com aproximação de  1 mm.

3 - EXECUÇÃO DO ENSAIO

3.1 - Determinar a largura e espessura do corpo-de-prova. Considerar como


largura a largura média do cunho e como espessura a espessura média da
seção central, medidas com aproximação de 0,01 mm.
3.2 - Manter os corpos-de-prova por um mínimo de 2 horas, antes de ensaio,
em ambiente à temperatura de (23  2) oC. Esta mesma temperatura deverá ser
mantida no local da execução dos ensaios.

3.3 - Prender o corpo-de-prova pelas extremidades às garras da máquina,


ajustando-o simetricamente para a distribuição uniforme da tensão na seção
transversal.

3.4 - Registrar:

- a carga no instante da ruptura (aproximação de 1N);

- a distância entre os centros dos traços de referência no instante de ruptura


(aproximação de 0,1 mm).

4 - CÁLCULO DOS RESULTADOS

4.1 - Tensão de Ruptura

É a carga de tração por unidade de área da seção transversal original do corpo-


de-prova, no instante de ruptura.

em que:

TR = tensão de ruptura (MPa)

CR = carga de ruptura (N)

e = espessura original do corpo-de-prova (mm)

l = largura do cunho (mm)


4.2 - Alongamento de Ruptura

É a deformação porcentual do corpo-de-prova no instante de ruptura.

em que:

AR = alongamento de ruptura (%);

dr = distância entre os centros no instante de ruptura (mm);

di = distância inicial entre os centros dos traços de referência (mm).

4.3 - Deformação Permanente após Ruptura (optativa)

Deformação porcentual residual do corpo-de-prova rompido, medida após 10


minutos de repouso.

em que:

DP = deformação permanente após ruptura (%);

df = distância final entre os centros, medida 10 minutos após a ruptura (mm);

di = distância inicial entre os centros dos traços de referência (mm).


DNER 7

SELANTES DE JUNTAS

ENSAIO DE ADERÊNCIA SELANTE x SUBSTRATO

MÉTODO DE ENSAIO

1 - CORPOS-DE-PROVA

1.1 - Material

Placas de apoio para moldagem:

As placas de apoio podem ser de vidro, metálicas ou de outro material, desde


que possuam superfície lisa e plana.

Material antiaderente:

Deve ser usado, com finalidade antiaderente, papel siliconizado ou parafina


derretida, para impedir que o selante fique aderido à placa de moldagem.

Espátula:

A espátula deve ser utilizada para comprimir o material durante a moldagem.

Bordas de argamassa:

As bordas de argamassa devem ser confeccionadas com argamassa de cimento


e areia, traço 1:3 (em massa) e relação água/cimento de 0,50 l/kg.

Devem ter espessura de 12 mm, largura de 30 mm e comprimento de 55 mm,


conforme Figura 1.

Diferentes formatos de bordas poderão ser utilizados, em função das garras


disponíveis na máquina de ensaio, desde que sejam mantidas as dimensões da
cavidade do selante.

Haste de confinamento:
As hastes de confinamento devem ser metálicas, com largura de 12 mm e
comprimento não inferior a 116 mm.

1.2 - Preparo

- fixar as hastes de confinamento nas laterais de duas bordas de argamassa,


mantendo um vão livre de 5 mm entre elas, para preenchimento com o
selante, conforme Figura 2;

- apoiar as bordas com as hastes sobre a placa de moldagem com material


antiaderente, utilizando a metodologia de aplicação indicada pelo fabricante
do selante;

- aguardar o tempo de cura especificado para o produto;

- retirar a haste de confinamento somente no momento da execução do ensaio.

1.3 - Tamanho da Amostra

Serão utilizados 9 (nove) corpos-de-prova, assim distribuídos:

- 3 CP para tração normal;

- 3 CP para tração após envelhecimento em estufa;

- 3 CP para tração após envelhecimento por intemperismo acelerado.

No caso de se desejar resultados do comportamento do selante face ao ataque


de óleos ou outras substâncias, acrescentar 3 corpos-de-prova para cada
situação.
2 - APARELHAGEM

2.1 - Máquina de Ensaio

Deve ser acionada a motor e provida de dinamômetro capaz de registrar a


carga aplicada com precisão de  1 %.
As garras devem ser capazes de exercer pressão uniformemente distribuída
sobre a largura do corpo-de-prova e impedir o escorregamento das bordas de
argamassa.

A velocidade de afastamento das garras deverá ser igual a (50  5) cm/min.

O dispositivo de medida de alongamento deverá ter capacidade para leitura


com aproximação de  1 mm.

3 - EXECUÇÃO DO ENSAIO

3.1 - Manter os corpos-de-prova por um mínimo de 2 horas, antes do ensaio,


em ambiente à temperatura de (23  2) oC. Esta mesma temperatura deverá ser
mantida no local de execução dos ensaios.

3.2 - Prender o corpo-de-prova pelas extremidades às garras da máquina,


ajustando-o simetricamente.

3.3 - Registrar:

- a carga no instante da ruptura (aproximação de 1N);

- a distância entre os centros dos traços de referência no instante de ruptura


(aproximação de 0,1 mm).

- o local de ruptura: se no selante, na interface selante x argamassa ou na


argamassa junto à garra.

4 - CÁLCULO DOS RESULTADOS

4.1 - Tensão de Ruptura

É a carga de tração por unidade de área da seção transversal original do corpo-


de-prova, no instante da ruptura.
em que:

TR = tensão de ruptura (MPa)

CR = carga de ruptura (N)

e.l = área da seção transversal (mm2).

4.2 - Alongamento de Ruptura

É a deformação porcentual do corpo-de-prova no instante da ruptura.

em que:

AR = alongamento de ruptura (%);

dr = distância entre as bordas no instante de ruptura (mm);

di = distância inicial entre as bordas de argamassa (mm).


DNER 8

SELANTES DE JUNTAS

ENSAIO DE DEFORMAÇÃO PERMANENTE À COMPRESSÃO

MÉTODO DE ENSAIO

1 - CORPOS-DE-PROVA

1.1 - Dimensões

Os corpos-de-prova devem ser cilíndricos, com (25  1,0) mm de diâmetro e


(25  0,5) mm de altura.

Os topos dos corpos-de-prova devem ser planos, paralelos, isentos de defeitos.

1.2 - Preparo

- Os corpos-de-prova podem ser obtidos a partir de extração ou corte de


placas, ou por moldagem em fôrmas antiaderentes.

- aguardar 7 (sete) dias de moldagem antes da obtenção dos corpos-de-prova.

1.3 - Tamanho da Amostra

Serão utilizados 6 (seis) CP, assim distribuídos:

- 2 CP com cura normal;

- 2 CP envelhecidos em estufa;

- 2 CP envelhecidos por intemperismo acelerado.

2 - APARELHAGEM

2.1 - Aparelho de Compressão

- Constituído de duas placas planas de aço, cromadas, com espessura mínima


de 10 m, paralelas (Figura 1);
- as placas devem ser suficientemente rígidas para suportar as tensões, sem
sofrer deformação;

- o aparelho deve ser capaz de manter fixas e paralelas as placas e os corpos-


de-prova, durante e após o ensaio;

- as medidas do aparelho encontram-se na Figura 1.

3 – EXECUÇÃO DO ENSAIO

3.1 - Determinar a altura inicial na região paralela central dos corpos-de-


prova, com precisão de 0,02 mm.

3.2 - Manter os corpos-de-prova por um mínimo de 2 horas, antes do ensaio,


em ambiente à temperatura de (23  2) oC. Esta temperatura deverá ser
mantida no local de execução dos ensaios.

3.3 - Colocar os espaçadores de tal modo que sua espessura total seja (40 
0,2) % da altura original medida em 3.1.

3.4 - Posicionar os corpos-de-prova entre as placas de compressão,


distanciados entre si de maneira que, após a deformação, não haja contato
entre eles nem com os espaçadores.

3.5 - Ajustar os parafusos, mantendo o paralelismo entre as placas e


assegurando a homogeneidade na deformação imposta.

Manter os corpos-de-prova comprimidos por 6 horas.

3.6 - Retirar os corpos-de-prova do aparelho, colocando-os sobre uma


superfície plana durante 2 horas.

3.7 - Medir a altura final dos corpos-de-prova.


4 - CÁLCULO DOS RESULTADOS

4.1 - Deformação Permanente à Compressão

É a deformação permanente à compressão sob deformação constante, em %,


relativa à deformação imposta.

em que:

DP = deformação permanente à compressão (%);

hi = altura inicial do CP (mm);

hf = altura final do CP (mm);

he = altura do espaçador (mm).


DNER 9

SELANTES DE JUNTAS

ENSAIO DE DEFORMAÇÃO PERMANENTE NA TRAÇÃO COM


ALONGAMENTO CONSTANTE

MÉTODO DE ENSAIO

1 - CORPOS-DE-PROVA

Os corpos-de-prova deverão ser moldados de acordo com o indicado na


metodologia do ensaio de tração (DNER 6).

2 - APARELHAGEM

O marcador metálico e a máquina de ensaio são os mesmos preconizados no


ensaio de tração (DNER 6).

3 - EXECUÇÃO DO ENSAIO

3.1 - Determinar a largura e espessura do corpo-de-prova. Considerar como


largura a largura média do cunho e como espessura e espessura média da
seção central, medidas com aproximação de 0,01 mm.

3.2 - Manter os corpos-de-prova por um mínimo de 2 horas, antes de ensaio,


em ambiente à temperatura de (23  2) oC. Esta mesma temperatura deverá ser
mantida no local de execução dos ensaios.

3.3 - Prender o corpo-de-prova pelas extremidades às garras da máquina,


ajustando-o simetricamente para a distribuição uniforme da tensão na seção
transversal.
3.4 - Aplicar a carga no corpo-de-prova até que a distância entre os centros
dos traços de referência seja igual a uma vez e meia a distância inicial.

3.5 - Manter esse alongamento por 15 minutos.

3.6 - Retirar o corpo-de-prova das garras da máquina.

3.7 - Medir a distância entre os centros dos traços de referência.

4 - CÁLCULO DOS RESULTADOS

4.1 - Deformação Permanente à Tração com Alongamento Constante

É a deformação porcentual residual do corpo-de-prova, após manutenção da


carga correspondente ao alongamento de 50 % do comprimento inicial,
durante 15 minutos, medida após 10 minutos de repouso.

em que:

DP = deformação permanente após alongamento de 50 % (%);

di = distância inicial entre os centros dos traços de referência (mm);

df = distância final entre os centros, medida após 10 minutos de repouso


(mm).
DNER 10

SELANTES DE JUNTAS

ENSAIO DE RASGAMENTO

MÉTODO DE ENSAIO

1 - CORPOS-DE-PROVA

1.1 - Material

Placas de apoio para moldagem:

As placas de apoio podem ser de vidro, metálicas ou de outro material, desde


que possuam superfície lisa e plana.

Material antiaderente:

Deve ser usado, com finalidade antiaderente, papel siliconizado ou parafina


derretida, para impedir que o selante fique aderido à placa de moldagem.

Espátula:

A espátula deve ser utilizada para comprimir o material durante a moldagem.

Régua metálica:

A régua metálica será utilizada para dar o acabamento na placa moldada,


mantendo a espessura constante.

Limitador de espessura:

O limitador de espessura deverá encaixar nas bordas da placa de apoio,


ultrapassando a espessura desta em 2 mm, e servir de guia para a régua
metálica de acabamento.
Cunho de aço:

O cunho de aço deverá ter as faces internas perpendiculares ao plano do gume


e polidas até profundidade mínima de 5 mm. O gume deve ser afiado,
especialmente no vértice do ângulo de 90o (Figura 1).

As dimensões estão indicadas na Figura 1.


1.2 - Preparo

- moldar as placas do selantes, com espessura de (2  0,01) mm, sobre a placa


de apoio com o antiaderente, utilizando a espátula para comprimir o material
e dando o acabamento com a régua metálica;

- observar a placa do selante para verificar a existência de defeitos visíveis. A


placa deve ser isenta de irregularidades como bolhas, protuberâncias,
orifícios ou presença de material estranho, capazes de alterar as
características ou influir nos resultados dos ensaios;

- aguardar 7 (sete) dias para a cunhagem dos corpos-de-prova;

- cortar o corpo-de-prova com um único golpe aplicado sobre o cunho ou


utilizar uma máquina de compressão;

- marcar nos corpos-de-prova, na porção paralela central, com auxílio de


marcador metálico e tinta, dois traços paralelos e normais ao eixo
longitudinal do corpo-de-prova.

1.3 - Tamanho da Amostra

Serão utilizados 9 (nove) CP, assim distribuídos:

- 3 CP para tração normal;

- 3 CP para tração após envelhecimento em estufa;

- 3 CP para tração após envelhecimento por intemperismo acelerado.

No caso de se desejar resultados do comportamento do selante face ao ataque


de óleos ou outras substâncias, acrescentar 3 corpos-de-prova para cada
situação.
2 - APARELHAGEM

2.1 - Máquina de Ensaio

2.1.1 - Deve ser acionada a motor e provida de dinamômetro capaz de


registrar a carga aplicada com precisão de  1 %.

2.1.2 - As garras devem ser capazes de exercer pressão uniformemente


distribuída sobre a largura do corpo-de-prova e impedir o seu escorregamento.

2.1.3 - A velocidade de afastamento das garras deverá ser igual a (50  5)


cm/min.

2.1.4 - O afastamento mínimo do curso das garras deverá ser de 75 cm.

3 - EXECUÇÃO DO ENSAIO

3.1 - Determinar a espessura do corpo-de-prova medida na porção central,


com aproximação de 0,01 mm.

3.2 - Manter os corpos-de-prova por um mínimo de 2 horas, antes de ensaio,


em ambiente à temperatura de (23  2) oC. Esta mesma temperatura deverá ser
mantida no local da execução dos ensaios.

3.3 - Prender o corpo-de-prova pelas extremidades às garras da máquina,


ajustando-o simetricamente de forma que seu eixo longitudinal coincida com a
direção de aplicação da carga..

3.4 - Registrar:

- a carga máxima atingida no rasgamento do corpo-de-prova (aproximação de


1N);
4 - CÁLCULO DOS RESULTADOS

em que:

CR = carga de rasgamento (N/mm);

c = carga máxima de rasgamento (N);

e = espessura do corpo-de-prova (mm).


DNER 11

SELANTES DE JUNTAS

ENSAIO DE PUNCIONAMENTO ESTÁTICO

MÉTODO DE ENSAIO

1 - CORPOS-DE-PROVA

1.1 - Material

Placas de apoio para moldagem:

As placas de apoio podem ser de vidro, metálicas ou de outro material, desde


que possuam superfície lisa e plana.

Material antiaderente:

Deve ser usado, com finalidade antiaderente, papel siliconizado ou parafina


derretida, para impedir que o selante fique aderido à placa de moldagem.

Espátula:

A espátula deve ser utilizada para comprimir o material durante a moldagem.

Régua metálica:

A régua metálica será utilizada para dar o acabamento na placa moldada,


mantendo a espessura constante.

Limitador de espessura:

O limitador de espessura deverá encaixar nas bordas da placa de apoio,


ultrapassando a espessura desta em 2 mm, e servir de guia para a régua
metálica de acabamento.
1.2 - Preparo

- moldar as placas do selante, com espessura de (2  0,01) mm, sobre a placa


de apoio com o antiaderente, utilizando a espátula para comprimir o material
e dando o acabamento com a régua metálica;

- observar a placa do selante para verificar a existência de defeitos visíveis. A


placa deve ser isenta de irregularidades como bolhas, protuberâncias,
orifícios ou presença de material estranho, capazes de alterar as
características ou influir nos resultados dos ensaios;

- aguardar 7 (sete) dias para o corte dos corpos-de-prova;

- cortar o corpo-de-prova com dimensões de 200 x 200 mm, na espessura de


moldagem.

1.3 - Tamanho da Amostra

Serão utilizados 6 (seis) CP, assim distribuídos:

- 2 CP com cura normal;

- 2 CP envelhecidos em estufa;

- 2 CP envelhecidos por intemperismo acelerado.

2 - APARELHAGEM

2.1 - Máquina de Ensaio

A máquina de ensaio está detalhada na Figura 1 e é composta de:

- Cilindro de puncionamento em aço inoxidável, com diâmetro externo de


14 mm e ponta com diâmetro de 11 mm (área aproximada de 1 cm2).

- Tubo-guia em latão, com diâmetro externo de 16 mm, interno de 14 mm e


comprimento de 165 mm.
- Prato em aço, com 5 mm de espessura.

- Anel de metal, em aço inoxidável, com 30 mm de diâmetro externo, 26 mm


de diâmetro interno e 1,6 mm de espessura.

- Mola com 95 mm de comprimento, 14 mm de diâmetro interno, 4


voltas/25 mm, de forma a equilibrar o peso do cilindro de puncionamento e
do prato.

- Substrato de borracha para apoio do corpo-de-prova, com 110 mm de


diâmetro e 40 mm de espessura.

- Peso de 8,5 kg

- Garra.
3 - EXECUÇÃO DO ENSAIO

3.1 - Manter os corpos-de-prova por um mínimo de 2 horas, antes do ensaio,


em ambiente à temperatura de (23  2) oC. Esta mesma temperatura deverá ser
mantida no local de execução dos ensaios.

3.2 - Posicionar o corpo-de-prova sobre o suporte de borracha.

3.3 - Colocar o pistão de puncionamento sobre a superfície do corpo-de-prova,


na sua parte central.

3.4 - Aplicar a carga de 8,5 kg durante 1 (uma) hora.

3.5 - Remover o pistão e inspecionar cuidadosamente o ponto ensaiado, com


respeito à marca e perfuração.

4 - RESULTADOS

Anotar como resultado do ensaio uma das opções abaixo:

- perfuração facilmente visível a olho nu;

- perfuração possível mas não visível a olho nu;

- marca sem apresentar perfuração;

- sem perfuração nem marcas.


DNER 12

SELANTE DE JUNTAS

ENSAIO DE ABSORÇÃO DE ÁGUA

MÉTODO DE ENSAIO

1 - CORPOS-DE-PROVA

1.1 - Material

Placas de apoio para moldagem:

As placas de apoio podem ser de vidro, metálicas ou de outro material, desde


que possuam superfície lisa e plana.

Material antiaderente:

Deve ser usado, com finalidade antiaderente, papel siliconizado ou parafina


derretida, para impedir que o selante fique aderido à placa de moldagem.

Espátula:

A espátula deve ser utilizada para comprimir o material durante a moldagem.

Régua metálica:

A régua metálica será utilizada para dar o acabamento na placa moldada,


mantendo a espessura constante.

Limitador de espessura:

O limitador de espessura deverá encaixar nas bordas da placa de apoio,


ultrapassando a espessura desta em 2 mm, e servir de guia para a régua
metálica de acabamento.
Cunho de aço:

O cunho de aço deverá ter as faces internas perpendiculares ao plano do gume


e polidas até profundidade mínima de 5 mm. A largura média do cunho deve
ser e 25 mm e o comprimento de 75 mm, conferindo-lhe um formato
retangular.

1.2 - Preparo

- moldar as placas do selante, com espessura de (2  0,01) mm, sobre a placa


de apoio com o antiaderente, utilizando a espátula para comprimir o material
e dando o acabamento com a régua metálica;

- observar a placa do selante para verificar a existência de defeitos visíveis. A


placa deve ser isenta de irregularidades como bolhas, protuberâncias,
orifícios ou presença de material estranho, capazes de alterar as
características ou influir nos resultados dos ensaios;

- aguardar 7 (sete) dias para a cunhagem dos corpos-de-prova;

- cortar o corpo-de-prova com um único golpe aplicado sobre o cunho ou


utilizar máquina de compressão.

1.3 - Tamanho da Amostra

Serão utilizados 6 (seis) CP, assim distribuídos:

- 2 CP com cura normal;

- 2 CP envelhecidos em estufa;

- 2 CP envelhecidos por intemperismo acelerado.

2 - APARELHAGEM

2.1 - Balança com capacidade de efetuar medidas com precisão de 1 mg.


2.2 - Banho de água com dispositivo para manter a temperatura constante
dentro de  10 oC.

2.3 - Água destilada

2.4 - Tubo de ensaio com diâmetro interno mínimo de 40 mm e comprimento


mínimo de 30 mm, fechado por rolha de material inerte.

2.5 - Fios de aço inoxidável para manter a amostra suspensa no interior do


tubo.

3 - EXECUÇÃO DO ENSAIO

3.1 - Pesar cada corpo-de-prova ao ar (precisão de 1 mg).

3.2 - Imergir os corpos-de-prova no tubo de ensaio contendo água destilada a


(23  2) oC. Os corpos-de-prova devem estar separados entre si e afastados das
paredes do tubo.

3.3 - Fechar o tubo com a rolha.

3.4 - Colocar o conjunto no banho, submetendo-o à temperatura de (50  1)oC


durante 48 horas.

3.5 - Retirar a amostra e deixá-la resfriar dentro de água destilada à


temperatura de (23  2) oC durante 1 hora.

3.6 - Retirar o CP da água e mergulhá-lho rapidamente em acetona, secando-o


com papel-filtro limpo, isento de fiapos.

3.7 - Pesar o corpo-de-prova ao ar (precisão de 1mg).

3.8 - Observar o corpo-de-prova para verificar a ocorrência de degradação na


superfície.
4 - CÁLCULO DOS RESULTADOS

A absorção de água, em massa, é determinada pela fórmula:

em que:

ABS = absorção em massa (%);

M1 = massa inicial do corpo-de-prova (g);

M2 = massa do corpo-de-prova após ensaio (g).


DNER 13

SELANTES DE JUNTAS - PROCEDIMENTO PARA


ENVELHECIMENTO ACELERADO EM ESTUFA

MÉTODO DE ENSAIO

1 - CORPOS-DE-PROVA

Os corpos-de-prova serão os padronizados no método de ensaio referente à


determinação da respectiva característica ou propriedade.

A preparação dos corpos-de-prova deve preceder ao envelhecimento acelerado


em estufa.

2 - APARELHAGEM

2.1 - Estufa

Deve ser provida de circulação forçada de ar (estufa ventilada) e comando


automático por dispositivo termostático regulável.

A temperatura no interior da estufa deve ser uniforme, com variação máxima


de  2 oC para a faixa de 50 a 100 oC.

2.2 - Termômetro

Um termômetro aferido deverá ser colocado na parte superior da câmara


interna da estufa, com o bulbo posicionado no espaço central da estufa, para a
indicação da temperatura momentânea.

2.3 - Registrador de Temperatura (opcional)

Um registrador de temperatura com termopar do tipo cobre constantã pode ser


utilizado para confirmar o funcionamento da estufa no decorrer do ensaio.
3 - EXECUÇÃO DO ENSAIO

3.1 - Aguardar a cura total do selante, especificada pelo fabricante, para o


início do ensaio.

3.2 - Anotar as dimensões do corpo-de-prova antes do envelhecimento em


estufa. No caso de corpos-de-prova destinados a ensaio de resistência à tração,
os traços de referência de alongamento devem ser marcados após o
envelhecimento.

3.3 - Aquecer previamente a estufa a 60 oC.

3.4 - Posicionar os corpos-de-prova suspensos verticalmente e livres de


contato mútuo ou com as paredes da estufa.

3.5 - Submeter os corpos-de-prova à temperatura de 60 oC por um tempo de


exposição de 72 horas.

3.6 - Ensaiar os corpos-de-prova segundo o método preestabelecido,


simultaneamente com os corpos-de-prova não envelhecidos.

3.7 - Paralisar o ensaio e desprezar os resultados, se a temperatura no interior


da estufa variar mais de 2 oC.

4 - CÁLCULO DOS RESULTADOS

No caso de resultados de resistência à tração, alongamento e aderência, indicar


os resultados do envelhecimento em porcentagem, segundo a expressão:
em que:

V = variação percentual relativa à amostra original;

0 = valor original antes do envelhecimento;

E = valor após o envelhecimento.


DNER 14

SELANTES DE JUNTAS - PROCEDIMENTO PARA


ENVELHECIMENTO ACELERADO POR INTEMPERISMO

MÉTODO DE ENSAIO

1 - CORPOS-DE-PROVA

Os corpos-de-prova serão os padronizados no método de ensaio referente à


determinação da respectiva característica ou propriedade.

A preparação dos corpos-de-prova deve preceder ao envelhecimento acelerado


por intemperismo.

2 - APARELHAGEM

2.1 - Estufa

Deve ser provida de circulação forçada de ar (estufa ventilada) e comando


automático por dispositivo termostático regulável.

A temperatura no interior da estufa deve ser uniforme, com variação máxima


de  2 oC para a faixa de 50 a 100 oC.

2.2 - Equipamento de Refrigeração

Deve ser provido de comando automático com termostato regulável.

A temperatura no interior do refrigerador deve ser uniforme, com variação


máxima de  2 oC para a faixa de 0 a 20 oC.

2.3 - Termômetro

Termômetros aferidos deverão ser colocados na parte superior das câmaras


internas da estufa e do refrigerador, para a indicação da temperatura
momentânea.
Caso seja comprovado que a temperatura apresentou durante o ensaio variação
superior a 2 oC, o ensaio deve ser desconsiderado e repetido.

2.4 - Registrador de Temperatura (opcional)

Um registrador de temperatura com termopar tipo cobre constantã pode ser


utilizado para confirmar o funcionamento da estufa no decorrer do ensaio.

2.5 - Câmara ou Lâmpada Ultravioleta

A câmara deve propiciar uma exposição uniforme dos raios ultravioletas sobre
a superfície dos corpos-de-prova.

A lâmpada deverá ter, no mínimo, 275 w de potência e ficar distante dos


corpos-de-prova aproximadamente 40 cm.

2.6 - Equipamento de Molhagem

Equipamento dotado de aspersores, que permita a molhagem contínua dos


corpos-de-prova, por aspersão de água a uma temperatura de (23  2) oC.

3 - EXECUÇÃO DO ENSAIO

3.1 - Aguardar a cura total do selante, especificada pelo fabricante, para o


início do ensaio.

3.2 - Anotar as dimensões do corpo-de-prova antes do início do


envelhecimento. No caso de corpos-de-prova destinados a ensaio de
resistência à tração, os traços de referência de alongamento devem ser
marcados após o envelhecimento.

3.3 - Submeter os corpos-de-prova a ciclos sucessivos de calor, frio,


molhagem e exposição aos raios ultravioletas.

3.4 - Os CP devem permanecer por 12 horas em cada meio de intemperismo,


num total de 48 horas por ciclo.
3.5 - Recomenda-se considerar os corpos-de-prova envelhecidos por
intemperismo após submetê-los a 4 (quatro) ciclos completos (192 horas).

3.6 - Ensaiar os corpos-de-prova segundo o método preestabelecido,


simultaneamente com os corpos-de-prova não envelhecidos.

4 - CÁLCULO DOS RESULTADOS

No caso de resultados de resistência à tração, alongamento e aderência, indicar


os resultados do envelhecimento, em porcentagem, segundo a expressão:

em que:

V = variação porcentual relativa à amostra original;

0 = valor original antes do envelhecimento;

E = valor após o envelhecimento.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. TONS, Egons. A theoretical approach to design of a road joint seal.


Washington, D.C., Highway Research Board, 1959. (Bulletin 229).

2. _______. Factors in joint seal design. Washington, D.C., Highway


Research Record, 1965. (Number 80).

3. COOK, John P. & LEWIS, Russel M. Evaluation of pavement joint and


crack sealing materials and practices. Washington, D.C., Highway
Research Board, 1967. (National Cooperative Highway Research
Program. Report 38).

4. SCHUTZ, Raymond J. Shape factor in joint design. Civil Engineering,


ASCE, New York, 32(10): 32-36, Oct. 1962.

5. DREHER, Donald. A structural approach to sealing joints in concrete.


Washington, D.C., Highway Research Record, 1965. (Number 80).

6. PACKARD, Robert G. Design of concrete airport pavement. Skokie, PCA,


1973. (EB 050. 03P).

7. PITTA, Márcio Rocha et al. Materiais para pavimentos de concreto


simples. ABCP, São Paulo. Outubro de 1989.

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